"Se você olhar de perto, o olho pode dizer mais do que você pensa
Um simples borrão pode se tornar algo
Uma luz vira uma sombra
O mundo fica colorido
Olhe nos meus olhos"
Quando estou nervosa eu tenho essa coisa, é
Eu falo demais
Às vezes eu simplesmente não posso calar a boca
É como eu precisasse dizer a alguém, qualquer um que escute
E é aí que eu estrago tudo, é
Eu esqueço as consequências
Por um minuto eu perco os meus sentidos
E no calor do momento
A minha boca abre e as palavras começam a fluir
Mas eu nunca quis te machucar
Sei que já está na hora de aprender
A tratar as pessoas que eu amo como quero ser amada
Esta é uma lição aprendida
Odeio ter te decepcionado
E eu me sinto tão mal com isso
Eu acho que o carma volta
Porque agora sou eu quem está sofrendo
E eu odeio ter feito você pensar
Que a confiança que tivemos foi quebrada
Então não me diga que você não pode me perdoar
Porque ninguém é perfeito, não, não, não, não
Não, não, não, não, não, não, não
Não, não, não, ninguém é perfeito
Se eu pudesse voltar no tempo
Juro que eu não ia querer cruzar esse limite
Eu deveria ter mantido isso entre nós, mas não
Eu fui e disse ao mundo inteiro o que eu sinto, oh
Então eu sento e eu percebo
Com essas lágrimas caindo dos meus olhos
Eu preciso mudar se eu quiser mantê-lo para sempre
Prometo que vou tentar
Mas eu nunca quis te machucar
Sei que já está na hora de aprender
A tratar as pessoas que eu amo como quero ser amada
Esta é uma lição aprendida
Odeio ter te decepcionado
E eu me sinto tão mal com isso
Eu acho que o carma volta
Porque agora sou eu quem está sofrendo
E eu odeio ter feito você pensar
Que a confiança que tivemos foi quebrada
Então não me diga que você não pode me perdoar
Porque ninguém é perfeito, não, não, não, não
Não, não, não, não, não, não, não
Não, não, não, ninguém é perfeito
Não, não, não, não, não, não, não
Eu não sou santa, não mesmo
Mas o que eu fiz não foi legal
Mas juro que nunca vou fazer isso com você de novo
Eu não sou santa, não mesmo
Mas o que eu fiz não foi legal
Mas juro que nunca vou fazer isso com você de novo
Odeio ter te decepcionado
E eu me sinto tão mal com isso
Eu acho que o carma volta
Porque agora sou eu quem está sofrendo
E eu odeio ter feito você pensar
Que a confiança que tivemos foi quebrada
Então não me diga que você não pode me perdoar
Porque ninguém é perfeito, não, não, não, não
Não, não, não, não, não, não, não
Ninguém é perfeito
Nobody's Perfect
Jessie J
Bruno on
A janela transparente me dava vagamente o reflexo do meu rosto
enquanto o mesmo levantava voo do aeroporto de Manhattan na
manhã seguinte à nossa última conversa.
" mas a outra parte de mim? Não acredita mais"
As suas palavras pareciam melodias na minha cabeça. Odiava vê-la chorar e saber que essas lágrimas eram por minha causa só
me fez piorar ainda mais.
" o que eu posso fazer?"
Indaguei vendo o sol em meio as incontáveis edificações.
Pensei tanto que nem percebi que havia adormecido no voo. Tinha passado a noite anterior em claro.
Respirei fundo fechando a porta de casa atrás de mim.
- e aí cara? Como elas se compor taram?
Fiz carinho no G antes de subir par a os quartos.
- Yara.
Sorri pra minha irmã quando abri a porta do quarto das meninas.
Ela sorrio com uma das gêmeas em seu colo.
- oi, como foi lá?
- horrível.
- eu sabia, você...
- ah não, sermão não, já tive o bastante.
Olhei seriamente pra ela antes beijar a minha filha e pegar a outra que estava no berço.
- minha cabeça está fervilhando eu não sei o que pensar.
Abraço minha menina.
- ok, não está mais aqui quem falou.
"Ótimo"
A minha agonia se foi quando eu entrei no quarto das minhas filhas e no instante em que eu as segurei em meus braços era
como morfina pra mim, como se o mundo lá for a não existisse.
Elas piscavam pra mim, aqueles olhos que eram as portas para o
nosso mundo nem imaginam o quão assustador ele pode ser .
A bagunça que a nossa vida é.
Dei um beijo em cada uma antes de sair do quarto.
Tentei dormir após tomar um bom banho mas não consegui por mais que eu tenha insistido muito.
Sentei na cama, abaixei a minha cabeça como se ela estivesse pesada e apoiei os cotovelos em meus joelhos juntando as mãos em seguida.
-Só tem um jeito de diluir essa angústia.
Peguei uma garrafa de Wisky na dispensa e fui par a estúdio.
Enchi o copo até a borda, senti o gosto da bebida amargar a
minha boca e descer de pressa. deixei a garrafa e o mesmo em
cima do piano, o qual eu r espirei fundo antes de tocar.
- Ei
- que foi?
- mas já está bebendo cara? Daqui a pouco a Ella chega e você está cheirando a bebida.
- eu precisei Phill, queria dormir mas não dá cara, aliás o que você faz aqui?
- vim ver como você está.
Me olhou como se fosse óbvio.
- me desculpa cara mas ela tem razão.
Disse após ouvir com calma o que eu disse quando ele me
perguntou como havia sido.
- belo amigo você é.
Já tinha jogado o copo par a escanteio jábebendo na garrafa mesmo.
- mas é verdade oras, além do mais eu te a visei não avisei?
- o fato é que eu estou agoniado e definitivamente essa situação
não é nada confortável, pra nenhum de nós.
Apenas senti a mão firme do meu amigo em meu ombro.
-você sabe que parte disso é culpa sua não é?
De cabeça baixa eu confirmei.
- mas isso não importa agora, o que importa é o que você vai fazer pra mudar isso.
- Ela me disse que não somos como antes, e até mesmo cogitou a hipótese do divórcio, divórcio.
- pra você ver como você está indo longe demais.
O que eu ia dizer? Ele estava certo.
- e então? Já pensou no que você vai fazer? Vai se divorciar?
- não, não, não posso deixar ela.
Não pensei duas vezes.
- e então?
Eu permaneci no piano e ele se sentou no sofá.
- não me imagino sem a Ella ou a Bernie ou a Bia.
- mas eu te avisei não avisei? Mas você deixou esse seu ciúme besta consumir você.
" você me faz sentir uma v adia" as suas palavras ecoavam na minha cabeça como aquela dor de cabeça chata.
- e eu me sinto um horrível por isso.
Apoiei os cotovelos no piano para que minhas mãos se enchessem com os meus cabelos.
- eu estou perdendo ela cara.
Olhei diretamente para ele.
- não, pelo menos não ainda.
A primeira vez que eu a vi:
"
- você está bem?
Eu me aproximei um pouco mais e ela me encarou piscando por vezes seguidas.
- sim, me desculpe.
Ela sorriu sem graça pra mim. Não sei quanto tempo fiquei admirando aquela voz que eu tinha acabado de ouvir .
- você canta muito bem.
Eu quebrei o silêncio meio sem jeito.
-obrigada, são seus ouvidos.
Sua risada se uniu a A minha e eu neguei.
— não são não apesar de que eles não se enganaram você tem uma bela voz,
Digo com convicção e suas bochechas coraram"
A primeira vez que dançamos:
— você quer dançar um pouco?
Por alguns segundos pensei que ela diria não.
Mas ela me olhou e assentiu.
Sabia que fomos observados desde que a chamei para dançar e
ao descer as escadas.
Segurei sua mão e mesmo com pouca luz, sei que ela corou de
vergonha"
O primeiro beijo:
Senti a maciez da sua pele quando minhas mãos tocaram suas
bochechas e as suas envolveram os meus pulsos, a descarga elétrica foi inevitável.
Senti que seu corpo vacilou quando meus lábios aconchegam-se aos seus com per feição. "
A nossa primeira vez
— posso?
Eu senti como se eu precisasse dela com urgência. Minha mão
entrou em contato com aquele fio da sua saída d e quarto que por hora era inútil para o momento. A olhei interrogativo retraído com
a possibilidade do seu Não.
—você tem certeza?
Ela assentiu .
—nunca estive tão certa.
- Ei.
Ouvi estralar de dedos me despertando dos meus devaneios.
- pronto, travou.
Tirou sarro da minha cara.
- que foi ?
- eu tô falando com você cara.
- nem percebi eu estava me lembrando de algumas cosias.
Passei a mão em minha testa.
- é mesmo ? Nem percebi.
Caçoou de novo e meu olhar falsamente fuzilante o fez gargalhar. Mas em seguida nossas gargalhadas ecoaram no
estúdio.
- que horas ela chega?
- não sei, sei que é hoje.
Encolhi os ombros.
- que tal ir mudando aos poucos?
- como assim?
Questionei já deixando a garrafa de lado.
- você já disse que quer fazer algo a respeito não disse?
- disse mas ela já disse que não acredita mais.
Movi a cabeça em negação e de meio modo lamento.
- bom, isso só prova que você pode surpreendê-la.
Disse como se fosse óbvio.
- não peça desculpas por que as palavras não vão funcionar mais,
você tem que demonstrar o que você sente.
— como eu faço isso?
Cruzei os braços e entortei os lábios.
— simples, dê um tempo a ela, mas vá devagar.
Será que ele tem razão? Talvez, mas nessa altura do campeonato, não custa nada tentar.
— É, você vai ter que reconquistar a sua mulher.
Sorriu de pé ao meu lado no piano.
— boa sorte com isso.
— obrigado?
Emily on
Fingir que eu não conseguia andar foi consideravelmente difícil.
Mas necessário.
E cada dia mais os médicos se admiravam com a minha "
melhora" e a cada dia mais eu ansiava pela liberdade que me aguardava. E eu claramente iria usar com gosto.
- quando eu vou receber alta?
Pisquei para o médico que anotava algo.
- se você continuar progredindo receberá alta daqui a cinco dias.
- ótimo.
Sorri orgulhosa.
" mal posso esperar"
-As cicatrizes foram desaparecendo aos poucos,
Comento fitando meu reflexo no pequeno espelho em minha mão.
- os procedimentos que fizemos cuidou disso, e as pequenas que restarem você poderá cobrir com uma maquiagem.
- não tem problema, o que importa é que em breve eu estarei fora daqui.
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