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História Halo Part II, Toda Sua. - Agora Eu Quero Ir


Escrita por: LOOHOOLIGAN

Capítulo 35 - Agora Eu Quero Ir


Encontrei descanso em você
Me arquitetei, me desmontei
Enxerguei verdade em você
Me encaixei, verdade eu dei
Fui inteira e só pra você
Eu confiei, nem despertei
Silenciei meus olhos por você
Me atirei, precipitei

Agora
Agora eu quero ir
Pra me reconhecer de volta
Pra me reaprender e me apreender de novo
Quero não desmanchar com teu sorriso bobo
Quero me refazer longe de você

Fiz de mim descanso pra você
Te decorei, te precisei
Tanto que esqueci de me querer
Testemunhei o fim do que era

Agora
Agora eu quero ir
Pra me reconhecer de volta
Pra me reaprender e me apreender de novo
Quero não desmanchar com teu sorriso bobo
Quero me refazer

Eu que sempre quis acreditar
Que sempre acreditei que tudo volta
Nem me perguntei como voltar nem porque

Agora eu quero ir quero ir
Agora eu quero ir
Pra me reconhecer de volta
Pra me reaprender e me apreender de novo
Quero não desmanchar com teu sorriso bobo
Quero não desmanchar com teu sorriso bobo
Quero não desmanchar
Quero me refazer longe de você

 

Agora Eu Quero Ir

Anavitória

 

 

Ella on

 

- pa..

- pa...

Elas tentavam balbuciar em meio ao rio de lágrimas.

- Ella sério? Elas sentem falta dele, elas não param de chamar por ele, vocês precisam conversar.

De pernas cruzadas e as mãos na minha bebe ela tentava assim como eu acalma-las

- já faz um mês Ana, quantas vezes ele ligou pra saber delas?

- claro, você desliga o telefone quando ele liga, o que esperava.

Ela disse como se fosse óbvio.

- eu quero distância.

Admiti.

- Ahhhh tá, eu disse que não ia contar mas vocês estão me  deixando louca.

- como assim?

Ela agarrou os cabelos com força.

- como assim?

- ele me disse que quer ir par a o Havaí por alguns dias... calma coração.

Um sorriso se abriu quando minha filha puxou sua blusa.

- mas... eu quase não fiquei com elas... seria egoísmo meu querer passar um tempinho com elas?

Senti meu coração apertar só de pensar na existência da possibilidade de me afastar delas.

- prefiro não opinar...

Com uma mão ela segurava a minha filha a outra ela ergueu.

Eu não sou egoísta ou pelo menos não me considero ser.

- e quanto ao meu irmão? Como ficou? Ele não quis me contar

nada.

Seu bico quase encostou na minha filha e olha que ela estava apoiada em seu colo.

- quanto a isso queria poder dizer que gostei do que fizemos mas não posso dizer isso.

- por que? Ele é tão mal assim?

Tombou a cabeça para o lado com uma careta engraçada e um sorriso cínico.

- não é bem assim Ana, eu de veria me sentir de um jeito mas não me sinto, ver o Bruno com ela foi demais pra mim, mas o que fizemos não me faz sentir melhor .

Suspirei.

- OPA...!!!

Minha filha arregalou seus lindos olhos assustada.

-Desculpe amor... você usou o Daniel?

- claro que não, de jeito nenhum, mas depois daquela noite imaginei se me sentiria assim vingada.

- sei...

- foi apenas uma noite Ana.

- você contou a ele sobre...

- não, se ele souber não será por mim, fica tranquila.

Ambas olhamos para a porta quando ouvimos a campainha.

- você tá esperando alguém?

Ela apenas acenou negativamente antes de caminhar do sofá até

a porta de entrada.

O susto foi tão grande que para não soltar minha bebê eu praticamente a fundi a mim quando eu o vi com a mão direita no batente da porta e a outra no bolso da calça jeans escura, o topete e a jaqueta deva a ele um ar de mal.

- acho que é pra você Ella.

Ana fechava a porta enquanto ele entrava, e eu lá parada como um monumento sem saber pra onde correr, a verdade é que eu sentia uma enorme vergonha pelo que eu fiz e essa era a primeira vez que eu o via, sinceramente eu não estava pronta pra isso.

Meu Deus, como eu queria simplesmente sumir nesse chão e sair somente quando essa sensação horrível passasse, por mais que ele tenha me traído isso não me fazia melhor que ele.

- por que você veio aqui?

Quando em fim eu consigo abrir a boca ele já esta va com um sorriso enorme e cheio de covinhas para a minha filha.

- vim ver as minhas filhas.

O eufemismo tomava conta da sua voz

- elas estavam chamando por você.

A língua da Ana não cabia na boca mesmo.

- eu também senti falta delas.

Era como se ele fosse bipolar, agora sorri genuinamente par a as gemias mas a poucos segundos foi totalmente rude comigo. Um clima pesado se instalou instantaneamente entre nós.

- oh Ella eu vou levar elas pro quarto quando vocês terminarem você vai ver elas , é melhor conversarem agora do que depois.

Demos um beijo em cada uma antes de a Ana desaparecer com elas no fim do corredor.

Tentei buscar confiança de onde eu não tinha pra continuar sustentando seu olhar por todos aqueles minutos em que ficamos em silêncio.

- então... eu liguei e você não atendeu...

- eu não... Estava preparada pra falar com você, Ana já me contou sobre o Havaí , eu queria ficar mais tempo com elas.

Cruzei os braços receosa com a sua resposta que não tardou a

vir.

- bom, você pode vir com a gente.

A última vez que estivemos lá foi em uma situação tão trágica e eu lembro que ele veio tão desolado de lá.

- não...

- Ella eu quero conversar com você e te contar algumas cosas sobre mim que você não sabre mim, por favor.

Os poucos. Passos que ele deu foi o bastante para quebrar a muralha que

havia entre nós. Pensei seriamente dizer " sim" mas quando estávamos olhando nos olhos um do outro eu me lembrei de alguém.

- e ela não vai? Cuidado que o avião poderia cair de tão pesado que é quando estamos no mesmo lugar .

Suspirando pesadamente, desta vez é ele quem olha para baixo e eu permaneço de braços cruzados , tentando sus tentar as minhas pernas em meio ao pânico.

- não... eu a expulsei de  casa na mesma hora que vi você fechar a porta, não posso dizer que não é o que você está pensando...

- não, não pode, e se fosse eu... e se fosse eu na cama com outra pessoa?

Admito, disse essas palavras por puro impulso e raiva tanto que eu gesticulei muito enquanto pronunciava as mesma.

Posso jurar que vi seus ombros travarem instantaneamente segundos após o que eu acabara de dizer.

- por que... você...?

A verdade veio na ponta da língua mas não ultrapassou os limites

dos meus lábios, eu sei que nessa história nenhum de nós somos perfeitos e que ele merece saber mas eu não tive forças o bastante, e o " não" para o seu convite também veio mas minha consciência estava gritando para que eu me sentasse com ele para colocar um fim nisso logo, pelo bem da Bernnie e a Bia.

Deixei meus ombros caírem na medida que eu soltava minha respiração, olhando para os meus dedos notei que a nossa aliança ainda permanecia no mesmo lugar , em momento algum eu quis retira-la ou jogar fora, oh nossa, o que se faz quando não se sabe o que fazer?

- Aceita?

Em fim eu o olhei para os belos pares de marrom que componha a sua face.

- esta bem, quando vamos?

- eu queria ir amanhã mesmo, algum problema? Você está bem?

Acho que com o tempo, acabei abrindo certas portas para ele e isso lhe permitia me conhecer, mesmo que relativamente bem. Assim como eu a ele.

- estou.

Desviei o foco para um vaso transparente com algumas rosas sobre o móvel mas não queria olhar para ele.

- certo eu venho buscar vocês.

- certo.

Ele ainda permaneceu lá por poucos instantes antes de nos deixar.

 

 

 

 

- ELLA.

- não grita com ela Presley ela não é surda mas se continuar assim ela fica.

- é bom ver você também irmãozinho.

A careta ainda estava em seu rosto quando ela deu o belo de um tapa estalado no seu ombro.

- e essas coisinhas lindas cadê?

Ela se agachou em sua frente já que ele era quem empurrava um dos carrinhos e eu o outro.

- vamos matar a saudade.

Sorriu animada após me dar um beijo na bochecha, e logo Bernnie e Bia estavam nas mãos das tias loucas.

- vamos dar um passeio daqui a pouco ok?

Recebi a sua " ordem" enquanto ainda subia as escadas da casa.

Como já era de se esperar nossas cosias estavam no mesmo quarto. E eu não me sentia mais parte da família Hernandez, na realidade eu estava me sentindo uma intrusa no meio desse povo.

 

Eu queria poder descansar, queria mesmo, mas eu sei que a ansiedade seria maior que a preguiça se eu não fosse

 

Vesti uma calça jeans simples e uma blusa de um ombro só verde e passei um pouco de maquiagem antes de sair pela porta.

As crianças pareciam trems balas correndo pela casa e pela

janela pude ver as meninas no jardim e na sala lá esta va ele, sentado no sofá mesmo de boné eu sei que ele estava olhando para a chave na sua mão.

- vamos?

Ele pareceu se assustar comigo.

 

 

- vamos.

Passear pelas ruas do Havaí era sempre maravilhoso porque haviam diversas paisagens onde quer que fôssemos.

- onde vamos?

- você vai ver, quando eu era criança, minha família tinha uma  banda e toda vez que eu ia assistir eu sentia que precisava estar lá com eles no palco.

A nostalgia pairava nos seus olhos, na realidade já havíamos tido esse tipo de conversa mas eu sentia que faltava um pouco mais mas com o tempo acabei achando que era paranoia minha.

- você começou com dois anos, fofo demais naquelas fotos.

Quando pagamos o álbum de fotos e lá estavam elas, cheguei até a apertar a bochecha dele quando vi e mesmo corado ele sorriu pra mim.

- exato.

Quando estávamos quase chegando em uma ár ea mais afastada ele estacionou o carro antes de  abriu a porta pra mim.

- vem.

De mãos dadas caminhamos em meio um chão escuro e árvores de galhos cheios de folhagem.

- quando a banda acabou, nós vivemos aqui por um tempo.

A medida que ele falava senti que a nostalgia era realmente era palpável no seu rosto. O mato tomava conta do que o que um dia já foi uma casa assim como nos arredores.

Mil e uma caraminholas tomavam conta da minha cabeça naquele momento, confusa, era assim que eu me sentia. Por que me contar isso agora, só agora?

- eu sei que deveria ser honesto com você.

De mãos dadas com as minhas ele olhava fixamente nos meus olhos por um bom tempo sem dizer nada.

Suja, era assim que eu me sentia.

- e sei que eu também deveria ter te contado essa parte da minha vida, não omiti por vergonha, afinal eu sabia que o que passávamos era temporário e que mais tarde tudo ia dar certo, eu ganhei as melhores lembranças da minha vida, assim como as nossas.

- então por que você fez aquilo? Você ainda sente algo por ela...

- não, não sei porquê mas não foi a mesma cosa, era como se não fosse ela... e mesmo assim eu não sinto o que eu sentia antes.

- você fez isso pra saber....

- não, na verdade eu não lembro de absolutamente nada daquela noite eu só me lembro de você estar estapeando ela.

— eu não acredito.

Soltei suas mãos.

— Ella por favor... o que eu ganharia se eu mentisse pra você? Se eu quisesse ela eu teria trazido ela ao em vez de você.

Droga, era verdade.

— eu tenho que te contar uma coisa.

— o que?

Sei que era só abrir a boca e falar mas como falar?

— eu...

— eu o que?

— eu dormi com o Daniel.

— quando?

— naquela noite.

Eu me recusava a olhar pra ele a essa altura.

—  meu Deus! Eu achava que era loucura minha por causa do meu ciúme mas olha isso? você me diz isso com essa cara cínica.

— você queria ver que nem eu vi naquele dia?

Ele pareceu engolir em seco com a minha resposta. 


Notas Finais




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