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História Hana - Memórias de uma flor;


Escrita por: shimasen

Notas do Autor


uma estória bem bobinha que eu espero que seja digna a ponto de ser a primeira postada aqui (hana = flor).

Capítulo 1 - Memórias de uma flor;


Taehyung ajudou o pequeno Jeon no momento mais difícil de sua vida; quando perdeu seus pais em um trágico acidente de carro, sendo criado por sua tia. O garoto de madeixas negras, pele pálida e olhar perdido permaneceu afastado de todos e, seja quem ousasse se aproximar, era afastado pelas respostas afiadas.

Com ele era diferente.

Taehyung foi o único que ousou mais que uma vez conversar com o garoto de corpo miúdo e desde então, nunca mais ousou parar.

Mesmo mais velho, o garoto – que a partir dos seus quatorze anos passou a pintar seus cabelos de cores diferentes – as vezes poderia agir como um pequeno dongsaeng, apenas para ver o sorriso de coelho modelar nos lábios rosados.

Desde que viu Jeongguk sentado sozinho em todos os intervalos da escola em que estudavam quando pequerruchos, sentiu a estranha necessidade de conversar com ele, saber mais sobre ele. Não saberia dizer o que de fato chamou tanta a atenção de uma criança; poderia ser os olhos mais negros que as mais frias das noites, as marcas desenhadas em seu joelho ou a cicatriz na sua bochecha.

Não recuara quando a primeira resposta que recebeu foi um olhar de poucos amigos e nenhuma palavra, tentaria quantas vezes fosse arrancar um sorriso do menino quieto e cabisbaixo e quando conseguiu – apenas por derrubar seu lanche enquanto fazia uma de suas gracinhas para chamar sua atenção – não mediu a tamanha felicidade que sentia no momento. Jeongguk tinha um sorriso lindo, não entendia o porquê do garoto esconder as fileiras de dentes branquinhos por detrás de uma cara emburrada. Jeongguk depois de receber tantas investidas, acabou por se render e passou a observar o ‘’menino estranho’’.

E desde então vinha falando com o garoto todos os dias, mesmo que Taehyung falasse pelos cotovelos e recebesse poucas palavras de volta, não desistiu. Algo brotou em seu coraçãozinho infantil, uma voz dizia em sua cabeça que em Jeongguk existia bem mais do que apenas um rosto delicado e uma personalidade forte.

Em um dia em que esperava seus pais virem busca-lo, observava Jeongguk de longe fazendo o mesmo, não hesitou em se aproximar do garoto e comentar sobre o seu dia na escola, até que a mulher de cabelos escuros se aproximou, dizendo ser a tia de Jeongguk. Podia lembrar claramente do sorriso de orelha a orelha que a mulher demonstrou quando viu que seu sobrinho havia arranjado um amigo, logo convidando Taehyung para algum dia ir a casa em que viviam.

Para Jeongguk, Taehyung era um invasor, que virou sua cabeça infantil, fazendo-o esquecer de toda a dor que sentia apenas com algumas palavras, mal tendo noção do bem que fazia.

Jeongguk só tomou coragem para contar o que houve consigo aos onze anos. Taehyung ouvia tudo atentamente, abraçando o amigo quando lágrimas graúdas rastejaram sobre as bochechas branquinhas ao se lembrar de sua mãe e seu pai e, desde então, odiava ver seu pequeno chorar.

Aos quatorze anos, o garoto de madeixas roxas – sua primeira cor fantasia –, defendeu o Jeon de sua primeira briga. Não sabia explicar o que fez o seu sangue ferver como um vulcão em erupção apenas por ver o seu menino prensado contra um armário qualquer e ouvindo o que aqueles garotos maiores diziam.

Nesse dia, Jeongguk o beijou como agradecimento. Podia sentir os mesmos fogos de artifício explodirem em seu peito como naquele dia que sentiu pela primeira vez os lábios macios contra os seus e descobriu seus reais sentimentos sobre o garoto mais novo. Achava impressionante a capacidade que ele possuía em mexer consigo de diversas maneiras. Ao sentir os lábios rosados juntos aos seus pensava em macarons, seu menino era doce e ficava incrivelmente lindo com as bochechas coradas. Sua mente poderia facilmente imagina-lo em uma nuvem de chantilly, o que seria cômico.

Seu coração batia no mesmo tum-tum apressado que o fez abraçar Jeongguk como se fosse a última vez que o veria – como fazia no momento em que se recordava de tudo que passaram; apertando a cintura rodeada pelos seus braços e ouvindo o som que o coração do outro fazia ao bater em seu peito.

Após o beijo, os dois partiram para uma sorveteria que ficava próxima da escola e se encontrava vazia – por sorte; não gostaria que vissem o sorriso que permaneceu em sua face o resto daquele dia. Se já o achavam estranho, apenas confirmariam o fato ao vê-lo sorrir a cada segundo ou milésimo que olhava o rosto bonito. Patético.

Desse modo, os dois se descobriram perdidamente apaixonados um pelos defeitos e problemas alheios.

Aos sete anos Jeongguk viu sua vida ser destruída como se um furacão passasse por sua mente e levasse embora todas as suas cores e motivos de felicidade e, como o Sol que raiava após uma tempestade, Taehyung apareceu em sua vida, trazendo de volta suas cores e ajudando-o a mistura-las em sua paleta que conhecia apenas os clássicos preto, branco e cinza.

Jeongguk comparava Taehyung com as flores que nascem no asfalto ou beiradas de calçadas; mesmo que ninguém o notasse, ele estaria ali em seu coração de todas as cores e formas.


Notas Finais


obrigada por ler <3


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