1. Spirit Fanfics >
  2. Hana o Kaze >
  3. Melancólica flor

História Hana o Kaze - Melancólica flor


Escrita por: kotori-senpai

Notas do Autor


Quase fim da fic, resolvi postar mais rápido :>

Capítulo 3 - Melancólica flor


Ladeado pela natureza opaca em meio a um tapete de neve, Marco Ofegava, seu peito palpitava e sua mente em branco retornava para a realidade. Pressionou os lábios com os dedos, a sensação do toque frio de Jean ainda estava tatuado neles.

— O meu suplico não aufere do vento a resposta. Que tipo de escuridão é essa? Que atordoa meus sentidos, que esvai pelos meus olhos e comprime meu coração. Quem dera novamente ser uma flor, sinto que não quero mais entender as emoções. — Marco recitou suas palavras apertando sua mão contra o peito.

Jean repentinamente arrependeu-se de sua precipitação, gritou por Marco indo em sua procura e, após decidir que não seria bom se afastar da carroça, voltou com pesar em sua mente. — Que desgraçado é meu coração, minha desafortunada ação afastou-o de mim. E que faço eu agora, se não esperar o teu retorno? Mas como posso resistir, quando tão fascinante é tua alma, tão suave és teu cabelo, graciosa feição molda teu rosto, salpicado pelas estrelas és teu corpo esbelto, pois seria eu tolo se não encantasse-me com o sorriso que projetas em tua boca. Mas que sirva-me de lição, com mais cuidado me acercarei de ti agora em diante. — Por horas a fio ansiou a volta de Marco, até que a noite começasse a chega. Já montava a barraca quando avistou a figura do jovem caminhando em sua direção, sujo e tremendo o garoto timidamente se aproximou do viajante.

Jean o abraçou vigorosamente e suspirou aliviado. — Rogo que me perdoe, meus instintos atropelaram minha razão, não pretendia te assustar e se puderes me perdoar prometo que não acontecerá novamente. — Jean segurou as mãos de Marco encarando-o com sinceridade, o jovem corou desviando o olhar e murmurou. — Eu te desculpo...sinto muito por fugir. — O silêncio recaiu sobre ambos pelo resto da noite.

Os dias se tornavam rigorosamente glaciais, a inquietude embarcara na viagem e a monotonia taciturna que pairava na atmosfera era sufocante, o riso deixara os lábios de ambos, o semblante de Jean mais do que nunca era consternado, suas palavras eram ditas com cuidado e seu olhar se lançava menos sobre Marco. Um metro era uma distância insuportável, assim como o calor que abandonou o ar, as memórias do presente se esvaiam da mente, a efêmera felicidade ficou guardada no passado, mesmo agora se tocarem era pedir para conhecer a solitude.  — Desejo que as lembranças que temos em comum possa encontrar nossa intimidade novamente. — Pensou Jean.

A noite sem estrelas afogava o céu, os garotos procuravam galhos para fazer a fogueira, os ruídos dos animais eram de certa forma reconfortante. Marco fitava o vazio absorto, o fogo à sua frente reluzias em sua face, devolvendo os astros para a abóbada celeste, subitamente Jean estendeu a mão para tocar aquele rosto bronzeado, neste instante  Marco fechou os olhos instintivamente fazendo o outro deter-se no meio do caminho, Jean cerrou o pulso abaixando-o novamente. — Acredito que mais três dias será suficiente para encontrarmos o Palácio dos cristais, finalmente realizarei o meu desejo...e se tu assim quiseres...estarás livre para ir.  — Suas últimas palavras  foram um baixo murmúrio, mas suficientemente audível para o garoto ao seu lado.

Marco, que mantinha o coração acelerado com a expectativa do contato, sentiu uma sensação aterradora circular o seu corpo como um raio ao ouvir aquelas palavras, seu âmago preencheu-se com cólera, odiou as palavras tanto quanto odiou o Palácio dos cristais, odiou o espelho que roubava a atenção de Jean. Como poderia, um objeto tão longínquo estar tão presente nos pensamentos de alguém. Seu  coração ansiou então que nunca encontrassem o Palácio.

O garoto se afastou solitário, a inundação de emoções nunca antes sentidas o acometia por dentro, mas o sentimento de abandono era o mais pungente, sua mente devolveu a lembrança do toque suave de Jean naquelas noites frias. —  Mesmo que eu chore pelo passado ele não voltará. Apoie meu coração. Antes do perverso amanhecer sussurre para mim as palavras que já não podem ser ditas, mesmo que seja mentira. —  A voz de marco espalhava-se no ar, no entanto, não alcançou Jean.

 



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...