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História Hands to Myself - Ela é uma boa menina;


Escrita por: AllieMaddox

Capítulo 10 - Ela é uma boa menina;


Fanfic / Fanfiction Hands to Myself - Ela é uma boa menina;

 Mais uma longa semana se passou. Allison parecia agir com naturalidade em todas as aulas que tinha com o professor. Não tentou se aproximar e nem procurou um tempo para uma conversa a sós, mesmo com esta vontade aparecendo por milésimos de segundos em vários momentos durante a semana. Às vezes ela queria enfrentá-lo para questionar o porquê dele continuar com Maya, iludindo-a daquela maneira, e em outras vezes ela apenas queria beijá-lo novamente. No entanto, inacreditavelmente, ela resistia. Lutava duro contra si mesma para controlar toda a sua impulsividade.

 Passou a semana inteira repetindo em sua mente que ele não lhe devia satisfação sobre o casamento e que ela não tinha o direito de perguntar nada sobre isto. Além disto, passou esses cinco dias de aula controlando os desejos do seu corpo em relação a ele. Ela sabia que não deveria, mas estaria sendo uma verdadeira mentirosa se dissesse que não o queria mais.

 Sábado, vinte e quatro de setembro, o outono completava dois dias. Seguindo a tradição do colégio Beacon Hills, hoje aconteceria o conhecido baile de outono.

 Allison pediu folga no trabalho para ajudar na arrumação. Ela participava da organização de todos os bailes do colégio com as suas amigas, já que Lydia era a responsável pelo comitê e sempre pedia a presença delas.

 Era pouco mais de onze horas da manhã quando a menina chegou ao colégio. A decoração do baile já havia sido iniciada pelos alunos que escolheram ajudar e por alguns outros professores.

 Allison percorreu por ali procurando pelas amigas para ser orientada sobre o que deveria fazer.

 — Alli! — chama Lydia, andando até a amiga sobre seus saltos altos. A ruiva carregava uma prancheta rosa nas mãos com algumas poucas folhas de papel presas, era ali que ela conseguia administrar tudo o que deveria ser feito. — Você pode encher os balões?

 Allison faz que sim com a cabeça e, com esta confirmação, Lydia entrega um cilindro de gás hélio para inflar os balões a ela. Guiando-a depois para um canto do ginásio para a realização da tarefa.

 — Senhor McCall, você poderia ajudar a Allison com os balões? — pede Lydia com educação ao encontrar o professor perambulando por ali, totalmente perdido. Allison e Scott se entreolham rapidamente. A morena espreme os lábios e sorri minimamente, abaixando a cabeça em seguida. — Se não, tudo bem. Pode fazer outra coisa que queira — a ruiva fala na defensiva após perceber a demora do professor para responder.

 — Não, tudo bem — Scott responde, enfim.

 A ruiva sorri e agradece. Leva-os para um local disponível para que eles pudessem encher os balões, deixando-os sozinhos em seguida. Allison senta-se sobre o chão com as pernas cruzadas como um indiozinho, abre um dos pacotes de balões e esparrama-os no chão.

 — Não vai sentar? — indaga Allison ao olhar para cima, encontrando o professor em pé com ambas as mãos no bolso e inquieto. Scott assente e se senta em uma distância consideravelmente grande dela. Mantinha seu olhar baixo e permanecia em silêncio. — Está com medo de mim, professor? Eu disse que não vou mais te agarrar, lembra? Não precisa se preocupar, relaxa.

 Quando Scott diminuiu a distância existente entre eles, ambos começaram com os trabalhos. Enquanto Allison tinha a tarefa de encher os balões com gás hélio, Scott pagava-os em seguida, amarrava-os com uma fita e prendia-os em um lugar seguro para eles não voarem até o teto antes mesmo de serem colocados em seus devidos lugares. Quando um bom número de balões era acumulado, alguém vinha para pega-los e coloca-los no lugar correto, decorando o ginásio.

 — Com quem você virá ao baile? — pergunta Scott com curiosidade, após os vários minutos de silêncio entre eles.

 — Com ninguém — responde Allison, simplesmente.

 — Por quê? — Scott franze o cenho confuso.

 — Porque não tem ninguém neste colégio que me desperte interesse para ficar de casalzinho o baile inteiro. Aliás, tem alguém sim, mas seria estranho eu como aluna ter como acompanhante um professor, ainda mais por ele ser casado. — A menina Argent, que antes olhava para o balão sendo enchido por ela, muda sua visão para o professor e dá uma risada rápida com a cara dele. — Eu estou brincando, Scott.

 Os dois continuam enchendo os balões sem trocar mais nenhuma palavra. Silêncio que não incomodou Allison, afinal a menina escutava música através dos seus fones de ouvidos e cantava baixinho, em um sussurro quase inaudível. Em contradição, Scott tentava esconder seu desconforto e nervosismo, não sabia a maneira certa de agir com a menina, se deveria falar algo ou não, e o que poderia falar. Isto tudo ficou corroendo-o por dentro, não conseguia distrair sua cabeça com outra coisa, não conseguia relaxar e permaneceu tenso a todo momento.

 — Só mais esse... — Allison entrega o último balão para Scott amarrar, ele pega e assim faz, finalizando a tarefa delegada aos dois. Haviam enchidos todos os balões que seriam usados na decoração do baile. — Acabamos! — ela comemora. Ergue uma das mãos para um high five, mas Scott não faz o mesmo, ignorando-a mesmo sem a intenção. Allison abaixa a mão e faz biquinho. — Desculpa, não sabia que a gente não pode nem se encostar.

 Scott enfim percebe que havia ignorado a menina. O homem dá um sorriso tímido e ergue a mão. Allison sorri alegremente e bate sua mão com a dele, realizando o high five.

 Allison olha de um lado para o outro analisando o ambiente em sua volta, checando se ninguém estava perto o suficiente para ouvir o que ela tinha para falar.

 — Scott... eu acho que eu prefiro você sendo o Tyler. Pelo menos o Tyler beija bem, o Scott só me decepciona — diz fazendo referência ao nome falso que o professor usara na primeira vez em que os dois se encontraram.

 — Eu só te decepciono? — ele questiona sem entender. Allison faz que sim com a cabeça, e coloca as mãos dentro do bolso único da sua blusa moletom, relaxando os ombros logo depois.

 — O Tyler parecia ser alguém divertido e cheio de atitude que eu com certeza queria ter por perto. O Scott... sinceramente, só está funcionando sendo um professor legal mesmo. Fora da sala quase não sorri, fica calado, não se expressa. Fica todo tenso quando eu me aproximo, parece até que tem medo de mim. Sem atitude, sem coragem e ilude a esposa. O que foi aquela cena patética na inauguração da loja dela? Por favor, Scott, você não a ama. Mas, parabéns por ser um bom ator, todo mundo acreditou naquilo e adorou, vocês são um exemplo de casal perfeito agora. Até eu acreditaria se não soubesse que você a traiu diversas vezes... Se você não contar, um dia ela acabará descobrindo, não tem como esconder para sempre, Scott. Agora se você quer continuar iludindo-a com esse falso casamento perfeito até lá, o que eu posso fazer? Isso mesmo nada. A vida é sua, a esposa também — Allison falava calmamente, sem a preocupação de ser delicada ou de escolher as palavras certas para usar, apenas colocava para fora tudo o que pensava da forma mais sincera, como costumava fazer. — Eu tenho esperança que um dia o seu lado Tyler apareça ou quem sabe o lado Scott que se expressa sem medo e não fique apenas na defensiva. — Ela olha para ele e encontra-o com olhos fixos nela apenas ouvindo tudo. — Viu? Eu estou falando tudo isso e você permanece calado, me olhando com essa mesma cara de sempre. Pelo que estou analisando, com esta tua falta de atitude, nós nunca mais vamos nos beijar, infelizmente. — Allison solta uma risada curta e baixinha, após perceber o que acabara de falar. — Olha só que merda, eu ainda penso em te beijar, estou me saindo uma bela de uma vadia, que Deus tenha piedade de mim... Mas enfim, já que vai continuar calado, eu estou indo. Quando tiver algo para me falar é só chamar, vou adorar ouvir você expor o que pensa.

 A Argent se levanta e procura por Lydia para perguntar o que mais poderia fazer para ajudar. Allison passa mais um tempo arrumando o ginásio e Scott fazia o mesmo, no entanto cada um em seu canto, sem se encontrarem novamente. A menina trabalhava com as amigas e o homem se juntou aos meninos para as ações que exigiam uma capacidade física maior.

 O ginásio enfim estava pronto para receber o baile. Scott se sentou em uma das cadeiras dali em busca de descanso, abriu uma garrafa de água e tomou para matar a imensa sede que o torturava. Enquanto despejava a água em sua boca, os olhos castanhos escuros involuntariamente passaram por todo o canto do ginásio procurando por ela. Porém, estranhamente, Allison não parecia estar mais ali. Procurou pelas amigas dela, mas sem sucesso. Kira, Malia e Lydia também não estavam no local.

 A garrafa de água já se encontrava vazia, no entanto Scott ainda não tinha a disposição suficiente para conseguir levantar, então escolheu ficar sentando descansando ali por mais algum tempo, apenas observando os alunos e alguns professores transitando pelo ginásio já decorado. Sabia que a poucos minutos teria que voltar para casa para se arrumar e buscar Maya para o baile, porém rezava para que estes poucos minutos que lhe restara de descanso durassem a eternidade.

 Pouco tempo depois, avista as quatros meninas adentrando o ginásio, todas elas vestidas com os seus belos trajes para o baile que começaria em poucas horas. A atenção de Scott se concentrou e se fixou em apenas uma delas: a menina Argent.

 A morena de cabelos longos, que antes vestia jeans, blusa moletom e tênis, agora usava um vestido vermelho de alcinha, levemente rodado e seu cumprimento era curto – a peça única de roupa cobria apenas metade das coxas dela. Nos pés calçava uma linda sandália de salto alto dourada e vermelha. Seu rosto estava perfeitamente maquiado com um batom claro e olhos marcados.

 Allison solta o cabelo antes preso no coque, fazendo os fios lisos e extremamente escuros caírem sobre o ombro e as costas dela em um extraordinário movimento que prendeu ainda mais a atenção de Scott sobre ela. A garota morena desliza os dedos finos entre os fios na intenção de arruma-los, no final resolveu jogá-lo todo para o lado, ajeitou mais um pouco e seu cabelo também se encontrava pronto para o baile de outono.

 Scott se perdeu contemplando a beleza da menina por incontáveis minutos. Admirava o movimento dos lábios dela enquanto ela falava com as amigas e cada sorriso reluzente que ela soltava no meio da conversa, as covinhas que se formavam em sua bochecha neste momento era um complemento que embelezava ainda mais o sorriso dela. Ela era linda dos pés à cabeça e ele poderia ficar horas e horas apenas apreciando-a.

 Em um momento, Allison se depara com o olhar fixo do professor em cima dela. A morena sorri brevemente ao encara-lo de volta, sem interromper a conversa com as amigas. Esta foi uma das poucas vezes que Scott não desviou o olhar quando seus olhos se encontraram com os delas, talvez a primeira vez. O homem se manteve firme e só parou de encara-la quando Allison voltou sua visão para as amigas.

 Scott abaixa a cabeça e passa a mão no próprio cabelo demonstrando sinais de preocupação. Mas que porra você está fazendo, Scott? Allison poderia trazer incontáveis problemas para a sua vida. Porém, ela parecia hipnotizava-lo. Ela atraia-o. Ele desejava-a. No entanto, não valia a pena arriscar tudo por uma menina que mal conhecia, ou será que valia? Não, não e não. Scott só precisava resistir até que ela desistisse totalmente e a relação aluna e professor se tornasse a única relação existente entre eles, como deveria ser desde o princípio.

(...)

 O baile de outono ocorria no colégio Beacon Hills. Os alunos e professores preenchiam o local e aproveitavam o momento com excelência. Cada aluno estava com seus trajes característicos: meninas com seus belos vestidos e os meninos com seus ternos bem arrumados. Os professores também se vestiam tão bem quanto os alunos, porém mais comportados e adequados para a idade que possuíam.

 Com a música lenta que tocava agora, todos os alunos se juntaram aos seus acompanhantes para a dança a dois. Na verdade, quase todos, ainda havia pouquíssimas exceções que não tinham um parceiro para dançar – três ou quatros alunos, contando com Allison.

 Enquanto todos dançavam em pares, Allison permanecia sentada à uma das mesas sozinha, apenas observa, comia e tomava um delicioso suco de morango. Aguardava ansiosamente para a parte divertida do baile chegar, a parte que tocaria músicas animadas e agitadas, onde todos dançariam e se divertiriam juntos em uma verdadeira bagunça. Até lá ela se distraia com os comes e bebes, e cuidava da organização caso fosse necessário.

 Não muito distante dali estava Scott sentado à uma mesa com Maya e mais cinco professores do colégio, três homens e duas mulheres. Os mais velhos conversavam entre si, bebiam suco e beliscavam algum petisco ou outro. O assunto atual naquela mesa era viagens, Maya era a mais animada para contar sobre todas viagens que já realizou para cada canto do mundo, somadas as viagens que ela já estava programando para fazer muito em breve, com Scott, é claro. Este apenas concordava com tudo que ela dizia em um repetido movimento com a cabeça, assentia até mesmo para as frases que ele não escutara uma palavra sequer.

 Por vários momentos, os olhos de Scott lhe traiam e procuravam pela menina Argent, como se existisse uma necessidade de saber o que ela estava fazendo ou se alguém a acompanhava. Na maior parte das vezes a encontrou sozinha e em outras com suas amigas e com Theo, este último aparentemente não era uma ameaça, já que Allison disse que eles eram como irmãos. As poucas vezes que avistou-a conversando com algum outro garoto, fitava-os com atenção, analisando cada ação realizada por ambos, e para o alivio dele, nada passava de uma breve conversa.

 Uma auto repreensão sempre vinha logo em seguida, implorava para si mesmo para parar de perseguir com olhar cada movimento da menina como um louco, mas quem disse que ele conseguia? Depois de se repreender e tentar concentrar-se apenas na conversa da mesa em que estava, acabava se encontrando fazendo exatamente a mesma coisa pouquíssimo tempo após.

 Desde que voltou para o colégio, quando o baile realmente havia iniciado, os olhos do moreno não se entreolharam com os delas nenhuma vez, isto porque Allison não o olhava de volta e parecia pouco se importar com a presença do professor naquele momento. A garota dona das covinhas apaixonantes estava quieta em seu canto. Só quando a música lenta foi substituída por uma música eletrônica, a garota abriu um sorriso gigantesco que mal era capaz de controlar e quase saltou da cadeira em que se sentava para ir às pressas até a pista de dança. Toda a energia que ela guardou até agora, seria gasta em abundância imediatamente. Allison se juntou aos seus amigos mais próximos e não perdeu tempo para se acabar de dançar junto a eles.

 Depois de longos minutos dançando sem parar por um segundo sequer, Allison enfim deu uma pausa para buscar uma bebida para se refrescar. Ela se escorou na mesa e observou o baile enquanto bebia todo o líquido sem álcool presente no copo.

 A morena deixa o copo ali e anda em direção ao treinador, após avista-lo sentando à uma mesa sozinho e visivelmente desanimado.

 — Vai ficar sofrendo para sempre mesmo, treinador? — pergunta Allison ao se sentar na cadeira ao lado dele. — Faz quase um mês. Já está na hora de superar o pé na bunda e passar para outra.

 — Eu estou bem, Srta. Argent.

 — Não está não. Ela não merece seu sofrimento, quem perdeu foi ela! Vai aparecer alguém melhor para você, eu tenho certeza! Se anima! Te aconselharia uma bela noite de bebedeira com seus amigos. Eu até poderia te oferecer uma bebida agora, mas você sabe que não é permitido álcool no colégio e eu não quero me meter em problemas. Então, vamos dançar. Dançar é permitido, é divertido, distrai e é de graça.

 Allison segura no pulso dele e se levanta, tenta puxá-lo, no entanto o treinador resiste e nega com a cabeça.

 — Por favor, treinador. — Ela insiste, porém a resistência dele não parecia ir embora. Ainda negava com a cabeça e a expressão de desanimo permanecia em seu rosto.

 Allison por odiar ver pessoas tristes e, principalmente, por saber que o motivo dele estar assim era um simples pé na bunda, não desistiria tão fácil de tentar animá-lo. Afinal, era uma festa! Festa é um lugar de animação, não para você ficar deprimido em um canto.

 — Tudo bem, irei ficar aqui te fazendo companhia até você melhorar esta cara e aceitar meu convite de ir dançar. — Allison volta a se sentar em uma cadeira ao lado dele. Apoia os cotovelos sobre a mesa e o queixo sobre as mãos. — Você quer desabafar? Desabafar às vezes ajuda.

 Novamente o treinador nega em um simples movimento com a cabeça.

 — Um dia você se sentirá culpado por ter feito a aluna mais linda e amável que você já teve em toda sua vida perder o último baile de outono no colégio, mas tudo bem.

 Allison falava com seriedade e com uma falsa tristeza na voz, na tentativa de realizar uma chantagem emocional e assim convencê-lo. Contudo, ele permanecia afundado no mesmo desanimo. Seu olhar disperso e perdido fazia-o parecer alheio ao restante do mundo. A menina analisa a feição dele e balança a cabeça em reprovação.

 — Party rock is in the house tonight, everybody just have a good time and we gonna make you lose your mind, we just wanna see ya... Shake that! — com animação Allison cantarolava a música que tocava no ambiente diretamente para ele, também pegou as mãos do mais velho sem pedir licença e movimentou-as conforme o ritmo da música. Ainda assim, a única coisa que conseguiu atrair dele foi um olhar silencioso e sem nenhuma expressão, fazendo a menina bufar em uma mistura de frustração e irritação. Decidiu então partir para uma persuasão mais agressiva: — Por Deus! Uma música! Uma música e se você não achar que está se divertindo nem um pouquinho, você volta a se sentar e eu te deixarei em paz...Treinador! Eu vou ficar insistindo aqui até você levantar, seria melhor você economizar nosso tempo e facilitar as coisas.

 A boa ação da menina de tentar animar o treinador foi notada e se tornou motivo de assunto na mesa em que o McCall estava. Os professores e colegas de trabalho comentaram sobre o péssimo estado do Bobby Finstock por ser largado pela esposa, após quase dez anos juntos. E não economizaram elogios à tentativa da garota de ajudá-lo.

 — Ela é uma boa menina — o professor de história comenta, recendo a confirmação dos outros professores presentes na mesa. Scott, que escutava tudo em silêncio, olha para a menina conversando com o treinador e sorri.

 — Eu não acho — contrapõe Maya. — Quando eu fui jantar na casa da família Argent ela foi muito mal educada fazendo com que eu me sentisse desconfortável.

 — Ela não foi mal educada — Scott nega a afirmação que acabara de sair da boca da esposa.

 — Não? Ela brigou com os pais  na frente dos convidado para abandonar o jantar e ir à uma festas, foi uma falta de respeito. E ainda me tratou mal, cheia de deboche — continua Maya. Scott estreita os olhos e balança a cabeça em negação ao ver a distorção que a esposa fizera para prejudicar Allison.

 — Que estranho, então ela deveria estar realmente em um dia ruim, porque a Srta. Argent é sempre tão respeitosa e educada. Bom, é verdade que às vezes ela não mede as palavras que usa e a sinceridade dela pode assustar quem ainda não está acostumado com o jeito dela, porém no geral ela é uma ótima garota — uma professora fala.

 — Eu também acredito que ela é uma boa garota, eu acho que era você que estava em um mau dia e acabou criando pensamentos ruins sobre ela que não são verdadeiros — sem se dar conta Scott defende Allison, atraindo um olhar irritado de Maya por ele estar contrariando-a.

 — Pode ser. — A loira dá os ombros.

 — Não é que a Srta. Argent conseguiu, olhem lá — a outra professora fala olhando na direção da menina com o treinador, fazendo todos ali olharem para o mesmo local, inclusive Scott.

 Allison segurava nos pulsos do senhor Finstock, puxando-o para mais perto do local onde um grande número de pessoas dançavam. Logo, segurava as mãos dele forçando que ele movimentasse os braços no ritmo da música eletrônica, também dançava de uma forma divertida e um tanto engraçada incentivando que ele fizesse o mesmo. Apesar de ainda ter resistido no início, um mínimo sinal de sorriso começou a aparecer no canto da boca dele, além de alguns pequenos movimentos no corpo que aumentavam aos poucos e, mesmo de forma contida, já se poderíamos dizer que ele dançava com a aluna. Não demorou muito para a tristeza do homem ir embora, pelo menos temporariamente.

 Foi neste momento que Scott sentiu uma admiração e se maravilhou com o ato da menina. Um sorriso iluminou o rosto dele ao ver a morena dançando com o treinador apenas para alegrá-lo e trazer alguns minutos de distração nesta situação difícil que ele enfrentava. Foi neste momento também que Scott soube que Allison Argent não era só mais um rosto bonito, uma garota sexy e provocante, ela era muito mais que apenas isto. Ele a viu com outros olhos e de repente uma vontade incontrolável de conhecer todos os lados da menina Argent ainda desconhecida por ele surgiu dentro de Scott.

 — Daqui a pouco ela e as amigas vêm nos buscar para “a hora da dança dos professores” — comenta uma professora citando um momento que acontecia em todos os bailes do colégio Beacon Hills. Por cuidarem da organização do baile, Allison, Kira, Malia e Lydia eram as responsáveis por chama-los para a pista.

 Três músicas inteiras se passaram e esta hora enfim chegou. As quatros garotas se dividiram para irem até as mesas em que os professores estavam para arrastá-los até a pista de dança. Allison fugiu propositalmente da mesa em que Scott sentava e correu rapidamente para outra mesa, deixando que uma das outras meninas enfrentassem o casal McCall.

 Depois de muita persuasão e insistência, a menina morena conseguiu levar seis professores acompanhados dos maridos e esposas para a pista. Sua parte aparentemente estava concluída, porém ainda assim parou para analisar o local checando se não faltava mais ninguém e se todos os professores já dançavam. Passou sua visão por ali e encontrou apenas Scott e Maya ainda sentados. Confusa e curiosa, Allison caminha até Kira para perguntar sobre.

 — Por que eles ainda estão sentados? — questiona Allison, apontando com a cabeça em direção ao casal McCall.

 — Eu insisti, mas eles não quiseram. Se quiser tentar, boa sorte... — Kira explica.

 Allison suspira e, mesmo hesitante, decide encarar o casal. Em passos largos e ágeis, ela se aproxima deles.

 — Professor, Maya — fala Allison em tom de cumprimento e em um alto volume para que eles pudessem escutar mesmo com a música alta tocando ao fundo. Scott que antes estava com a cabeça baixa e estralando os dedos das próprias mãos, se assusta com a voz da menina, e fica tenso ao olhar para cima e se deparar com ela ali parada em pé na frente deles. — Vocês não querem mesmo participar? É tradição aqui no colégio a famosa hora da dança dos professores, tem em todos os bailes. É divertido, e como vocês são novos por aqui, pode ser uma ótima oportunidade de se familiarizarem e...

 — Não, obrigada — interrompe Maya de uma forma nada simpática, transbordando grosseria. Com o não que acabara de receber, Allison apenas assente.

 — Professor, você vem? — pergunta, olhando unicamente para o homem desta vez.

 — Você não entendeu que a gente não vai? Ele não quer ir — Maya responde por ele, novamente com extrema antipatia. Allison, que já começava a se irritar, fecha os olhos por dois segundos e respira fundo na falha tentativa de se manter calma.

 — Ele não quer ou você que não quer que ele queira, Maya? — Allison pergunta exatamente no mesmo tom rude que a loira usara nas últimas vezes para responde-la.

 — Ele não quer ir — a loira repete impaciente.

 — Professor, você vem? — Allison ignora a mulher e pergunta olhando diretamente para ele, desta vez com uma voz mais calma e delicada.

 — E-eu... — Scott balbucia.

 — Tudo bem se quiser, tenho certeza que a Maya não ficará brava e respeitará a sua vontade.

 Scott passa sua visão da menina para a mulher e encontra o olhar fuzilante da esposa sobre ele. Ele sabia o que aquilo significava e se deixou intimidar. Abaixou a cabeça e espremeu os lábios.

 — Eu não quero ir, Srta. Argent, mas obrigada — Scott olha para ela e recusa o convite. Com isto Maya sorri vitoriosa e encara Allison com deboche. A morena estreita os olhos e balança a cabeça em negação.

 — Tudo bem, então. Se mudarem de ideia, sintam-se à vontade.

 Allison se despede e vai para perto do grupo de professores que dançavam na pista, pouco tempo depois estes se misturaram com os alunos, formando um único grupo. Todos dançavam animadamente todas as músicas e às vezes uma pessoa ou outra fazia passos engraçados rendendo longas risadas de quem estava perto o suficiente para conseguir ver. Durante esse período, da interação dos alunos com os professores na dança, os únicos sentados eram a Maya e o Scott. A loira tagarelava para o marido, que assim como fazia o baile inteiro, respondia tudo minimamente, sempre com poucas e curtas palavras, sem mostrar grandes interesses aos assuntos da mulher.

 Pouco menos que uma hora depois, a loira fecha a cara e se enfurece ao encontrar os olhos fixos do marido sobre a menina Argent.

 — Amor, vamos pegar algo para beber? — Maya repousa as próprias mãos sobre as do esposo e segura-as com delicadeza, atraindo a visão de Scott para ela novamente. O homem responde que sim ao fazer um movimento com a cabeça.

 Os dois se levantam e andam em direção à mesa de comes e bebes. Maya, que ia na frente guiando o caminho, fez questão de passar perto de Allison, esbarrando na menina propositalmente. Pela intensidade que o ombro e o braço da loira colidiram com as costas da menina, Allison tropeçou sobre seus saltos altos e teria caído se não fosse Theo ali segurando-a para salvá-la.

 — Maya — repreende Scott, puxando a mulher para trás para afastá-la de Allison.

 — Oh, me desculpa foi um acidente, desculpa mesmo — Maya finge um falso arrependimento.

 — Você se machucou? — pergunta Scott com preocupação.

 — Não, está tudo bem — tranquiliza Allison e sorri minimamente. Só quando recebeu a confirmação que ela estava bem, Scott se afastou junto à Maya para dar continuidade ao caminho que seguiam até a mesa.

 — É minha impressão ou ela fez de propósito? — indaga Malia após o casal se afastar, olhava para Theo e Allison para saber o que eles pensavam.

 — Não, foi sem querer mesmo, Mali — Allison nega, mas sabia que a probabilidade do esbarro da loira ter sido proposital era gigantesca, quase unanime, porém não quis estender o assunto.

 “Você merece isso, você é a errada da história por ter beijado o marido dela, não tem o direito de reclamar”, esta era a frase que Allison repetia mentalmente.

 Em segundos ela volta a curtir o baile da melhor maneira possível com Theo e Malia ao lado, esquecendo completamente o que havia acontecido anteriormente. Os três juntos dançavam, conversavam, riam e gargalhavam. Só não esperavam que Maya se aproximaria deles algum tempo depois para importunar Allison novamente. A loira apenas esperou uma nova oportunidade aparecer, e quando Scott informou que iria ao banheiro, ela encontrou a chance perfeita. Em passos pesados, andou até Allison e se colou na frente dela, fazendo a menina morena parar de dançar. A Argent olhou-a com uma expressão claramente confusa, Malia e Theo também olhavam para a loira com a mesma expressão.

 — Tem como você parar de ficar dançando assim?! — resmunga Maya.

 — O quê? — Allison faz uma cara incrédula com o que acabara de ouvir.

 — Você me ouviu.

 Allison revira os olhos e desvia da loira, dá alguns passos mais para longe com o intuito de se afastar, criando uma boa distância entre elas. Theo e Malia acompanham a amiga, mas não eram os únicos que se aproximavam dela novamente, Maya também seguia os passos da Argent.

 Não satisfeita, a loira ainda segurou o braço dela com força, fazendo com que Allison parasse de andar, virasse para trás, olhasse para o próprio braço e depois para o rosto da loira.

 — Por que diabos você acha que tem o direito de encostar em mim? — braveja Allison com clara uma irritação visível em seu rosto, logo em seguida puxa o próprio braço de volta para si, se livrando da mão de Maya que segurava-o sem permissão.

 Em resposta, Maya joga todo o líquido presente no copo que segurava em Allison, atingindo-a na região do pescoço, colo e peito. Ao sentir o líquido gelado entrar em contato com sua pele, a reação imediata que seu corpo teve foi fechar os olhos e entreabrir a boca. Quando se deu conta do que acabara de acontecer, permaneceu com os olhos fechados e respirou fundo, buscando toda a calma que ela tinha dentro de si, e a que não tinha também, tudo isto para não explodir e começar uma briga física com Maya ali mesmo.

 — Eu mereço isto, eu mereço isto — a morena sussurra baixinho para si mesma. Porém, apesar de aparentemente ter conquistado o controle que desejava, Malia não seguiu os mesmos passos e não hesitou em sair na defesa da amiga.

 — Qual é o seu problema? Você está louca? — Malia grita com ela com bravura.

 — Meu assunto não é com você — rebate Maya.

 — É comigo sim, quem você pensa que é para ficar perseguindo a Allison assim? Primeiro o empurro que deu nela e fingiu que não foi proposital, agora isto...

 — Calma, Mali, está tudo bem, não precisa se preocupar — pede Allison, enquanto passava as mãos sobre a sua pele molhada pela bebida na tentativa de amenizar o líquido presente ali. Theo também tentava acalmar a linda garota de cabelos curtos, mas nada parecia diminuir a irritação dela. Malia encarava Maya e as duas trocavam algumas farpas. Até Scott finalmente aparecer ali ao lado deles.

 — O que você está fazendo? — ele pergunta com os olhos sobre a esposa querendo uma explicação.

 — Sua esposa é surtada, senhor McCall. Por algum motivo ela veio atazanar a Allison, de novo. Desta vez jogou bebida nela! — irritada, Malia fala. Fazendo o McCall olhar diretamente para Allison, encontrando-a ainda tentando, inutilmente, limpar a bebida agora presente na pele e no vestido dela.

 — Ela me provocou a festa inteira, amor — resmunga Maya olhando para o marido.

 — O quê? — Allison se viu obrigada a rebater apesar de realmente não querer entrar em uma briga com Maya. — Eu realmente poderia ter provocado se você significasse alguma coisa pra mim, mas não é o caso. A única coisa que eu fiz hoje foi me divertir com os meus amigos, se a felicidade alheia te incomoda, eu sinto muito.

 — Olha aqui, garota! Você não sabe com quem está se metendo — Maya erguia o dedo indicador apontando em direção ao rosto dela. Ao ver isto, Scott se apressou para abaixar a mão da mulher no mesmo instante, impedindo que ela realizasse tal ato.

 — Vamos embora, Maya — exige Scott, uma expressão séria estampava o seu rosto. Assim como os outros, a irritação também o atingiu. Sua impaciência com a loira era imensa naquele instante.

 Maya bufa, dá as costas para todos e sai marchando na frente, esperando que o marido viesse logo atrás para eles irem embora.

 — Desculpa por isto — Scott fala à Allison olhando diretamente nos olhos castanhos dela. Espremeu os lábios e suspirou em seguida. Ele sentia a culpa pesando em suas costas, acreditava que era o único responsável por tudo aquilo que acontecera há poucos minutos com a menina.

 — Está tudo bem, professor — a Argent tranquiliza-o pela segunda vez na última uma hora.

 Só então o senhor McCall se despede dos três alunos para seguir a esposa na intenção de voltar para casa. Do outro lado, os três adolescentes saíram do ginásio também, mas estes foram em direção ao banheiro para que Allison pudesse se limpar direito.

 

 — Por favor, me digam que todos ali estavam muito entretidos e não notaram esta cena patética, eu definitivamente não quero meu nome envolvido em fofocas rodando por todo o colégio — diz Allison, quando já havia se limpado e caminhava pelo corredor do colégio voltando para o baile. A preocupação em saber se havia pessoas ao redor assistindo a discussão só apareceu agora. Ela rezava para que não, pois não estava nem um pouco afim de ser bombardeada por perguntas de curiosos que se preocupam unicamente em cuidar da vida alheia.

 — Não quer seu nome em fofocas? O que você acha que vai acontecer quando descobrirem sobre você e o... — Theo se interrompe antes de dizer o nome do senhor McCall.

 — Shhh... — Allison pede silêncio ao lançar um olhar repreendedor para o amigo.

 — O que eu estou perdendo? — questiona Malia, com os olhos estreitos demonstrando sinais de desconfiança.

 — Nada, Mali.

 — Ela tem um caso com o senhor McCall — em um impulso, Theo revela o segredo da Argent à Malia.

 — Cala a boca, porra! — braveja Allison ao se colocar na frente dele deixando poucos centímetros de distância entre os dois. — Você merece um belo de um soco neste rostinho lindo! — Os punhos dela se encontravam cerrados, tinha extrema vontade de atingi-lo com toda força que não possuía por ele ter aberto a porra da boca. Encarava-o com raiva, pois era isto o que ela sentia no momento.

 — É a Malia, nossa amiga, qual o problema dela saber?

 — O problema é que eu não preciso de mais uma pessoa para ficar me julgando e dizendo que eu estou errada, porque eu já sei que estou.

 — Talvez para ela você dê ouvidos, já que os meus conselhos você ignora. Não é, Malia? Diz para ela... — Theo olha para a menina de cabelos curtos que se encontrava parada ao lado deles, observando-os. Allison lança o último olhar fuzilante para o amigo, antes de olhar para Malia também, já esperando pelo sermão.

 — Então, na semana passada que você sumiu no intervalo porque estava com alguém, este cara era o senhor McCall e foi por isto que ele também se atrasou para chegar na sala... — Malia parecia tentar juntar as peças. — Puta merda, Allison Argent! — exclama. Porém, para a surpresa de Allison e Theo, ela não usava um ar de repreensão e nada semelhante a isto. Sua boca estava aberta e podia ver sinais do seu sorriso.

 — Você não vai me criticar? — Allison estreita os olhos com um enorme ponto de interrogação estampando seu rosto, o mesmo acontecia com Theo, que olhava-a sem entender a reação da menina de cabelos curtos, uma vez que esperava por uma totalmente diferente.

 — Por que eu criticaria? Por você ter zerado sua vida escolar?

 — Caralho, eu te amo — Allison corre para abraça-la. — Obrigada, Mali.

 — Como isto começou? — pergunta Malia com curiosidade e animação.

 — Longa história... Depois te conto, já que agora felizmente tenho alguém para conversar que não ficará me criticando. Obrigada por isso, Theo — fala em um tom divertido, quase zombando do amigo que achava que Malia ficaria do lado dele, mas para a sorte dela isto não veio a acontecer.

 — Por que eu fui escolher duas loucas como melhores amigas? — dizia Theo ao balançar a cabeça em reprovação, olhava para as duas meninas à sua frente ainda abraçadas, porém agora Allison deixou seu braço em volta dos ombros da amiga e Malia repousou seu braço em torno da cintura da Argent.

 — Porque talvez as loucas sejam as melhores pessoas — Allison pisca para ele e sorri. Malia também sorri e balança a cabeça confirmando aquilo.

 — Tudo bem, então. Mas eu não preciso lembrar que ele é casado, não é? E esse já é um motivo grande o suficiente para você se afastar.

 — Por favor, Theo. Se uma professora gostosa para caralho demonstrasse interesse por você, mesmo que tivesse o pequeno detalhe de ela ser casada, você iria recusar? Ah, está bom, me engana mais, santo — fala Malia, arrancando uma gargalhada divertida de Allison.

 — Nas consequências ninguém pensa? Se descobrirem isto, Beacon Hills inteira vai te chamar dos piores nomes possíveis, Allie, você sabe. Todo lugar que você passar vão ficar comentando sobre.

 — Eu vou tomar cuidado para ninguém saber. Se por acidente descobrirem, bom... — Allison suspira. — De qualquer maneira, eu vou embora de Beacon Hills quando o colégio acabar. Mas até esse dia chegar eu aguento todas as críticas, tá?

 — E se precisar nós damos apoio e a defendemos de todos os intrometidos, não é, Theo? — Malia olha para o moreno de olhos claros, esperando a confirmação do amigo.

 — Claro — ele confirma com a cabeça. — Mas e se você se magoar? Ou sair com o coração partido no final?

 — Eu não vou partir meu coração, porque primeiro eu precisaria ter um para ser partido — ela brinca e gargalha, arrancando risadas dos amigos também. — Mas enfim, eu prometo que se por acaso um dia começar a envolver sentimentos, e coloque um grande “se” nisto porque eu acho muito difícil, eu fujo como sempre. Sem sentimentos, sem coração partido.

 — Tudo bem, então — Theo dá os ombros.

 Allison chama-o com a mão pedindo que ele se aproximasse, quando assim ele faz, a menina Argent envolve seu braço disponível em torno dele, ficando abraçada com Theo e Malia ao mesmo tempo.

 — Eu sei que você só quer me proteger, e eu te amo por isso. Mas infelizmente você escolheu uma pessoa para ser amiga que só faz besteira, me perdoa por isso, um dia eu tomo jeito e você não precisará mais se preocupar em cuidar tanto de mim assim. Está bom?


Notas Finais


– Roupa da Allison http://i.imgur.com/l8uCLjy.jpg ;
– Eu sempre me confundo com o ano letivo dos EUA começar no segundo semestre do ano, então coloquei data neste capítulo e colocarei em mais alguns para eu não me perder completamente no tempo cronológico da história;
– Curiosidade: O Isaac iria ter um rolinho com a Allison na fic, mas vi que vocês gostam de Malisaac, então mudei isto. aaaah, inclusive não me responsabilizo se alguns personagens seguirem a teoria da branca de neve U_U


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