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História Hands to Myself - Querido sogro;


Escrita por: AllieMaddox

Notas do Autor


hello, hello ♡

Capítulo 21 - Querido sogro;


Fanfic / Fanfiction Hands to Myself - Querido sogro;

 Após algumas horas dormindo, Allison desperta. Abre seus olhos calmamente e demora um momento para identificar o lugar em que estava. Olha para baixo visualizando o braço musculoso e tatuado em volta da sua cintura, mantendo-a aquecida pelo calor do corpo definido. Sorri ao ver as mãos dele juntas às suas com os dedos entrelaçados. Vira um pouco a cabeça e avista Scott ainda dormindo, lindamente, o rosto encaixado na curvatura do pescoço feminino. Allison podia sentir a respiração quente contra a sua pele. Ambos se encontravam totalmente despidos, permitindo que cada pedacinho dos dois corpos mantivesse um contato direto, pele a pele.

 Allison passa os olhos castanhos por ali e encontra em cima do criado-mudo um relógio digital que mercava exatamente uma hora e três minutos da tarde.

 — Scott — ela chama baixinho. Tenta se virar para ele, porém Scott abraçava-a fortemente, impedindo tal movimento. — Scott, acorda.

 — O quê? — murmura e se remexe minimamente.

 — Eu tenho que voltar para casa.

 — Agora? Não podemos ficar aqui mais um pouco? — resmunga com uma voz sonolenta e aperta a menina ainda mais em seus braços.

 — Só um pouco, não posso ir embora tarde. Meu pai já foi gentil o suficiente me deixando dormir fora com alguém que ele não conhece, não quero abusar. E o coitado deve estar lidando com a minha mãe por minha causa, lembra que ela não sabia que eu ia dormir fora?

 Mesmo não estando feliz por só terem mais algum tempo para ficarem juntos, Scott assente e beija o pescoço dela.

 — E, hm, eu preciso tomar banho. Aparentemente, você já tomou o seu e nem me chamou, professor. Quando terminar, a gente come a pizza que restou de café da manhã e você me leva para casa.

 Allison sai do abraço de Scott e se levanta. Anda em direção à segunda porta do quarto que julgava ser a do banheiro. Entra no chuveiro e deixa a água morna escorrer pelo seu corpo enquanto se ensaboava com o sabonete líquido em um banho rápido.

 Ao sair do chuveiro, se enrola em uma das toalhas que encontrou ali sem se importar em saber quem era o dono. Encarou-se no espelho e lavou o rosto. Deveria ter trazido a escova de dente, pensa. Passa os dedos entre os fios do seu cabelo preto na tentativa de arruma-los, no fim prende em um coque desajeitado.

 — Scott, você está passando estes dias aqui com o Stiles, não é? — berra para que o homem pudesse ouvi-la.

 — Sim — ele aparece na porta, vestido com a sua cueca boxer, e se escora no batente.

 — Me empresta a sua escova de dente? Prometo que a minha boca é limpinha, vou ao dentista regularmente — ela pede descontraidamente, olhando-o através do espelho. Ele ri e assente, sai do banheiro do quarto, busca a escova no outro banheiro do apartamento e dá a ela. — Obrigada.

 Allison escova os seus dentes e quando termina sai para o quarto. Procura pela calcinha preta, encontra-a jogada no chão em um canto e veste-a. Scott, também no quarto, vestia as suas roupas.

 A menina sai do quarto indo para a sala de jantar em busca do vestido e, assim que encontra, veste-o.

 Logo, Scott aparece na sala de jantar também. Se posiciona atrás dela, abraça-a e distribui beijos carinhosos na curvatura do pescoço dela, fazendo-a sorrir.

 — Queria poder passar mais tempo contigo — sussurra com os lábios pressionados contra a pele dela.

 — Eu também queria.

 — ...minha vontade é ficar o dia inteiro ao seu lado — continua —, a semana inteira, o ano inteiro, minha vida toda.

 Allison ouve as palavras proferidas por Scott e suspira. Se vira ficando de frente para ele. Junta suas duas mãos com as mãos do homem e entrelaça os dedos. Com os rostos próximos, as írises castanhas da menina encontram as de Scott.

 — Seja sincero e coerente, você acha que temos a mínima chance de darmos certos no futuro? — ela pergunta.

 — Por que não?

 — É sério, Scott. Provavelmente, chegará uma hora que você deverá escolher entre mim e o seu pai, assim como aconteceu com a Octavia. E, eu compreendo que apesar de qualquer coisa, pai é pai, e você não irá deixa-lo na mão por uma garota.

 Era a vez de Scott suspirar. Ele remexe as mãos ainda juntas às dela e observa-a.

 — Eu juro que estou procurando uma solução para isto onde não precisarei escolher apenas um. Eu não quero perder nenhum dos dois, Allison.

 — Então, eu terei que ficar na torcida para esta solução aparecer, pois caso não apareça, eu serei a pessoa abandonada — murmura, espreme os lábios e abaixa a cabeça.

 — Allison... não fala assim, eu não irei te deixar, eu prometo. Vou achar uma solução.

 — Está bom, Scott — ela diz baixinho, olha para ele e sorri fraco. Mesmo desacreditando fortemente naquilo.

 Scott dá um meio sorriso e junta seu lábio ao dela, iniciando um beijo calmo e carinhoso.

 — Cadê o seu celular? — pergunta Allison, cessando o beijo.

 — Acho que está na mesa de centro da sala, por quê?

 — Você vai ligar para o seu pai agora e dizer que precisam conversar. Você não precisa procurar uma solução sozinho, ele não faz mais que obrigação te ajudar, foi ele que te colocou nisto.

 — Allison, acredito que não é uma boa ideia.

 — Scott, você vai ligar sim! Vocês devem conversar sobre isto e procurarem uma solução juntos. — A Argent puxa-o pela mão e leva-o até a sala. Pega o aparelho celular sobre a mesa e entrega a ele. — Liga e marca um dia para vocês se encontrarem.

 Depois de resistir por algum tempo, Scott se rende e pega o celular. Os dois morenos se sentam no sofá, um do lado do outro. Allison ainda segurava na mão esquerda do homem, como se quisesse mostrar que ela estava ali ao lado dele, apoiando-o no que precisasse.

 Scott disca o número do pai e espera, coloca no alto-falante para que Allison também pudesse ouvir.

 — Scott — cumprimenta. — Algum problema?

 — Não... Sim... — balbucia. — Eu preciso conversar com o senhor, podemos marcar um dia para nos encontrarmos?

 — Estou bastante ocupado, você pode falar o que quer por aqui mesmo — responde. Scott olha para Allison que balança a cabeça incentivando-o a dizer.

 — Tudo bem — Scott suspira. — Pai, eu quero falar contigo, pois quero me divorciar da Maya e...

 Antes de continuar ele houve a risada alta do pai do outro lado da linha.

 — Está bom, Scott, para de graça. Me diz o que quer logo, estou muito ocupado no momento para ficar desperdiçando tempo no telefone ouvindo estas asneiras.

 — Estou falando sério, pai. Eu quero me divorciar e sei que isto poderá te prejudicar um pouco com os negócios, mas nós podemos procurar uma solução juntos. Nos programamos e planejamos uma maneira para não ocorrer prejuízos tão grandes na sua empresa e como podemos recuperar tudo depois.

 — Scott, mas que merda você está dizendo? Prejudicar um pouco? Irá me prejudicar muito, irá destruir tudo o que construí! O que deu na sua cabeça para vir com este papo?

 — Pai, eu juro que tentei suportar, porém eu não estou aguentando mais este casamento, a cada dia eu me sinto pior vivendo assim.

 — Você tem tudo do bom e do melhor, e vem me dizer que está se sentindo mal vivendo assim? E mais, você tem à sua disposição uma loira linda e gostosa, qualquer homem que se preze imploraria para trocar de lugar com você.

 Allison franze o cenho ao ouvir aquelas palavras ridículas, pelo visto o Rafael McCall era mais escroto do que ela imagina.

 — Do que ainda ela ser bonita se eu não sinto absolutamente nada por ela? Eu quero seguir a minha vida ao lado da pessoa que eu estou apaixonado. — Olha de relance para Allison e aperta a mão dela com mais força. — Eu não quero perde-la para viver infeliz ao lado de alguém que eu não escolhi. Então, podemos achar uma solução que ajudará tanto a mim como a você.

 — Ah, entendi, a causa desta palhaçada toda é apenas uma simples mulher que encontrou e acha que está apaixonado.

 — Ela não é só uma simples mulher, e eu não acho que estou apaixonado, eu tenho certeza disto, a maior certeza que tive em toda a minha vida.

 Os dois morenos sentados no sofá, percebe um silêncio e depois um bufo irritado aparecer do outro lado da linha. Allison deita a cabeça no ombro do homem, enquanto aguardam o senhor McCall voltar a falar.

 — Filho — começa com uma voz calma e estranhamente dócil. — Quando a sua mãe nos deixou, eu tive que cuidar sozinho de ti, trabalhar duro para te sustentar, você se lembra disto, não é? Por que você está fazendo isto comigo agora? Querer me trocar por uma mulher que acabou de conhecer? Francamente, nunca pensei que prejudicaria o seu pai por este motivo.

 — E-Eu... — Scott fraqueja e abaixa a cabeça.

 Allison olha para a feição de Scott, estreita os olhos e balança a cabeça em negação.

 A Argent bufa com extrema irritação, tira o celular da mão de Scott e se levanta abruptamente.

 — Escuta aqui, Rafael. Como você consegue dormir à noite depois de fazer isto com o teu filho?

 — Quem está falando?

 — Não te interessa quem está falando, Rafael! Como você tem coragem de jogar sujo com as palavras para fazer o Scott se sentir mal por tentar seguir a vida dele da forma correta? Ele não é um bonequinho para você controlar! Ele tem a vida dele e você tem a sua, para de tentar manipula-lo!

 Scott arregala os olhos, corre atrás dela e tenta pegar o celular de volta, mas Allison se esquiva e repreende-o furiosamente com o olhar.

 — Você não sabe com quem está falando, menina! — retruca Rafael.

 Scott suspira, se encosta na parede mais próxima e passa a mão sobre o rosto em preocupação.

 — Sei sim! Estou falando com um fracassado que o único jeito que consegue ser bem sucedido profissionalmente é tirando a felicidade e a liberdade do próprio filho, porque não tem mérito próprio.

 Allison olha o moreno de maxilar torto e passa o braço em volta dos ombros dele, abraçando-o. Com a mão livre acaricia o cabelo dele, tentando dizer silenciosamente que estava tudo bem. Tudo isto, sem deixar a discussão de lado.

 — Eu só quero o melhor para a minha família, para o meu filho...

 — Não! — interrompe. — Você é um egoísta que só pensa no seu próprio bem! Para com essas porras de dizer que cuidou dele sozinho e o sustentou quando criança, isto não foi um favor que fez por ser uma boa pessoa caridosa, você não fez mais que a sua obrigação como pai! Para de tentar manipula-lo com isto, Rafael, que porra! Você sabe que, diferente de você, ele é uma pessoa muito boa, e abusa desta bondade dele para o seu benefício. Você não tem o mínimo de vergonha na cara?

 — Estou pouco me fodendo para o que você pensa de mim. Apenas se afaste do meu filho e procure outro macho para ti, sua vadiazinha.

 — Vadiazinha? Que educado — ela dá uma risada sarcástica e irônica. — Eu não vou me afastar do Scott! Eu vou ficar com ele, sim! Posso até começar a te chamar de sogro, você quer? E, não se preocupe que a sua nova nora aqui dará tudo de melhor que ele merece, meu objetivo é ver o seu filho feliz, já que percebi que felicidade é o que está faltando na vida dele, pois você tirou isto dele. Então, querido sogro, é melhor você dar um jeito na sua vida antes que a Maya descubra e acabe com tudo o que você ‘construiu’ — diz em um tom debochado na última palavra.

 — Você não vai foder com a minha vida... — ele fala, mas Allison desliga.

 A Argent fecha os olhos por alguns segundos, conta até dez e respira fundo.

 — Allison... — murmura Scott.

 — Scott, eu não vou pedir desculpa por isto, porque eu não me arrependo. Seu pai precisava ouvir a verdade. Ele não tem o direito de fazer isto com você. Você já tem vinte e quatro anos, tem que viver a sua própria vida e deixar de ser controlado pelo seu pai! Espero que não esteja bravo comigo. — Abre os olhos por fim e olha para ele.

 — Não estou. Obrigado por querer me defender. — Ele sorri tranquilizando-a. — E eu tenho vinte e cinco anos — murmura baixinho.

 — Não era vinte e quatro? — ela pergunta com extrema confusão. Scott confirma ao movimentar a cabeça para cima e para baixo. — Quando fez aniversário?

 — Hm... Hoje.

 — Fala sério? — Ela abre a boca formando um perfeito ‘o’ quando ele confirma em um movimento com a cabeça. — E você não iria me falar nada?!

 — Não era importante. — Ele dá os ombros.

 — Claro que é! — Abraça-o, enlaçando o pescoço dele com os braços. Fica na ponta dos pés descalços, leva seus lábios aos dele e beija-o. — Feliz aniversário, Scott McCall. E... Hm, não sou a pessoa mais romântica do mundo, mas quero que saiba que eu também estou feliz por você ter entrado na minha vida. Eu não sei onde isto vai dar, porém eu vou aproveitar o agora ao máximo contigo. Não irei me preocupar com final, só me preocuparei em dar cor na sua vida preta e branca enquanto eu posso. Quando estiver bravo, chateado ou triste com qualquer problema que tiver na sua casa com a Maya ou com seu pai, procure por mim, está bom? Eu sempre estarei aqui para você.

 — Obrigado — ele sussurra.

 Eles apertam o abraço e enterram o rosto no pescoço do outro. Um abraço confortante e significativo. Um dos gestos mais bonitos que podia ser executado entre duas pessoas. Scott precisava deste abraço, um abraço que dizia que ele não estava sozinho. E foi o presente de aniversário mais nobre que ele já recebera em toda a tua vida.

 — Eu não irei estragar com tudo em respeito a você. Pois, se fosse pelo seu pai eu iria falar com a Maya agora para terminar essa palhaçada, mas sei que você ficaria chateado, então tudo bem, eu espero.

 — Allison, não se exponha. Não permita que o meu pai sabia quem você é, não deixe nem que ele saiba o seu nome, por favor. Senão, ele certamente dará um jeito de infernizar a sua vida para você se afastar de mim.

 — Tudo bem, ele não saberá quem é a nova nora dele.

 — Nora... — ele repete. — Então, você é minha namorada?

 — Não me faça perguntas difíceis.

 Os dois dão risadas.

 Permanecem abraçados por mais algum tempo até se separarem enfim. Andam para a sala de jantar e comem o resto da pizza. Quando terminam, colocam os calçados nos pés e, infelizmente, abandonam o apartamento, pois Allison precisava voltar para casa.

 O caminho foi muito animado, Allison havia conectado seu celular com o rádio do carro via bluetoofh e colocou uma playlist com suas músicas preferidas para tocar, dos ritmos musicais mais variados. Também deu espaço para Scott escolher as músicas. Os dois cantavam alto e remexiam o corpo no ritmo da música. Nos faróis vermelhos, aproveitavam para trocar beijos. O clima descontraído fez o percurso terminar mais rápido do que esperavam e queriam.

 — Tchau, professor, te vejo amanhã na aula — se despede com um sorriso. Pega as rosas cor salmão que Scott havia comprado. Ela fez questão de leva-las consigo, colocaria sobre a cômoda do quarto. Abre a porta, mas antes de sair se inclina chegando próximo ao ouvido dele e sussurra: — Você definitivamente foi o melhor homem que eu já fiquei.


Notas Finais


o que acharam? :3
Até chegar o capítulo que dará inicio ao fim, teremos esses capítulos gostosinhos entre Scallison com romance e/ou putaria, então aproveitem esta fase boa, çahs~shau.


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