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História Hands to Myself - Relaxa, bebê;


Escrita por: AllieMaddox

Notas do Autor


Hello, adivinha quem chegou aos 200 favoritos? Isto mesmo, Hands To Myself, muito obrigada gente linda do coração ♡ ~abraço coletivo~ (sempre recebo desfavoritos, mas espero não receber e ainda continuar nos 200, haha).

Capítulo 26 - Relaxa, bebê;


Fanfic / Fanfiction Hands to Myself - Relaxa, bebê;

 Sorrateiramente, Allison abre a porta da sala dos professores, passa seus olhos de íris castanha por ali e, assim como previa, apenas uma pessoa se encontrava presente: o professor dela. Allison já sabia com perfeição o horário completo do McCall, principalmente quando ele tinha horário livre e ficava sozinho na sala dele ou na sala dos professores.

 O homem de cabelos negros não viu a menina adentrando a sala, pois estava de costas para a porta e se mantinha ocupado enchendo um copo descartável de café recém-feito na cafeteira. Allison anda nas pontas dos pés cuidadosamente até ele e por trás tampa os olhos dele com as mãos, sugerindo que ele adivinhasse quem era. Scott dá risada ao sentir as mãos da menina em seu rosto, não precisava do mínimo esforço para conseguir identificá-la, uma vez que ele já sabia exatamente o aroma que ela possuía.

 — Marie? Nicole? Clarissa? — ele chuta os nomes de algumas das alunas em tom divertido, zoando. — Já sei, é a Rebecca.

 — Vá se foder, professor — Allison gargalha e destampa os olhos dele. Em dois saltos a menina se escora na bancada em que a cafeteira que Scott usava se encontrava sobre. A morena sorri para ele, recebendo um sorriso de volta.

 — Matando aula de novo — Scott encara-a com os olhos estreitos e toma um gole do café.

 — Eu odeio química orgânica e o professor não é dos melhores, o que contribui para o meu desanimo em aprender aquela merda, e se for para não aprender porra nenhuma de química orgânica, eu prefiro aprender porra nenhuma de química orgânica com você. — Ela move os ombros como se não se importasse. Scott ri e balança a cabeça em negação.

 — Você não deveria matar todas as aulas de química agora, falta pouco para terminar as aulas, amor — fala Scott, enquanto os dois caminhavam até uma das mesas dali. O homem se acomoda em uma das cadeiras e a menina se senta em uma ao lado dele.

 — Eu já consegui a nota que eu queria no SAT graças a você e ao Stiles, e já está tudo enviado às duas universidades. Estou apenas esperando a resposta. Considerando que eu me aproveitei de você para me ajudar a escrever a carta de apresentação perfeita, mais as cartas de recomendação que consegui de três professores queridos que me dão aula desde que entrei neste colégio, tenho certeza que a carta de aprovação de pelo menos uma delas está a caminho da minha casa, resta aguardar. Que seja a de Los Angeles — a menina cruza os dedos, torcendo por isto. — E adeus Beacon Hills! Olá Los Angeles! Hollywood me aguarde!

 A Argent sorri largo, extremamente animada com a ideia. Scott sorri admirando-a, enquanto tomava o seu café. Ele adorava ver a menina falando tão animada sobre o futuro, Scott sentia tanto orgulho dela e desejava que ela realizasse todos os sonhos.

 — Scott, que cidade você fez sua faculdade?

 — Em Lakewood mesmo, onde eu cresci.

 — Nunca quis estudar em uma cidade diferente?

 — Se eu tivesse estudado medicina veterinária provavelmente iria mudar de cidade, mas como fiquei com literatura mesmo, estudei em Lakewood.

 — Veterinária? — ela pergunta com curiosidade.

 — Sim, eu queria ter estudado veterinária, mas também queria literatura. Basicamente, eu sempre amei livros e animais, talvez porque eles eram meus únicos amigos antes do Stiles, quando criança eu passava o dia inteiro sozinho apenas lendo e com os meus cachorros, enquanto meu pai trabalhava.

 — Era um menininho todo quietinho e bonzinho? — questiona com um sorri no rosto, imaginando-o quando criança.

 — Era, até eu virar amigo do Stiles e ele me desvirtuar. Ele sempre me arrastava para todas as festas e qualquer lugar que fosse para me obrigar a ter uma vida social. — O moreno dá uma risada baixa.

 — Quando viraram amigos?

 — Devíamos ter nove ou dez anos...

 — Dois bebês nas festinhas. Se divertiam muito na piscina de bolinhas? — zomba Allison.

 — Muito, no pula-pula também — ele responde entrando na brincadeira e os dois gargalham.

 — Aposto que usavam as carinhas de anjos para se aproveitar das garotas que adoram um menino mais novo. — Allison toca na ponta do nariz dele com o indicador.

 — Claro que não — ele nega.

 — Para de mentir, Scott. Eu tenho amigas que gostam de meninos mais novos e sei bem como funciona. Quantos anos tinha a garota que você deu o primeiro beijo e quantos anos você tinha? — pergunta Allison, encarando-o com a sobrancelha arqueada de forma desafiadora e um sorriso igualmente desafiador nos lábios.

 — Eu tinha onze e ela... quinze.

 — Sabia! — Allison ri.

 — E você?

 — Meu primeiro beijo? — ela questiona e ele confirma. — Eu tinha doze e ele dezenove.

 — Allison! — ele abre a boca, pasmo.

 — O quê?! Não é novidade nenhuma que eu me sinto atraída pelos mais velhos e ele tinha a mesma diferença de idade comigo que eu tenho com você, apenas sete anos, não estou entendendo este espanto todo.

 — Qual a idade do cara mais velho que você já ficou? — indaga ainda com a cara de espanto no rosto.

 — Hm — a menina fecha os olhos com força e morde o lábio inferior. — Vinte e nove.

 A Argent abre apenas um dos olhos para analisar a reação dele. O homem parecia ainda mais chocado.

 — Quantos anos você tinha, Allison?

 — Dezoito, mas não fica bravo, por favor! Foi nas últimas férias de inverno, em New York. Nós não tínhamos mais nada, lembra? Você não pode se chatear por isto.

 — Me explique exatamente o que rolou entre vocês.

 — Eu e ele nos encontramos e nos beijamos na primeira balada que fui com os meus primos, e um dia antes de eu voltar para Beacon Hills nos reencontramos de novo e... você sabe, quer mesmo me escutar falar?

 — Tomara que tenha sido a pior transa da sua vida. E espero que vocês não tenham mais nenhum contato — murmura.

 — Crise de ciúmes a essa hora, Scott?

 O moreno espreme os lábios um contra o outro e dá os ombros. Allison nega com a cabeça.

 — Scott, você sempre vai ser a minha melhor transa e o meu melhor em tudo. Esqueceu que somos soulmates? Não precisa desta insegurança toda, eu sempre preferirei você, eu sempre escolherei você — ela sorri e pisca para ele, acariciando a coxa do moreno por debaixo da mesa. Desde a mensagem que Allison mandara a ele citando a palavra soulmate, os dois começaram a se definir assim.

 — Queria ter você inteira para mim para sempre.

 — Eu também queria ter você inteiro para mim para sempre. E isto só depende de você, não de mim. Eu estou livre para você, mas você não está para mim. Não querendo te pressionar, porém se lembre que o tempo está passando e como eu disse: eu vou começar a minha nova vida em Los Angeles em pouco tempo, só você pode escolher se vai querer fazer parte dela ou não, porque mesmo que eu queira muito compartilhar este sonho com você, eu não posso te obrigar a isso se você optar por continuar na vida que está agora. E, não, não pense que eu continuarei junto com você tendo a Maya entre a gente, ou você se resolve até eu me mudar, ou sinto muito.

 Scott espreme os lábios e assente.

 — E não pense que eu estou brava contigo, eu não estou. Só estou te alertando, porque eu não serei sua aluna para sempre e muito menos morarei em Beacon Hills. Não terá mais a facilidade que o colégio nos traz para ficarmos juntinhos todos os dias. E se você continuar em Beacon e eu em Los Angeles, não será possível gastar apenas vinte minutinhos para você sair da sua casa e ir para a janela do meu quarto todas as madrugas que sentimos vontade um do outro. Será impossível você continuar mantendo este casamento ridículo por causa do seu pai e ainda continuar comigo. E mesmo se fosse possível, eu não quero. Na nova fase na minha vida, ou você será meu, sem Maya, sem ter que dividir, ou nos separamos e cada um segue o seu caminho.

 — Eu sei, amor. Serei todo seu, eu prometo. Resolverei tudo, não precisaremos nos separar, o único caminho que quero seguir é com você ao meu lado. Tudo o que eu mais quero é me mudar para Los Angeles com você e começar as nossas novas vidas, juntos — ele fala, segurando a mão dela sob a mesa.

 — Você vai vir comigo? — ela pergunta e sorri.

 — Vou — ele também sorri.

 — Não precisa se mudar para Los Angeles se não quiser, só é preciso que se separe e se resolva com a Maya.

 — Não, eu vou, eu quero ficar ao seu lado.

 Allison aumenta o seu sorriso, enfatizando as covinhas profundadas na bochecha. Passando um tempo considerável apenas olhando para ele em silêncio, a morena dá risada e abaixa a cabeça. Quando volta sua visão para ele novamente, ela morde os seus lábios.

 — Eu poderia estragar o momento fofo fazendo um pedido de uma coisa que eu queria muito desde ontem à noite? — pergunta Allison, carregada de malícia.

 — Diga.

 — Então... Ontem à noite antes de dormir eu me masturbei imaginando você me masturbando. E não sei se percebeu, mas não é comum eu vir de vestido para o colégio, entretanto, achei que facilitaria a nossa vida. — Ela falava em um sussurro, ao mesmo tempo que encaminhava a mão dele para baixo da saia do vestido.

 — Você é muito pervertida, hein — ele diz ao sentir sua mão encostar o tecido de algodão da calcinha que ela usava. Allison dá os ombros e sorri. — Você sabe que estamos na sala dos professores, não é?

 — Sei.

 — E que a porta está destrancada...

 — Sim.

 — E que a qualquer momento alguém pode chegar.

 — Você só é o meu soulmate de verdade se viver se arriscando comigo, Scott. Alguém que não gosta de se arriscar, com certeza não é alguém perfeito para mim.

 — Allison! Você quer mesmo que eu seja demitido?

 — Que chato! — ela revira os olhos e afasta a mão dele. — Se não quer me tocar, eu vou me tocar sozinha! Bem aqui do seu lado, professor.

 A menina morena coloca a própria mão entre as pernas, abaixo do vestido. Fecha os olhos, pronta para se tocar. No entanto, antes de começar escuta um suspiro do homem ao lado e logo sente a mão dele em seu pulso. Ele segura e impede-a. Allison abre os olhos e ergue as duas sobrancelhas ao encará-lo, impaciente.

 — Se formos pegos saiba que eu serei demitido — o homem fala ao deslizar a própria mão para baixo do vestido dela, fazendo-a sorrir —, também apanharei do seu pai — toca na calcinha de algodão — e, principalmente, da sua mãe. — Afasta a peça íntima para o lado. — E se eles já iriam me odiar antes, certamente o ódio deles contra mim irá ser ainda pior e, talvez, eterno.

 — Meu pai não iria te odiar.

 — A sua mãe ia.

 — Talvez não. — Ela dá os ombros. Scott encara-a com uma sobrancelha erguida, indagando se ela realmente acreditava no que acabara de dizer. — Tudo bem, ela iria. Mas, nada que o tempo não resolva.

 — Se ela receber a excelente notícia que a filha dela foi pega sendo masturbada pelo professor senhor McCall, o homem casado com a amiga dela, na sala dos professores, tenho certeza que nem o tempo resolverá. E, apesar do seu pai ser todo gente boa com você, aposto que ele também não irá gostar nada. Não podemos fazer isto em outro lugar?

 — Não, quero aqui. Não seremos pegos, relaxa. Eu fico de olho na porta. — Ela sorri para ele. Scott espreme os lábios e balança a cabeça em negação, mas acaba rindo baixo da loucura da menina.

 — Tudo bem — o moreno se rende.

 — Espera! Tira a blusa de cima — Allison pede.

 — Para quê?

 — Porque talvez você precise, você entenderá, por agora apenas me obedeça.

 Scott estreita os olhos, vacila, entretanto acaba fazendo o que ela pedia, tirando a blusa de cima e ficando apenas com uma camiseta preta. Allison sorri e coloca a blusa dele em cima da mesa.

 — Vira para mim e fica totalmente de costa para a porta — manda Allison.

 Assim que ele faz, a menina leva suas mãos magras para o zíper da calça dele e abaixa.

 — Allison.

 — Shhh... vamos ter prazer juntos. — Ela coloca sua mão dentro da cueca dele e pega no pênis do moreno. A outra mão usou para guiar a dele para baixo do vestido novamente.

 — Você é definitivamente uma menina louca e muito pervertida.

 Allison dá os ombros e sorri.

 Scott mantinha-se virado para ela e de costa para a porta, enquanto Allison permanecia com as pernas sob a mesa. Os braços de ambos estavam ligeiramente esticados, permitindo-lhes que a mão tocasse e estimulasse a parte íntima do outro. Os dois mordiam os lábios como estratégia para prender os gemidos.

 Allison fazia movimentos de vai e vem do membro dele, alterando a velocidade constantemente, e com o polegar acariciava prazerosamente a glande.

 Scott começou dando atenção ao clitóris dela, com movimentos lentos, circulares e ritmados. À medida que ele percebia que ela ficava mais molhada entre as pernas, ele aumentava a velocidade, no objetivo de dar um excelente orgasmo a ela.

 A Argent até queria fechar os olhos para aproveitar ainda mais, mas teve que ficar com os olhos fixos na porta, sabia que se se distraísse por um segundo sequer, poderia dar uma merda gigantesca e a culpa seria dela.

 O pinto do homem já estava terrivelmente endurecido, assim como a intimidade dela estava totalmente encharcada de prazer.

 Allison prensou a mão do moreno entre as pernas e mordeu seu lábio inferior com mais força quando sentiu dois dedos do homem entrando nela.

 Ofegantes, ambos chegariam a um orgasmo em minutos se Allison e Scott não tivessem escutado a reconhecível e alta voz do treinador juntamente com o som dos passos se aproximando.

 Os dois tiram as mãos do outro rapidamente e se ajeitam devidamente sobre cadeira. Scott olha para baixo vendo sua visível ereção e se desespera, porém Allison joga a blusa que ele usava anteriormente em cima do colo dele para esconder o pau duro um segundo antes da porta ser aberta.

 Allison dá uma risadinha.

 — Relaxa — ela sussurra quase inaudível ao ver quão aflito ele estava.

 O McCall abaixa a cabeça.

 — Treinador! Bea! — Allison cumprimenta animadamente os dois professores que acabaram de entrar. Sua naturalidade era tanta que até mesmo Scott ficava surpreendido com tal capacidade da menina que ele nem sequer conseguia chegar perto.

 — Você não! — lamenta o treinador e Allison ri.

 — Eu sim! Eu também te amo, treinador. Não contem para os outros, mas vocês três são os meus três professores preferidos da vida — a menina pisca.

 — O que está fazendo aqui, hein, mocinha? — pergunta Beatrice, enquanto pegava o seu café.

 — Matando aula de química — responde Allison sem se importar, pois se sentia próxima dos três professores presentes na sala. — E aqui é um bom lugar para ficar, já que a comida distribuída para os professores é muito melhor que a disponibilizada no refeitório. Porém, encontrei o senhor McCall por aqui para atrapalhar os meus planos de devorar tudo — brinca e sorri.

 A professora de teatro e o treinador se sentam na mesma mesa que os dois morenos. Scott mantinha sua cabeça baixa e em silêncio. A respiração do moreno falha novamente quando ele nota que seus dedos estavam melados com o gozo da menina que ele masturbava minutos atrás. Scott esconde a mão entre a blusa em cima do colo. Allison, que observava cada movimento desesperado dele, balança a cabeça em negação e prende o riso ao morder o lábio.

 — Como está o processo para ir à universidade? — questiona Beatrice com curiosidade.

 — Apenas aguardando a resposta, estou confiante — conta Allison. — Muito obrigada pela carta de recomendação que escreveu para mim, Bea. Quando eu ganhar um oscar de melhor direção ou melhor roteiro original, eu citarei seu nome no meu discurso de agradecimento. Citar não, eu vou te homenagear. A professora de teatro mais foda que existe e que fez com que eu descobrisse a paixão por cinema escondida dentro de mim — sorri. — Sinto saudades do grupo de teatro.

 — Eu também sinto sua falta lá, Allie. Você era muito boa dirigindo as peças e criando os roteiros comigo, jamais encontrarei uma parceira igual a você.

 — Era foda, eu amava — a menina sorri e Bea concorda.

 Beatrice possuía um enorme cabelo cacheado que chamava a atenção por onde ela passava, a pele escura e um sorriso encantador. Tinha trinta e dois anos, mas aparentava pelo menos dez anos a menos que isto, era confundida facilmente entre os seus alunos adolescentes. Ela conhecia Allison a muito tempo e se apaixonou pela autenticidade da menina assim que a morena chegou pela primeira vez no grupo de teatro dizendo que não queria atuar, apenas queria ficar na parte da direção ao lado da professora. No segundo dia, a Argent já entregava à professora seu caderno de capa azul turquesa com um roteiro escrito por ela. Era uma história de suspense, terror e uma pitada de comédia. Bea viu a animação e expectativa da menina e não hesitou a aceitar. No mês seguinte o grupo de teatro estava interpretando e apresentando para a escola inteira a história que Allison escreveu.

 — Não sabia que você tinha tatuagem — observa Bea olhando os braços do professor de literatura que pela primeira vez no colégio não estavam sendo cobertos pelas mangas cumpridas das blusas que ele utilizava.

 Scott até escutou o que ela havia dito, mas estava tão disperso, aflito e nervoso por saber o que a blusa em cima do colo escondia que seu corpo não foi capaz de entender que ele deveria responder algo à mulher.

 Discretamente, Allison chuta Scott na canela, chamando a atenção dele. Scott desperta enfim, olha para Allison e rapidamente muda sua visão para a mulher negra.

 — É, tenho — murmura Scott e sorri. — Desculpa, estava distraído.

 — Se suas alunas verem, elas definitivamente irão te adorar mais do que já adoram — comenta Beatrice.

 Scott ri de forma contida, ainda nervoso.

 — Principalmente, aquelas como a Allison. Aliás, toma cuidado com esta menina — brinca Bea.

 — Me respeita que eu sou uma pessoa comprometida, Bea. — Allison joga os cabelos para trás, pisca para ela e sorri.

 — Comprometida?

 — Sim, eu estou namorando — confirma Allison.

 — Namorando? Desde quando Allison Argent namora alguém? — A mulher de cabelo cacheado olha para Allison sem acreditar. A menina gargalha.

 — Eu me ofenderia se você fosse a primeira pessoa a dizer isto, mas acredite eu já recebi esta reação muito mais vezes do que você possa imaginar quando eu contei que estava namorando.

 — É meio surpreendente. Nunca pensei que você se relacionaria sério com alguém, pelo menos não agora, apenas quando fosse mais velha. Até porque você mesma dizia isto. Para você ter mudado de ideia, ele dever ser muito especial.

 — Ele é — confirma Allison e sorri. Scott olha para a menina dele e sorri, se esquecendo por um momento que a mão dele estava melada de gozo, que seu membro ainda latejava implorando por atenção e que o zíper da sua calça estava totalmente aberto deixando seu volume exposto se não fosse a blusa por cima.

 (...)

Já no dia seguinte, a pequena sala do zelador, frequentemente usada para beijos e às vezes até algo à mais pelos alunos do colégio Beacon Hills, hoje abrigava a aluna de dezoito anos e o jovem professor de literatura que trocavam beijos ardentes e intensos.

 Allison mantinha as costas coladas na parede e tendo o seu peso sustentado pelos braços do McCall, os braços dela envolviam o pescoço dele, enquanto as mãos se entretinham entre os fios negros do topete.

 O alto grau de intimidade que cada pedacinho que os corpos deles possuíam permitiam que qualquer beijo entre os dois se tornasse excessivamente prazeroso sem o mínimo de esforço. Allison e Scott já conheciam um ao outro para saber como aguçar da melhor maneira todos os sentidos, sensações e prazeres do outro, sempre tornando cada beijo e toque o melhor da vida deles.

 — Eu preciso ir para o trabalho — ela murmura ofegante ao cessar o beijo.

 — Por que você não falta só um dia? — ele sugere também ofegante e sorri para ela.

 — Porque eu vou morar sozinha em pouquíssimos meses e dinheiro não cai do céu para mim, professor. — Dá dois tapinhas na mão dele pedindo para ele solta-la e assim ele faz.

 — E eu posso passar a tarde na cafeteria? — ele pergunta e Allison ri.

 — Para quê, Scott? Não podemos ficar na cafeteria.

 — Não falei nada sobre isto. Eu tenho trabalhos para corrigir e lá tem Wi-Fi, é confortável...

 — Sua casa também tem Wi-Fi e aposto que lá é muito mais confortável... — Allison arqueia a sobrancelha e encara-o.

 — Mas não tem um café tão bom e, o principal, não tem uma garota linda para eu ficar admirando — ele pisca para ela.

 — Você vai me distrair — diz Allison arrumando o topete dele.

 — Fala a menina que faz questão de tirar o meu foco na sala de aula nos momentos mais inapropriados.

 Allison dá risada.

 — Tudo bem, você venceu — se rende, ela dá mais um beijo rápido nele. — Te vejo na cafeteria, professor.

 Scott sorri em satisfação e morde o lábio inferior dela. Allison sorri, porém com as mãos no ombro dele, afasta-o para trás, pois sabia que se começassem outro beijo não iriam mais parar e ela precisava ir para o trabalho. Scott faz bico, ela imita-o e ambos riem.

 A menina decide sair primeiro para checar se o corredor estava livre para Scott sair também. Assim que coloca os pés para fora da pequena sala, ela avista a japonesa e ruiva encostadas na parede do outro lado, as duas conversavam até verem a menina morena aparecer. Allison franze o cenho e, logo, fecha a porta.

 — O que estão fazendo aqui? — pergunta Allison, parada em frente a porta.

 — Esperando... — fala Kira.

 — Esperando o que?

 — Precisamos ir na sala do zelador, mas estava ocupada, então decidimos esperar. Agora que já saiu, podemos entrar. Licença, Allie... — Lydia sorri e caminha em direção à morena.

 Allison arregala os olhos e gruda suas costas na madeira da porta.     

 — O que querem na sala do zelador? — indaga com aflição.

 — Ver uma coisa — a ruiva responde e dá os ombros, com a mão pede passagem para a amiga, mas Allison não sai do lugar, apenas estende os braços apoiando as mãos no batente da porta em ato de desespero.

 — Vocês não podem entrar aqui agora — murmura.

 — Por que não?

 — Porque não.

 — Sabemos que ele está aí, ele pode sair — fala Lydia.

 — Ele quem?

 — Seu namorado, o Stiles. Quem mais seria, Allie?

 — E-Eu não namoro mais o Stiles.

 — Sabemos que não. Só não sabemos por que você não nos conta nada. A Malia sabe com quem você fica deste colégio, por que nós não podemos? — a ruiva faz bico.

 — Vocês podem, mas agora não.

 — Por que agora não?

 — Hm, p-porque... porque... — gagueja.

 — Lydia! Kira! Ainda bem que encontrei vocês! — Marie surge, chamando a atenção das meninas com a voz alta. A outra ruiva corre até elas. — O senhor McCall está procurando por vocês, parece que ocorreu um problema com a nota da última atividade que fizeram em dupla, ou algo do tipo, não sei bem, é difícil prestar atenção quando aquele homem está dizendo algo... enfim, ele está na sala dele esperando por vocês, mas logo tem que ir embora, vocês têm que ir agora! — a ruiva fala quase sem respirar entre as palavras, assim como quase sempre fazia. Marie dá dois tapinhas no ombro de cada uma, incentivando-as a ir e assim as duas meninas fazem.

 — O que foi isto? — pergunta Allison quando Kira e Lydia já tinham virado em outro corredor.

 — Você parecia desesperada e eu quis ajudar. Aliás, Scott, já pode sair, o corredor está livre! — fala a última frase alto para que o moreno atrás da porta pudesse ouvir.

 Allison franze a testa, estreita os olhos, olhando-a.

 Marie sorri largo para ela e dá os ombros.

 Scott sai da sala do zelador, enfim. O moreno também olha para Marie com a mesma expressão confusa da menina morena. Marie acena para o professor.

 — Como sabe? — pergunta Allison.

 — A pergunta é: como eu não saberia? Ou melhor, como todos já não sabem? Eu soube no meu segundo dia aqui, é tão obvio. Eu não iria desistir de você, professor. No primeiro dia você me dispensou, mas no segundo eu ainda iria para o ataque, principalmente depois de ver as fotos daquela sua mulher sem graça. Entretanto, quando eu estava babando em ti, enquanto todos os outros estavam muito entretidos escrevendo redações, eu percebi um sorriso malicioso nos seus lábios, então acompanhei o caminho que os seus olhos faziam e encontrei a morena que você gosta exibindo o mesmo sorriso para você. E vocês repetem isto diariamente, não é possível que apenas eu tenha percebido. Aliás, Allie, eu sou sua vizinha, já o vi pulando sua janela algumas vezes. Não que vocês não sejam cuidadosos, cobrir a cabeça com o capuz da blusa é uma boa ideia, mas eu reparo muito nos detalhes e tive certeza sobre quem era logo na primeira vez. E vocês fazem um casal bonito da porra! A Allison é muito melhor que aquela loira sem sal. Não sei o que está esperando para largar aquela mulher e ficar com a Allison de vez. Além dos sorrisos safados, vocês trocam olhares apaixonados, o que é foda. Vocês são...

 — Meu Deus, Marie, você consegue falar mais do que eu... — Allison interrompe-a pois sabia que ela não pararia de tagarelar tão cedo.

 A ruiva sorri largo, mostrando todos os dentes.

 Scott permanecia quietinho no seu canto, desconfortável. O homem havia ficado mais envergonhado a cada frase que Marie proferia. Apesar de ter se acostumado com o jeito de Allison e nada do que ela dizia conseguia deixa-lo constrangido, ele ainda alimentava um nível de timidez com outras pessoas.

 — Mas enfim, muito obrigada, Marie, de verdade, você é foda, garota.

 — Por nada! Se precisarem, estou aqui.

 — Digo o mesmo, gata.

 — Na verdade, eu queria uma ajuda sua. Eu queria me ajudasse com uma pessoa.

 — Com quem?

 — O Theo — ela sorri.

 — O Theo?

 — Sim, eu iria chegar nele, mas ele vive grudado com a Malia. E, claro, se eles tiverem algo, eu desisto e passo para o próximo da lista. Não roubarei homem de amiga. Sabe, eu considero você, a Malia, a Lydia, a Kira e a Zoe as minhas novas amigas... Enfim, eles têm algo?

 — Não. Eu ajudo você com o Theo e certamente a Malia te ajudará também, ela quer mais do que ninguém que o Theo arrume alguém.

 — Ótimo! — comemora Marie, batendo palma e dando uns pulinhos animados. Allison dá risada. — Agora vou deixa vocês a sós, porque o teu homem está muito tenso e envergonhado, acho que ele se sentirá mais confortável apenas com você. Tchau, casal.

 Allison olha para Scott e dá risada ao notar a expressão presente no rosto dele.

 — Relaxa, bebê!

 — Queria conseguir não me importar com as coisas como você.

 — Scott, o que acha de eu contar para as meninas que eu estou com você?

 — Tem certeza? E se elas não acreditarem em nós e não gostarem? Ou não apoiarem? A Lydia e a Kira foram na minha casa mais vezes com as mães, porque a Maya sempre as chama. Se a Maya souber que a garota que eu estou ficando é você, ela fará da sua vida um inferno, e eu definitivamente não quero isto — ele parecia preocupado.

 — Eu sei, mas elas vão entender a gente, tenho certeza disto, a Kira e a Lydia não contarão a Maya, pois sabem guardar segredo. Eu sei que estou me tornando uma fofoqueira e tornando sua vida um livro aberto, mas juro que é só para elas, não conto mais para ninguém. Elas estão chateadas comigo por eu manter segredo e eu estou me sentindo uma péssima amiga. Porém, se for te incomodar, deixa para lá.

 — Tudo bem — ele suspira.

 — Tudo mesmo?

 — Sim. — Scott sorri e ela sorri de volta.

 — Então, vou atrás delas agora. Te vejo na cafeteria.



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