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História Hands to Myself - O teatro continua?


Escrita por: AllieMaddox

Notas do Autor


p.s.: contém cena +18, se não gosta, é só pular, tem outras partes mais interessantes 🌚

Capítulo 30 - O teatro continua?


Fanfic / Fanfiction Hands to Myself - O teatro continua?

 Pacientemente, Allison aguardava por Scott. Ela sentava-se confortavelmente sobre a enorme cama e seus olhos vagavam por cada canto do quarto, analisava os mínimos detalhes ainda desconhecidos por ela. A única coisa familiar para ela no cômodo era o aroma. Assim que Allison pisou no quarto, suas narinas identificaram o inesquecível perfume do McCall. Depois de tanto templo, ela finalmente teve a oportunidade de conhecer onde o seu professor dormia diariamente. Infelizmente era aqui onde ele dormia com a Maya, exatamente nesta cama onde Allison se sentava agora, enquanto a pequena festa em comemoração ao aniversário da loira acontecia no andar de baixo.

 A maçaneta se mexe e atrai os olhos castanhos da menina imediatamente. Scott entra no quarto e tranca a porta.

 — Nossa — expressa Scott ao notar a morena. — Minha garota é a mulher mais linda e gostosa deste mundo mesmo.

 O homem senta-se ao lado da garota, na mesma posição em que ela se encontrava: as pernas esticadas ao longo da cama e as costas escoradas na cabeceira branca.

 — É o vestido que eu te dei... E a sandália que eu te dei... E a correntinha que eu te dei... — Scott falava ao passar os seus olhos de íris escuras pelo corpo da menina, avistando a correntinha com pingente de flecha que ele deu a ela de aniversário, o curto vestido de alcinha na cor vermelha e a sandália de salto alto da mesma cor do vestido.

 — Sim. Você me dá muitos presentes. Prometo retribuir todos eles quando eu tiver dinheiro o suficiente.

 — Não precisa, amor, não te dou nada com a intenção de receber algo em troca, eu te dou porque eu gosto de você e quando vejo algo que bonito sinto vontade de te dar de presente.

 — Ainda acho você bem louco neste ponto, mas mesmo assim obrigada por cada presente maravilhoso. — Ela sorri brincando com o cabelo já bagunçando dela. — E obrigada por não ter ficado bravo comigo por eu ter feito aquilo ontem, meu único medo era este... bom, na verdade, eu também fiquei com medo de você desviar ou recusar o meu beijo, me deixando com cara de trouxa na frente da Maya e do seu pai.

 — Eu jamais faria isto com você. — Scott leva sua mão até o rosto dela, alisando carinhosamente a pele pálida e macia. — Como eu poderia ficar bravo com você? Como eu poderia recusar um beijo desta boca perfeita? — Ele passa seu polegar no lábio da menina e deposita um breve beijo ali.

 — E como ficaram as coisas? A Maya aparentemente está agindo normalmente lá embaixo, o teatro continua? — questiona Allison.

 — A Maya se trancou no quarto ontem, meu pai tentou conversar com ela, mas não quis conversar comigo, então eu fui dormir. Hoje cedo os dois saíram para buscar os pais da Maya no aeroporto e desde que voltaram estão grudados nos senhores Wernecks, agindo como se nada tivesse acontecido e me evitando... depois os convidados dela foram chegando e é isto. Quando todos forem embora eu converso com eles.

 Após escutar tudo com atenção, Allison assente.

 — E por isso você nem se arrumou todo para a festinha?

 — Como assim? Estou muito arrumado sim — ele reproduz uma proposital cara de ofendido.

 — Seu cabelo está bagunçado, você está de tênis, moletom e jeans. Se tivesse se arrumado ao nível Maya certamente o seu visual não seria este.

 — Está ruim? — ele solta uma risada baixa.

 — Não. Apesar de eu te achar gostoso de absolutamente todas as maneiras, eu prefiro você assim, sem formalidades... na verdade... — Allison sobe para o colo dele. — Eu prefiro você sem roupa — sussurra enquanto as mãos magras ocupavam-se em abaixar o zíper da calça jeans que ele usava.

 — O que você pensa que está fazendo, mocinha?

 — Você tem outra coisa melhor para fazer agora? — ela questiona com o seu típico sorriso insinuante dominando os lábios.

 — Eita, menina que não perde uma oportunidade, você ama mesmo sexo, hein.

 — Agora me conte a novidade. — Ela arqueia a sobrancelha e arranca o cinto dele.

 Scott dá uma risada alta.

 — Você definitivamente é a melhor mulher deste mundo.

 — Ainda estou sem ouvir nenhuma novidade. — Allison pisca para ele e sorri. Scott solta uma nova risada e puxa a morena para um beijo.

 — Entretanto não podemos demorar, daqui a pouco a Maya vem procurar por mim e derruba esta porta se eu não abrir.

 — Deixa ela derrubar — Allison move os ombros como se não se importasse.

 — Seus pais estão lá embaixo, esqueceu? Este é o problema.

 — Ah, que saco — ela bufa frustrada e joga a cabeça para trás. — Tudo bem, seremos rápido hoje — volta a olhar para ele —, mas você estará me devendo uma foda completa que dure uma noite inteira, até eu não aguentar mais, bem gostoso, do jeito que só você sabe fazer.

 — Porra, Allison Argent, assim eu não aguento — ele murmura com a respiração começando a ficar ofegante devido a maneira erótica que Allison proferiu cada palavra.

 Em um movimento rápido, Scott deita-a na cama e fica por cima dela. Allison morde seu lábio inferior e sorri ao se deliciar com a maravilhosa cena que assistia: Scott, com uma expressão safada no rosto, livrava-se da blusa moletom e da camiseta. A Argent desliza suavemente as pontas dos dedos pelo abdômen definido que ela não cansava de contemplar. Allison era perdidamente apaixonada por cada centímetro do corpo dele e ela nunca fez questão de esconder, os castanhos dos seus olhos cintilavam toda vez que Scott se livrava de qualquer peça de roupa e expunha o corpo perfeito ao olhar dela.

 O McCall abaixa-se e beija-a, no entanto, a menina interrompe e em um breve movimento troca as posições e coloca-se em cima dele. Ela ajoelha-se sobre o colchão, deixando suas pernas paralelas aos quadris do moreno, e então segura na barra do vestido curto e tira-o com extrema rapidez. Seu corpo magro agora era coberto apenas por uma rendada calcinha vermelha, já que ela não utilizava sutiã devido ao modelo do vestido que não permitia isto.

 Sem demora, a morena volta a juntar sua boca com a dele em um beijo excessivamente quente e sensual. As mãos do homem percorreram pelo corpo magro e estacionou-se sobre a bunda. Os seios médios expostos eram prensados contra o peitoral masculino, assim como todas as partes dos corpos que se uniam magneticamente.

 — Espera — pede Scott com a voz falha resultante da respiração descompassada.

 — Que porra, Scott, o que foi? — ela resmunga sem querer parar o beijo, seus olhos permaneciam fechados e seus lábios juntos aos dele.

 — Temos um problema, não temos camisinha aqui — conta com uma voz baixa.

 — Como não? — Allison abre os olhos.

 — Estão todas com você, no seu quarto, lembra? Você não trouxe?

 — Não é possível! Não tem nenhuma? — indaga não querendo acreditar no que acabara de ouvir. — Ah, não, Scott, você só pode estar brincando comigo.

 — Eu nunca pensei que transaríamos aqui, amor. Só transamos no seu quarto praticamente. E quando saímos para um outro lugar, você sempre leva as que eu deixei lá. As poucas que ficavam comigo, nós acabamos com elas na sexta, não tenho mais. Desculpa.

 Allison bufa frustrada, relaxa seu corpo, deitando-se em cima dele, e enterra seu rosto no peitoral do moreno.

 Scott espreme os lábios, leva sua mão direita até a cabeça dela e faz carinho no cabelo que hoje estava ainda mais liso que o normal. Em reação, Allison envolve a cintura dele com os braços, abraçando-o.

 — Com quantas pessoas você já transou sem camisinha? — a menina pergunta em voz baixa e vacilante, ainda não olhava para ele, pois mantinha o seu rosto deitado no peitoral masculino.

 Scott franze o cenho, mas responde:

 — Só com a minha ex-namorada.

 — Só com a Octavia? Com mais ninguém? Nem com a Maya?

 — Isto, nem com a Maya — ele confirma.

 Allison levanta a cabeça de modo que conseguisse olhar diretamente para os olhos dele.

 — Jura que está falando a verdade?

 — Juro, amor.

 — E está tudo bem com você? Digo... não tenho nada com o que me preocupar então? Apesar que eu já faço oral em você... e já engoli... que idiota, Allison, agora já é tarde demais para perguntar... meu pai me mataria se soubesse — a menina murmura.

 Scott dá risada achando engraçado a maneira que ela resmungava consigo mesma.

 — Está tudo bem, eu não tenho nenhuma doença sexualmente transmissível, se eu tivesse eu te falaria antes, né.

 Allison assente.

 — Eu nunca transei sem proteção — conta.

 — Você não precisa fazer isto se não estiver inteiramente confortável. Teremos mais tempo, eu passo no seu quarto de madrugada, está bom? Eu prometo. — Ele esboça um sorriso pacificador em seus lábios e acarinha o cabelo dela.

 Allison volta a deitar a cabeça no peitoral dele, pensa por um momento e suspira.

 — Desculpa, pai — ela murmura para si mesma em um tom quase inaudível por estar prestes a desobedecer o senhor Argent que pedia a ela para fazer sexo apenas com proteção.

 — O que? — pergunta Scott sem ter conseguido entender o murmuro dela.

 Allison volta a levantar o rosto e olha para ele.

 — Eu confio em você, Scott — ela sussurra e desenha um pequeno sorriso nos lábios vermelhos pelo batom. — Só não goze dentro de mim, pelo amor de Deus.

 — Não quer ter um filho comigo? — Ele questiona em tom descontraído.

 — Agora não — responde Allison quando já havia levantado o tronco do seu corpo, ido um pouco para trás e, agora, tirava os tênis que ele calçava.

 — Agora não? Futuramente você quer? — faz uma nova pergunta com o mesmo ar descontraído de anteriormente.

 — Quero — diz simplesmente e engatinha mais para cima para conseguir tirar aquela calça jeans totalmente inútil neste momento.

 — Espera, eu ouvi isto mesmo?

 — Ouviu.

 — Sério?

 — Sério.

 Com a ajuda dele, ela termina de tirar a calça jeans do corpo bronzeado. E, então, Allison volta à posição que se encontrava anteriormente. A menina sentava-se em cima do moreno de maneira que as intimidades só não mantinham contato direto devido ao tecido da cueca boxer branca e da calcinha rendada.

 — O que foi? — ela pergunta entre risos ao observá-lo.

 — Você quer ter um filho comigo — fala alegremente, puxa-a para ele e distribui vários beijinhos nela.

 — Ah, meu Deus, devia ter ficado quieta. — Allison gargalha enquanto era prensada entre os braços musculosos em um abraço apertado e recebia os beijos nos lábios, bochecha e pescoço.

 — Acha que seremos bons pais? — ele pergunta quando para de beijá-la por um momento, agora fixava seus olhos nos dela e mantinha os rostos com grande proximidade.

 — Seremos — ela afirma sem pestanejar. — Apesar que se for menina você tem grandes chances de ser como aquele tipo de pai ciumento, super protetor, eventualmente irritante, mas, né, damos um jeito nisto.

 — Não serei irritante — ele contesta. — Ciúmes eu não consigo não sentir, porém, ainda assim, prometo tentar ser igual ou parecido com o seu pai, ele é um bom pai.

 — Ele é. Nós dois também seremos. Seremos pais fodas.

 Allison sorri para ele e recebe um sorriso de volta.

 — Mas agora precisamos resolver outro assunto, não podemos demorar e já enrolamos demais.

 A Argent apoia as mãos no ombro dele e move o seu corpo para cima pedindo silenciosamente para ele afrouxar o abraço. Assim que ele obedece-a, Allison pega na mão esquerda dele, leva-a até o seio exposto e faz com que ele apertasse ali.

 — Vamos, Scott McCall, eu quero gemer o seu nome — ela sussurra sensualmente e passa a língua pelo próprio lábio no mesmo nível de sensualidade.

 Scott sorri com malícia, massageio o seio e morde o lábio inferior dela, dando uma puxadinha antes de soltar.

 Allison traça uma trilha de beijos excitantes e molhados que começa da boca e termina próximo a virilha. Sua mão vai para cima do membro ainda coberto e acaricia a região, logo em seguia a menina desce a cueca boxer por completo e revela o pênis já endurecido. A Argent masturba-o com a mão em movimento ritmados e, depressa, usa a boca, arrancando gemidos roucos do moreno.

 Sem poder demorar, quando vê que Scott estava excitado o suficiente, Allison para de masturba-lo e volta à posição em que se sentava sobre ele.

 A menina move a calcinha para o lado, segura no membro dele com uma das mãos e posiciona a cabeça do pênis na entrada da sua vagina. Ela olha para ele, sorri e morde o lábio. Prontamente, Allison começa a introduzir com calma o pau dele dentro de si mesma. Quando toda a extensão já se encontrava dentro dela, a morena segura na cabeceira da cama e começa a rebolar lentamente, ao mesmo tempo que sentia Scott apertar a sua bunda.

 Allison intensifica seus movimentos e começa a cavalgar eroticamente.

 Ambos tentavam ao máximo prender os gemidos, pois tinham a pretensão de serem silenciosos, já que definitivamente não estavam sozinhos na casa, contudo, este era apenas mais um motivo para deixar tudo ainda mais excitante.

 O corpo moreno se ergue e vira-os. Scott passa a assumir o controle ao ficar por cima dela. O homem leva sua boca para um dos seios dela, enquanto massageava o outro com a mão. Usava a língua hábil e os lábios para dar prazer à menina, também lhe agraciava com algumas leves mordidas e chupões que certamente renderia marcas posteriormente.

 Ele encaminha sua boca para o pescoço e a mão para a pequena calcinha vermelha na intenção de se livrar dela. O moreno segura nas laterais da peça íntima e puxa, arrebentando-a. Allison arfa e murmura algum palavrão.

 Scott segura o seu pênis e posiciona-o na entrada dela novamente, penetra-a apressadamente. A calma já não tinha espaço, Scott começou a investir com intensidade na dose certa de brutalidade para enlouquecê-la.

 As bocas lutavam para ficarem unidas ao mesmo tempo que alguns gemidos roucos ousavam em escapar. Os corpos suados e conectados se movimentavam ao ritmo das estocadas ágeis e profundas.

 Para estimula-la ainda mais, com o objetivo de fazê-la chegar ao clímax com rapidez, Scott leva sua mão ao clitóris e executa precisos movimentos circulares.

 Allison arqueia a coluna e segura na cintura dele, cravando as unhas na pele morena. Ameaça a gemer, porém Scott junta seus lábios com os dela, impedindo que um som alto saísse da boca avermelhada.

 — Goza para mim, amor — sussurra Scott com a voz rouca e extremamente sexy ao sentir as paredes da vagina dela apertarem todo o diâmetro do seu pênis.

 Não demorou muito para Allison se desmanchar completamente ao prazer, gemendo o nome do moreno que havia lhe proporcionado esta explosão de sensações que dominou o seu corpo da melhor forma possível.

 Em segundos, Scott também sente o seu limite chegar, então com rapidez remove o seu pênis de dentro dela, fazendo o seu gozo atingir a barriga da menina. Logo, ele deixa seu corpo cair ao lado dela.

 Ambos permaneciam com os olhos fechados e com o peito indo para cima e para baixo devido a respiração extremamente ofegante. Concentravam-se em recuperar o fôlego perdido e alimentavam um sorriso escondido no canto dos lábios.

 Allison abre os olhos lentamente e vira a cabeça para o lado.

 — Ali é o banheiro? — pergunta olhando para uma porta do quarto.

 — É... — ele abre os olhos também e confirma. — Quer tomar banho?

 — Não, vou tomar na minha casa, daqui a pouco já irei embora, não pretendo ficar para a festinha, só preciso me limpar. — Ela olha para ele e sorri. Se levanta da cama e sobre os seus saltos altos vermelho, que não havia tirado para transar com o Scott, caminha até a porta e abre. — Belo banheiro — murmura Allison quando seus olhos avistam aquele enorme banheiro branco e dourado.

 — Pois é. — Ele também havia se levantando da cama e, após vestir a cueca boxer, vai atrás dela. — Senta aí, deixa eu te ajudar.

 — Não é uma tarefa difícil, Scott, eu posso me limpar sozinha.

 — Eu gosto de cuidar de você, amor — ele dá um rápido beijo no pescoço dela. — E foi eu quem te sujou.

 Ele aponta para o vaso sanitário pedindo para ela sentar.

 Allison dá uma risada baixa, balança a cabeça em negação, porém faz o que ela havia mandado, sentando-se sobre a tampa do vaso.

 Scott se abaixa na frente dela para ficar na mesma altura, estica o seu braço para pegar o papel higiênico e passa-o cuidadosamente na barriga dela, limpando todo o líquido que ele despejou ali. Não satisfeito, ele pega a sua toalha pendurada ali desde o seu recente banho e passa na pele dela.

 — Está bom, Scott — diz Allison. — Muito obrigada.

 A Argent leva suas duas mãos para o rosto dele e segura-o delicadamente. Inclina-se um pouco para baixo para conseguir alcança-lo e então deposita um beijo doce nos lábios do homem. A língua dele pede passagem e ela cede no mesmo instante. Iniciam um beijo lento, apaixonado e demorado.

 Allison finaliza o beijo com dois selinhos.

 — Você ainda vai passar no meu quarto de madrugada? — ela questiona com a voz baixinha.

 — Com certeza.

 Ela sorri alegre, dá um último beijo rápido nele, se levanta e para na frente do grande espelho do banheiro. Scott acompanha-a e para atrás dela, olhando-a através do espelho.

 Allison arruma o borrado do seu batom vermelho. Passa seus dedos entre os fios longos e lisos do seu cabelo para ajeita-lo, joga-o todo para um lado, depois para o outro, procurando a melhor maneira para deixa-lo e ri quando ao encontrar Scott observando-a com uma cara de bobo.

 — Sou muito gata, né? — ela pisca para ele e gargalha. — Brincadeira.

 — É gata mesmo. — Ele abraça-a por trás e apoia seu queixo no ombro dela, ainda olhando-os através do espelho. — E eu também prefiro você sem roupa, sem a menor dúvida.

 Allison junta os seus braços com os dele e sorri.

 — Me empresta uma cueca sua, já que rasgou a minha calcinha, né, senhor McCall? Aliás, me uma cueca, porque eu não irei devolver.

 Scott assente.

 Ainda abraçados, eles andam de volta para o quarto. O homem só solta-a para pegar uma cueca boxer guardada em uma cômoda branca. Allison veste.

 Ao pegar o seu vestido, Allison escuta batidas impaciente na porta.

 — Scott! — chama Maya.

 — Até que ela demorou... — murmura Allison, vestindo o seu vestido vermelho.

 — Já vou! — responde Scott em tom alto de voz, enquanto vestia a sua calça jeans.

 — Scott, abre esta porta!

 — Pode abrir, Scott — sussurra Allison já vestida.

 — Mas, calma, espera para ter certeza que ela está sozinha... — o homem diz ao caminhar até a porta.

 Ele destranca, coloca a mão na maçaneta e gira-a, abrindo a porta com calma. Encontra a loira com a cara emburra e com os braços cruzados sobre o peito. Em questão de segundos, os olhos claros encontram a morena dentro do quarto. Allison sorri e acena para ela.

 — Eu não acredito que você está aqui! No meu quarto! — Maya rezinga. Como um furacão entra no quarto sem nem mesmo olhar para Scott e marcha em direção à Allison. Percebendo as más intenções da loira, o homem rapidamente se colocou em frente da menina morena, protegendo-a.

 — Não encosta nela — murmura Scott.

 — Sua cama é bem boa, Maya — provoca Allison ao abraçar o moreno por trás e deslizar suas mãos magras pelo abdômen definido.

 Os olhos raivosos de Maya acompanham o percurso que a mão da menina de dezoito anos fazia no corpo do moreno que ainda não vestia nenhuma camiseta. Ficou ainda mais brava ao ver as mãos do Scott se juntando às dela, entrelaçando os dedos. A loira sobe sua visão para o rosto de Allison e fuzila-a com o olhar. O sangue da mulher fervia, chegando a borbulhar dentro dela, ela começava a ficar vermelha tamanho era a raiva que sentia.

 — Você é mesmo uma puta, Allison.

 — Ela não é uma puta, eu já falei para parar de chama-la assim — reclama Scott.

 — Amor, ela só está fazendo isto porque quer o meu mal, ela quer nos separar e está conseguindo, você não está vendo? Quer destruir a nossa família e...

 — Ah, não, zero paciência para escutar estas coisas... — Allison murmura e revira os olhos. — Vou descer, Scott — ela dá um beijo rápido no pescoço dele e desfaz o abraço. Passa ao lado de Maya sem medo e anda em direção à porta.

 — Você será uma vergonha para a sua mãe! — berra Maya.

 Allison não olha para trás, não para de andar e não diz nada, apenas levanta uma das mãos e mostra o dedo do meio para ela, e então passa pela porta e sai do quarto deixando-os sozinhos.

 Maya olha para Scott pedindo por uma explicação. Ele ergue uma sobrancelha e dá os ombros.

 — Quer conversar comigo agora ou vai continuar me evitando? — indaga Scott.

 A loira estreitas os olhos. Respira fundo e tira a expressão irritada do rosto.

 — Eu te amo e te perdoo por isto, amor. É apenas isto o que temos para conversar por agora. Eu tenho uma comemoração do meu aniversário acontecendo e preciso agradar os meus convidados. Por favor, se vista e desça, eu e nossos amigos queremos a sua presença.

 Maya dá as costas para ele e desce para o andar que acontecia a pequena festa.

(...)

 Scott sentava-se sobre a poltrona. Sua postura não era a mais correta, uma vez que ele preferiu o conforto e se jogou de qualquer maneira ali. As mãos permaneciam guardadas no bolso do moletom e a cabeça se escorava no encosto da poltrona. Sozinho e quieto, ele apenas observava a movimentação na casa desejando que a hora todos fossem embora chegasse logo.

 Uma expressão irritada domina o rosto dele, assim que seus olhos encontram o pai. Sem poder se segurar, o moreno se levanta com rapidez e anda em passos pesados até o McCall mais velho.

 — Perdeu alguma coisa ali? — indaga Scott olhando bravamente para o pai.

 — Na verdade, acho que achei — ele sorri.

 — Presta atenção no que você está falando, ela só tem dezoito anos.

 — Exatamente, dezoito anos não é mais criança, sua mãe tinha dezessete anos quando teve você. — Rafael para de olhar a menina morena que conversava com as amigas e com a irmã não muito distante dali, e finalmente olha para o filho.

 — E você tinha dezenove naquela época, agora você tem quarenta e quatro, mais que o dobro da idade da Allison, você literalmente tem idade para ser o pai dela, então para de olha-la assim!

 — Diferença de idade é o menos importante.

 — Não é importante quando as duas partes que tenham consciência e a capacidade de decidir os seus próprios atos estão em comum acordo com isto, mas definitivamente não é o caso aqui. Aliás, a Allison é minha, então fique longe dela.

 — Deixa de ser egoísta, filho. Está com medo de ela me prefira a preferir você?

 Scott fecha os olhos e respira fundo, buscando toda a calma que possuía.

 — O senhor já bebeu mais do que deveria e está falando muita besteira, chega de bebida por hoje antes que, além de falar, você também faça uma besteira. — Scott tira a taça da mão dele.

 — Que besteira, filho? Eu estou bem, não estou fazendo nada.

 — Eu não confio em você quando você bebe. — Scott olha-o pela última vez com bravura e vai para a cozinha deixar a taça que tirou do pai.

 Scott estava absolutamente certo ao acreditar que não deveria confiar no pai quando o mesmo havia ingerido grande quantidade de bebida alcoólica.

(...)

 “Me encontra na garagem agora.” Allison lê a mensagem que acabara de receber de Scott. A morena devolve o celular para a irmã mais que carregava uma bolsa e portanto guardava o aparelho de Allison.

 — Já volto — avisa Allison à irmã e às amigas.

 — Quando acabar lá embaixo, avise-nos, pois iremos embora com você — pede Kira e Allison assente.

 A morena então abandona a sala e desce para a garagem. Allison abre a porta e adentra, logo avistando Rafael McCall escorado no carro branco, com um sorriso ridículo nos lábios.

 — Ah, não — resmunga Allison já revirando os olhos. — Sério mesmo que mandou mensagem pelo celular do Scott para eu descer aqui? Por favor, Rafael, economize a minha paciência.

 A morena se vira para sair da garagem, porém Rafael impede-a assim que encosta na maçaneta da porta que havia se fechado atrás dela. O homem de pouco mais de quarenta anos, puxa-a para trás segurando-a pela cintura. Allison franze o cenho quando seu corpo se choca com o do homem, ela vira seu rosto para trás tentando entender o que acontecia.

 — Calma, eu quero conversar com você — ele diz no ouvido dela, de maneira que os lábios roçassem na orelha.

 — Vá se foder! — Allison dá uma forte cotovelada no abdômen do homem ao mesmo tempo que pisa no pé dele com a máxima força que conseguia usando o salto alto da sandália e se livra dos braços que a seguravam. Não satisfeita, lhe dá um tapa na cara, garantindo que a marca de todos os seus dedos decorasse o rosto do homem. — E não encosta mais em mim assim!

 A morena se vira novamente dando as costas para ele, abre a porta e, novamente, é puxada por Rafael antes mesmo que conseguisse dar o segundo passo no corredor. Desta vez, ele segurou-a pelo braço trazendo-a de volta para a garagem, fechou a porta e empurrou-a contra a mesma, encurralando-a ali.

 — Mas que porra você está fazendo, Rafael?! — A menina se debate, mas Rafael imobiliza-a, deixando-a prensada entre ele e a porta. Rafael ainda segurou nos pulsos delas, impedindo que ela movimentasse até mesmo os braços.

 — Fica quieta e me escuta!

 — Eu não irei me afastar do Scott, se é isto o que quer me dizer — diz com firmeza, ainda tentando se soltar.

 — Não é isto, pois sei que depois desta noite este assunto se resolverá.

 — O que está dizendo?

 — Você saberá. O que eu quero dizer é que hoje entendi o que o Scott viu em você. Você é bem gostosa e destemida, qualquer cara tem tesão por uma vadia má.

 — Como é que é? — Allison questiona, incrédula.

 — É vadia sim, se não fosse não teria saído com um homem casado.

 — Sendo vadia ou não, eu tenho as minhas preferências e você certamente não é o tipo de pessoa pela qual eu me sinto atraída.

 — Vamos ver se não mesmo... — Rafael encara a boca dela e se aproxima, pronto para beijá-la.

 — Rafael! — ela vira o rosto para o lado o máximo que conseguia. — Para com isto, caralho!

O homem junta os braços dela em cima da cabeça e segura-a os dois pulsos dela com uma única mão. Com a mão agora disponível, ele segura no queixo dela e traz o rosto dela para ele novamente.

 — Não seja difícil.

 Allison encara-o e só então percebe o terrível cheiro de álcool.

 “Ótimo, um babaca bêbado, era só o que me faltava”, pensa Allison.

 — Tudo bem, Rafael, você me convenceu — a morena sussurra, umedece o lábio sensualmente, morde o inferior e sorri. — Mas, apesar de ser excitante você me segurar contra a parede assim com esta pose de dominador, está me incomodando um pouco agora. E se soltar a minha mão eu poderia dar outra utilidade a ela muito melhor, eu garanto que você gostará.

 Rafael sorri e liberta o pulso dela. Allison ainda carregando um sorriso no lábio abaixa o seu braço e leva uma das suas mãos para o rosto dele, acaricia-o suavemente. E assim que o homem move algum centímetro do seu corpo para trás, dando à Allison um pouco mais de mobilidade, em um movimento rápido a menina crava suas unhas grandes no rosto do homem, bem próximo ao olho, machucando-o, e empurra a cabeça dele para trás ao mesmo tempo que eleva sua perna e dá uma joelhada entre as pernas dele, com uma força que fez Rafael gemer de dor.

 — Nunca mais faça isto comigo! — braveja Allison ao ver o homem se contorcendo com a mão sobre o membro.

 — Se eu fosse você não subia para lá, a Maya deve estar contando a novidade para o Scott agora na frente de todos — ele murmurava, quase não conseguindo falar devido a dor que sentia entre as pernas.

 — Que merda de novidade é esta?

 — Ficou curiosa agora?

 — Vai falar ou não?!

(...)

 Após ficar um considerável tempo na cozinha conversando com o senhor Yukimura, pai da Kira e professor de história do colégio Beacon Hills, Scott volta para a sala e se joga na mesma poltrona que se sentava anteriormente. O homem franze o cenho quando seus olhos não encontram o pai e nem a Allison. Ele se levanta e anda em direção à Kira, Lydia e Hayden.

 — Hey, cadê a Allison? — pergunta às meninas.

 — Ela foi te encontrar na garagem — responde Hayden.

 — Na garagem? — ele faz uma expressão confusa, mas antes que pudesse fazer uma nova pergunta escuta Maya o chamando. O moreno olha para trás avistando a loira no meio da sala olhando para ele.

 — Amor, por favor, venha aqui, eu tenho duas novidades para contar a todos, mas principalmente para você — Maya diz em tom alto atraindo a atenção não apenas do moreno, mas de todos os convidados presentes na sala.

Scott resmunga mentalmente e caminha até ela.

 — Fala.

 — A primeira é que vamos nos despedir de Beacon Hills, eu amei esta cidade e todos os amigos que eu fiz aqui, porém a Vick arrumou uma vaga de emprego para você na universidade em que o amigo dela é diretor, então, amor, agora você será um professor universitário e nos mudaremos para lá para facilitar! Não é ótimo, amor?!

 — Hm, é, obrigado, senhora Argent — agradece em voz baixa olhando para a mulher e dá um sorriso contido, porém dentro de si não tinha um pingo de animação, pois sabia que este emprego não duraria muito tempo após ela descobrir que ele é apaixonado pela filha dela. Scott tinha mais que certeza que Victoria o odiaria.

 — E a segunda — a loira continua com um sorriso gigante no rosto — é que enfim teremos mais um membro na família que nos unirá para sempre, eu estou grávida.

 — Você o quê?!

 — Estou grávida, dois meses — Maya sorri e abraça-o.

 — Maya, você não está grávida — murmura e dá um passo para trás desfazendo o abraço.

 — Estou, amor. Eu estava desconfiando, então fui no médico esta semana e ele apenas confirmou. E, bem, o único problema é que o quarto que construímos aqui não poderemos mais utilizar, mas em compensação, podemos construir um muito maior e melhor na nossa nova casa. Ah, eu estou tão feliz! Era o que a gente queria! Nós conseguimos, amor. — Ela proferia animadamente cada palavra e quando terminou roubou um beijo breve do moreno, finalizando com outro abraço apertado.

 Scott mantinha sua testa franzida em uma expressão confusa. Ele passa seu olhar aos arredores e, sem surpresa, ele possuía a atenção e olhares curiosos de todos os convidados, encurralando-o.

 — Maya, vem aqui — Scott diz baixo, desfaz o abraço, segura na mão dela, leva-a para o andar de cima e logo entra em um dos quartos.

 — O que foi, amor?

 — Não tem nenhum amor. Que porra você está fazendo agora? — indaga Scott e cruza os braços sobre o peitoral.

 — Como assim? Você não está feliz que finalmente iremos ter um filho?

 — Se você está gravida mesmo...

 — Eu já falei que eu estou! — ela interrompe-o. — Quer que eu pegue os papéis do exame?

 — Tudo bem, você está grávida, mas este filho não é meu e você sabe disto.

 — Você é meu marido, senão é seu, de quem mais seria?

 — Não sei. Meu eu tenho certeza que meu não é.

 — Eu só faço amor com você, Scott.

 — Para com essas porras, Maya. Eu nem me lembro da última vez que a gente transou, certamente nenhuma vez nos últimos dois, três, quatro, cinco, seis meses...

 — Amor, do que você está falando? Como não? O filho é seu e você vai assumir. Você não é um monstro para abandonar a sua esposa grávida. Seu pai, nem os meus os pais vão permitir isto — ela bufa como uma criança.

 — Maya, fingir que está grávida de mim não vai me fazer ficar com você para sempre se é este o seu objetivo. Já que prefere assim, nós iremos fazer teste de DNA assim que possível, cedo ou tarde vão saber que eu não sou o pai do seu filho. E então eu espero que você tenha escolhido muito bem alguém para te engravidar e que ele queira assumir, pois eu não farei isto. E se o verdadeiro pai não quiser, espero que você não abandone e cuide muito bem do seu filho com todo o amor que uma criança merece. — Scott olha-a, não mais com um olhar bravo, agora carregava um olhar triste. — Maya, eu não acredito que você fez isto, que merda, é uma vida, é uma criança! É algo muito sério para se tratar como se não fosse nada. Para o seu ego, você irá colocar uma criança no mundo que provavelmente não receberá todo o carinho que merece. Por favor, Maya, tente ser uma boa mãe para ele ou para ela, dê muito amor, carinho, companhia, não deixa-o sozinho nem nas horas ruins, ele precisará de você, os pais são importantes, não passe toda as suas responsabilidades como mãe para uma babá ou quem quer que seja. Lembre-se que dinheiro e coisas materiais não é tudo o que uma criança precisa. Desejo que com este bebê você finalmente aprenda o que é amar alguém de verdade. Boa sorte.

 Scott suspira e espreme os lábios.

 — Scott, é seu filho também. E, eu já sei amar, eu amo você.

 — Não é meu filho e você não me ama, não ama ninguém além de você mesma, o que é triste. Pelo o que vejo você não ama nem os seus próprios pais, as pessoas que te colocaram no mundo e cuidaram de você. A senhora Werneck é uma mãe maravilhosa e você trata-a mal.

 — Eu amo a minha mãe e trato-a bem.

 — Apenas na frente das pessoas. Quando ninguém está vendo é bem triste a cena.

 — Scott, o filho é seu sim e você não pode provar o contrário para as outras pessoas. Ainda tenho meses de gestação e você terá que esperar até lá para fazer este maldito teste de DNA se ainda quiser, mas até este dia chegar o filho é seu. E aposto que aquela vadia da Allison não estará afim de esperar tudo isto para descobrir quem está falando a verdade, se é eu ou você, e aposto que ela não demorará muito tempo para encontrar alguém para substituir você, então já diga adeus a esta sua paixãozinha passageira ridícula, pois daqui a pouco ela estará dando para outra pessoa, ou do jeito que ela é, estará dando para várias pessoas, e nem se lembrará mais de você.

 — A Allison até pode acreditar em você, nós até podemos ficar afastados por algum tempo também, mas ela é a mulher da minha vida e eu nunca desistirei dela. Eu continuarei a amando independentemente do que aconteça.

 Maya revira os olhos, impaciente. E assume uma expressão irritada no rosto.

  — Você prefere uma garota que você conhece não faz nem um ano direito ou o seu pai que sempre cuidou de você? Você não pode ficar com os dois.


Notas Finais


ahá, acharam que a Maya realmente iria montar aquele quarto a toa (cap 16)? Acharam mesmo que ela não estava planejando nada quando teve certeza que o Scott a traía? Tinha deixado no ar na última frase da Maya no capítulo anterior, quem pegou pegou, hah. Estão odiando mais o Rafael McCall? Allison vai acreditar no Scott? qual será a reação dela? Qual a resposta do Scott para a última pergunta que a Maya fez a ele? Sexta-feira no globo repórter... zoas, mas e aí o que acharam? Contem-me tudo, não me escondam nada 😂


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