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História Hands to Myself - Porra, Allison;


Escrita por: AllieMaddox

Capítulo 5 - Porra, Allison;


Fanfic / Fanfiction Hands to Myself - Porra, Allison;

 Um mês se passou desde o dia em que Scott simplesmente cuspiu aquelas palavras para Allison. Ela voltou a se sentar ao fundo da sala e não fez mais nenhuma provocação. Na verdade, não trocou mais nenhuma palavra com ele que não fosse necessária. Agora ela também fazia questão de evitá-lo.

 Durante as aulas ela ainda via os olhares diferentes do professor em sua direção, quando isto acontecia Allison fazia questão de encará-lo de volta sem se deixar intimidar, mas Scott sempre desviava olhando para baixo ou para qualquer outro canto da sala em que ela não estivesse. Covarde! Era isso que ele era um covarde. Um filho da puta de merda covarde.

 Allison estava chateada ou um tanto abalada ao ser dispensada daquela maneira? Com certeza não! Ela se sentia ótima. Neste exato momento a morena se encontrava em frente ao espelho passando um batom vinho bordô para finalizar a maquiagem. Já tinha arrumado seu cabelo deixando-o solto, liso e modelado nas pontas. Um vestido preto e justo vestia o seu corpo com perfeição. Nos pés calçava suas botas pretas preferidas. Para complementar usava um colar dourado e delicado. Tudo parecia harmonioso e feito para ela. A trilha sonora da finalização da sua arrumação era a música 7/11 e também era o motivo de ela demorar tanto para se arrumar, afinal de segundo a segundo dava uma pausa para cantar e dançar as músicas que saiam dos altos falantes conectados ao celular.

 Quando enfim terminou, desligou a música e pegou uma bolsinha pequena que tinha a única função de carregar o celular e as chaves de casa. Saiu do seu quarto, andou no corredor até a escada e desceu indo direto para a porta principal. Porém, no exato momento em que colocava a mão na maçaneta ouviu a voz de seu pai.

 — Aonde pensa que vai? — ele pergunta encarando-a enquanto os braços estavam cruzados sobre o peito.

 — Para uma festa? — responde em tom de pergunta como se a resposta fosse óbvia.

 — Você não vai para nenhuma festa hoje, Allison.

 — Como assim? — Ela franze o cenho confusa. Seu pai nunca a proibia de ir à uma festa, por qual motivo ele a proibiria de sair hoje? Em pleno sábado à noite? Eram isto que as pessoas normais faziam: saiam para se divertir. Por que ele queria que ela ficasse em casa sem nada de útil para fazer hoje? Ela estava de castigo por algum motivo que nem ela mesmo sabia?

 — Eu lhe avisei que um casal de amigos iria jantar conosco e eu quero a minha família inteira reunida.

 Allison tenta buscar na memória qualquer lapso em que seu pai a avisara que teriam convidados durante a noite, mas nada vem à sua mente. Com certeza foi em alguma das vezes em que ela se encontrava distraída e assentia para qualquer coisa que seus pais dissessem a ela mesmo não tendo prestado atenção em uma palavra sequer proferidas por eles.

 — Mas, pai! Isto não é justo! Eu estudei e trabalhei duro a semana inteira, sábado é o único dia que tenho para finalmente me divertir um pouco, você sabe. Aliás sábado depois das três horas, porque eu trabalho até aos sábados, eu não mereço me divertir? E afinal, que diferença a minha presença vai fazer neste jantar? Os amigos são seus e da mamãe, eles irão vir por vocês e não por mim. Se eu não estiver eles nem sentirão a minha falta. E o assunto deste jantar será o que? Filhos, casamento, trabalho ou qualquer coisa que gente velha conversa, aposentadoria talvez? — Ela brinca fazendo Sr. Argent soltar uma risada divertida com o humor da filha já conhecido por ele. — O que eu tenho a ver com isto? Isto mesmo nada. Eu vou ficar em silêncio, deslocada, triste. Você quer ver a sua filha triste? — Allison tentava usar todo o seu poder de persuasão para convencer seu pai a desistir desta ideia estúpida que atrapalharia seus planos.

 — Está decidido, Allison, seus amigos podem ter a honra da sua presença em todos os outros finais de semana, mas hoje você ficará para o jantar.

 — Pai! Você quer que eu repita todos os meus argumentos? Seus amigos não ficarão tristes pela minha ausência, eles virão por vocês. Assunto de velho que não me interessa, chegará o momento que vocês começarão a falar sobre como a juventude de hoje está perdida e eu não ficarei calada, se quiser evitar uma briga é melhor me deixar ir.

 — A resposta continua sendo não, você não irá sair hoje. E aliás, eles são jovens. Não sei porque você está chamando o seu professor de velho.

 — Meu professor? — Ela franze a testa exibindo expressão confusa.

 — Você não presta atenção em nada que eu te falo mesmo, né, Allison Argent? Sim, seu professor. O casal de amigos é o Scott e a Maya McCall como você já deveria saber porque eu já te falei. Mas enfim, não tem mais conversa, você fica! Eles devem chegar em aproximadamente duas horas, quero você na sala de jantar.

 Chris Argent deixa a filha sozinha e caminha para a cozinha para auxiliar a esposa com a preparação e arrumação do jantar.

 Allison fica no mesmo lugar, com a boca entreaberta e com os olhos levemente esbugalhados olhando para o vazio. A nova informação que acabara de receber a deixou completamente atordoada, esta era a última notícia que pensava em receber. A confusão em seu rosto era evidente.

 Se fosse antes de Scott rejeitá-la ela estaria pulando de alegria e bolando altos planos para provocar seu professor queridinho, no entanto atualmente ela estava irritada, muito irritada por ele ser um covarde. Um covarde lindo, gostoso, com um beijo maravilhosamente excitante, mas ainda assim um covarde. Não assumia a merda dos seus desejos por ela e ainda por cima colocava a culpa pelo que aconteceu na bebida. Argh!

(...)

 — Tem certeza que a gente precisa ir, Maya? — Scott resmungava. O moreno sentava na beira da cama de casal do seu quarto enquanto observava a esposa se arrumando na frente do espelho.

 — Tenho. — Ela responde em uma única palavra. A loira vestia uma saia lápis, camisa, salto alto e joias douradas, todas essas peças em conjunto formavam um visual elegante. O cabelo louro no corte long bob estava solto com leves ondas dando movimento à cabeleira perfeita.

 — Mas que merda, Maya. Não sei porque você confirmou a nossa presença sem me consultar, você sabe que eu odeio que faça isto.

 — Eu consultei nos últimos cinco finais de semana e você negou. Não entendo porque está tão bravo. Você estava tão empolgado para este jantar na primeira semana que chegamos aqui e de repente depois que começou a dar aula mudou de ideia completamente, sem mais nem menos. Você deveria ser mais grato à quem te encaminhou para esta oportunidade de finalmente exercer o seu trabalho como você tanto desejava, mas não, você quer ser um mal agradecido e recusar todos os convites que os Argent fizeram à gente. É só um jantar e nós vamos, você querendo ou não.

 Scott bufa e cruza os braços como um adolescente que é obrigado a ir para um almoço em família na casa da tia chata. Porém seus problemas eram muito maiores do que aturar uma tia perguntando das namoradinhas. Seu problema tinha nome, sobrenome e um lindo sorriso provocante: Allison Argent. A menina de pouca idade e covinhas apaixonantes poderia foder com toda a sua vida se ela quisesse. Deixar Maya no mesmo ambiente que ela era no mínimo perigoso. 

(...)

 Depois de se recuperar do impacto que Scott McCall iria em sua casa para jantar acompanhado da esposa Maya, Allison subiu para o seu quarto, pegou o telefone e discou alguns números. Andava de um lado para o outro aguardado ansiosamente para ser atendida.

 — Theo! Você sabe que eu te amo muito, né? — Allison começa falando já preparando o território antes de dizer o que realmente queria.

 — O que você quer? — Theo responde sabendo que aquele amor todo resultaria em um pedido de favor a ele.

 — Ok. Meus pais não me deixam sair e eu realmente queria ir na festa que eu programei para ir. Como eles te amam mais do que me amam e sempre cedem para você, você só precisa vir aqui para convencê-los a me deixar sair.

 — Que festa? — ele pergunta curioso por não ter o conhecimento de festa alguma naquele dia.

 — Na casa do Derek — esclarece Allison.

 — Ah, que bonito! Nem me convida para a festa e agora que seus pais não te deixaram sair quer a minha ajuda, né, mocinha!

 — Se esse for o problema: Theo, seu lindo amor da minha vida, quer ir comigo em uma festa na casa do Derek?

 — Você é uma sem vergonha, Allison! — exclama. Os dois dão risada daquilo. — Mas enfim, não estou afim de sair de casa hoje não.

 — Theo, por favor, eu imploro! — A morena se joga no colchão macio da sua cama e encara o teto esperando pela resposta do menino.

 — Ficar em casa por um dia não vai te matar.

 — Ah, acredite, vai me matar sim.

 — Para de drama, Allie.  

 — Seria drama se meus pais não tivessem me proibido de sair para participar de um jantar na minha casa onde os convidados são ninguém menos que o senhor e senhora McCall. Agora você entende o meu desespero?

 Theo entende a situação da morena e por ela ser sua amiga se sente na obrigação de ajuda-la. O menino de cabelo castanho e olhos claros não demora muito para se arrumar e chegar na casa dos Argents antes mesmo que o professor e sua esposa chegassem para o jantar.

 Com o amigo-irmão ao lado, Allison tentou mais uma vez convencer o pai deixá-la ir para a festa. Mas nem com a presença de Theo Allison conseguiu escapar deste jantar ridículo. O melhor acordo que conseguiu com seus pais era que eles ficassem um pouco ao menos, jantassem e depois que terminassem estariam livres para sair.

 Allison, Hayden e Theo permaneciam na sala de estar aguardando pela chegada dos convidados. Allison e Theo estavam sentados em um sofá juntos e abraçados, a menina envolvia a cintura do garoto com os braços e deitava a cabeça no ombro dele, Theo também deixava os braços em torno dela e afagava o cabelo escuros da menina de uma forma carinhosa.

 — Se segura, Allie, sem provocações hoje — sussurra Theo para que só Allison ouvisse.

 — Vou tentar.

 — Tentar não é suficiente, fica quieta, por favor.

 — Você sabe que eu não consigo me segurar, é mais forte do que eu. Mas vou tentar, eu juro. Me salva se eu fizer alguma besteira — pede com uma voz manhosa. — Na verdade é melhor me impedir antes mesmo que eu pense em fazer uma besteira.

 Os dois continuam ali abraçados. A televisão estava ligada em um filme de ação e os dois assistiam com atenção. Allison vira sua visão para a irmã sentada sozinha com as pernas cruzadas sobre a poltrona. Hayden se mostrava bastante entretida com o seu celular. Lia, sorria e digitava, repetia essa ordem continuamente. 

 — Está falando com o Liam? — pergunta Allison. Hayden faz que sim com a cabeça sem tirar sua visão do aparelho. Allison sorri contente ao ver que a paixão da irmã enfim estava saindo do platônico. — Ele já te convidou para sair?

 — Não — Ela responde frustrada. Espreme os lábios formando uma linha reta e suspira.

 — Então, por que você mesma não o convida? — sugere Allison.

 — O que? Não. Eu nem sei como faria isto, não sei para onde chama-lo e se ele recusar?

 Allison revira os olhos com a insegurança da irmã.

 — Me passa o celular, deixa eu ver sobre o que estão conversando — pede Allison soando mais como uma ordem.

 Hayden hesita por um instante, mas acaba dando o celular para a irmã. Hayden não escondia nada de Allison e não tinha vergonha de mostrar a ela a conversa que tinha com Liam. Afinal foi por Allison que os dois começaram a conversar. Porém ainda assim, Hayden senta ao lado da irmã para supervisionar tudo o que ela faria.

 — Confia em mim? — questiona Allison. Hayden faz que sim com a cabeça. — Você está de carro, né, Theo?

 O moreno confirma em um movimento com a cabeça.

 Allison começa a digitar para iniciar uma conversa como se fosse a Hayden.

Hayden: Ei, quer ir em uma festa comigo? Minha irmã me chamou para ir com ela e com o Theo, mas só vai ter gente mais velha, não queria ficar sozinha.

Liam: Claro, vamos sim.

Hayden: Então, passamos ai daqui... umas duas horas e meia, pode ser?

 — Pronto. — Allison sorri para ela que sorri de volta em agradecimento. Hayden volta para a poltrona onde se sentava anteriormente, enquanto Allison e Theo assistiam ao filme sem sair da posição em que estavam.

 A campainha enfim toca causando um frio na barriga de Allison, institivamente ela abraça Theo ainda mais forte. Ela iria ver pela primeira vez a esposa de Scott, mais conhecida como Maya. E mais que vê-la, ela iria conhecê-la, ter um diálogo, mesmo que este diálogo fosse só de apresentação, afinal Allison não pretendia estender para mais que isto.

 

 Scott estava do lado da esposa em frente a porta de entrada da casa dos Argents, já haviam tocado a campainha e aguardavam serem atendidos. O moreno do maxilar torto estremecia dos pés à cabeça e suava frio. Tentava esconder o seu nervosismo por saber que estava prestes a entrar em um campo minado.

 — Se comporte, Scott. Sem gracinhas desnecessárias — murmura Maya. O moreno assente.

 A porta finalmente é aberta, revelando Victoria Argent atrás dela. A senhora Argent cumprimenta-os com um sorriso que ia de orelha a olha no rosto e convida-os para entrar.

 Logo ao entrar, Scott vê Allison abraçada com Theo sentada sobre o sofá. O coração do moreno para por um instante quando seus olhos se encontraram com os dela, ele engole seco e desvia sua atenção para outro lugar. Contudo, para sua infelicidade, a Sra. Argent leva-os para perto dos três jovens para apresenta-los à Maya.

 — Queridos, esta é a Maya McCall.

 Os três adolescentes se levantam para cumprimentar a mulher loira. Só quando Allison se levantou ele pode ver com clareza o quanto ela estava incrivelmente – gostosa – bela naquela noite. Porra, Allison Argent. Aquele vestido justo e curto desenhava as curvas dela com perfeição, a abertura na cintura deixava-a mais sensual. O cabelo parecia ainda mais bonito e a boca estava destacada pelo batom escuro. Sem perceber Scott a olhou de cima a baixo mordendo os lábios. A sorte dele era que todos estavam entretidos demais com as apresentações e cumprimentos para prestar atenção em seu momento de distração.

 — ... esta é a Allison, minha filha mais velha. — Ele ouve a Sra. Argent falar ao voltar a realidade depois de se perder com o visual da menina. Allison sorri criando covinhas em sua bochecha e estende a mão cumprimentando Maya. Esta definitivamente não era uma cena que Scott queria ver. — E este é o Theo, amigo das meninas.

 — Eles são namorados? — pergunta Maya com curiosidade apontando para Allison e Theo, certamente por vê-los abraçados no sofá assim quando chegou. A pergunta chama a atenção de Scott que observava tudo em silêncio.

 — Não, ele é como um irmão para mim — nega Allison e depois esclarece sobre relacionamento que os dois possuíam.

 — Sim, eles são amigos desde pequeninos, cresceram juntos... — completa Victoria Argent. — Bom, o Sr. McCall vocês já conhecem, não precisam de apresentações...            

 Scott sorri fraco e acena para os seus alunos. Os três acenam de volta.         

 — Podem me acompanhar para a sala de jantar, eu e Chris já estamos finalizando, faltam alguns minutos para o frango ficar pronto. Vocês vêm, crianças?

 — Não, estamos assistindo o filme — nega Allison para a mãe. — Quando o jantar ficar pronto você pode nos chamar, por favor?

 — Tudo bem, querida.

 A Sra. Argent volta a andar em direção à sala de jantar sendo seguida por Maya, Scott não fica atrás e acompanha as mulheres. Ao passar por Allison, Scott sente o cheiro do perfume feminino que ela usava. Além de ser linda, ainda é cheirosa. Porra, Allison!, pensa e logo em seguida se repreende por seus pensamentos impuros com a menina de dezessete anos e também sua aluna, e claro, filha dos senhores Argent que eram não só seus amigos como também eram amigos da sua esposa


Notas Finais


– Eu iria colocar todo o jantar neste capítulo, porém ultrapassaria +5500 palavras e eu não sei se vocês gostam ou bate uma preguicinha de ler;
– Mudei os títulos do capítulos para português, pois concluí que os prefiro assim. Tenho que arrumar/refazer as capas anteriores, mas enfim, apenas detalhes (um dia arrumo);
– Sobre a Maya: coloquei a Halsey no trailer, entretanto você(s) pode(m) imaginá-la como quiser. Eu fico com muita dó de escrever um personagem 'ruim' com um artista/personagem que eu gosto, sério, por isso prefiro fazê-los como personagens originais. Depois que fiz/salvei o trailer com a Halsey, fiquei me lamentando pois adoro esta mulher.

beijo & até o próximo ♡


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