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História Hands to Myself - Você me beijou porque quis;


Escrita por: AllieMaddox

Capítulo 8 - Você me beijou porque quis;


Fanfic / Fanfiction Hands to Myself - Você me beijou porque quis;

 Segunda-feira chegou tão rápido que Allison mal viu o domingo passar. Ela já se encontrava sentada em seu lugar ao fundo da sala, esperando a aula de inglês começar. O professor ainda não havia chegado e por isso os alunos presentes na sala se distraíam com o celular ou conversavam com o seu grupo de amigos enquanto aguardavam.

 — O senhor McCall e a esposa dele foram jantar na sua casa mesmo? — Lydia pergunta à morena de covinhas com curiosidade. Estava virada para trás com os olhos fixados na amiga esperando pela resposta.

 — Como você sabe disto? — Allison franze o cenho. Ela acabara de chegar ao colégio e não se lembrava de ter falado isto para ninguém. Allison olha para o Theo. 

 — Eu não falei nada. — Theo ergue as mãos para cima se alegando inocente.

 — Tenho as minhas fontes. — Lydia dá os ombros e sorri.

 — Que fonte é essa que tem informações sobre o que acontece na minha casa?

 — A Hayden contou pro Liam, que falou para o Mason e para o Corey, que falaram para o Ethan e para o Danny, e por fim o Aiden que me contou. — Lydia conta todo o percurso que aquela informação percorreu até chegar aos ouvidos dela.

 — Ah, entendi. Enfim, eles foram sim... infelizmente — murmura Allison, diminuindo o volume da sua voz na última palavra dita.

 — Infelizmente? Você é a garota mais sortuda do mundo. Ter o professor mais gato e legal na própria casa e poder fazer amizade com a esposa dele. Ela é mesmo tão incrível?     

 — Ela se veste bem — responde Allison e dá os ombros.

 Lydia realmente havia gostado da Maya, isto se devia ao simples fato da loira ser ligada à moda. A ruiva morava próximo à casa do casal McCall e quase sempre avistava a mulher de cabelos claros passando pela rua sempre perfeitamente arrumada. Mesmo sem trocar nenhuma palavra com ela, já admirava-a.

 Em contradição, Allison a achou uma enjoada, fresca e exibida. Ou quem sabe ela apenas queria acreditar nisto para não se sentir tão mal por desejar o senhor McCall? E se Maya fosse uma pessoa adorável digna de admiração? Allison rezava para que não.

 Uma pessoa realmente boa e dócil tentaria acabar com a relação existente entre o marido e o melhor amigo dele? Stiles parecia ser tão legal, não poderia haver um motivo admissível para ela simplesmente odiá-lo. O sexto sentido de Allison não poderia estar enganando-a sobre Maya, poderia? De qualquer modo, Allison concluiu que a melhor caminho a ser seguido era desistir do professor e não precisava mais se preocupar com isto. Maya McCall e o casamento deles não lhe importava mais, um grande foda-se para este assunto.

 O professor de inglês chega na sala e cumprimenta todos de uma única vez proferindo um bom dia alto e claro. Antes de dar início à sua aula, senta-se à mesa para organizar suas coisas. Allison involuntariamente observa-o de longe. Porra, Scott McCall, porque você tem que ser tão gostoso? Mas, que merda! Allison se remexe e abaixa a cabeça, se mantem com os olhos fixos no livro sobre a sua carteira afastando qualquer pensamento impróprio que poderia ter com o seu professor. Percebeu que olha-lo demais era imensamente perigoso, precisava ignorar a todo custo a beleza estonteante do dono daquele irresistível maxilar torto antes que caísse em tentação e seu plano de desistir dele acabasse indo por água a baixo.

 O plano se manteve firme e forte na segunda-feira, na terça-feira, na quarta-feira, na quinta-feira, na sext... bom, ainda é muito cedo para incluirmos a sexta-feira nesta lista.

 Allison Argent, que havia acabado de sair da sala e guardava seu material da aula anterior no armário, avista o moreno do inconfundível maxilar torto passando pelo corredor que cruzava com o corredor que ela estava. Ele não a viu, pois apenas olhava para o caminho em sua frente. Andava em passos calmos e não carregava consigo nenhuma pasta ou bolsa onde poderia estar carregando os seus livros e/ou materiais que usaria na aula. Também não andava em direção à sala que daria aula no próximo horário posterior ao intervalo, Allison sabia disto porque a sua próxima aula era com ele.

 Scott passa a mão sobre o próprio cabelo bagunçando propositalmente o topete. Ação simples para muitos, no entanto para Allison aquilo foi extraordinariamente sexy. Apesar que para ela, tudo sobre ele era assustadoramente sexy.

 A morena morde o lábio inferior lentamente e pensa por breves milésimos de segundos para tomar uma decisão. Ela necessitava saber. Saber se o desejo que ela sentia por ele era recíproco como ela imaginava ou se era tudo apenas uma ilusão da sua cabeça. Não aguentava mais viver com esta incerteza. Caso a última alternativa fosse a verdadeira e ele apenas quis ficar com ela pela emoção da festa e pela briga com a esposa, e de fato estivesse arrependido e não quisesse mais nada com ela, Allison colocaria um ponto final definitivo nesta história.

 Fecha o seu armário com pressa e anda em direção ao corredor que viu Scott passar, o vê no final do corredor virando em um novo, para não perde-lo de vista aperta seus passos. Chega a ficar poucos metros de distância dele, porém ainda assim ele não percebe a presença da morena logo atrás, o que para Allison era uma coisa excelente, ela pretendia surpreendê-lo na hora que julgaria a certa.

 Scott entra no banheiro masculino exclusivo para os professores e funcionários. Allison sorri e agradece mentalmente por isto, aquele era um bom local para que ela pudesse fazer o que pretendia. A garota se aproxima da porta e olha para os lados checando se era um momento seguro para a sua entrada ali, vendo que sim ela adentra com cuidado, analisando antes se mais alguém estava no banheiro além de Scott. Para a sua alegria, a presença do moreno que ela queria era a única ali. Ele já estava dentro de uma das cabines, como Allison pode se certificar ao ver os pés dele pela abertura embaixo da porta. Ela ficou parada em frente à porta da cabine ao lado, pois se ficasse em frente a cabine em que Scott estava, ele poderia ver seus pés e estragaria toda a surpresa.

 — Por Deus, Scott, anda logo aí... — Allison murmura em um sussurro para si mesma. Seus olhos castanhos estavam atentos checando a porta em que Scott estava e checava principalmente a porta principal do banheiro. Temia que alguém entrasse e pegasse-a ali, não teria argumento plausível que justificasse a presença dela no banheiro masculino dos professores. Se levasse uma advertência para casa, seus pais não iriam ficar nem um pouco felizes, ainda mais por este motivo, certamente ficaria de castigo por um tempo consideravelmente longo.

 Quando ouviu o barulho da tranca da porta sendo aberta por Scott, sentiu um alívio imenso e uma alegria que mal era capaz de explicar. Se ajeitou rapidamente em frente à porta e assim que Scott abriu se deparou com a menina ali, assustou-se com a presença inesperada, contudo não teve um segundo sequer para pensar em esboçar qualquer reação. Allison com uma das mãos segurou a nuca do homem com firmeza trazendo-o para si, selando com ferocidade seus lábios com os dele no mesmo instante. A outra mão apoiou sobre o abdômen do mesmo empurrando-o de volta para dentro. Obviamente ele possuía o triplo de força em relação a ela, ou até mais, se ele quisesse evitar tudo aquilo seria indefinidamente fácil impedi-la, mas ele não fez, em vez disso permitiu que seu corpo fosse jogado para dentro assim como a menina desejava.

 Sem separar as bocas que se beijavam, Allison estica seu braço para trás e tateia a porta para achar a tranca. Assim que encontra, fecha-a trancando-os naquele pouco espaço.

 Para a surpresa de Allison, Scott não relutou por nenhum milésimo de segundo. No mesmo instante que selou os lábios com os deles sentiu a língua do moreno invadir sua boca antes mesmo que ela fizesse. A resposta dele foi bem melhor do que ela esperava e Allison estava adorando.

 Intensificaram ainda mais o beijo quando Scott deslizou os dedos entre os fios negros e lisos que ficavam próximos à nuca da menina, em seguida segurando-os com força. Não satisfeito ainda prensou a morena entre ele e a porta, fazendo com que as costas da garota se chocassem com força contra a madeira. Allison arfa com o impacto e inclina a cabeça para trás em busca de ar, mas Scott parecia almejar por mais, ele busca exasperadamente pelos lábios da morena novamente. Allison é surpreendida mais uma vez pelo intenso anseio do professor.

 Eles estavam tão juntos que Allison já desacreditava que dois corpos não ocupavam o mesmo espaço. As pernas deles estavam perfeitamente encaixadas, o tronco de Scott amaçava o dela sem delicadeza, a mão direita do homem deslizava entre a coxa e a cintura da garota, enquanto a esquerda ainda segurava os longos fios escuros próximos à nuca lhe dando total controle da situação.

 Com os movimentos limitados, Allison se contentava em brincar com o cabelo do homem, deslizando os dedos magros entre os fios e dando leves puxadas quando sentia vontade. A outra mão usava para roçar as unhas grandes nas costas dele por baixo do suéter que ele usava.

 Caralho, aquilo estava ficando quente demais. A parte racional de Scott implorava para ele parar, no entanto os seus desejos e prazeres falavam mais alto lhe impedindo de interromper o beijo impróprio com sua aluna. Impróprio, mas imensamente bom, excitante e todos os adjetivos que ele poderia encontrar para designar o quanto ele estava gostando da sensação de beijá-la. Scott McCall era dominado de forma devastadora pela luxúria.

 Quando sentiu a ereção dele crescer, Allison resolveu que era a hora de parar. Mesmo que ela almejasse por muito mais que um beijo do homem, ela tinha a consciência que não era no banheiro da escola que isto viria a acontecer. Ela volta a inclinar sua cabeça para trás para cessar o beijo, ao mesmo tempo que posicionou suas mãos com dificuldade entre eles e o empurrou com a maior força que conseguia separando seus corpos.

 — Desta vez não tem desculpa, professor, você me beijou porque quis. E pelo jeito que me beijou... — Allison passa o polegar e indicador pelos lábios na tentativa de limpar os resquícios de saliva que restara ali — você me quer muito mais do que eu imaginava.

 Scott não era capaz de proferir uma única palavra naquele momento, a respiração se encontrava ofegante e seu pênis por dentro da calça denunciava sua excitação, mesmo se quisesse não conseguiria esconder ou negar o efeito que aquele beijo havia lhe causado. 

 A menina tentou manter uma pose séria, mas soltou uma risada baixa ao analisar o professor, mais especificamente a área das suas partes íntimas.

 — Allison, e-eu... — ele balbucia com a voz fraca.

 — Depois você me fala, eu ainda tenho que ir até o armário pegar o material para a aula do meu professor favorito. É melhor você ir também antes que se atrase. — Ela sorri e pisca para ele.

 Allison dá as costas para ele, se virando para abrir a porta, destranca, no entanto antes que saísse, ouve a porta principal sendo aberta anunciando que novas pessoas estavam adentrando.

 — Mas que merda — a menina resmunga e dá passos para trás voltando para dentro dali o mais rápido que podia, logo trancando a porta novamente. Pelo desespero de acabar sendo pega, ao dar passos exasperados para trás, acabou chocando seu corpo com o de Scott novamente.

 — Allison — Scott arfa quando a bunda da garota foi a encontro de seu membro ainda ereto. Tentou dar alguns passos para trás para se afastar dela, porém o vaso sanitário atrás deles impedia que ele fizesse qualquer movimento naquela direção.

 — Dá para ver os meus pés, me pega. — Allison vira de frente para ele e diz em um volume mínimo já colocando os braços em torno do pescoço do moreno. Scott, sem conseguir pensar direito por estar completamente atordoado por toda aquela situação, faz o que ela pede. Ajeita um dos seus braços nas costas dela e o outro passa por baixo das coxas, levantando-a em seu colo sem nenhuma dificuldade.

 Eles ficam em silêncio escutando com atenção cada barulho vindo do outro lado da porta. Escutaram a pessoa entrando no banheiro ao lado, dando descarga e por fim abrindo a torneira, mas se enganaram quando pensaram que eles já estariam salvos. Novas pessoas entram, desta vez dois homens que conversavam sobre uma feira de carros que aconteceria em breve. 

 — Allison — Scott começa a falar, contudo a morena interrompe antes que ele continuasse colocando o indicador contra a boca dele pedindo por silêncio. — Isto é muito errado — ele insiste em dizer, mesmo com o dedo da garota o atrapalhando.

 — Eu vou ter que começar outro beijo para você calar a porra da boca? — a menina morena cola os lábios no ouvido dele e sussurra.

 Scott fecha os olhos, morde o lábio inferior com força e respira fundo na tentativa de se manter calmo. Em vista dele, agora Allison parecia estar muito tranquila, ela apenas esperava com paciência que os barulhos do outro lado terminassem significando que o banheiro estaria vazio novamente. A despreocupação era tanta que ainda balançava suas pernas lentamente de forma ritmada e brincava com as mechas do próprio cabelo, enrolando os fios no dedo. Estar no colo de alguém era extremamente confortável, ela poderia ficar tranquilamente nos braços de Scott o dia inteiro se precisasse.

 — Pronto — ela diz assim que ouve a porta sendo aberta novamente e os passos se afastando. O banheiro já se encontrava vazio e livre. — Se um dia eu casar quero que meu noivo tenha a mesma força que você para me carregar assim... E você sabe que eu poderia ter simplesmente subido ou sentado no vaso sanitário para eles não verem o meu pé, não é? Mas me lembrei dos seus braços, que infelizmente sempre estão cobertos pelas mangas cumpridas das suas roupas e que eu só tive a sorte de ver uma única vez naquele dia na festa, e ser carregada por você me pareceu ser muito mais interessante — confessa Allison ao descer dos braços de Scott e seus pés tocarem o chão novamente.

 A menina sorri para ele ao finalizar sua fala. Um sorriso também escapa dos lábios do moreno ao ouvir aquelas palavras sair da boca dela.

 — Oh, céus! Você sorriu para mim! Eu não acredito! — expressa Allison com animação e também com surpresa.

 — O que? — ele pergunta confuso.

 — Você sempre me olha com uma cara de assustado ou algo do tipo. Desde que você virou meu professor esta é a primeira vez que você sorri para mim. E o seu sorriso é tão lindo que eu poderia te beijar agora, mas a gente não pode ficar aqui para sempre.

 — Allison... — ele murmura e passa a mão sobre o rosto com sinais de preocupação ao se lembrar novamente que estava dentro do banheiro dos professores com uma aluna.

 — Você gosta mesmo de pronunciar o meu nome — a garota murmura, pois já perdeu a conta de quantas vezes ele dissera “Allison” nos últimos minutos. — Vai ver se está livre para eu sair daqui.

 Allison dá espaço para ele passar e assim ele faz. Scott anda até a porta principal e abre-a com cuidado, olha para um lado e depois para o outro averiguando o movimento do corredor. Quando já estava seguro, chama Allison que sai dali com rapidez antes que alguém se atrevesse em aparecer para flagrá-la. Quando já pisava no corredor, ela se sentiu salva e aliviada.

 — Te vejo na sala, professor. E é melhor você cuidar disto antes — ela aponta para baixo em direção ao membro dele que ainda demostrava sinais de excitação.

 A adolescente abandona Scott no corredor, corre até o seu armário e em seguida para a sala de aula. Todos os alunos já estavam presentes na sala esperando pelo senhor McCall. Allison senta em seu lugar perto dos amigos.

 — Aonde você passou o intervalo inteiro? — pergunta Lydia com curiosidade.

 — Resolvendo uns problemas aí.

 — Pelo estado da sua boca e do seu cabelo, esse problema beija muito bem — Malia diz após fazer uma análise do estado da amiga. O cabelo estava levemente bagunçado e o batom claro na boca da menina encontrava-se borrado. Allison deixa uma risada curta escapar. Passa as mãos sobre cabelo, arrumando-o. Também passa o dedo indicador e o polegar em volta dos lábios na tentativa de corrigir o borrado do batom.

 — Quem ele é? — indagada Kira.

 — Segredo. — Allison pisca para as amigas.

 — Eu juro que quero te matar quando você não quer compartilhar as coisas — resmunga Lydia e cruza os braços. A menina das covinhas dá uma nova risada com a cara emburrada da ruiva.

 Allison olha para o lado e encontra o olhar de reprovação de Theo sobre ela, a morena espreme os lábios e olha para baixo, ficando em silêncio. Theo não a entenderia, ninguém poderia entendê-la, mas ela precisava saber se Scott a queria como ela pensava e não se arrependia do que acabara de fazer.

 O senhor McCall demora mais alguns minutos até chegar na sala, um terço da aula já havia passado. O professor de inglês mudou todo o plano que havia programado para a aula e decidiu levá-los à biblioteca para uma atividade em grupo, pois sabia que não conseguiria ter um bom desempenho na explicação da matéria depois de tudo que acabara de acontecer e também sabia que o rosto da menina morena entre os alunos tiraria toda a sua concentração.

 Pediu como atividade que cada grupo encontrasse dois livros do mesmo gênero, porém escritos em épocas distintas. Lessem e discutissem um com os outros as semelhanças e diferencias encontradas e que finalizassem escrevendo um relatório sobre esta comparação. Após passar as instruções com rapidez, Scott se sentou em uma das mesas livres da biblioteca e que possuía a maior distância entre todas as outras. Lia um livro de suspense na tentativa de se distrair.

 Allison estava inquieta, prestava pouca atenção na discussão do seu grupo em relação a atividade. A visão do professor atrapalhava seus pensamentos, pois ela se lembrava do beijo no banheiro. Encarava aqueles lábios que alguns minutos atrás estavam procurando desesperadamente pelos seus, como se fosse uma necessidade mantê-los juntos. Involuntariamente, Allison mordia o lábio e sorria.

 — Estou com uma dúvida, vou perguntar ao senhor McCall, já volto — avisa Allison ao se levantar da mesa para ir em direção ao moreno. A adolescente se senta em uma das cadeiras da mesa em que Scott estava. De frente para ele e de costas para os seus colegas de classe. — Professor, eu quero falar sobre nós.

 — Aqui não, Allison.

 — Scott, relaxa, ninguém está nos ouvindo, estão todos concentrados demais com a atividade e você escolheu se sentar em uma mesa consideravelmente afastada, ninguém aqui tem super audição.

 — Novamente nós cometemos um erro que não deve ser repetido — Scott fala ao ver que ela estava certa, ninguém conseguiria ouvi-los.

 — Ah, por favor, Scott. Eu aceito você me falar que isto tudo é um erro, porém você vai ter coragem de negar que gostou? Vai ter coragem de falar que este erro não foi algo extremamente bom e prazeroso? Porque para mim foi ótimo, eu poderia cometer este erro todos os dias e eu sei que você pensa o mesmo, mas não quer admitir. Hoje você só me provou que me deseja sim e me deseja muito — a morena falava baixo e serenamente.

 — Allison, não. Isto está muito errado e você sabe disto, para com esta ideia louca, por favor.

 — Tudo bem.

 — Tudo bem? — Scott franze o cenho confuso e estreita os olhos, desacreditando que a menina havia aceitado aquilo sem nenhuma relutância. Estava tudo bem mesmo ou ela blefava?

 — Tudo. Você sabe o que o seu corpo quer e eu também sei, eu não vou ficar aqui discutindo com você para sempre para você simplesmente negar a realidade. Se é pela Maya, por eu ser sua aluna, pela minha idade ou por qualquer outro motivo, eu não sei. Mas eu te darei espaço e tempo. Se quiser me beijar mais uma vez, a atitude terá que vir de você, eu não irei iniciar mais nenhum beijo. E eu espero que esta atitude chegue rápido, porque eu estou te desejando loucamente e contarei os segundos para ter cada parte do seu corpo encontrando com o meu, Scott McCall.

 As últimas frases ditas por Allison, ela usou um sussurro. Proferia cada palavra com calma e com uma sensualidade natural não controlada por ela. A morena não fazia qualquer esforço para parecer sexy, ela apenas era.

 — Agora caso queira continuar negando tudo, paciência, o que me resta é aceitar — continua.

 Antes de se levantar para voltar à mesa com seus amigos, a adolescente ainda finalizou com uma piscada e um sorriso provocante que abalou as estruturas de Scott.



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