Acordo e percebo que dois serumaninhos se prontificaram em minha frente, como se eu fosse uma criança de 3 anos que acabara de quebrar o vaso favorito da mamãe.
– O que foi? – Pergunto enquanto me levanto da cama. Pego uma maçã no freezer, enquanto Louise e Clarice continuam me encarando.
– FALEM LOGO DE UMA VEZ!!! – Acabo gritando, até que uma das coisas se pronuncia.
– Você está louca? Acabou de sair de um relacionamento e vai encher a cara? – Clarice acaba confessando pondo as mãos na cintura numa pose repreensiva.
– Em primeiríssimo lugar: Eu não devo nada a vocês, e em segundo: Eu não bebi tá? – Respondo enquanto me direciono para o banheiro do dormitório.
– Hamram, sei, agora me diga o porquê de você ter chegado a 1 hora da manhã tropeçando nos próprios pés? – A Louise pergunta enquanto me segue de braços cruzados.
– Eu já disse a vocês a primeiríssima regra? – Pergunto com cara de quem tenta se recordar de algo – Aquela lá que eu dei como resposta para a Clar!! Lembrei! – Digo enquanto dou a meia volta – Eu não devo nada a vocês – Digo dando um sorriso falso e entro no banheiro.
Eu sei que elas se preocupam mais isso chega a sufocar! Imagina, se você sair vai ter que dá satisfação do que você vai fazer com quem vai fazer, que horas, aonde.... Nem meus próprios pais faziam isso comigo.
Saio do banheiro pronta e não dou tempo para que elas comentem algo. Antes de fechar à porta as escuto falando algo, mas não me importo.
Se você é uma pessoa que sonha em estudar na Dalton como eu sonhava, tenho uma péssima notícia para te dizer, ela não é como você vê nos dias de visitas. Sabe aqueles alunos aplicados, com livros, ocupados demais para fazerem coisas fúteis? Pois é, eles não existem, e se já existiram estão em extinção!
Caso, um dia olhares para a Dalton na parte externa, você acha que é um internato qualquer, velho, acabado e sem nenhum tipo de beleza. No entanto, isso é uma mentira. Ela é imensa, com pinturas de grandes artistas em suas paredes, belíssimas salas de leitura e o principal, todos os cômodos tem ar-condicionado. Porque com o blazer que usamos, morreríamos afogados no nosso próprio suor de tanto calor.
Com o meu andar de sono, acabei esbarrando em um rapaz. Não posso negar, ele era lindo, com seu rosto afilado, seus olhos cor de whisky, Meu Deus, que olhos!!
Não resisti e fiquei olhando para aqueles olhos.
– Moça, tá tudo bem? – Pergunta o cara com olhos maravilhosos!
– Si-iim – Gaguejei e sentir meu rosto corar. Ele me olhou e sorriu, Ai! Apaixonei, até que o traste, corno, mal amado do Clarington nos interrompe.
– Está tudo bem? – Perguntou o “coisa” encarando o rapaz.
– Estou bem, porém poderia estar melhor se você morresse, concorda? – Respondo quebrando o contato visual dos dois.
– Por favor, nos dê licença, ele não me disse o nome dele ainda! – Sorri com um tom maléfico, peguei meus livros, agarrei o braço do rapaz que não parecia se importar e perguntei:
– Então, como é mesmo o seu nome? – Ele rir e responde:
– Brian Haner.
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