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História Happiness? - 3


Escrita por: mermaidmtl

Notas do Autor


Oi tudo bom?

Capítulo 3 - 3


Fanfic / Fanfiction Happiness? - 3

Pov Shawn

Devo admitir que o fato de Aurora se permitir ficar decepcionada por não poder ir à um lugar pois o namorado não gosta de sair,  me deixou no mínimo... preocupado, com uma pulga atrás da orelha. Em momento algum ela demonstrou ser uma daquelas garotas que aceitam ser minuciosamente controladas por qualquer um.
Após ter subido para o apartamento com minha pequena mudança ( que parecia ser quase nada, até eu ser obrigado a subir seis lances de escadas com ela). Saio para comprar um colchão, assim, nao vou precisar rouvar o sofa de mais ninguém. Na volta, subindo as escadas com o que logo seria minha cama, encontro Sol segurando um punhado de sacolas e tentando abrir a porta do apartamento.
- Oi Sol -  cumprimento - precisa de ajuda? - solto aquilo nas escadas, com esperança de que ninguém decidida passar por elas agora, e vou até ela, seguro as sacolas de uma de suas mãos, que atrapalham seu desempenho para encontrar as chaves.
- muito obrigada S - ela ri - olha, tudo certo - a porta se abre.
Eu sorrio e continuo meu caminho até o andar de cima.
- Até mais Sol.
-Até - ouço o eco de sua voz.

POV Aurora

Abro a porta com um sorriso no rosto e vou direto para a cozinha. Deixando todas as sacolas em cima da mesa, pensando que preciso urgentemente de um banho, para so depois dar um jeito de arrumar tudo.
- prestativo o garoto - me arrepio ao ouvir sua voz, crente que ele só chegaria a noite - posso saber quem é?
- Meu deus Thomas, assim você me mata de susto. - coloco a mão sobre o coração, fingindo estar sem fôlego, então vou até ele é o abraço sorrindo, que não retribui.
- Como foi a viagem? - me afasto. Seu olhar demonstra raiva, eu não consigo imaginar qualquer motivo, mas nos últimos tempos isso não é uma novidade. Me distancio ainda mais dele, indo em até a cozinha, opto por guardar as coisas antes do banho.
- Me diga você, acho que meu tempo fora foi muito bom, mas não para mim, não é mesmo, Sol. - ele solta o apelido como se estivesse envenenado em uma pergunta que obviamente não foi feita para ser respondida.
Eu queria rebater e faze-lo engolir as insinuações idiotas, mas não podia, algo em mim simplesmente não deixava. Eu sabia que por fora daquela casca de garoto machão, existia dentro dele um homem cujo o coração fora partido várias vezes e a autoconfiança deixada em pedacinhos, o conhecia bem demais para sentir raiva.
- Eu não sei do que você está falando Thom - de repente me vejo com uma voz mansa - Você sabe que eu sempre sinto sua falta.
- Vadia - ele segura meu pulso, com força demais, e me puxa para perto de si- Qual o nome do garotinho da vez?
- Thomas, por favor na não fale como se - falo com minha voz em um fio. - alguma vez eu ja tivesse desrespeitado nosso relacionamento. Desrespeitado você - solto de uma vez - o nome dele é Shawn, é o melhor amigo do Mike, chegou ontem de Los Angeles. É nosso novo vizinho.
Ele revira os olhos e me solta.
- Amigo do namoradinho de Laila, que conveniente.
- Desde quando você tem alguma coisa contra o Mike?
- Desde que o amiguinho dele resolve se achar no direito de ser "amigo" da minha garota.
- Thom, só - eu queria dizer que todo o ciúme que ele sente por mim já está se tornando doentio, é totalmente doentio - Não se preocupa, a Laila vem passando quase todo tempo dela com Michael, e você não está por perto a maior parte da semana, as vezes preciso de alguém para conversar, só isso, e Shawn parece ser bom. Vou te apresentar a ele logo, vocês podem ser amigos. - suplico, sei que não é verdade, tenho esperança, mas no fundo sei que essa amizade não aconteceria, o pouco que eu conheci de Shawn percebi que ele poderia facilmente ser amigo do antigo Thomas, vejo eles rindo em uma sexta feira a noite no bar perto de casa, jogando conversa fora durante uma partida de sinuca e bebendo, enquanto eu reclamo pelo fato de estar jogando, porque sou péssima, mas não paro porque meu orgulho não me deixa desistir. Pensar nesse quase me faz sorrir, mas meu pequeno devaneio se esvai quando lembro a situação na qual me encontro, e a certeza de que meu novo vizinho nunca poderá ser amigo da pessoa que está na minha frente.
Ele parece ponderar minhas palavras por um momento, então me solta.
- Quer saber, eu vou tomar um banho Aurora, estou cansado de tudo isso. Você cansa. 
Eu assinto, sentindo meus olhos marejarem, vejo ele ir em direção ao banheiro e vou até a cozinha preparar uma janta, algo que ele goste para me redimir por ter feito absolutamente nada.
Termino de montar a lasanha, coloco no forno e sirvo a mesa para nós dois, quando está tudo pronto vejo que Thom enrolou para entrar no banho, e ainda está lá, decido entrar junto com ele. Sexo de reconciliação nunca falha.
Entro de fininho no box com, e posso apreciar toda sua beleza, eu sou alta, mas ele é ainda mais, deve ter quase 1,90. Cabelos  em um tom de castanho escuro o e olhos azuis, quase violetas quando está muito feliz. Ele quase poderia ser modelo com o corpo que tem, a diferença é que não é tão magro quanto um. Suspiro, e passo as mãos por seu peito até o abraçar por trás.
- Eu realmente estava com saudades - me aproximo de seu ouvido para sussurrar, não estou mentindo, eu sinto sua falta a cada segundo do meu dia, mas quem ele não é o mesmo a meses. Ele suspira, com essas palavras, sinto suas barreiras desmoronarem,  se vira para mim e me aperta contra os azulejos frios da parede, me beijando com violência, suas mãos percorrem meu corpo com desejo, sem se demorar muito por alguma parte especifica, ele sobe meus braços acima de minha cabeça imobiliza minhas mãos. Sinto ele aceso contra a minha barriga e luto contra a vontade de pular e enganchar minhas pernas ao redor de sua cintura, para senti-lo melhor contra mim.
-Thom, por favor - ele roça em mim, sabendo que assim me leva a loucura. Dois dedos de mão livre brincando dentro de mim.
- Você vai ter que implorar mais que isso gatinha - sussurra em meu ouvido, sua língua percorre minha orelha então ele morde o lóbulo, descendo até o meu pescoço, com força, tenho certeza que vai ter uma marca feia logo logo. Um gemido escapa de meus lábios. 
- Thoom - gemo seu nome - por favor
- Eu quero ouvir, exatame o que você quer - diz contra meus lábios. Para depois morder meu labio inferior, sinto gosto de sangue.
- Eu quero você
- Você faz melhor que isso que eu sei baby - odeio o modo como ele mexe comigo, como se eu não tivesse escolha a não ser fazer tudo o que eu ele deseja na hora que ele deseja.
-Thomas, me fode, agora! - vejo o sorriso cafajeste em seu rosto, odeio o fato dele me obrigar a falar desse modo, ainda não sou o tipo de garota que sente tesão com esse linguajar, mas as palavras sempre acabam saído de minha boca, só para que eu me sinta como uma vadia no momento seguinte.
- Com prazer, princesinha - em um instante ele me vira de costas, para seu corpo, quase tão rápido já está completamente dentro de mim. "Princesinha" o apelido faz com que eu me arrepie da cabeca aos pés, mas não de um jeito bom, bem pelo contrario, trás minhas piores lembranças a tona, e ele sabe disso, era essa a reação que ele esperava, tento afastar de minha mente de todo jeito, pois tenho consiencia de que ele não vai parar agora, mas é um caminho sem volta, todo o tesão que sentia a cinco segundos se esvai de mim, estou tensa, e cada estocada dele em mim dói, como se tivesse me rasgando ao meio, Thomas não chega nem perto de ser pequeno, sempre precisou de um pouco a mais de cuidado comigo, mas parece que não lembrava disso agora.
- Thom, para, você tá me machucando - gemo, dessa vez por culpa da dor e tento me desvencilhar dele em vão, parece que isso é só um incentivo para ele. 
- Não é o que parece, princesinha - sussurra em meu ouvido, o apelido sai azedo de seus lábios, nesse momento eu o odeio com todas as minhas forças, ele pressiona meu rosto contra a parede com força.
- Por favor Thom - sinto meus olhos marejarem novamente, a dor física e psicológica se fundindo e se derramando de mim.
Só sinto algum alívio quando ele finalmente goza e sai de dentro de mim, termina seu banho e da banho em mim como se nada tivesse acontecido, carinhoso até, eu não consigo me mecher com tamanho choque, assimilando o que acabou de acontecer. Peço com todas as minhas forças que isso tudo seja só um pesadelo, e que eu possa acordar logo. Thom sempre foi bruto, mas nuca havia me machucado tanto, nunca havia me machucado sabendo que só o que eu sentia era dor. Ele tenta até me tocar, dizendo que eu  também mereço um orgasmo essa noite mas meu reflexo é mais rápido, o afasto com o tapa na mão que se aproxima de uma parte minha da qual eu o quero longe por um bom tempo. Vejo que ele se ofende e eu logo corrijo meu erro, dizendo que mais tarde teríamos tempo, que a surpresa que preparei para ele era mais importante no momento e precisávamos sair do banho. Ele concorda. Eu só quero chorar. Mas não posso desabar na sua frente de novo.
Jantamos, eu não consigo tocar na comida. Ele se limita a dizer que me ensinou bem a fazer sua receita favorita, e nunca ficou tão feliz pelo tempo que antes achava ter sido desperdiçado. Eu dou um sorriso amarelo, me perguntando se isso foi um elogio, ele diz que me espera na cama e vai deitar, eu digo que vou demorar um pouco, porque tenho que ir na casa de Laila, com esperança de que ele já esteja dormindo quando eu estiver de volta. Ele assente e vai para a cama. Eu só preciso de um lugar para desabar.
Saio do apartamento, ligo para minha melhor amiga, 1, 2, 3 vezes, mas ninguém atende, já passam das 23 pm, ando ao redor do prédio várias vezes, não sei exatamente em que momento as lágrimas começam a cair, mas sei que não vão parar tão cedo, parece que nunca vão parar. Preciso parar de andar como uma mosca tonta, e me esconder em algum lugar, não posso correr o risco que Thomas me veja andando assim. Um nome me vem em mente:
Shawn.
Minhas pernas se movem em direção às escadarias do prédio, não penso o quanto uma visita a casa do garoto que conheci a um dia, essa hora da noite, poderia ser  inconveniente, ou no quão puto Thomas ficaria se descobrisse, eu só ando, e antes de pensar estou batendo em sua porta.

POV Shawn

Faz quase uma hora que me viro de um lado para o outro, sem conseguir pregar os olhos, mesmo estando muito cansado depois de um dia cheio, o que não faz nenhum sentido. Até que ouço alguém bater na porta.
Não consigo imaginar quem bateria minha porta quase meia noite, talvez o entregador de pizza, que esqueceu algo e só notou agora, quem sabe uma pizza extra para o centésimo comprador da noite ou, tudo bem, o cansaço afetou meus neurônios.
Abro a porta e dou de cara com uma Aurora com o cabelo todo bagunçado, o nariz vermelho e olhos inchados, esteve chorando. Ela me observa com a expressão de quem não sabe qual é a próxima coisa que deve fazer, funga, noto que está tentando controlar o choro. Percebo que estou a tempo demais a encarando, não sei como agir, mas penso no que minha irmã sempre disse sobre pessoas com os sentimentos feridos e a necessidade delas por um abraço, então é isso que faço, inicialmente ela fica tensa em meus braços, provavelmente surpresa, então me abraça de volta escondendo o rosto em meu peito, sinto suas lagrimas molhando minha camisa, a trago para dentro de casa encostando a porta, estamos no meu colchão, meus braços continuam da mesma forma ao seu redor, ela continua abraçada em mim chorando tão baixinho que eu só tenho certeza que está chorando por culpa de suas lágrimas molhando minha camiseta e sua respiração entrecortada, depois de um tempo sua respiração volta ao normal, e tenho esperança de que ela fale, quando isso não acontece decido falar eu mesmo.
- Ei, você quer pizza? Pedi agora a pouco.
Vejo um pequeno sorriso se formando em seus lábios, ela concorda.
- Eu adoraria.
- Calabresa ou chocolate?
- Chocolate, por favor. - vejo um pequeno brilho em seus olhos, e sinto um pouco de paz por perceber que ela está melhor.
Vou em busca da pizza no balcão da cozinha um prato e um copo de água, a sirvo e a assisto comer.
Noto que mesmo em um estado, devo dizer péssimo, eu não conseguia deixar de admirar sua beleza, como aquela garota conseguia?
- Para de me olhar assim - ela exige, rindo, noto o vermelho tingir suas bochechas.
- Assim como? - me faço de desentendido. Ela revira os olhos
- Assim - ela aponta para mim com os dedo, - só... para de me olhar enquanto estou comendo, não é educado.
Eu rio de seu constrangimento e desvio o olhar, esperando que termine de comer. 
- Então, tudo bem? - pergunto
- Por agora tudo otimo, e com você? Vem sempre aqui?
Reviro os olhos, mas não me irrito realmente com ela.
- Como voce está Sol? - Quero perguntar o que a deixou daquela forma, mas opto por não invadir sua privacidade, quando quiser vai me contar - Não precisa me contar o que aconteceu se não quiser, só me diz como você está se sentindo.
Sinto a máscara de "tá tudo otimo" cair de seu rosto por um minuto, ela suspira.
- Eu não estou bem agora Shawn, na verdade se parar para pensar em tudo que está acontecendo, eu me sinto acabada, mas vou ficar bem, quer dizer, olha pra mim - ela sorri - já estou bem melhor que quando cheguei aqui, graças a você, muito obrigada por isso, e me perdoa por chegar na sua casa igual uma doida essa hora da noite. Você não tem o dever de se preocupar com meus problemas.
Ela não olhava em meus olhos para falar e sua voz não estava com a convicção normal, era óbvio que tinha alguma coisa muito errada, mas me contive em perguntar. Era tudo que iria ganhar por essa noite.

- Ta tudo bem Sun, estarei aqui, quando você precisar - ela sorri - quer assistir um filme? - proponho, ela não parecia querer voltar para casa tão cedo
- Eu quero, por favor.
Abrimos o netflix no meu computador e demoramos mais tempo para escolher o filme, do que para assiti - lo, descobri que nosso gosto para filmes era muito parecido, ela gostava de praticamente tudo, menos de "filmes policiais sem sentido nenhum com tiros e sangue para todos os lados" (descrição dada pela mesma) disse que não tinha um filme preferido, mas já assistiu Bonequinha de luxo tantas vezes que quando chegou na vigésima a alguns anos atrás, parou de contar. Acabamos pegando no sono antes de ter a oportunidade de descobrir o final do filme.


Notas Finais


Na real, foi bem tenso escrever a parte do banheiro, e eu não sei se transmitiu tudo o que eu queria passar sobre de forma correta, maas, espero que gostem :) XOXO


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