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História Happiness? - 4


Escrita por: mermaidmtl

Notas do Autor


Ao que parece eusinha não consigo parar de escrever hehe devia estar estudando, devia, mas a vida tem dessas.

Boa leitura ^^

Capítulo 4 - 4


Fanfic / Fanfiction Happiness? - 4

Pov Aurora

Quando acordo na manhã do outro dia, estou abraçada com um Shawn desacordado, na verdade, ele está abraçado em mim, como se eu fosse sua pelúcia, viva, quando tento sair de seus braços, ele me aperta ainda mais forte, me puxando contra si, eu rio, não tenho outra opção senão acordado.
- Shawn - chamo, delicada, aumentando meu tom de voz conforme eu chamo e ele não responde, mas ele só acorda quando eu chego no ponto de lhe balançar para frente e para trás.
- Ah, me deixa - ele vai se virar, então abre os olhos e nota que quem está a seu lado sou eu.
- Aurora - ele sorri, com a voz embargada de sono, esfregando os olhos com a mão, parecendo uma criança, e eu não consigo não sorrir com a cena.
- Eu não queria te acordar, mas você não queria me soltar por nada nesse mundo - rio, suas bochechas coram - e eu preciso ir antes que Thomas descubra que eu não estou na Laila e comece a - interrompo minha fala na hora, percebendo que falei demais
- Você precisa ir? - noto que ele demora para processar as informações com sono, eu meio que agradeço por isso.-  espera, seu namorado ficaria bravo se soubesse que você está aqui?
- Ah, não é nada, ele só é possessivo demais as vezes - dou de ombros, querendo mudar de assunto logo - E sim, infelizmente eu preciso ir agora S. - me levanto e vou em direção a porta, tentando arrumar meu cabelo com as mãos. Pego o celular: 7 horas, ao menos não está tão tarde quanto eu imaginei. Tenho cinco mensagens de Laila, nenhuma de Thomas, o que significa que ele ainda não acordou. Suspiro aliviada.
- Então, te vejo hoje a noite? - Shawn aparece ao meu lado enquanto calço os tênis, sua carinha de sono me faz esquecer de todos os problemas por um momento.
- Onde vai ser?
- Lá no 95, perto do mercado, e da praia.
- Eu sei onde é - assinto - nunca cheguei a ir lá, mas sei onde fica, foi onde Lah conheceu o Mike. - sorrio com a lembrança da noite em que vi minha melhor amiga chegando em casa, toda apaixonadinha pela primeira vez. - Vou fazer o possível para estar lá Shawn .
Ele sorri, e acena quando estou saindo de seu apartamento.
Ligo para Laila.
- Lah, eu preciso de um grande favor.
Explico para ela parte da situação, oculto a parte de nossas brigas, como sempre, mas digo que precisava sair de casa, ela não me atendia, então vim para casa de Shawn, onde acabei pegando no sono. Explico que se Thomas perguntar ela deve dizer que eu estava com na casa dela.
Minha amiga não faz muitas perguntas, mas sei que quando nos virmos vou ter explicar sobre essa história com Shawn, ela ja está insinuando coisas pelo telefone.
- Nos somos só amigos Laila, para. Eu tenho namorado - antes da Califórnia sempre fora eu, ela e Thomas, nos três éramos melhores amigos, então eu e Thomas começamos a namorar, mesmo assim o trio nunca se quebrou, até pouco tempo atrás, percebi que no momento em que as mudanças de Thom comigo já estavam notáveis, ele estava totalmente afastado de Laila, ela não tinha mais confiança nele, eu nunca descobri o que aconteceu para que chegassem a esse ponto, mas foi isso, as coisas ficaram estranhas de um dia para o outro.
- Eu não disse nada, quem está falando é você. - reviro os olhos.
- Tudo bem, preciso desligar - falo baixinho quando estou na porta do apartamento - obrigada L, te amo, até mais.
Encerro a ligação, e entro em casa.

Pov Shawn

Eu começo a noite de sexta com uma música calma, do Rolling Stones, que não tocava a um bom tempo, sentia falta dela. Aurora ainda não apareceu, ela disse que iria fazer o possível para estar aqui e eu confio que fez, mas ao que parece não deu certo.
O pessoal do bar foi muito receptivo, e de cara eu faço amizade com John, o barmen e Sarah, a garçonete. Por volta da quinta música da segunda apresentação, já passando das onze da noite, Aurora adentra o local, está sozinha, eu me pego sorrindo, feliz por ela aparecer, mesmo que já esteja acabando, ela me vê e acena, sorri para mim
No final da apresentação, guardo meu violão atrás do palco e vou até o bar, me sentando ao lado da garota loira a qual esperei a noite inteira para ver.
- Oi gata, vem sempre aqui? - sussurro em seu ouvido, brincando.
- Só quando você tá, lindo - ela pisca para mim, entrando na brincadeira. - me desculpa por ter chegado tão atrasada, tive um imprevisto.
- Ah, que nada, tá tudo bem, o importante é que você conseguiu vir. - falo sinceramente. - Então, sei que não teve tempo de ouvir muita coisa, mas, o que achou? - pergunto, normalmente não fico tão nervoso sobre a opinião de alguém sobre a minha música, mas eu realmente precisava que Aurora gostasse.
-Meu deus! Eu adorei! - ela abre um sorriso maravilhoso- Sério, você é tipo, o que o Mike disse aquele dia mesmo? o Bethovem do violão. - ela ri da própria descrição.
Eu reviro os olhos, aliviado.
- Fico feliz que tenha gostado - um sorriso enorme estampa minha cara - sério, é muito importante.
- Não tem como não gostar, mas agora, vou parar de falar antes que você fique convencido demais.
- Okay, okay. Quer beber algo?
- Claro. - dá de ombros. Desvio o olhar dela por um momento para pedir nossas bebidas, assim que a vejo novamente ela tem uma expressão triste no rosto, meu peito se aperta.  Sei que tem algo errado acontecendo, ela está tentando ser forte, tudo o que eu queria é que confiasse o suficiente em mim para me contar sobre seus problemas. Mas sei que não posso cobrar isso dela, considerando o fato de que a conheço a dois dias.
John disse que traria a especialidade da casa em drink, eu não perguntei o que era, apenas assenti, confiando no gosto para bebidas do barmen.
No momento em que Sol pega seu copo no balcão, a luz do bar ilumina seu braço, mostrando um machucado roxo, meio verde, com formato de quatro dedos. Como se alguem tivesse segurado forte demais, era nitido o contraste com sua pele branca. Eu não consigo me conter e seguro seu braço o mais delicado quanto possível. 
-Sun, o que aconteceu aqui? - minha voz saiu firme, não conseguia pensar na possibilidade de alguém ser capaz de machucá-la. - quem fez isso?
- Não se preocupa Shawn - ela puxa seu braço para de mim em um movimento rápido - Não é nada, eu só sou muito atrapalhada as vezes. - revira os olhos, e ri tensa, quer que eu acredite na sua mentira.
- Aurora - suspiro - Tudo bem, eu não vou te obrigar a falar.
- Desde quando você me chama de Sun? - nem disfarça quando muda de assunto. Estou contrariado, mas repito para mim mesmo que tudo tem seu tempo.
- Não sei - falo, realmente não sabendo - Acho que combina com você- dou de ombros.
- Em quantas línguas você pretende me chamar de Sol?
- No máximo que eu puder - sorrio, vendo isso como um desafio.
- Tudo bem então. 
Depois de quatro drinks escolhidos por John (sim, quando ele diz que é bom, é porque é bom, nenhuma das escolhas menos que maravilhosa) Sun está totalmente risonha do meu lado, e eu também.
- O que você acha de irmos para a praia? - ela me interrompe no meio de um discurso sobre como Supernatural era o tipo de série que devia durar para sempre. Eu não consigo não rir de sua proposta.
- Acho que essa é a melhor idéia que você teve hoje.
Pago a conta, pego meu violão, e nós dois seguimos em direção a praia , que ficava a duas quadras dali. Andamos na beira do mar, com a maré tocando nossos pés descalços e os calçados nas mãos. O tempo está a bom, o vento trazendo o cheiro de água e sal, e o perfume de Aurora até mim, tudo estava ótimo. Caminhamos em um silêncio bom até o pier.
- Sabe, você carregando esse violão nas costas, só me faz lembrar que eu sempre tive uma puta queda por músicos. - Aurora confessa, quebrando o silêncio. Noto que nunca a ouvi falar palavrao, vindo de qualquer outra pessoa uma confissão dessas me faria rir. Mas dela... fez com que todas as borboletas em meu estômago começarem a se debater desesperadas. (Tudo bem, isso ficou meio gay)
- Nem sei porque que eu disse isso - ela ri envergonhada, olhando para baixo - maldito seja o alcool.
Olho para ela, com a pouca iluminação que luzes da cidade e da lua proporcionam, posso ver seus traços perfeitamente, ela levanta seu olhar até o meu, então para de sorrir, meu foco muda de seus olhos até seus lábios, e de seus lábios até seus olhos. Ela retribui o olhar com desejo da mesma maneira, sinto em cada ponto de minha perna onde a sua pele toca na minha, estamos sentados, perto demais um do outro, durante todo esse momento só consigo pensar em beija- lá, com uma necessidade crescente de sentir seus lábios tocarem os meus.
Então uma única palavra me vem a mente: namorado. E nesse momento eu a odeio essas o letras como nunca antes.
Levanto rapidamente.
- Nossa, são quase três da manhã. - rio, nervoso, tentando acabar com o clima tenso, nós somos amigos Shawn, nada mais, amigos não beijam amigas, principalmente se elas têm um namorado ciumento.- é melhor irmos embora.
Aurora assente.
- É melhor mesmo.

POV. Aurora
Acordei no sofá com uma ressaca do caralho. Na noite passada não parecia que tinha bebido tanto, só o suficiente para ter uma pontadinha de ressaca moral, mas ao que parece estava enganada, o momento em que eu quase beijei Shawn não saia da minha cabeça. Poxa, eu dei em um cima do garoto, eu tenho namorado! Droga. Só espero que esteja tudo bem entre nós. Pego meu celular e encontro uma mensagem de Shawn.
" bom dia raio de sun, son, diell, sonne, sunce, zuva, soli, solèy, tav, slnka, né, sunk, araw, aurinko soleil, sinne, ghrian, haul, soare, slunce, sól, salt, salz, sol." Acho graça da mensagem, pensando quanto tempo ele gastou só para provar que poderia me dar vários apelidos, com o mesmo nome.
"Agora quero ver você conseguir pronunciar certo cada um deles heheh
Bom dia :) "
Deixo o celular de lado, sentindo a necessidade de um banho, Thom não está em casa quando entro no banheiro. Assim que me visto, encontro ele na cozinha, preparando o café da manhã. Noite passada tive que esperar ate que ele pegasse no sono para que eu pudesse ir até o bar.
- Bom dia amor - ele se aproxima, me dando um selinho, me surpreendo por não estar com sua típica irritação.
- Bom dia - digo vacilante, então sorrio para ele
- porque dormiu no sofá? - pensei que ouviria irritação em sua voz, mas ao contrário disso, noto mágoa um pouco de mágoa.
- Ah, eu acabei indo ver um filme, e peguei no sono. - invento uma desculpa, e o ajudo a arrumar a mesa.
- você podia ter me chamado para assistir com você - ele fala, ainda com o mesmo tom de voz.
- Era para a faculdade, e você já estava dormindo, não ia te acordar para ver um filme ao qual sabia que você não ia gostar. - tento ser o mais doce possível, dou de ombros.
- Só queria te fazer companhia.
Percebo que nosso diálogo ela está a caminho de uma discussão, e não quero acabar com o bom humor dele, então mudo de assunto.
- faz tempo que você não fazia panquecas - comento
- Verdade - ele dá de ombros - lembrei que você sempre adorou, então decidi ir no mercado comprar o que estava faltando.
Eu sorrio com o pequeno gesto e o abraço forte, não conseguindo não demonstrar toda a alegria que sinto por isso, ele me abraça de volta e ri da minha reação.
- Se eu soubesse que panquecas te deixariam tão feliz assim, faria sempre.
Eu não falo nada, só continuo o abraçando por um tempo, então o solto e continuo arrumando a mesa.
- Acho que elas me deixam, sim. - falo comigo mesma. São esses os momentos que me fazem lembrar todos os motivos para continuar insistindo na nossa relação. No meio de vários e vários dias ruins tem um ou outro que se tormam tão maravilhosos, não me permitindo cogitar a hipótese de desistir dele, de desistir de nós.
- Você ainda quer assistir um filme?
Pergunto quando terminamos de comer. Ele sorri e assente.
Nós decidimos fazer uma maratona de senhor dos anéis, vamos no mercado, compramos energéticos e pipoca, ele me conta sobre seu projeto novo no trabalho e eu sobre o concurso de textos para o qual me inscrevi na faculdade, sinto que estamos nos velhos tempos, quando não precisávamos nos preocupar com nada além de um com o outro. Antes da metade do primeiro filme já não prestavamos nenhuma atenção na televisão. Suas mãos percorriam meu corpo, eu estava sentada sobre ele no sofá, nós beijamos inúmeras vezes e fizemos amor igualmente, comemos, conversamos, rimos, e paramos tudo em um momento ou outro para manter a concentração em nossas partes preferidas de cada um dos filmes. E quase dez horas depois, no final do último filme, pegamos no sono juntos. Eu dormi com um sorriso no rosto, e acordei no outro dia sorrindo também, em seus braços.  



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