História Happy and Crazy - 2 temporada - Chapter Four - Os reencontros

Joaquim 

Acordo e olho pro relógio, estou atrasado pro trabalho! Pois é você devem estar se perguntando, quem trabalha no domingo? Eu, mas graças ao bom Deus é só pela parte da manhã. Levanto as pressas, indo pro banheiro, tomo uma ducha e visto meu terno, rumo ao escritório, até iria de moto pra ser mais rápido já que meu carro está no concerto, mas parece que o mundo tá caindo lá fora de tanta chuva, então acabei desistindo. 

- Já estou indo John, tive problemas pessoais em casa por isso estou atrasado - minto pra não ter que levar sermão do meu "colega de trabalho" , eu posso até ser o dono da empresa, mas, em minha mente sou igual a todos, só não quero ter que ouvir sermões e mais sermões do John por estar atrasado para uma das reuniões mais importantes. Chamo um táxi que me deixa na esquina do escritório já que pra chegar lá na frente iria demorar muito tempo. Vou caminhando em passos largos rapidamente enquanto olho para baixo impossibilitando que alguma gota d'água caia em meus olhos.

- Me desculpe! - uma voz feminina ecoa em meus ouvidos após ter se esbarrado comigo.

- Não foi nada - digo olhando pra cima e vejo uma garota que aparentava ter uns 17 anos, ela tinha olhos claros iguais aos meus e cabelos loiros, assim que a mesma olha pra mim, começa a chorar.

- Meu Deus, Joaquim! Não acredito que finalmente te encontrei! - ela exclama me abraçando e eu fico confuso.

- Me desculpa a indelicadeza, mas...Eu te conheço? - pergunto ainda confuso. 

- Eu sou sua irmã, papai teve três filhos com outra mulher chamada Laís, primeiro tivemos o Marcos, ele tem sua idade! Depois mamãe teve eu e a Estrela, somos gêmeas, porém de placenta separada - ela me responde enquanto segura minhas mãos olhando firmemente, eu ainda estava em choque, não conseguia acreditar que eu Júlia e Fhelipe tínhamos três irmãos e não sabíamos nada disso. 

- Só um minuto - digo e disco o número de John - John, eu confesso que estava mentindo sobre os problemas pessoais, mas agora é verdade - John bufou do outro lado da linha e eu ri - hoje não vou pro escritório, se vira ai na reunião porque eu sei que você é capaz, só lembre-se a empresa toda está na suas mãos, se você não cuidar... - disse tentando assustá-lo porem ri e então desliguei o telefone, já estava mais a vontade com a garota parada a mina frente - não vai me dizer seu nome não? - perguntei sorrindo de lado e ela retribuiu.

- Carol, Carol Vaz - ela diz estendendo a mão e eu a puxo pra um abraço, me sentia a vontade perto dela, e com certeza ela era minha irmã, afinal eu sou a cara do meu pai e ela é a minha cara, porém numa versão mais clara e mais loira.

Eu e Carol tínhamos ido tomar um café, eu contei um pouco sobre minha vida, contei até sobre Isabela e Chloé, eu nem falei sobre os defeitos da Chloé, mas ela não gostou da mesma, assim como Júlia, Harley, Fhê, Luís, Fernando e etc. Carol me contou sobre a vida dela também, me mostrou fotos dela com o papai de quando era pequena, também me mostrou foto dos nossos irmãos Marcos e Estrela ou como ela chamava Esther. 

- Todos os nosso irmãos são lindos não é? - ela perguntou se referindo a Júlia, Fhê, Esther e Marcos.

- Claro, puxando o gostosão da família, não tem como ser feio - disse me gabando.

- Para de ser idiota Joaquim! - ela exclamou batendo no meu ombro e rindo. 

- Júlia e Fhelipe vão no meu apartamento hoje, junto com Harley nossa prima, Chloé e a Amanda que é prima da Chloé, estava pensando em você levar nossos irmãos e fazemos um jantar lá  - disse.

- Ótima ideia maninho - ele disse e pegou seu celular, depois e começou a mexer no mesmo, depois de dois minutos guardou o celular no bolso - pronto já avisei eles, mas enfim, vou indo pra me me arrumar com a Esther pro jantar! Beijos - ela me abraçou deu um beijo na minha bochecha e saiu.

Quem imaginaria, poderia passar minha vida toda sem descobrir que tenho três irmãos! Pelo menos uma alegria na minha vida patética e insensível.

Depois que pago a conta, saio do café e noto que a chuva já passou, não quero ir pro escritório muito menos pra casa pra ver a chata da Chloé, então resolvo ir a uma praça que eu costumava ir com a Isa, quando chego lá vou caminhando até o banco em que ficávamos, mas sinto um peso sobre meu corpo e ele se choca com o chão. 

- Meu Deus, me desculpa por favor! - uma voz feminina diz, ultimamente eu ando com uma sorte, só caio e esbarro nas pessoas.

- Não foi nada! - já disse que essa palavra se tornou como um "bom dia"? - você poderia sair de cima de mim? - pergunto ainda sem ter visto o rosto da garota que logo se levanta e estende a mão pra me ajudar, olho pra tal garota e vejo a menina da balada...