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História Happy Ending - Capítulo: 15 - Wide Awake part 2


Escrita por: OnceUponaCS

Notas do Autor


Espero que gostem!! E até segunda!

Capítulo 15 - Capítulo: 15 - Wide Awake part 2


Fanfic / Fanfiction Happy Ending - Capítulo: 15 - Wide Awake part 2

Eu estava no escuro, estava caindo fortemente com o coração aberto. Como eu pude ler as estrelas de maneira tão errada?

Alguns anos antes ...

Jen estava sentada em sua cama olhando firmemente para a parede branca de seu quarto com Michael. Na casa deles tudo tinha que estar em perfeita ordem. Desde as camas até as toalhas penduradas milimetricamente no banheiro. Era uma casa enorme. Possuía vários quartos, mais do que eram realmente necessários, ainda mais pelo fato deles estarem sempre viajando devido aos negócios de Michael e que o homem não queria ter filhos. A loira já estava meio que acostumada a ficar sozinha em datas importantes como aniversários. Com o tempo aprendera a fingir que isso não lhe importava, que não lhe incomodava ele estar sempre trabalhando, que não lhe entristecia estar sempre sozinha pois cada pessoa que aproximava era vista como uma ameaça em potencial. A vida de casada se tornava cada dia mais complicada, as coisas de Jen eram sempre revisadas e revistadas por ele mas as coisas dele eram trancadas e somente ele tinha acesso. Tudo era regulado, desde o tamanho e marca de suas roupas até o horário de dormir. Os cabelos deveriam estar sempre presos em coques trançados, unhas feitas e maquiagens em tons pastéis. Ela não tinha autorização para dar festas sem o prévio consentimento de Michael, tampouco tinha permissão para conversar com homens que ele não conhecia. Com apenas dezoito anos Jennifer era uma morta em vida. Abandonara sua maior paixão, o piano, pois ele achava que mulheres direitas não poderiam levar a vida de uma musicista, vida essa que incluía saídas a concertos tarde da noite, segundo ele. Pouco a pouco Jen abandonara tudo que lhe fazia feliz, tudo que lhe mantinha viva. Primeiro foram as amizades construídas na época em que vivia no orfanato, depois foram os estudos e por último o piano, que foi de longe seu abandono mais doloroso. Após respirar fundo ela levantou-se de sua cama e caminhou até a porta, a abriu e se dirigiu até o escritório onde Michael ficava quando estava em casa. Ela abriu a porta silenciosamente e quase entrou em choque com o que vira, ela era a cara de vários itens pornográficos. Era como se lhe jogassem um balde de água fria num dia frio de inverno, onde a água não tinha o poder de te congelar mas te paralisava internamente, o mantinha sob controle. Ele vinha filmando cada vez que eles estiveram juntos desde que ela tinha dezesseis anos e em seu escritório haviam caixas e mais caixas com filmes "estrelados" por ela.

"Desejaria saber antes o que sei agora, assim não teria ido tão fundo e não teria me curvado. (...) Agora está claro para mim que tudo o que vi nem sempre era o que parecia ser."

Dias atuais ...

Evan, no auge de sua inocência, começou a chorar desconsoladamente como se entendesse bem o que estava acontecendo. Ou talvez fosse apenas o reflexo do ar que se tornou pesado com o encontro. Ele a abraçou fortemente e rejeitou a devolução de seu mais novo divertimento. Ainda entre lágrimas sentidas o menino olhava o homem com desconfiança e até um pouco de medo. Jennifer não tinha para onde correr, estava entre a cruz e a caldeirinha. Respirou fundo e começou a andar novamente em direção ao carro, mesmo sabendo que o homem a seguia. Colocou Evan na cadeirinha, lhe apertou o cinto e entrou no carro. O homem não deixou que ela fechasse a porta e a encarou porém diferente do que ela imaginava, e com certeza diferente do que ele imaginava, ela não recuou, ela o enfrentou.

Jen: Se você não soltar a minha porta agora eu vou chamar a polícia. (mas ele tampouco recuou, Evan observava tudo assustado. Ela ficou de pé e empurrou o homem com uma força que ela mesma desconhecia, ele cambaleou para trás olhando diretamente para o pescoço da loira, que possuía uma vívida marca vermelho arroxeada que fora feita na noite anterior por Colin) Não pense que eu sou aquela menininha assustada de antes porque não sou. (mas mesmo assim ele insistiu a pressionando contra o carro tentando beijá-la e ela deu uma joelhada nos países baixos do homem fazendo ele cair urrando de dor. Colin acompanhava um enfermeiro até o estacionamento quando ouviram o grito do homem. Se aproximaram e viram Jennifer apoiada no carro tremendo, Evan chorando no mesmo e o homem caído no chão. Colin abriu a porta traseira do carro, pegou Evan no colo e se aproximou de Jen mas não demais. O homem caído no chão recuperava sua cor e ficava olhando atentamente para a loira, próxima a Colin. O moreno estendeu a mão para que a "vítima" da governanta se levantasse)

Colin: Como você parou no chão dessa maneira? Precisa que eu te revise? (perguntou ele sabendo exatamente o que tinha acontecido ou pelo menos imaginando. O homem apenas sorriu entre dentes e passou a mão em seu terno para se livrar da poeira) Vejo que você já conheceu a moça que cuida dos meus pestinhas e meu filho caçula?

Jen: (olhou para Colin sem entender muito bem, sua expressão era o exato reflexo de sua confusão) Vo-vocês se conhecem? (perguntou a loira tentando disfarçar o nervosismo em sua voz) Como? (ela se afastou de Colin o olhando de maneira desconfiada)

Colin: Raymond e eu nos conhecemos a anos. (o homem fingiu um sorriso e Jennifer se apoiou novamente no carro sentindo suas pernas bambearem, sua respiração faltar e coração acelerar de uma maneira que parecia querer sair de seu peito)

Jen: (olhou diretamente para o homem que a encarava) Raymond? Você só pode estar de brincadeira. (colocou uma mecha de seus cabelos para trás e suas mãos foram diretamente para seu cordão apertando-o com firmeza. Raymond estendeu a mão para a loira de maneira amigável mas ela manteve suas mãos em seu cordão) Sr. O'Donoghue, eu vou pra sua casa com o Evan sim? Não estou me sentindo muito bem. (ela não estava entendendo bem o que Colin estava fazendo mas resolveu seguir por via das dúvidas, afinal sabia que "Raymond" não ia gostar nada de saber que ela não estava mais sozinha. O médico assentiu, colocou seu filho de volta na cadeirinha e chamou o enfermeiro que já caminhava para longe deles)

Colin: A Dra. Goodwin já está na ala de terapia intensiva. Ela viria somente mais tarde mas resolveu vir agora a pedido da filha de uma paciente. (o enfermeiro o escutava atentamente) Eu vou levar eles em casa e volto em mais ou menos uma hora. (o enfermeiro assentiu e caminhou de volta para o hospital. Jen entrou rapidamente no carro, enquanto Colin se despedia de Raymond. O homem foi embora olhando para a loira que gelou ao sentir que mesmo de longe ele não tirava os olhos dela. Colin entrou no carro e lhe deu um beijo na testa) Jen? (ela desviou o olhar da janela e olhou para Colin) Eu sei quem ele é. Eu sei que ele é o Michael. (ele apoiou suas mãos no rosto dela) Vou te deixar em casa e você irá descansar, tentar não pensar no que acabou de acontecer, ok? (ela assentiu incerta, colocou suas mãos sobre as dele e deu um sorriso fraco, tentando mostrar a ele que estava tudo bem. Ele dirigiu todo o percurso silenciosamente, Evan tentava brincar com o próprio pé na cadeirinha mas o sinto de segurança o impedia de alcançar. Jen olhava pela janela sem dizer nada, sua respiração estava variando entre extremamente calma e ritmada a apressada e agoniada. Quando eles chegaram no sítio foram diretamente para o quarto de Colin, ele colocou Evan em seu berço, pois ele dormira no carro e sentou-se com Jen sobre a cama) Você fica aqui descansando enquanto Evan e eu vamos pro hospital. Na hora do almoço a gente volta com os pestinhas trazendo algo gostoso. (ela levantou da cama e tirou a calça ficando apenas de calcinha e camiseta, e depois voltou a se sentar na cama)

Jen: Não! (falou ela como uma voz mais fina que de costume, mantendo uma de suas mãos sobre o braço do homem enquanto lhe alisava os pelinhos) Fica aqui comigo até eu pegar no sono pelo menos. (ela se deitou e o puxou fazendo ele se deitar de frente para ela enquanto ela colocava sua perna esquerda sobre sua cintura) Colin, como a gente terá certeza de que ele não virá atrás de mim quando você retornar ao hospital? (lea perguntou isso olhando diretamente nos olhos dele, tentando disfarçar sua apreensão com o encontro que tivera com seu passado)

Colin: Não temos. (ela desviou seu olhar o focando na parede e suspirou) Contudo pedirei ao Josh e ao Mogli que fiquem aqui com você caso ele apareça. (disse ele fazendo carinho na perna da loira que estava sobre sua cintura)

Tem gente que não aprendeu a amar. Não sabe o verdadeiro valor que tem esse sentimento. Sim, o amor às vezes se confunde. Vira dependência. Transforma-se numa doença. E os sintomas não são visíveis para quem sofre desse mal. Até o melhor médico não consegue identificar as causas dessa doença. Quem vive uma relação doente provavelmente não teve exemplos do que é o verdadeiro amor. Não recebeu um afago quando era criança, teve uma educação rígida, não viu seus pais se respeitarem mutuamente e, definitivamente, terá dificuldades de se relacionar. Isso não quer dizer que não encontrará alguém. Mas não saberá lidar muito bem com esse sentimento. Estará satisfeito com o quase nada que recebe. Viverá de migalhas. Implorará o pouco amor que outro pode lhe dar. Aceitará qualquer coisa e se contentará com o que recebe achando que é o bastante.

Por Jen ...

Quando me casei, eu o amava e achava que com o tempo nossa relação melhoria, que com o tempo ele respeitaria minhas vontades e a mim. Não foi isso que aconteceu, o tempo piorou tudo, nossa relação desandou e ele me respeitava cada vez menos. E eu comecei a culpar o tempo por meus problemas, culpar o tempo por tudo de ruim que Michael fazia aos outros com a intenção de atingir a mim. Depois comecei a me culpar, pensando que se talvez eu fosse menos "rebelde", que se eu fosse mais compreensiva, que se eu acatasse mais suas vontades nossa relação daria certo e por algumas semanas realmente pareceu dar porém era impossível para mim ser feliz sem ser eu. Ficou cada vez mais difícil aceitar que tudo o que eu fazia, dizia ou pensava precisava passar por seu crivo. Mas nada me devastou tanto quanto descobrir que ele traía minha confiança desde o momento em que nos beijamos pela primeira vez. Minha vida com ele foi uma mentira desde o começo e eu não tinha ideia, eu não imaginava. 

"Deus sabe que eu tentei ver o lado positivo porém eu não sou mais cega. (...) A gravidade machuca mas você tornou isso tão doce, até eu acordar no concreto. Caindo da nuvem mais alta, desmoronando do topo."

Colin ligou para Josh enquanto se dirigia novamente ao hospital para que ele lhe fizesse dois favores, pegasse um dos presentes que ele havia comprado para Jen e que cuidasse dela. Ele sabia que Josh e Jen estavam com sua amizade balançada devido ao vídeo que Alice fez questão de expor diante de todos. Contudo agora não era hora de se dividir e sim de se unir, afinal Michael já sabia o paradeiro de Jennifer. O moreno contou o que tinha acontecido a Josh mesmo estando chateado com a loira partiu para o sítio para que nada acontecesse a Jen, com o presente de Colin em mãos. Ao entrar no quarto avistou Jen dormindo e colocou o presente dentro do armário na vertical, era o único jeito que o mesmo cabia dentro do armário. Ele sentou-se na cama acariciando os longos cabelos loiros e ao mesmo tempo que saber que ela mentira sobre algo tão importante lhe deixasse com raiva ele também pensava nas razões para ela ter feito isso. Ele a conhecia e sabia que ela gostava de carregar sozinha o peso de sua vida, imaginou que ela o fez para protegê-lo e se sentiu mal ao pensar que essa deveria ser sua tarefa e não a dela. Ela sabia que ele sofreria ao achar que falhara em protegê-la, falhara em fazer com que a vida dela fosse menos sofrida. 

Jennifer dormira toda a manhã, Evan estava no hospital com o pai, Con no arrozal após seu cochilo matinal que não fazia a anos, Mogli estava fazendo alguns apanhadores de sonhos para colocar nas camas das crianças e na cama de Colin. Pra ele os sonhos tinham significado e tínhamos que aprender a lidar e a ler cada sonho como um presságio. Josh ficara toda a manhã velando o sono de Jen, cuidando dela como se estivesse cuidando de um bebê. Quando já era por volta de meio dia Josh saiu do quarto indo em direção a cozinha pois Colin ligara para avisar que as crianças e ele estavam chegando com o almoço, Con já estava por voltar do arrozal também e Mogli já havia pendurado todos os apanhadores de sonhos nas camas e agora estava arrumando a mesa para o almoço. 

Não muito longe dali ... 

 

Michael estava desconfiado que Rose sabia o paradeiro de Jen antes dele e não lhe contou nada, afinal quem lhe dera carona naquela manhã fora Colin e Jennifer estava, ele achava, trabalhando para o médico da cidade, cuidando de seus filhos. Se sua suspeita estivesse correta isso era uma traição que ele não poderia perdoar mesmo Rose sendo filha dele. Na cabeça de Michael Rose sabia o quanto ele amava a governanta, o quanto ele precisava dela para viver. Como ela poderia mantê-la longe dele quando ela estava tão perto? Rose em contraponto passou toda a manhã se esquivando de Michael, sempre que o via dava um jeito de ter algo para fazer mas ela sabia que mais cedo ou mais tarde ela não teria para onde correr. 

Michael: (entrou no quarto de Rose que lia um livro atentamente deitada em sua cama) Vou ser direto. Você sabia que ela estava aqui? (perguntou o homem numa calma psicótica alisando as próprias mãos enquanto olhava para sua filha deitada na cama) 

Rose: Quem? (perguntou ela tentando aparentar calma e sem desviar os olhos das páginas do livro) 

Michael: (tomou o livro das mãos de Rose num ato violento fazendo com que o mesmo fosse de encontro ao chão) Ora não se faça de estúpida, Frances Rose. ( a loira engoliu em seco, seu pai lhe chamava assim sempre que estava com raiva ou bravo com alguma atitude dela) Eu sei que você sabia que a minha mulher estava vivendo nessa cidade. Não se faça de idiota. 

Rose: (se levantou da cama e para a surpresa de Michael ela o afrontou) Sabia sim e nunca teria te dito. O que você fez a ela não tem nome. (ela se segurava para que suas lágrimas não corressem por seu rosto de maneira desesperada) Ela era uma criança ... Não satisfeito em ter relações sexuais com uma menor você ainda colocou tudo no internet. (ela não sabia se chorava por todas as coisas horrendas que seu fizera a Jen, se chorava por se dar conta de que seu pai era um completo estranho ou se era um pouco de cada uma dessas) Que tipo de monstro é você? 

Michael: Vou só te explicar uma coisa ... (se aproximou dela de uma maneira amedrontadora e lhe segurou fortemente o braço) ela é minha mulher e eu posso fazer com ela o que eu bem entender. Mas já que você está com tanta raiva, eu vou te dar um motivo pra você e a Jen ficarem calminhas, ok? (Rose o olhava sem entender mas ainda assim não cedeu) Você será um recado ambulante. O que acha disso? 

Rose tentava se soltar dos braços de Michael quando ele fez ela cair sobre a cama, ela o olhava apavorada tentando descobrir o que ele quis dizer com "você será um recado ambulante". Porque, no fundo ela sabia, que seu pai nunca havia sido um bom homem, ela sabia que as meninas que trabalhavam na boate da Espanha não eram, em sua maioria, maiores de idade. Ela sabia, apesar de negar, que seu pai nunca foi o tipo de homem que suja as mãos, o campo dele é o psicológico e era muito bom nisso. E ela também sabia que era isso que ele faria com a Jen agora que encontrara seu paradeiro, faria terror psicológico até que ela voltasse a ficar com ele por medo do que poderia chegar a acontecer as pessoas que a cercavam. Ao se perceber deitada na cama com seu pai dando ordens de capturar as crianças de Colin, caso fosse necessário, ela percebeu que não era tão inocente quanto imaginava. Quantas meninas apanharam, ficaram sem comer ou foram violentadas na boate embaixo de seu nariz? Quantas meninas foram expostas na internet enquanto ela fazia discursos que nunca sairiam desse campo? Rose simplesmente se pôs a pensar em todas as vezes que "defendeu" direitos de pessoas que seu pai ajudava a tirar. E ela se sentiu morando com o inimigo, admirando o inimigo de uma maneira bizarra, defendendo ele, até mesmo para Jen, em um dado momento. E para quê?

Quando já passavam de meio dia, Colin chegou em casa com Evan e as crianças. Eles traziam algumas cestas com coisas variadas para o almoço. Abby e Sophie ficaram encarregadas de encontrar Jen e prepará-la para o grande piquenique que fariam com os meninos e Colin. Henry e Raphael ficaram encarregados de encontrar toalhas e de separar os copos que seriam usados. Mogli e Con apareceram para ajudar no almoço e para ver como Jen estava. Josh estava, desde cedo, encarregado do presente e Colin foi trocar a fralda de Evan. Abby e Sophie escolheram para Jen uma camiseta branca, um short jeans larguinho e um par chinelos, os cabelos dela estavam soltos e esvoaçantes. Quando elas finalmente a levaram para a parte externa da casa, ela viu uma enorme toalha forrando a grama, três cestas, algumas jarras com sucos variados e um envelope médio na cor parda. Ela olhou primeiro para o envelope mas não disse nada. Quando ela e as meninas saíram da casa já estavam todos devidamente sentados. Havia um pequeno espaço ao lado de Colin, que ela imaginou ser para ela e um espaço um pouco maior entre Con e Henry, que seria os assentos das meninas. 

Sophie: O papai hoje nos perguntou como seria se você fizesse parte da nossa família, Jen. (ela engoliu em seco e olhou diretamente para Colin) Ele queria te fazer uma surpresa mas meus irmãos e eu achamos que seria mais legal se a gente fizesse a surpresa. (a menina pegou o envelope, o que fez Jen prestar um pouco mais de atenção ao que ela dizia) Eu não sei se você já reparou mas o meu pai gosta de você. (ela riu como se tivesse dito a coisa mais surpreendente do mundo, Abby revirou os olhos e tomou o envelope das mãos dela) 

Abby: Você está demorando demais com isso. (a loira já estava achando tudo muito engraçado pois cada vez que Sophie falava ela podia ver a ansiedade no rosto do moreno) O papai queria te dar o presente perfeito e pra isso ele teve ajuda. (Jen pra Colin e depois desviou seu olhar para Josh, que apesar de tudo, parecia estar feliz ali sentado no meio de um sítio localizado no meio do nada) Afinal ... a gente te conhece a pouco tempo. (Jen assentiu sorrindo enquanto Colin parecia ficar cada segundo mais ansioso) 

Henry: Vocês meninas não sabem contar histórias. (tomou envelope da mão de Abby, deixando seu jogo de lado) O resumo de tudo isso é que meu pai queria te dar um presente que realmente tivesse um significado. Pra não parecer que ele queria te levar pra cama. (Colin deu um leve tapa na nuca de Henry, as meninas taparam o rosto rindo, Jen ficou corada na mesma hora, Josh e Mogli tentaram ficar sérios mas acabaram por cair na risada e Con revirou os olhos) 

Colin: (pegou o envelope, respirou fundo e olhou para a loira) Eu não queria que seu presente fosse dado com tanta testemunha ... (riu enquanto Evan se lambuzava com bolo de chocolate deixando o recheio do bolo cair sobre sua pequena camisa) mas como nessa casa nada é feito sem testemunhas ou sem uma barulheira infernal ... (somente Abby e Sophie ainda estavam prestando atenção, os meninos estavam preocupados em comer) A verdade é que, eu ponderei bastante antes de pensar nesse presente porque queria lhe dar algo que chegasse exatamente no seu coração. (Jen que estava calma até então começou a ficar nervosa, a curiosidade foi aumentando até o ponto dela sentir borboletas no estômago) Óbvio que o Josh me ajudou bastante nisso e a Ginny também. (entregou mas mãos dela o envelope) Abra! (a loira abriu o envelope com cuidado para que o conteúdo não sofresse nenhum dano. Ao perceber do que se tratava ela começou a chorar, mas as lágrimas eram de alegria. Uma alegria que ela pensou ter deixado para trás a muito tempo) Esse é um presente de amigo, Jennifer. (disse homem tentando disfarçar a imensa vontade que tinha de beijá-la e de contar a seus filhos que ele estava irremediavelmente apaixonado por Jennifer)

Raphael: De amigo, pai? (ele fez uma careta e olhou para Jen coçando a cabeça) O papai quer te namorar. A gente aceita se você aceitar. (todos começaram a rir e Evan ficou tentando entender o que estava acontecendo. Abby e Sophie começaram a cantarolar algo sobre Jen e Colin namorarem, enquanto Raphael olhava Jen atentamente como se esperasse sua resposta) 

Jen: Obrigada, Colin. Obrigada mesmo. Acho que foi o melhor presente que já me deram na vida. (lhe beijou a bochecha, sendo observados pelo resto das pessoas. Raphael continuou olhando para ver se ela respondia, e de tanto a encarar ela finalmente respondeu) Vocês tem certeza que isso não seria ... 

Raphael: Aceitou? (perguntou o menino de maneira afoita interrompendo o que Jen queria dizer levando novamente todos as gargalhadas. Colin revirou os olhos e segurou o rosto de Jen com as duas mãos e lhe deu um selinho, nada mais que isso seria feito diante dos olhinhos atentos de seus filhos. Eles vibraram com a novidade e Jen tentou disfarçar o quão corada estava)

A vida é engraçada, não? Um dia nos põe a prova, dando-nos todos os problemas possíveis e imagináveis e no outro nos dá momentos que desejaríamos que durassem para sempre. Nos oferece uma família quando tanto ansiávamos por uma, por compartilhar momentos e sorrisos com pessoas que se importam com você. A vida nos faz entender que quando alguém nos ama, não importa nossos erros, eles nos amarão da mesma maneira. 

Josh observava Jen feliz com Colin e as crianças, e pensou que talvez ele tivesse um dedinho nessa felicidade toda. Não era segredo para ninguém que ele faria qualquer coisa para vê-la feliz, para vê-la realizada mesmo sabendo, e lhe doendo, que nem sempre foram sinceros um com o outro. Josh também tinha um segredo, um segredo que era importantíssimo para Jen, mesmo que ela não soubesse da existência dele. Mas existem segredos que podem realmente destruir sonhos, apagar planos e cancelar amizades, mesmo aquelas que pareciam durar para sempre. Uma boa lição para aprender com a vida é que, no fim ninguém é tão inocente quanto parece, todos tem segredos, alguns mais danosos que outros mas todos no fim escondem algo para se proteger ou para proteger aos que se ama. Segredos podem ser positivos ou negativos, podem ajudar ou destruir tudo e Josh sabia muito bem disso. 

O que você faria se a sanidade de sua melhor amiga estivesse em suas mãos?


Notas Finais


Boa leitura!


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