História Hard (Em Revisão) - Eu sabia.

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Parecia até irônico, poder dizer como seria sua noite – como ele havia de fato, dito – Mas era assim e ele sabia que seria assim.

Quando o assunto era Mark Vs Chuva o resultado ele já sabia de cor e salteado – Resfriado, febre e mais um pouco.

Mark estava emburrado, de braços cruzados e bico nos lábios.

Mesmo de longe, Jackson podia ver o rosto do mais velho vermelho igual pimenta e a ponta de seu nariz não estava diferente, depois de toda aquela crise de espirro.

Ele podia ver a insatisfação no rosto do outro, afinal, quem no mundo gostaria de ficar resfriado só em ter pegado uns pingos de chuva sobre a cabeça?

— Markie Pooh... – Chamou, de longe, enquanto preparava um chá para o outro – Como está a cabeça? – Perguntou, já sabendo que o outro não diria se estivesse sentindo algo, só faria mais uma vez aquele bico adorável.

Mark era diferente quando estava doente.

Ele se tornava vulnerável a ponto de fazer manha, era engraçado, era fofo. Mark geralmente não se demonstrava carente quando estava “bem”.

Jackson já estava tão acostumado com aquilo, que não precisava mais de respostas, Mark o respondia apenas com o olhar e claro – com aquele bico, que se formava novamente ao tê-lo perguntando se estava com dor de cabeça – E jackson, estava lá, com uma caneca de chá na mão e um comprimido que prometia fazer efeito 3 em 1.

Febre + Dor de cabeça – Sintomas de Gripe = Se curar tudo que Mark estava sentindo, ele jamais, nunca, poderia perder o nome do remédio milagroso.

Sentou-se ao lado de Mark, que insistia em assistir um filme qualquer que passava na TV, o entregando o remédio e o chá, para que tomasse.

— Engoli... – Disse, vendo que Mark fazia cara feia, já que conhecia bem o gosto daquele chá que Jackson sempre o preparava quando estava doente – Eu sei que é ruim, mais você sabe que funciona – Insistiu, vendo a cara do outro.

— Okay... – Disse Mark, antes de colocar o remédio na boca e em seguida o chá, fazendo a típica cara feia que Jackson estava mais que acostumado em ver.

— Bom garoto! – Sorriu, acariciando os cabelos do outro que acabara de tomar todo o chá.

— Aposto que isso é alho... com algum outro treco ruim do mesmo jeito? – Questionou, sentindo a boca arder e o estomago revirar com aquele gosto nada agradável de ser bebido.

— S-e-g-r-e-d-o – Disse, fazendo Mark revirar os olhos e se jogar em suas pernas – Descanse... – Sorriu, passando a mão mais uma vez sobre os cabelos do outro.

Mark só queria fechar um pouco os olhos, para ver se conseguia se convencer em não colocar aquele chá para fora, antes mesmo dele poder surtir algum efeito em seu organismo.

A casa estava silenciosa e única coisa que ele conseguia ouvir era o som que vinha da televisão e a respiração de Jackson, apenas lá, assistindo talvez, enquanto acariciava seus cabelos.

Mark odiava se sentir bem toda vez que estava doente, não gostava daquela paz – gostava - não gostava de quando Jackson lhe mimava – Gostava, mais preferia mais mimar, se sentia mais confortável – porém, amava aquele sono que lhe dava, quando o outro lhe fazia cafune.

Ele poderia dormir agora mesmo – Estava quase, por sinal – Sua cabeça doía e sua garganta incomodava e ele só queria dormir e acordar melhor.

Mark, dormiu recebendo o cafune do amigo sobre seus cabelos loiros.

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Jackson sabia que Mark dormiria se ele continuasse a mexer em seus cabelos e assim, intencionalmente, fez com que Mark adormecesse, já que era melhor, do que vê-lo se sentindo mal.

Mark havia crescido, havia ficado pesado e o pior de tudo, havia ficado – um pouco – só um pouco mais alto que si, quase nada, mais ou outros ainda insistiam em lhe chamar de anão, já que era o menor da turma.

“Mark não poderia ficar da minha altura? ” – quantas vezes haviam feito aquela pergunta ao que agora, ele levado para o andar de cima em seus braços.

Mark gostava de dormir, talvez fosse a coisa que ele mais gostava de fazer, depois de comer, é claro.

Mais ainda assim, continuava a pena que Jackson tanto já havia carregado nos braços, costas.

Mark ainda estava com febre, mais havia diminuído bastante, comparando-se ao que estava antes de tomar o remédio e o chá que ele havia dado.

Chegou no quarto do mais velho, agradecendo por não ter nada sobre a cama e ali, deitou o corpo que dormia profundamente.

Mark se encolheu, com frio, já que a janela do quarto se encontrava aberta e a noite estava bastante fria, já que havia chovido muito.

Jackson tratou de lhe cobrir com o edredom, indo em direção a janela, a fechando.

Era cedo, e Mark só estava dormindo porque estava doente, se não estivesse com certeza estariam assistindo algum filme ou simplesmente zerando mais um jogo de vídeo game.

— Tédio... – Jackson suspirou, enquanto encarava a janela de seu quarto pela janela do amigo.

Ele gostava, de ficar ali, lhe acalmava de alguma forma.

A vida era mesmo estranha.

Era nostálgico, olhar para a mesma janela, onde anos atrás Mark o viu pela primeira vez.

Era nostálgico estar no mesmo lugar que aquela criança seria, sumiu por uns segundos e voltou depois com um papel A4 em mãos e começou a escrever, um nome meio torno, com letras em Hangul, não tão melhor que a sua.

E pensar que, o destino o tinha lhe dado alguém tão especial quanto seu amigo.

Jackson não conseguia nem imaginar, como teria sido sua vida, caso não tivesse se mudado para a coreia com seus sete anos de idade.

Era agoniante pensar em algo assim.

Era por volta das 22:00 e Jackson ainda estava ali, circulando pelo quarto, mexendo no celular e conferindo o outro ora ou outra, quando seu celular começou a apitar.

Era mensagem do Jaebum.

|JB Hyung: Jackson... |22:01

|JB Hyung: Preciso falar com você, sobre algumas coisas da festa, está acordado?|22:02

Jackson iria responder, mais estava com preguiça demais para digitar, e com mais preguiça ainda – lê-se: medo – De saber detalhes. Via das dúvidas, deixaria para ter aquela conversa no dia seguinte, quando Mark estivesse acordado.

Jackson tomou um banho, voltando para o quarto depois que achava que estava com sono e se jogou na cama – mentira, ele se deitou tão devagar que poderia ter dormido no processo antes mesmo de chegar na cama – Não queria acordar Mark, por isso fez silencio.

Tentou puxar um pouco do edredom, quase não conseguia, mais deu para cobrir um pouco do corpo.

Mark se mexeu, e por pouco não lhe derrubou para baixo da cama.

“Mark e seus maus hábitos na hora de dormir” – Pensou, sentindo o outro se aninhar sobre seu peito.

— Você poderia ser sempre assim... – Sussurrou, agradecendo pelo calor do outro, já que ele havia arrancado todo o pedaço de edredom que ainda lhe cobria.

Jackson, estava quase dormindo.

E Mark, acordando.

“HÁ HÁ HÁ” – pensou, encarando o outro que dizia algo, que ele não estava entendendo, já que lutava primeiramente para seus olhos se abrirem novamente.

— Jack... – Disse, sentando na cama e Jackson fez o mesmo – Estou com fome... – Disse, encarando Jackson, que por sua vez apenas sorriu, sonolento.

— Claro... Você apagou sem comer quase nada – Disse, se levantando.

— Você me carregou até aqui? – Questionou, se levantando também.

— Sim... pode ficar aí – Apontou para a cama e o outro negou, se levantando e o seguindo pela casa.

— Você devia ficar na cama – Disse, colocando a mão no pescoço do outro para conferir a temperatura – Você ainda tem febre – Disse, fazendo careta para o outro que insistia em não lhe dar ouvidos.

— Estou bem melhor... – Espirrou no termino da frase, sua voz era fanhosa, mais Mark não se importaria, ele só se convencia que estava doente, quando não conseguia mais ficar em pé.

— Não vou discordar... – Disse, sorrindo para o outro que lhe empurrou – Vejo que já estava com força – Fez uma típica carinha de drama e Mark riu.

— Quero Ramém – Disse, procurando o macarrão instantâneo assim que pôs os pés na cozinha.

— Deixa que eu faço, senta aí – Empurrou o corpo do outro, até que se sentasse no banco que ficava na bancada, de frente para o fogão onde Jackson manuseava, automaticamente.

Mark apenas observava Jackson e o mestre cuca que baixava nele, toda vez que queria ou estava cozinhando algo.

Mark estava quase caindo de sono, talvez fosse o remédio que estivesse o dando sono e quando percebeu, Jackson estava servindo seu prato e se sentando para comer também, do seu lado.

Jackson, flutuava, e seu pensamento estava um pouco mais longe do que o que ele desejava.

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Não era atoa, era na verdade normal, mais ainda lhe causava aquelas mesmas borboletas no estomago.

Mark comeu, e subiu, Junto de Jackson para o quarto e apenas caiu na cama, dormindo quase no mesmo instante.

E Jackson...

Bem, Jackson deitou-se ao lado do outro, tentando dormir, mais talvez fosse uma missão quase que impossível, pelo menos por agora.

— É incrível como você dorme tão bem depois de tirar meu sono, não é? – Perguntou retoricamente enquanto encarava o outro, já que Mark só não roncava pois não tinha, graças a Deus esse maldito habito.

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