História Harley Before Quinn - Vroom Vroom!

-Moça? -Disse o cara da guarita enquanto batia uma chave no meu vidro- O diretor confirmou sua entrada, mas disse que gostaria de conversar com você a qualquer momento. Estacione após a entrada central, haverá uma assistente esperando para lhe mostrar tudo
Assenti com a cabeça e liguei o carro, ele apontou para o local que eu devia seguir e lá fui eu.

Estacionei ao lado de um carro grande e super Chic, senti como se meu mustangue vermelho 69 fosse a coisa mais velha do mundo, como se fosse uma relíquia. Sai do carro e observei aquele carro gigante, dei uma analisada, e senti uma pontada de ciume.

-Você vai demorar? -Disse uma voz grossa 

Olho para trás e vejo uma mulher de braços cruzados e um rosto carrancudo, ela me analisa dos pés a cabeça e depois ri como se eu fosse uma piada. Dou um sorriso para ela e caminho devagar, mostrando para aquela mulher todas as curvas e toda a beleza que mamãe me deu, e não preciso que ela me olhe com maus olhos, para eu saber que arraso.

-Claro, gostaria de demorar mais analisando alguns pacientes, me mostra o caminho? -Disse a olhando de cima a baixo, e no fim sorri sarcasticamente 

-Hunf -Ela se vira e começa a caminhar em um corredor estreito, sigo ela observando cada detalhe do lugar.

Tinha um cheiro de hospital e era muito frio, as paredes eram de cores brancas, mas ja estavam manchadas por sujeira. Entramos em um novo corredor onde as alas de pesquisas eram todas de vidro, ou seja, não importasse quantas pessoas eu pegasse ali, sempre teria alguém que poderia ver.

A Carrancuda pegou uma pasta e bateu contra o meu peito.

-Você deve ir até essa sala, te aconselho a por um jaleco -Ela pegou um cartão na mesa e entregou na minha mão.-Isso abre algumas salas, a ala que você vai analisar é o ponto simples, não são pessoas tão doidas, e quanto melhor for, mais vai subir de cargo e mais gente doida vai encontrar.

Ela sorriu e passou para o outro lado do balcão, fiquei observando ela, esperando que me disse-se mais o que fazer. E subiu o olhar, e me vendo ainda parada ali ela mudou o tom de voz e ficou com o rosto sínico.

-Vai Barbie, quer que eu te ensine a andar tambem?-Disse ela batendo uma pasta contra o balcão e virando de costa pra mim.

Mostrei o dedo do meio para aquela babaca, e sai de lá. Entrei no primeiro corredor que vi, dei uma volta gigante e acabei indo parar novamente na ala do balcão, por sorte a carrancuda estava imprimindo algo, e falando no telefone, passei por ela sem que me visse e entrei no corredor escrito "Pacientes 80". 

(....)

Passo as mãos pelos braços sentindo o gelo do ar condicionado, observo cada canto, me sinto só, aquela ala devia estar cheia de pessoas, devia ter gente ali, observando e mantendo a segurança. Por sorte vi um cara guardando uma porta onde uma placa dizia "Pacientes 90", comecei a caminhar ate ele.

-Nossa, ainda bem que você esta ai e...- Na hora em que o homem me viu ele sacou a arma que estava na cintura e apontou para mim.-Aaaah qualé cara.

-Quieta, ou eu atiro, o que esta fazendo aqui? -Ele disse apontando a arma exatamente para a minha cabeça....