História Harley Before Quinn - Você não tem o sorriso dele!

Quando vi o sorriso de prazer em seu rosto, sabia que tinha feito tudo certo.

Ofegante me deitei ao seu lado e fiquei observando sua expressão.

-Você é bem doida -Ele disse com um sorriso no rosto e me encarando.

O quarto estava uma bagunça, haviam caixas cheias de coisas e pesquisas jogadas por todos os lados, o quarto era um cubículo mas era aquilo ou nada. Me levantei da cama e caminhei até o banheiro ao lado, lá dentro só cabia uma pessoa, então tomei banho sozinha, mesmo querendo que ele me acompanhasse. Ao sair não o encontrei no quarto, suas roupas haviam sumido, que tipo de homem faz isso? vai embora depois de tudo!

(...)

Coloquei meu vestido vermelho e o jaleco, coloquei meu óculos e terminei de me arrumar, peguei minhas pesquisas da faculdade e sai do quarto. Estava enfurecida com aquele babaca daquele guarda, então pisava duro por onde passava. Cheguei ao balcão da carrancuda olhando para todos os lados e torcendo para que não esbarra-se com ele,

-Que cara é essa Barbie? -Ela disse lançando uma pilha de papeis no balcão.

-Prefiro que me chame de Quinzel -Peguei a pilha de papel em cima do balcão e observei os papeis. -Estes são meus pacientes?

-Sim, Quinzelzinho -Disse ela num tom irônico- Você vai fazer pesquisas sobre eles e entregar aqui no balcão, e se forem boas talvez fique com o emprego, e não seja apenas uma estagiaria. -Ela riu e voltou sua concentração a outras pessoas que estavam no balcão.

Analisei meu primeiro paciente, seu nome era Vicentino, tinha matado a própria filha a 30 anos atras, porque achava que ela estava sobre os efeitos de um chip instalado pelo governo.

-Olá senhor Vicentino -Disse entrando na cela, e me sentando a frente dele.

Seu rosto tinha cicatrizes de unhas, era evidente que a filha tinha tentando se salvar. Ele ficava olhando para a janela e fazendo barulhos com a boca como se disse-se algo, suas mãos tremiam toda vez que ele respondia uma pergunta. 

-Senhor Vicentino, por que não me conta sua historia? -Segurei suas mãos massageando de leve seus dedos e torcendo  para que ele não tremesse.

Ele me olhou assustado e abriu a boca.

-E-e-eu... amo -Ele disse dando uma risada- De repente ele se levantou e começou a gritar -EU AMO ELA, EU AMO MINHA, EU AMO ELA- Ele me encarou com a expressão de assustado e veio até mim, se ajoelhando aos meus pés.-SEJA MINHA PEQUENA, SEJA MINHA CRIANÇA .

Passei as mãos pelos cabelos crespos dele, e lhe encarei de um jeito amigável.

-Se me contar sua historia serei o que quiser.

(...)

No final de tudo, joguei uma papelada na mesa daquela carrancuda metida a besta.

-Esta aqui, todas as minhas anotações e pesquisas.
Ela se levantou e analisou tudo. 

-O que é isso Barbie? -Ela riu -Inventou uma historia do vicentino? desse jeito você nunca ganhara emprego!

-Escuta aqui, eu não inventei nada, esse cara estuprou e matou a própria filha porque ela era a cara da mãe, a desculpa do chip foi porque ele era um escravo do nosso governo corrupto, ele sabia de muita coisa, vocês transformaram ele nesse doido, para que ninguém acreditasse na verdade.- Senti seu olhar furioso perfurar cada parte do meu rosto. -Eu espero ganhar o emprego.

Sorri para ela e deixei toda a papelada ali.

(....) 

Passei o dia analisando e pesquisando sobre meus pacientes, ate que no final de tudo decidi dar uma passada na ala proibida para ver se encontrava aquele babaca daquele guarda. Mas quando cheguei no ponto em que ele fica estava outro homem em seu lugar.

-Onde esta o outro guarda? -Disse encarando-o 

-O Floyd? Ele se demitiu, foi fazer trabalhos sozinho pelo que parece, andava recebendo uns trabalhos estranhos ultimamente.

Eu fiquei parada, apenas pensando que aquele babaca tinha ido embora...