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História Harpia - III - Carpe diem


Escrita por: monecasssa

Notas do Autor


Oi oi, gente!
Capa: casa da Luna. (;

E só para constar que toda a história pertence ao império romano, portanto alguns exageros sobre o modo de pensar das personagens, sobretudo a maneira como as mulheres eram submetidas aos homens, era uma realidade que todos respeitavam naquela altura. (:

Capítulo 3 - III - Carpe diem


Fanfic / Fanfiction Harpia - III - Carpe diem

Luna

   Nada se comparava ao que eu sentia quando voava. Uma sensação de liberdade tomava conta do meu corpo por completo: eu me sentia verdadeiramente leve como uma pluma, sem preocupações ou medos... Eu era apenas um elo natural.

   Percorri os poucos quilômetros até os precipícios para o mar. O sol era visível apenas pela metade, mostrando todo o explendor do grande círculo iluminador; um espetáculo que eu nunca perdia, no entanto, toda a beleza à minha frente se remetia ao olhar caloroso dessa tarde.

   Por Júpiter! Porquê aquele olhar me perturba?!

   Me adverti em pensamentos, sendo distraída por um corvo preto, voando próximo a mim.    Suspirei. Era tão difícil manter essa vida escondida que, por vezes, a curiosidade de conhecer minha mãe biológica era grande, mas ao mesmo tempo desistia; eu não estava disposta a pagar um preço tão caro por quem não pôde cuidar de mim.

   Um novo suspiro limpou a minha mente.

   Essa é a minha última noite com 17 anos... Eu deveria aproveitar.

   Concordo.

   Congelei ao ouvir alguém. Era impossível que os meus pensamentos tivessem sido respondidos, isso nunca aconteceu!

   Ouvi curtos passinhos e abri as minhas asas, de maneira arisca e protetora. Os meus olhos se arregalaram ao ver, se aproximando de mim, uma ave como eu, exceto a altura maior. Analisei melhor, vendo seu pescoço balançar durante os pequenos passos; o dorso quase negro, peito e abdômen branco e uma espécie de colar escuro não davam para negar. Era um pássaro precisamente como eu, porém macho, e era simplemente lindo.

   Eu me afastei mais um pouco, mantendo as asas entreabertas. Apesar de ser a primeira vez em toda a minha vida que eu via outro ser da minha espécie, eu estava apreensiva.

   Oi? - sua voz invadiu minha mente de novo. Seria possível eu estar realmente a ouvi-lo?

   A harpia passou por mim e voou até o galho de uma árvore mais baixa do penhasco, estando um pouco afastado; então guardei minhas asas.

   Porque eu consigo te ouvir na minha cabeça? - Perguntei.

   Somos da mesma espécie, é normal nos comunicarmos assim.

   E o que faz aqui? Eu nunca te vi...

   Seu pescoço virou na minha direção, sem nem ao menos mover o corpo.

   Realmente sou novo por essas bandas. – Voltou sua atenção para um coelho lá embaixo. – Seu ninho fica aqui perto?

   Eu não tenho um ninho.

   Abri as asas, ganhei impulso e voei sobre o mar, acompanhando a extensão da escarpa por uns poucos dez quilômetros. Mas momentos depois, vi a sombra de dois pássaros na parede do precipício. Era ele. Bati com mais força os meus quase 1,5 metros de envergadura, mas com certeza o passarinho tinha mais experiência e agilidade que eu, planando praticamente em cima de mim.

   Tratei de acalmar a minha brincadeira e então mudei a trajetória do vôo, deixando-me cair até muito perto da água. A harpia levou aquilo como um desafio e fez mais algumas acrobacias engraçadas, me fazendo rir.

   Espero que não esteja tentando me impressionar.

   Ele não respondeu, mas senti a diversão emanando do seu corpo.

   O céu estava escuro e eu não poderia ficar voando por aí na escuridão imensa. A lua era apenas a metade de um círculo, então, com cuidado, ergui o meu corpo para o cimo da escarpa, acompanhando a brisa fresca do vento marítimo em todo o meu comprimento; vi a fenda que costumava ficar e entrei aí.

   Isso não se parece nada com um ninho... – a voz de minutos atrás soou na minha cabeça ao mesmo tempo que a sombra de um grande pássaro pousava na entrada da abertura.

   Eu falei que não tinha, mas e você?

   Eu vim de muito longe, esperava ser bem recebido... -- dramático, pensei. -- Você tem um par? Eu sei que nós somos monogâmicos mas...

   Mono quê? – interrompi.

   Monogâmicos. Você não sabe o que é? – não respondi, o que o levou a continuar. – Monogamia é quando tem apenas um parceiro sexual durante um longo período de tempo, ou a vida inteira. Parceiro sexual para nos reproduzimos, claro.

   Olhei para o macho com cara de idiota. Que vergonha falar nesse assunto assim tão abertamente! Mesmo que ele não tivesse consciência humana para ficar com vergonha, era bastante constrangedor falar sobre... Bom, sexo.

   Eu não tenho um par, aliás nem existem harpias por esses lados.

   Ele me fitou com divertidos olhos escuros. – Então é uma fêmea livre? Acasale-se comigo!

   O quê?! Nem tente chegar perto de mim ou você será uma galinha cozida! – o macho pareceu divertido com a minha explosão.

   Tudo bem, nervosinha. Eu juro que não tento fazer nada! Mas saiba que nervosismo faz as penas caírem, e seria triste uma fêmea tão bonitinha ficar pelada.

   Não enche, beija-flor.- rolei meus olhos.

   Ainda desconfiada, me aninhei nuns quantos galhos secos e raminhos que pegara para deixar o chão mais confortável; os meus olhos estavam grudados no manto negro brilhante do mar Tirreno. Era incrível a maneira como o deus do mar, Neptuno, e o deus dos céus, Júpiter, se encaixavam numa linha que os separava lá ao longe; o mar era o verdadeiro espelho do céu: negro à noite e azul durante o dia. Azul como aquelas tão explêndidas esferas movidas de uma tonalidade acizentada que eu achei no olhar do soldado.

   E pela primeira vez eu me permiti pensar nele. Era possível que me sentisse tão atraída por apenas um olhar? Oras, seu sorriso também fora algo no qual reparei; os sinais masculinos no rosto fino e tão invejosos músculos definfidos em seus braços...

   É, eu nunca tinha visto tamanha beleza em Nápoles. Seria ele daqui?

   Abrigada e quentinha em minha penugem adulta, ajeitei meu pescoço, pousando o bico em meu peito. O macho também tinha se aninhado noutro lado da fenda e felizmente se manteve calado. Confiando que ele continuasse assim, deixei o meu pensamento vaguear e acabei por adormecer.

 

   Desperte... - uma voz encheu a minha cabeça novamente. - Desperte, Luna...

   Abri os olhos, confusa, procurando o único ser que poderia invadir a minha cabeça dessa maneira, mas nada havia ali: apenas eu e um vestido que deixei para emergências. Entretanto, os traços avermelhados no céu denunciavam o aproximar do amanhecer; então caí na real.

   Graças aos deuses que acordei. Se me transformasse talvez não caberia nesse buraco e provavelmente cairia do penhasco ao tentar sair daqui! – pensei alto.

   Agarrei o meu vestido no bico e voei para cima da escarpa. Deixei a roupa de lado e fiz mais um vôo para checar se haveria alguém por perto e para comemorar o primeiro vôo com 18 anos. Sorri com isso e fiz dezenas de acrobacias até ver a pontinha minúscula do aparecimento do sol por detrás das montanhas a oeste.

   Pousei, ficando de frente para o mar. Logo o feixe luminoso esverdeado me encobriu, convertendo asas em braços, patas em membros, penas em pele e devolvendo os cerca de um metro e sessenta e cinco que eu tinha. Acabado o processo, vesti-me, joguei o meu cabelo para a frente e o trancei lateralmente, para depois virar o meu corpo para trás e adentrar na floresta, correndo pelo trilho desgastado. Contudo, por um átimo de distração, embati fortemente em algo à minha frente. O choque fora de tal maneira inesperado que eu caí para trás, pondo a mão na testa que bateu em algo duro e gelado.

   O obstáculo se moveu, mantendo-se de pé à minha frente. Então eu pude ver quem era.

   -- Soldado?

   -- Criança. – ele falou. Sua feição blindada de uma impassividade infinita.

   Pisquei meus olhos e colei  minha visão no chão. Meu rosto se avermelhou e tudo o que pensei dele na noite anterior se reverberou na minha consciência.

   -- Estava distraída, por favor, perdoe-me.

   – O que faz tão cedo na floresta?

   -- Precisei resolver um assunto. Agora mesmo indo para casa, dominus. *(senhor)

   -- Ótimo.

   Sem me importar com os comportamentos da sociedade, suspendi o meu olhar até ele. Essa ação poderia me custar uma bofetada, mas eu precisava olhar o rosto sério e robusto do homem misterioso. Por alguma razão, sua postura imperturbável despertava curiosidade em mim; era como se ele apossasse de algo que me pertencesse por direito. Algo como a minha própria existência.

   Azul e castanho – gelo e rocha – fixados um no outro, olhando através das janelas da essência de cada um. Eu me sentia exteriorizada, todavia sabia que ele também. Seus olhos e semblante não mudaram um segundo sequer, pelo que desviei o meu olhar, não conseguindo manter o contato visual tão ardente.

   Por fim, o contornei para refazer o meu caminho, mas ouvi a sua voz gélida.

   -- A propósito, me virei para trás, encontrando tais olhos hipnotizantes. – Feliz aniversário, Luna. Carpe diem. *(aproveite o dia)

   Assenti, antes de apressar os meus passos, mas então... Espera aí! Como ele sabia que eu fazia aniversário hoje? E como sabia o meu nome? Girei meu pescoço para trás, encontrando absolutamente nada.

   -- Como...? - suspirei. - É melhor esquecer isso...

   Fiz o restante do caminho correndo, vendo Gianni e Martino me esperando. Depois de receber imensos beijos e afagos, mama me puxou para dentro, completamente animada por me mostrar alguma coisa; os acompanhei em êxtase, ainda me perguntando qual feitiço me deixou arrebatada por aquele estranho sujeito.

   -- Esse bolo está delicioso, mama!

   -- Fico bem feliz que tenha gostado, querida. – Gianni respondeu calma, mesmo que seu olhar não denunciasse calmaria e sim alegria infinita.

   Papa também estava feliz, inclusive havia me dado um fabuloso vestido azul; embora eu soubesse o real significado dessas vestes, pois era normal os pais oferecerem um vestido à filha quando tivessem um pretendente a marido. E aquele presente significava que Martino já tinha um homem em sua mente.

   Mama me presenteou com uma maravilhosa palla1 azul escura, combinando perfeitamente com o vestido, e eu desconfiava do quão caro poderia ter sido. De certeza que com essas roupas eu seria facilmente confundida com alguém nobre e não uma insignificante plebéia; e a verdade, era que esses tecidos estamparam um sorriso incabível em meu rosto, me fazendo estar ainda mais grata pelas únicas pessoas que deram tudo por mim.

*

   Estava regando as flores quando alguém bateu à porta. Pousei o vaso e segui para a entrada da casa, fazendo a maior cara de surpreendida com o que via.

   -- Loretta? - minha melhor amiga casada sorria abertamente enquanto minha cara era de pura surpresa.

   -- Parabéns, Luna! -- a mais velha se jogou em mim, quase me fazendo perder o equilíbrio e cair. - Ai, me desculpa...

   -- O que você faz aqui!?

   Fechei a porta e a levei ao meu quarto, sem nem ao menos dar tempo para a mulher respirar. Eu estava em puro êxtase e isso de mostrou nas conversas bobas que tínhamos, até ela entrar num assunto que eu sempre fugia.

   -- Então, Martino finalmente te deu uma túnica?

   O meu sorriso se desvaneceu um pouco.

   -- Sim. -- suspirei. -- Ele já deve ter falado com alguém que se interessou por mim, só que ainda não falou nada comigo.

   Sorriu amável.

   -- Sabe, Luna, eu tive sorte com o homem que pediu a minha mão ao meu pai. Eu também fiquei agonizada por me casar tão cedo, ainda por cima depois de minha irmã ter morrido, mas na verdade, o meu marido é bem simpático comigo. Inclusive quando me procura pela noite. -- ruborizei. Por Vênus! Ninguém tinha vergonha de falar em assuntos íntimos?!

    -- Você é muito bonita, Loretta. E jovem, tinha apenas 15 anos! Para além disso, você é alegre, e gentil.

   -- Até parece que você não, Luna Frozzo! Seus cabelos compridos são invejáveis, seu sorriso é puro e cheio de esperança. Seu corpo, inclusive, é alvo da imaginação de muitos homens. E não diga o contrário que eu bem sei do que falo!

   Revirei os olhos: essa conversa com minha amiga não teria um consenso final; então mudei de assunto.

   -- Me conta mais sobre sua viagem à capital do império!

   Loretta deu uma pequena gargalhada e arrumou a túnica em suas pernas.

   -- Roma é linda! Há edifícios grandes, uma arquitetura que eu nunca vira! E os templos então... Construídos em blocos de rocha esculpida! Com colunas fortes e esguias sustentando a enorme construção. E o coliseu? Menina, acabaram de construir o coliseu de Roma e posso te dizer que é fenomenal! Grande e circular, possível capacitar milhares de pessoas lá!

   -- Milhares?!

   -- Sim, Lu. E eles utilizam o coliseu para diversos espetáculos, mas eu particularmente gosto mais das corridas de cavalo.

   Ficamos por mais um tempo conversando e ouvindo as histórias da minha amiga, até que bateram à porta. Desci os degraus e atendi, me deparando com três escravos vestidos em suas túnicas escuras, mantendo o olhar baixo.

   -- Meu senhor solicita o regresso de sua esposa. -- um deles disse.

   Me virei para chamar Loretta mas a mesma tinha se materializado atrás de mim.

   -- Meu marido não gosta que eu fique muito tempo longe. -- me explicou. -- Muitos parabéns, amiga! Desejo todas as felicidades para você e espero que algum dia pare com o vício de fugir ao pôr-do-sol. -- sorri nervosa e retribui o abraço.

   -- Obrigada. Amei sua visita e irei avisar a mama e o papa que veio me visitar.

   -- Oh, sim. Dê um abraço à Gianni por mim! -- ela olhou para um dos escravos que prontamente entregou uma bolsa de couro novo para sua dona. Loretta agarrou-a e deu-ma. -- Isso é para você, espero que goste.

   A abracei. Ela fora sempre como uma irmã para mim, alguém que, apesar de me achar estranha, não me deixou nem me julgou.

   -- Obrigada por tudo, querida.

   Ela beijou o alto da minha cabeça e se afastou juntamente com seus escravos. Suspirei e fechei a porta. Guardei a bolsa e os lindos adornos de prata, pensando na ideia de ter um marido; eu não queria mas quando papa fosse conversar sobre isso, com certeza a minha reação seria a de uma filha obediente. Eu devia isso às pessoas que me deram uma oportunidade de viver.

 

Narrador

   Faltava pouco tempo para o bonito domingo ser mergulhado na escuridão noturna. Na capital do Imperium, em uma grandiosa casa aristocrata, uma bonita mulher apoiava as mãos sobre a barra da varanda, elevando seu olhar ao céu azul. A mente voava longe, buscando acontecimentos de dezoito anos atrás.

   Talvez nesse preciso momento ela estivesse dando a luz à sua primeira filha. Uma lágrima escorreu pelo rosto. Sua doce menina fazia aniversário, era já uma mulher que vivia com uma família pobre que, segundo a pebléia que a cuidava, era uma jovem inteligente e amorosa; seu coração abarrotado de vitalidade e amor. E quando abria as asas para voar... Parecia um anjo entre nuvens!

   -- Minha senhora...

   Uma de suas servas tirara-lhe dos nostálgicos pensamentos. A romana limpou os olhos úmidos e falou, sem se virar para trás.

   -- Sobre a mesa de meus aposentos está uma bolsa com 18 moedas de ouro. Entregue-a ao servo para que essa bolsa chegue nas mãos do sapateiro Martino Frozzo, na província de Nápoles.

   Prontamente, a serva fez como lhe foi ordenado, saindo da presença de sua senhora. Perla elevou os olhos castanhos ao céu e sussurrou baixinho:

   -- Parabéns, filha.

   Enquanto isso, a quilômetros dali, a jovem se despedia de seus criadores. A mãe adotiva advertia cuidados enquanto o pai apenas observava, pensando no futuro da filha. Sua ideia era fazê-la conhecer alguém que fosse capaz de guardar o segredo, alguém em quem Luna encontrasse paz de espírito, completando a sua essência.

   -- Muito obrigada por esse dia. Eu amo vocês! – ela disse antes de começar a correr em direção a floresta.

   Gianni e Martino trocaram olhares ao verem a menina adentrar o interior da floresta cerrada, desviando-se dos troncos firmes e altos das árvores centenárias. E, nesse alvoroço, o batimento cardíaco acelerado dela acabou por chegar aos ouvidos do sobrenatural feiticeiro que vagueva na mesma floresta em busca de um contato com seus ancestrais.

   Mas... Que humano seria tão estúpido a ponto de mergulhar no seio da mata cheia de cobras, mamíferos e insetos desconhecidos? De qualquer forma, se o patético ser humano tinha o coração tão acelerado era porque estava sendo perseguido por algum cachorro-do-mato, ou estaria morrendo sob os efeitos do veneno de alguma cobra-real.

   Ligando o seu espírito ao da árvore mais antiga dali, o feiticeiro se concentrou, mas novamente quebrou a ligação ao sentir a presença de magia. Aguçou seus sentidos e seguiu o encantamento, se escondendo quando avistou uma mulher.

   Era ela. Sendo o destino ou não, algo interligava ambos; talvez seria o reencontro de uma alma tentando se completar? Ninguém sabia.

   Luna estava sentada na ponta do precipício. De olhos fechados e respirando profundamente; seus cabelos compridos balançavam com a brisa marinha e a pele dourada recebia os raios solares. De longe ela parecia fazer parte da natureza e ele poderia ficar por horas observando a romana que a tanto tempo atrás amaldiçoara.

   Porém, sendo pego totalmente de surpresa, ela se levantou, mantendo-se de costas para o curioso; as fitas do vestido desapertaram e o mesmo caiu como cascata pelo corpo. O dono de olhos exoticamente azuis ficara boquiaberto com tal visão: curvas perfeitas contrastando com o pôr-do-sol. O corpo de uma deusa teria ela: a personificação de Vênus em seus contornos femininos. Ela era plena e seu corpo... Seu corpo despertara o do próprio mago que tentou se acalmar antes que Luna pudesse ouvir seu coração galopando.

   Contudo, algo o tirou do transe. A jovem caminhou para a frente, se jogando da escarpa; assustado, o soldado saiu detrás das sombras, mas parou ao ver a harpia surgir, voando majestosamente.

   Incrédulo com a própria reação, Filippo voltou para casa. Sua mente ocupada demais para fazer ligações com os antepassados; ocupada demais com uma determinada criança.


Notas Finais


até o próximo!!

ps: palla é a túnica que as mulheres romanas usavam. (;


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