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História Harry Potter e a Ascensão do Príncipe - Cap.8


Escrita por: MayChagas

Notas do Autor


Então, primeiramente, gostaria de pedir desculpas pelo meu atraso mais uma vez. Eu estava viajando e sem acesso a um computador e muito menos a internet descente, então... estava um pouco impossibilitada de cumprir com minhas responsabilidades.
Agora, segundamente:
DESEJO A TODOS VOCÊS FESTAS MARAVILHOSAS NESSE FIM DE ANO.
Que tenha muita comida deliciosa para quem gosta e vários livros embaixo da arvore.

Como vocês perceberam essa semana não teve bônus novamente, porque novamente ninguém acertou, mas cá estou eu com o capítulo finalmente.
Enjoy.

Capítulo 14 - Cap.8


Harry Potter e a Ascensão do Príncipe

Cap.8

 

“Ao longo da tua vida tem cuidado para não julgares as pessoas pelas aparências.”

- Jean de La Fontaine

 

O primeiro pesadelo veio três dias depois da reunião com os comensais, olhando para trás, isso não era realmente um choque, dado que durante o dia Harry e Tom estavam trabalhando nas paredes de Oclumência de Harry e com isso esbarraram nas lembranças do cativeiro algumas vezes, cada uma dessas vezes era obvio que Tom queria olhar mais, talvez procurar uma pista que Harry tinha perdido, mas apesar de seus próprios desejos por respostas ele se retirava, sabendo que o rapaz não estava pronto para reviver aquilo ainda.

O pesadelo em si não teria sido assustador para qualquer outra pessoa, era só uma sala mal iluminada com um espelho no canto, mas para Harry era aterrorizante. Era uma noite fria, o que só contribuiu para o seu pânico, ele sentiu os dentes batendo e o arrepio gelado corroer seus ossos como tinha acontecido tantas noites em seu cativeiro, ele não gritou ou chorou, apenas se enrolou em uma bola para tentar se aquecer, se esforçando para controlar o pânico crescendo em seu peito, em algum lugar no fundo de sua mente ele sabia que não podia ser real, mas as coisas não costumam fazer sentido em sonhos, então seu medo apenas crescia e crescia.

No mundo real o descontrole de sua magia acordou Tom, ele sentiu o medo cru de seu pequeno e levantou assustado, temendo por um momento que alguém estivesse tentando leva-lo outra vez, o lorde correu até a porta de Harry, Gael e Nagine já estavam lá, sibilando assustadas que não conseguiam entrar, Tom tentou abrir a porta, mas ela estava selada com magia, ele não pensou duas vezes antes de explodi-la, escombros de madeira inundaram o corredor. O quarto do rapaz estava um caos, moveis quebrados e caídos, roupas, pergaminhos e livros espalhados por todo lugar, objetos flutuando e chocando-se contra as paredes, seus pedaços rodando pelo quarto, o único lugar que parecia intacto era a cama onde Harry se enrolava em posição fetal, as costas viradas na direção de Tom, a cicatriz era uma mancha rosada pálida agora, desapareceria em breve, mas ainda estava lá, zombando de Tom, do qual impotente ele tinha sido, incapaz de proteger seu menino. Ele caminhou até a cama, ignorando os pulsos de magia que tentavam afasta-lo. Harry estava tremendo, seu rosto se contorcia em uma careta tensa, os dentes serrados sob os lábios apertados. Tom sentou ao seu lado na cama e tocou seu ombro, a corrente elétrica de magia que sempre corria entre eles estava tão intensa que era quase dolorosa, o mais velho não se importou, fechando os dedos com mais firmeza.

- Pequeno, acorde. É um pesadelo, só um pesadelo. – Chamou o homem, mas nada pareceu mudar, ele se deitou e puxou o corpo menor contra si com a intenção de aquece-lo, tinha funcionado na primeira noite e funcionou nesta também, o rapaz parou de tremer, a corrida magica ao seu redor começou a diminuir, Tom passou a murmurar – Está tudo bem, estou aqui com você, você vai ficar bem, pequeno. Foi só um pesadelo, você vai ficar bem.

- Tom?! – Perguntou Harry alguns minutos depois, sua voz era baixa hesitante, cansada e sonolenta, Tom puxou-o ainda mais contra si, deitando a cabeça do mais jovem em seu braço e acariciando seus cabelos.

- Sim, pequeno. Sou eu. – Sussurrou o Lorde tão baixo quanto Harry, como se temesse assusta-lo – Você teve um pesadelo, está tudo bem agora.

- Eu estava lá de novo. – Murmurou Harry, aconchegando-se ao corpo maior, jogando o braço sobre o peito de Tom e puxando-se para mais perto inconscientemente – Estava tão frio.

- Foi só um pesadelo. Isso nunca vai acontecer outra vez. Você está seguro aqui comigo, descanse, eu vou cuidar de você.

Harry acenou afirmativamente, deitou a cabeça em seu peito e encaixou seu corpo impossivelmente próximo ao mais perto. Tom envolveu os braços ao redor de sua cintura e afundou o rosto em seus cabelos, acalmando a si mesmo com a presença de Harry e o calor do corpo menor. Depois que o rapaz estava outra vez em sono profundo, o Lorde acalmou as duas serpentes preocupadas na porta, arrumou o cobertor sobre ambos e tentou adormecer, demorou um pouco, mas ele finalmente conseguiu, tendo Harry em seus braços como ele sempre desejou.

Pela primeira vez, Harry despertou antes de Tom. Inicialmente ele estava confuso, havia algo quente sob seu rosto e estava se movendo, ele demorou alguns segundos para perceber que era o peito de Tom, ele estava deitado sobre o homem e uma de suas pernas se entrelaçava entre as dele, o rapaz demorou algum tempo para entender como aquilo aconteceu, então ele se lembrou do pesadelo, de acordar no meio da madrugada com o Lorde sussurrando frases calmantes em seu ouvido. Harry corou de mortificação, Tom tinha acordado no meio da noite para lidar com seus pesadelos e tinha ficado até de manhã para garantir que não acontecesse de novo, ele estava começando a hiperventilar outra vez, como ele sempre fazia quando percebia todos os problemas que Tom estava tendo para cuidar dele.

- Pequeno?! – Disse Tom sonolentamente, seus braços apertando protetores ao redor do rapaz – Você está bem? Teve outro pesadelo?

- Não. – Respondeu Harry, sua voz falha, tremida, ele odiou, pigarreando antes de tentar falar novamente – Estou bem. Obrigado por me ajudar. Desculpe o transtorno. Mais uma vez.

Ao invés de responder, Tom mergulhou o nariz em seu cabelo e aspirou audivelmente, fazendo todo o corpo de Harry se arrepiar e o rapaz ganhar consciência de uma parte de sua anatomia que estava pressionando contra o quadril de Tom.

Merda. O rapaz xingou em pensamento, ele odiava cada vez mais ser um adolescente.

- Não foi qualquer transtorno. – Falou o Lorde, completamente alheio ao embaraço do mais jovem – Embora nós teremos de ignorar o treino esta manhã para concertar seu quarto, danos por magia demoram um pouco mais que o normal para fixar.

- Danos por magia?! – Perguntou o rapaz confuso, levantando o rosto do peito de Tom e olhando para seu rosto.

Ele não deveria ter feito isso, porque Tom estava olhando para ele também, olhos quentes e um sorriso satisfeito no rosto, o homem nunca pareceu tão lindo quanto naquele momento e Harry teve que engolir o lamento ameaçando escapar de seus lábios. Ele queria ver Tom daquela forma sempre, acordar em seus braços e receber aquele mesmo sorriso todos os dias, mas ele não tinha o direito de desejar tal coisa, porque o que isso significava para Tom era muito diferente do que significava para ele.

- Você ainda não olhou ao redor, não é?! – Inqueriu o Lorde, sorrindo, e o mais jovem pegou a deixa, sentando-se na cama e tomando cuidado de manter os lenções escondendo a protuberância abaixo de seu umbigo, olhando ao redor para ver como seu quarto estava destruído.

- Eu fiz isso?

- Sua magia fez. Exceto pela porta, essa fui eu. A magia não queria me deixar entrar. – Tom ainda estava sorrindo ao se levantar da cama de Harry – Não tem importância, podemos concertar, vamos só tomar o café-da-manhã primeiro. Vou mandar Anthea preparar enquanto você se apronta, te vejo lá embaixo em dez minutos.

Tom saiu e deixou Harry sozinho no quarto destruído, com uma ereção matinal furiosa. O moreno bufou e se jogou de costas no colchão. Pelo menos ele teria dez minutos para lidar com seu corpo traidor antes de descer para comer, ele puxou o travesseiro que Tom estava usando e aspirou o aroma que ele já conhecia tão bem.

Droga. Pensou o rapaz. Dez minutos é muito pouco.

Eles tomaram café e depois subiram para arrumar o quarto, eles ainda não tinham terminado na hora do almoço, então Tom pediu que Anthea trouxesse a refeição para o quarto e eles fizeram uma pequena pausa para comer e depois continuaram a trabalhar.

No final da tarde Yanxley apareceu para dizer que tinha plantado a primeira pista falsa para os aurores encontrarem, falaram por algumas horas sobre as próximas pistas antes do comensal se retirar. Eles não tiveram tempo de treinar naquele dia e Harry dormiu calmamente em seu quarto.

Mas os pesadelos vieram de novo, todas as vezes em que treinavam oclumência e esbarravam em alguma lembrança do cativeiro Harry acordava pela manhã nos braços de Tom, com o quarto destruído. Depois de reconstruírem o quarto cinco vezes, Tom decidiu que era melhor se Harry dormisse logo em seu quarto já que a magia do rapaz nunca enlouquecia quando Tom estava por perto. Nenhum deles mencionava o fato de que acordavam abraçados mesmo quando Harry não tinha qualquer pesadelo, ou o tempo que Harry demorava no banheiro todo dia antes do café-da-manhã.

Tom ainda saia a tarde muitas vezes, o que deixava Harry sozinho e entediado, ele treinava e passava a maior parte do tempo lendo na biblioteca, ele tinha terminado todas as edições antigas do Profeta Diário e estava nas atuais, muito se falava sobre a morte de seus parentes, mas diferente de seu desaparecimento, havia apenas uma única teoria sobre eles, tinham sido mortos por comensais da morte, o jornal descrevia as torturas horrendas que os Dursleys sofreram, embora Hary soubesse que não era real ainda o enfurecia. Yanxley tinha entregado a ele um relatório preliminar sobre a autopsia de seus parentes, e pelo que ele pode ler, os Dursley tinham recebido um tratamento similar ao dele, mas sendo trouxas, foi muito pior, a magia de Harry mesmo confinada em seu corpo pela Runa ainda garantia que nada realmente ameaçasse sua vida, trouxas não tem magia para proteger seus organismos, Petúnia estava com um caso grave de pneumonia e teria morrido mesmo sem qualquer ataque magico, Walter não estava muito longe desse quadro, mas Duda era sem dúvida o mais desafortunado, o primo tinha passado fome e sede muito piores que seus tios e Harry podia entender porque, o rapaz lutou e se rebelou, por isso seu captor lhe negou comida e agua, era o que Karkaroff fazia quando Harry se mostrava desafiador de alguma forma mais aberta, em certo grau, Harry estava orgulhoso do primo por não ficar passivo ao que acontecia, mas na maior parte ele lamentava o quanto isso fez o loiro sofrer mais.

O Profeta também falava muito sobre os supostos ataques em cidades trouxas, culpando os comensais, por mortes e desaparecimentos que deveriam ser creditados aos próprios trouxas, eles eram perfeitamente capazes de todo tipo de crueldade sem qualquer influencias do mundo bruxo, mas a população gostava de acreditar que eram criaturas inócuas e pacificas incapazes de qualquer malicia, nesses momentos Harry lamentava a estupides exagerada da população e se perguntava se o medo realmente os transformava em idiotas completos. Houve também um artigo enervante sobre como reconhecer um comensal da morte, o artigo era ridículo porque as descrições se encaixavam em qualquer bruxo que praticasse abertamente magia das Trevas. Mas a pior parte, aquela que mais enfurecia Harry, era o que o Profeta não falava, não havia qualquer menção aos ataques contra bruxos das Trevas, nenhuma única palavra sobre Pansy Parkingson que estava agora em Saint’Mungus depois de ter sido atacada por uma multidão na rua, enquanto fazia compras com sua mãe, Harry não gostava particularmente da garota, mas tinha ficado tremendamente indignado com o acontecido, ela não passava de uma criança. Não falava sobre a família de Goyle, que teve sua casa de veraneio queimada até as fundações, felizmente ninguém tinha sido ferido nesse ataque, já que eles tinham decidido na última hora não viajar nesse verão. O jornal citou os atacantes dos Goyle, mas só falavam sobre o que Tom fez para eles em retaliação, contando uma história distorcida e melodramática sobre como eles acabaram carbonizados por seus ideias Pró-trouxa. Harry quis queimar a cede do Profeta pelas ideias estupidas e preconceituosas que espalhavam, mas como ele não podia, ao menos não ainda, vendo que o jornal teria um papel importante em seu plano de retorno, ele se contentou em queimar o exemplar ao alcance de suas mãos, e era o que estava fazendo quando Anthea apareceu na sala de mármore.

- Jovem mestre, o professor Snape aguarda no escritório. – Informou a elfo com sua costumeira reverencia.

- Obrigado, Anthea. Sirva-lhe chá. Estarei lá em um minuto.

Harry se livrou dos papeis enegrecidos e vestiu sua túnica sobre as roupas interiores, era uma insistência de Tom que Mordred sempre se vestisse de forma impecável, portanto ele o fazia mesmo quando era Harry, ele então se dirigiu ao escritório. Snape estava sentando no sofá com sua xicara de chá quando ele entrou, o professor ergueu uma sobrancelha para a túnica esvoaçante do rapaz.

- Devo fazer uma reverencia e te chamar de ‘Meu Príncipe’?! – Perguntou o homem com ironia, Harry riu e se sentou em sua poltrona.

- Isso seria realmente algo interessante de se assistir. – Respondeu o mais jovem.

- Eu tenho que perguntar. Não quero correr o risco de provocar a ira do Lorde por não te tratar com a deferência adequada.

- Você não parecia preocupado com isso na escola. – Salientou Harry, ainda divertido com a situação.

- Na escola você é meu aluno. Aqui eu não tenho muita certeza do que você é. – O pocionista estava olhando para ele com curiosidade como se suas expressões faciais pudessem sanar alguma de suas dúvidas.

Harry deu de ombros.

- Você não precisa me chamar de príncipe, nem nada assim. Me chame de Mordred se estivermos com alguém que não sabe a verdade, do contrário me trate como sempre me tratou. – Harry pensou melhor e sorriu – Bom, não como sempre, mas como ultimamente, sem a carga de desprezo dos nossos primeiros anos de interação.

Para a surpresa de ambos, Snape deu uma pequena risada, foi rápido e quase imperceptível, mas definitivamente estava lá.

- Mordred. – Bufou o pocionista – O mago renegado que matou Arthur, você não conseguiu pensar em um nome mais pretencioso?!

- Em minha defesa, foi Hermione quem escolheu, não eu. Acredite em mim, eu não sabia que ele acabaria se tornando uma pessoa independente, foi pensando como um codinome para eu pudesse trocar recados com os Sonserinos sem ser identificado.

- Você vai precisar de um nome real para a figura de Mordred, você sabe, não pode se aproximar dos Delacour como braço direito do Lorde das Trevas, ele ficaria intimidado demais e diria a Dumbledore sobre sua abordagem.

- Sim, eu sei. – Disse Harry abanando com as mãos como se aquilo não tivesse importância, um gesto que ele não notou, mas Snape sim, era muito similar aos de Voldemort – Os Nott estão trabalhando em uma história de fundo para mim. Mas não é por isso que você está aqui, é?! Você tem algo importante para dizer a Voldemort?

Era estranho ver Snape estremecer ao ouvir o nome, os outros comensais tinham a mesma reação, talvez um pouco mais perceptível, mas ele sempre esperava que Snape fosse imune a isso.

- Sim. Dumbledore tem um encontro com Fudge neste fim de semana. Eles não conversar sobre o professor de DCAT outra vez, o diretor tem esperança de convencer o ministro que Bones é a melhor opção. Se o desespero do ministro estiver tão alto quanto da última vez que se encontraram ele tem boas chances de conseguir.

- Pensei que o ministro estivesse desgostoso com Dumbledore.

- Ele está, mas nesse momento, com a guerra batendo a sua porta e revoltas acontecendo em todo pais. Qualquer com a capacidade de acalma-lo é bem-vindo. – A voz de Snape demonstrava o quanto ele achava o ministro patético por isso e Harry compartilhava daquele sentimento.

Harry pensou sobre isso, não era difícil imaginar Dumbledore sorrindo e acalmando o ministro com pequenos toques e promessas de segurança, com aquele ar de confiança senil, o velho conseguia enrolar quase todo o mundo magico ao redor de seu mindinho.

- Não tem importância. – Decidiu Harry, calmamente se servindo de sua própria xicara de chá – Contanto que a data definitiva de nomeação permaneça em 25 de agosto não será um problema. Quando Scrimgeour me resgatar, o clamor do público será suficiente para lhe garantir a vaga. Mesmo assim, Voldemort vai querer um relatório completo do que acontecer nessa reunião, ele gosta de ser meticuloso.

- Falando em seu resgate... – Começou Snape – Você foi bem evasivo sobre como vocês escapou. Agora você parece muito bem, mas Barty disse que você estava em um estado deplorável quando chegou aqui. E esteve desaparecido por quase um mês. O que aconteceu lá?

A calma de Harry praticamente evaporou, todo seu corpo ficou mais tenso e ele fechou os olhos por alguns segundos para esconder as emoções que sem dúvida estariam passando por eles.

- Não importa. – Disse o mais jovem muito friamente, sua voz muito mais cansada e determinada do que a voz de alguém com a sua idade deveria ser – Eu não vou falar sobre isso.

- Você deveria falar com alguém. – Insistiu o pocionista, com toda a intensidade que ele costumava ter em sala de aula, mas aquilo não funcionava mais em Harry.

- Bom, você quer falar comigo sobre a forma ele te torturou por ter me perdido de vista?! – Perguntou ele acidamente e viu Snape empalidecer – Pois é, foi o que eu pensei.

- Eu não sabia que você sabia disso. – Disse Snape, engolindo em seco – Não imaginei que ele diria a você.

- Você estava sobre a impressão de que eu não sei do que ele é capaz?! Das coisas que ele fez e faz?!

- Se você sabe, por que ainda quer ficar aqui? – Era obvio que o professor estava se esforçando para entender o que se passava na cabeça do mais jovem, mas não conseguia – Nós nos preocupamos com você aqui. Exposto aos seus humores instáveis. Você estaria mais seguro com Sirius.

- Estou perfeitamente seguro aqui. – Insistiu Harry, pensando em instabilidade, nos últimos tempos ele próprio era muito mais instável do que o próprio Lorde – Eu nunca fiz nada para despertar sua ira sobre mim e nunca faria. A preocupação de vocês é desnecessária.

- Nunca se sabe o que pode despertar sua ira.

- Eu sei exatamente o que a desperta. Vocês podem não entender como sua mente funciona, mas eu entendo. Ele perde a paciência com vocês porque o desapontam, ou o desafiam sem tentar entender o quadro maior no caso de Sirius, eu não faço nada disso.

- Pode me dizer, sinceramente, que ele nunca machucou você?! – Perguntou Snape cético.

- Nunca sem a minha permissão. – Disse o rapaz categórico, o pocionista arregalou os olhos.

- E você permite que ele te machuque?

- Olha, é complicado e não é tão louco quanto parece. – Respondeu Harry, passando a mão pelos cabelos para se distrair e organizar seus pensamentos – Ele nunca me machucou sem um proposito, nem nunca de uma forma que eu não pudesse lidar. Ele sabe onde meus limites estão e ele os respeita, porque eu nunca dei qualquer razão a ele para fazer diferente.

- Você percebe que me dizer que você permite que o Lorde das Trevas te machuque não me deixa exatamente mais calmo, não é?!

- Nenhum de vocês precisa se preocupar comigo. Estou bem onde estou. Eu poderia ter mentido para você, e dito que ele nunca me feriu, mas preferi confiar que você vai escutar o que estou tentando dizer, e mesmo se não puder entender, vai respeitar.

- Não parece que temos escolha de qualquer forma. – Bufou Snape, sua postura nunca pareceu tão abertamente cansada como naquele momento, ele olhava diretamente nos olhos verdes de Harry – Você parece bastante obstinado e decidido a permanecer do lado dele.

- E quanto antes vocês entenderem isso melhor. – Disse o rapaz categórico.

- Não acho que isso nunca vai entrar na cabeça do Black. Ele parece achar que você está sofrendo algum tipo de síndrome de Estocolmo. – A voz de Snape deixava claro que o próprio professor não tinha tanta certeza de que ele não estava.

- Remus não pareceu muito preocupado. – Argumentou Harry, e Snape revirou os olhos, era algo divertido de se observar.

- Remus diz que ele pode sentir que você vai ficar bem aqui. Literalmente sentir, no cheiro que vocês emanam.

Harry se obrigou a não corar, ele estava um pouco constrangido com o tipo de cheiro que Remus poderia estar sentindo nele sempre que Tom estava por perto.

- Se não pode confiar na minha palavra, então confie em Remus. – Disse o rapaz e então deu um sorriso conhecedor – Algo me diz que confiar em Remus não é nenhum problema pra você.

- Se meta em seus próprios assuntos, pirralho. – Ralhou Snape e a tensão no ambiente desapareceu.

Snape ficou por mais alguns momentos, garantindo que traria um relatório da reunião de Dumbledore o mais rápido possível antes de se retirar.

Depois que o pocionista saiu Harry decidiu tomar um banho, pensando se Nagine e Gael também podiam cheirar como ele se sentia, ele realmente esperava que não, ou ao menos que se elas pudessem, tivessem a delicadeza de nunca trazer o assunto na presença dele ou pior ainda, na de Tom.

 


Notas Finais


E ai?
Gostaram?
Eu realmente espero que sim.
Então, agora só nos veremos no ano que vem, apesar de a próxima atualização ser programada para dia trinta, eu vou estar viajando novamente e sem acesso a um computador, então se ninguém acertar nenhum bônus, nós só nos veremos no dia 6/1/2017.
Por favor não esqueçam de mim. Desejo a vocês ótimas festas e uma virada de ano maravilhosa.
Se'U

P.S. Eu ainda estou atrasada com os comentários do capítulo anterior, mas não vou deixar ninguém sem resposta.


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