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História Harry Potter e a Ascensão do Príncipe - Cap.11


Escrita por: MayChagas

Notas do Autor


Olá.
Cá estou eu com mais um capítulo. Espero que vocês gostem.
Enjoy.

Capítulo 20 - Cap.11


Harry Potter e a Ascensão do Príncipe

Cap.11

 

“Tudo muda quando você muda.”

- Jim Rohn

 

Quando eles finalmente saíram da casa Black já era noite, Sirius foi sem qualquer surpresa, barulhento e insistente, dizendo a cada poucos minutos que Harry deveria ficar ali com ele, todos sabiam que isso não aconteceria, inclusive o próprio Sirius, mas isso não o impedia de tentar, Tom mal falou por toda a reunião, nem mesmo seus comentários mordazes projetados apenas para irritar Sirius, ele ficou anormalmente silencioso e era obvio que estava perdido em seus próprios pensamentos, sem dúvida analisando a profecia de ângulos que Harry não podia sequer imaginar. Anthea tinha preparado um jantar esplendido, como de costume e eles comeram ainda em silencio, Nagine e Gael circulando ao redor da mesa vez ou outra pedindo algum dos diversos alimentos a Harry, assim que terminaram a refeição Tom se dirigiu ao escritório e Harry não hesitou em segui-lo, fechando a porta atrás de si com mais força do que necessário, o que na verdade funcionou, porque fez Tom finalmente olhar para ele.

- Podemos falar sobre todas as coisas que temos que falar agora?! – Perguntou Harry soando muito mais incerto do que desafiador.

Tom olhou para ele por um tempo, seus belos olhos vermelhos avaliativos, quase temerosos, não era a imagem que Tom costumava mostrar, havia uma vulnerabilidade que Harry era o único a ver. O mais velho desviou o olhar e caminhou lentamente até o armário de bebidas, servindo um copo de uísque de fogo para si mesmo, depois voltou a sua escrivaninha e encostou-se ao mogno casualmente, mesmo que parecesse tenso depois para o gesto ter realmente sido casual.

- Por onde você quer começar? – Perguntou Tom, pegando Harry de surpresa, por alguma razão o rapaz imaginou que Tom faria como todas as outras vezes e diria a ele que não era importante, que ele não precisava se preocupar.

Harry respirou fundo enquanto pensava sobre isso, tanta coisa tinha acontecido em um único dia, que ele realmente não sabia por onde começar, parte dele, a parte adolescente, queria começar pelo beijo, queria saber a quanto tempo Tom se sentia assim e o que eles fariam já que os dois sentiam o mesmo, pelo menos ele esperava que eles sentissem o mesmo, mas no fundo, Harry sabia que não era sobre isso que eles precisavam falar primeiro, Tom nunca poderia se concentrar em mais nada com as palavras da profecia, pairando sobre suas cabeças, ele desejou ter um copo de uísque também.

- Você realmente acredita nas palavras da profecia? – Disse Harry finalmente.

- Não importa se eu acredito ou não, Dumbledore acredita e isso é o suficiente para que ela seja perigosa. – Respondeu Tom com calma, mas não era de todo real, porque ele esvaziou o copo e encheu-o outra vez.

- É claro que importa. – Objetou Harry – Porque se você acredita nela, você acredita que eu vou me voltar contra você, se você acredita nela você deve me matar agora, apenas para ter certeza.

Tom revirou os olhos e colocou seu copo sobre a mesa e cruzou os braços.

- Não seja dramático.

- Não estou sendo dramático, eu estou sendo logico. – Argumentou o rapaz – Se você acredita na profecia, o passo logico a dar é me matar. Você já está muito longe para arriscar que alguma coisa entre no caminho agora, se você acredita nessa profecia você vai estar sempre em guarda ao meu redor, você vai deixar de me treinar, me excluir de todos os seus futuros planos. Eu não serei mais uma ferramenta útil, eu serei uma ameaça, uma distração que pode muito bem causar sua queda outra vez, a destruição de tudo que você vem conseguindo, de tudo que nós conseguimos até agora. Não é drama Tom, se eu acreditasse nessa profecia, eu mesmo me mataria.

O lorde parecia alarmado, realmente surpreso, ele não esperava aquilo, nunca imaginou que Harry reagiria daquela forma, e o mais assustador é que era obvio que o rapaz estava sendo completamente honesto, Tom simplesmente não conseguia entender.

- Por que você faria isso? – Perguntou Tom, mas era tão fraco e baixo que ele poderia muito bem-estar perguntando a si mesmo – Por que você se mataria?

- Porque essa guerra não é sobre eu e você, é sobre todos os bruxos das Trevas, é sobre concertar tudo quer está errado no ministério e no próprio mundo magico. Uma vida, a minha vida é um preço muito baixo a pagar para conseguirmos alcançar nossos objetivos.

- Mas como você pode dizer que morreria assim tão levianamente?!

- Eu não tenho medo da morte Tom, eu nunca tive. É natural, tudo que está vivo morre um dia. – Disse Harry dando de ombros.

- Não eu. – Disse o homem com seriedade – Nem você se não quiser. Somos mágicos Harry, nós podemos viver para sempre se for nossa escolha.

- Eu não disse que é impossível, só disse que a morte não assusta. E essa não é a questão agora, a questão é se você acredita ou não nessa profecia ridícula.

- Como você pode ter tanta certeza de que ela é ridícula?! – Insistiu Tom e foi a vez de Harry revirar os olhos.

- Porque foi Trelawney quem fez... É sério, a mulher é uma charlatã. Ela não pode sequer adivinhar o clima e os trouxas fazem isso mesmo sem magica, fora que mesmo que eu tivesse algum poder que você desconhece eu nunca machucaria você, eu mo... – Harry se deteve antes de terminar a frase, porque ‘eu morreria por você’ não é algo que você pode dizer as pessoas, mesmo quando é verdade - ... eu já mostrei que sou leal a você, ou pelo menos eu achei que tinha mostrado. Eu achei que você soubesse que pode confiar em mim.

- Eu confio em você. – Admitiu Tom, as palavras pareciam pesadas e difíceis em sua boca, como se não fosse algo que ele pensou que diria em algum momento da vida e ainda não conseguisse acreditar que disse – Mas profecias são complicadas, elas raramente são fáceis de interpretar.

- Bom, então se você quer realmente acreditar nessa besteira, nós temos duas opções. Você me mata apenas por garantia ou você procura uma interpretação que realmente faça sentido, porque eu nunca mataria você. – Disse Harry simplesmente, Tom sorriu.

- Você sabe que eu também não mataria você.

- Ótimo, porque seria estranho continuar dormindo na sua cama se nós tivéssemos tido essa conversa. – Brincou Harry, mas assim que ouviu suas palavras ele corou, se lembrando que essa não era a única conversa que eles precisavam ter, Tom pareceu entender o que se passava em seus pensamentos porque deu um pequeno sorriso condescendente.

- Você pode voltar para o seu quarto se quiser, eu vou entender. – Disse o Lorde, sua voz muito calma e gentil do que antes, ele ainda parecia preocupado, mas bem menos do que quando chegaram.

- Por que eu faria isso?! – Perguntou Harry alarmado, antes de olhar para o chão, envergonhado por seu rompante – A não ser que você queira que eu saia.

- Eu pensei que essa tarde tinha esclarecido muito bem o quanto eu quero você por perto. – A voz de Tom estava cheia de diversão e o alivio de Harry ao ouvir isso quase palpável.

- Você não é exatamente uma pessoa fácil de interpretar. – Brincou Harry de volta.

Tom se desencostou da escrivaninha e caminhou até Harry, um olhar predador em seus olhos que fez Harry se arrepiar dos pés à cabeça, o mais velho parou a frente do rapaz circundando seu quadril com as mãos e puxando o corpo menor completamente contra o seu, Tom abaixou seu rosto até que seus lábios roçassem os de Harry levemente.

- Então acho que eu preciso ser mais claro. – E sem deixar qualquer espaço para uma resposta ele beijou o mais jovem.

Harry não teve sequer um segundo para processar o que estava acontecendo antes de Tom invadir sua boca com uma língua faminta e exigente, explorando cada recanto da cavidade alheia como se possuísse, o que de certa forma ele fazia, as mãos de Harry subirem para tocar o peito de Tom, sentindo o coração alheio bater tão rápido e desconexo quanto o seu próprio. Todo seu corpo estava quente e ele começou a desejar estar usando menos camadas de roupas, ele queria sentir as mãos de Tom em sua pele como já tinha sentindo antes, mas o rapaz não tinha qualquer dúvida de que naquele contexto o toque seria infinitamente melhor. Quando uma das mãos de Harry começou a desfazer os botões do terno de Tom o homem se afastou e Harry lamentou audivelmente.

- Existe alguma razão para você se afastar sempre que eu tento te fazer mais confortável e menos vestido? Eu realmente duvido que seja timidez. – Murmurou Harry ainda um pouco ofegante, Tom estava sorrindo e segurando ambas as suas mãos.

- É mais fácil me controlar se eu estiver vestido. – Respondeu Tom com toda sinceridade.

- Quem disse que eu quero que você se controle?! – Tentou Harry, ignorando sua própria timidez.

- Essa é exatamente a resposta que eu espero de um adolescente hormonal. – Disse Tom e Harry se sentiu um pouco ofendido.

- Eu não estou fazendo isso porque sou um adolescente hormonal. – Defendeu-se Harry – Sou perfeitamente capaz de controlar meus impulsos.

- Eu sei, Harry. – Tom acariciava seu rosto calmamente, com muito mais carinho do que desejo naquele momento – Mas nós temos que concordar com alguns limites, ou vamos chegar ao ponto de sermos surpreendidos exatamente como Sirius e Barty. Estamos no escritório, não é exatamente o lugar apropriado para esse tipo de coisa.

Harry pensou em objetar e dizer que tinha feito exatamente esse tipo de coisa no escritório de Sonserina antes, mas então se deteve porquê de alguma forma ele sabia que isso não era algo que Tom gostaria de ouvir. O mais jovem suspirou soando resignado e como prêmio por ser compreensivo ganhou mais um beijo casto sobre os lábios.

Pouco depois eles se retiram para o quarto e dessa vez Harry não resistiu ao impulso de derreter contra o corpo de Tom, o Lorde tão pouco parecia se importar, deixando a mão acariciar quadril de Harry preguiçosamente, os dois demoraram a pegar no sono naquela noite, aproveitando o calor e os toques que se privaram por tanto tempo.

 

Quando Harry acordou todo seu corpo estava quente, a mão de Tom se espalhava sobre sua barriga nua abaixo da blusa, as unhas curtas raspando para cima e para baixo, arrancando arrepios de todo lugar, a boca de Tom estava em sua nuca deixando um rastro de umidade em todo o espaço que o colarinho permitia, Harry sequer tentou conter o gemido de contentamento quando Tom mordeu seu ombro suavemente, fraco demais para deixar uma marca duradoura, mas forte o suficiente para que a mistura de dor e prazer o despertar.

- Bom dia, Pequeno. – Sussurrou Tom contra a sua pele e ele estava tão próximo que o rapaz podia sentir o sorriso em seus lábios.

- Me diz que nós podemos continuar na cama o dia todo. – Murmurou Harry, derretendo ainda mais contra o corpo do Lorde, dessa vez sua risada foi audível.

- Infelizmente não. – Respondeu Tom, mordendo a curva de seu pescoço dessa vez – Você sabe que temos planos para hoje, Severus e Bella vão chegar em aproximadamente duas horas.

- Então podemos continuar aqui por pelo menos mais uma hora e meia!? – Perguntou o rapaz esperançosamente.

- Você pode se quiser. – Tom soprou a resposta contra a concha sensível de seu ouvido – Eu ainda tenho um prisioneiro para realocar e alguns assuntos para resolver. Fora que você precisa comer alguma coisa, vai ser um dia longo e estressante para você.

Harry resmungou infantilmente, afundando a cabeça contra o travesseiro, Tom sorriu assistindo quietamente a birra de seu pequeno até que ele afastou o rosto do travesseiro o suficiente para sussurrar incerto.

- Mais cinco minutos então?! – Pediu ele e uma lavareda de calor passou pelo corpo de Tom.

- Acho que dez não iria nos atrapalhar muito. – Respondeu o Lorde, puxando Harry com mais força contra o próprio corpo e se dedicando outra vez a saborear a pele da nuca do rapaz.

Meia hora se passou antes de Tom reunir força suficiente para levantar da cama resmungando sobre distrações tentadoras e meninos que tornavam tudo mais difícil. Harry passou o dobro de tempo no banheiro aquela manhã e quando desceu para o café e encontrou o sorriso implicante de Tom ele teve certeza de que Tom sabia, de que ele sempre soube, ele se recusou a se sentir constrangido, ele sentou no lugar de sempre a direita de Tom na mesa e começou a comer calmamente, menos de cinco minutos depois a mão de Tom estava em sua coxa sob a mesa, como se o Lorde simplesmente não conseguisse manter as mãos longe dele agora que não precisava disfarçar seus toques.

- Eles serão piores agora do que antes não serão?! – A voz de Gael arrancou Harry de seu pequeno mundo de contentamento enevoado.

- Acho melhor ficarmos longe do quarto deles. – Respondeu Nagine do outro lado da mesa – O cheiro vai ser insuportável.

- Não é como se não fosse insuportável antes. – Completou Gael – Eu não entro em nenhum dos banheiros privados desde que o mestre voltou.

- Oh Merlin, elas não estão fazendo isso comigo em pleno café da manhã. – Resmungou Harry, encostando a testa sobre a madeira fria da mesa, incapaz de conter o rubor se espalhando pelo seu rosto e pescoço dessa vez, Tom apenas apertou sua perna carinhosamente, sorriu e felizmente não fez nenhum comentário.

Quando Snape e Bellatrix chegam, Harry e Tom já estão esperando por eles na sala de mármore, agora limpa e livre de Karkaroff, que estava trancado no calabouço naquele momento, ainda desacordado, Harry sequer se preocupou em usar a imagem de Mordred, afinal todos já conheciam sua verdadeira identidade.

Bellatrix lhe fez uma reverencia exagerada e um pouco insolente que o fez rir, Tom, que estava usando a imagem de Voldemort não pareceu muito satisfeito com isso e apenas lançou um olhar irritado para a mulher que recuou e acenou com cuidado como se pedisse desculpas. A reverencia de Snape a ele foi extremamente formal, mas Harry podia ver no rosto do professor que ele queria revirar os olhos, não houve conversa introdutória ou cumprimentos leves, Snape apenas retirou uma ampola vermelho brilhante de dentro das vestes esvoaçantes e estendeu para Harry, que pegou com cuidado.

- Primeiro vamos testar a eficácia da poção bloqueadora. Essa foi feita para durar apenas três horas, mas os efeitos colaterais serão exatamente os mesmos da de 36hrs. Você vai sentir dores no estomago, sua visão vai ficar um pouco turva. – Informou Snape, sua voz era estável como sempre costumava ser em sala de aula, mas Harry achou que tinha visto preocupação brilhar em seus olhos negros por uma fração de segundo.

- O teste de hoje não é sobre se a poção funciona ou não, é para sabermos se você consegue não mostrar os efeitos da poção bloqueadora, os aurores conhecem os efeitos colaterais e saberiam que algo está errado. – Explicou Voldemort, mesmo que Harry já soubesse disso ele não interrompeu – Felizmente você tecnicamente precisa de óculos então ninguém vai dar muita atenção a sua visão turva, mas as dores de estomago não serão simples de esconder.

- Você sabe que eu lido bem com a dor. – Objetou Harry e viu Snape apertar os lábios, parecendo muito desconfortável com esse tópico, Voldemort sorriu.

- Sim, eu sei. Vamos começar então. – Disse o Lorde, Harry respeitou profundamente e bebeu a poção em dois longos goles.

Não levou mais de trinta segundos para que seus olhos perdessem um pouco do foco, era irritante depois de enxergar perfeitamente durante meses, mas não desesperador, sua visão sem o óculos costumava ser pior do que aquilo, a dor no estomago veio em seguida, profunda, nauseante, mas perfeitamente gerenciável, o tempo que ele passou com sua mágica selada foi incomparavelmente pior, então ele não estava realmente preocupado em esconder os sintomas, ele podia até mesmo relaxar e ignorar os desconfortos, ele se virou para os outros e sorriu.

- Eu esperava pior. – Disse o rapaz honestamente, Bellatrix sorriu, mas Snape parecia doente, ele fez a poção ele a testou primeiro antes de lava-la para a mansão, ele sabia exatamente o qual dolorosos os efeitos eram, mas Harry não parecia minimamente incomodado, não pela primeira vez ele se perguntou a que tipo de coisas aquela criança se submeteu para ter aquele nível de controle.

- Essa é a parte fácil. – Informou Voldemort com seriedade e Harry parou de sorrir – Nesse exato momento, sua mente está completamente em branco e isso não é o que se espera encontrar em uma vitima assustada e confusa. Sua mente deveria ser um livro aberto, confusa e completamente caótica. Então, nas próximas três horas, você vai trabalhar em criar paredes de pensamentos visíveis além das proteções da poção. Bella vai te ajudar com isso, ela é simplesmente a melhor criadora de desinformação que já conheci.

A mulher brilhou de contentamento com o elogio e se virou para Harry alegremente, quase maníaca.

- Isso não será agradável. – Disse ela ainda sorrindo, Harry bufou.

- Quando é agradável?! – Resmungou para si mesmo e Tom sorriu maliciosamente antes de sair da sala com Snape e deixar os outros dois prosseguirem com sua tarefa.

Três horas depois Harry ainda não tinha decidido se gostava de Bella ou não. A mulher era extremamente invasiva com suas perguntas e sugestões de falsas memorias e parecia se divertir mais quando Harry ficava desconfortável, mas como de costume, Tom estava certo, ela era brilhante e ele sabia que graças a sua ajuda ele seria capaz de fazer o plano funcionar, é claro, ele ainda precisaria treinar nos próximos dias, mas toda a perspectiva não soava tão impossível. Anthea tinha acabado de trazer agua para dois e Bellatrix estava olhando para ele com curiosidade, o mais jovem ergueu uma sobrancelha questionadora.

- Você não é como qualquer adolescente que eu já conheci. – Disse a mulher simplesmente, Harry riu.

- Você conheceu muitos adolescentes? – Implicou ele e o sorriso de Bellatrix se alargou.

- Não muitos, mas é difícil acreditar que iriam tão longe ou estariam tão dispostos a fazer tudo que você faz. – Disse ela e continuou olhando para ele como Snape tinha o costume de fazer, como se pudesse encontrar as respostas em suas expressões, quando ele não disse nada ela continuou – Não consigo entender como você de todas as pessoas chegou nessa posição.

- Não muito diferente de você eu suponho. Eu acredito nos ideais de Voldemort, não é realmente difícil de entender.

- É claro que é. Nunca na história um Potter teve afinidade com as Trevas. – Objetou ela e Harry sorriu amargamente.

- Mas eu nunca fui um Potter em qualquer lugar além do nome, fui?! Antes de chegar a Hogwarts eu mal era um bruxo, magia era algo com o qual eu apenas sonhava.

- Oh, sim. Sua família era trouxa. Deve ter sido horrível para você crescer com eles. – Disse ela com repugnância, Harry gostaria de poder negar, eles estavam mortos e algum senso estranho de decência pedia a ele que o fizesse, mas ele não podia porque crescer com eles foi muito longe de agradável.

- Não foi nenhum paraíso. – Admitiu o rapaz finalmente, era o melhor que ele poderia fazer – Eu teria estado melhor com pessoas como eu, pessoas que pudessem me entender ao invés de me temer.

- É isso que esses amantes de trouxas não conseguem ver, não é?! O quanto do potencial de nossas crianças magicas se perde nas mãos inábeis dos trouxas.

- Isso vai mudar. – Disse Harry – Nós venceremos e em uma ou duas gerações não teremos mais que nos preocupar com isso.

Bellatrix continuou olhando para ele, uma mistura de surpresa e contentamento.

- Agora eu vejo porque ele escolheu você. – Falou a comensal sorrindo – Você não é só um mago poderoso, você é exatamente como ele.

Harry estava pensando no quanto aquela frase poderia assusta-lo alguns anos antes, o quanto ele temia ser como Voldemort, agora, olhando para trás, ele simplesmente não conseguia entender do que tinha tanto medo.


Notas Finais


E ai? Gostaram?
Espero que sim, eu particularmente gostei muito desse capítulo.
Estarei esperando seus comentários e palpites ansiosamente.
Se'U


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