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História Harry Potter e a Ascensão do Príncipe - Cap.17


Escrita por: MayChagas

Notas do Autor


Olá.
Então, coisas a dizer sobre esse capítulo.
Primeira, desculpa a demora e a hora, eu queria postar só quando terminasse de responder aos comentários e coisas continuavam a me interromper.
Segunda, a citação desse capítulo eu não tenho certeza se já usei antes e como eu estou realmente sem tempo de olhar todos os meus capítulos agora para garantir eu estou colocando, se algum de vocês tiver certeza que ela já apareceu me avisem que eu vou troca-la, eventualmente.
Sem mais delongas.
Enjoy.

Capítulo 29 - Cap.17


Harry Potter e a Ascensão do Príncipe

Cap.17

 

“A melhor forma de destruir a seu inimigo é converter-lhe em seu amigo.”

- Abraham Lincoln

 

Harry sabia que as coisas seriam diferentes naquele ano, ele soube disso no momento em que Tom o levou para dentro da mansão e curou suas feridas, ele soube quando viu a fúria nos olhos do lorde, mas quando ele viu a primeira página do profeta no dia 21 de Agosto, ele teve sua confirmação.

Rufus Scrimgeour, O herói do menino-que-sobreviveu é oficialmente admitido como professor de Hogwarts.

Aquele era o começo, o verdadeiro começo, o dia em que eles tiveram a primeira vitória significativa sobre Dumbledore. Harry mostrou a felicidade e o alivio adequado quando falou com os Weasleys mais tarde naquela noite, mas escondeu bem a chama de contentamento que brilhava em seu peito, seus amigos sabiam, é claro, mas eles poderiam saber, eles trocaram sorrisos secretos mesmo que não entendessem realmente a importância daquele momento.

Em primeiro de Setembro, enquanto caminhavam por King’s Cross ela quase fácil esquecer que aquele ano era diferente de todos os outros, os mesmos trouxas apressados e distraídos correndo ao redor, inconscientes da parede magica que separava um mundo do outro, ignorantes das pessoas que desapareciam diante de seus olhos, tão ocupados com suas próprias vidas que não notavam as coisas inexplicáveis a sua volta. Depois de atravessar a barreira as mudanças eram mais obvias, ainda haviam as famílias se abraçando e se despedindo de forma emocional, ainda havia o medo nos olhos dos adultos ao olhar para seus filhos como se não quisessem vê-los tão longe em um momento tenso como aquele, mas haviam também os novos olhares na direção de Harry, claro que sempre houveram olhares em sua direção, ser quem ele era fazia isso, mas dessa vez os olhares eram um pouco diferentes, alguns estavam cheios de pena, Harry sequer precisava ler suas mentes para saber o que estavam pensando, Pobre menino, o que deve ter passado?!, havia também os olhares curiosos e especulativos, aqueles que expressavam incerteza em e incredulidade, aqueles que achavam que havia mais na história do seu desaparecimento do que o profeta e o ministério sabiam ou diziam, Harry gostava mais desses olhares, porque significava que as pessoas realmente estavam pensando por si mesmas e esse era um passo importante.

Ele e seus amigos estavam a caminho do trem com suas bagagens quando alguém chamou o nome de Harry as suas costas, todos se viraram para o bruxo, mas o jovem não pareceu se importar enquanto vinha correndo em sua direção desviando de pais e alunos para chegar até ele.

- Harry. – Disse Cedrico, seus olhos brilhando com tanta animação e gratidão que pegou Harry de surpresa – Eu achei que não conseguiria falar com você.

- Cedrico, o que você está fazendo aqui? Você já se formou, certo?! – Perguntou Harry.

Todos na plataforma pareciam estar prestando atenção aos dois, Hermione estava ao seu lado sorrindo com conhecimento, da forma como Nott tinha o costume de sorrir e Harry sentiu que estava perdendo alguma piada importante.

- Sim, sim. Mas eu precisava vir e falar com você. Te agradecer sabe... pelo que você fez por mim no final... – Disse Cedrico e então abaixou a voz para que apenas Harry pudesse ouvir – Bom... durante todo o percurso na verdade, eu não sei como eu teria sobrevivido ao torneio sem sua ajuda.

- Foram seus próprios méritos Cedrico, você é um bruxo brilhante, teria conseguido com ou sem minha ajuda. – Disse Harry e Cedrico sorriu tão largamente que parecia bilhar, era realmente estranho, mas adorável de alguma forma então o mais jovem sorriu de volta.

- Eu só queria dizer que não importa o que ninguém diga, ou a taça tribuxo ou prêmio, você foi o verdadeiro vencedor Harry. E eu sinto muito por seja lá o que aconteceu com você. – Disse o ex-lufano com sinceridade e Harry se sentiu tocado, ele e Cedrico não eram próximos de forma alguma, não era como Justine e Fleur que acabaram por conhece-lo melhor durante o torneio, Cedrico era praticamente um estranho e ainda assim parecia ainda mais aliviado em vê-lo vivo e bem do que as francesas – Se você um dia precisar de mim, para qualquer coisa, eu estarei lá para você. Eu só queria te dizer isso. – E enquanto falava Cedrico estava um pouco corado, como se correr até ali tivesse trazido cor as suas bochechas.

- Obrigado Cedrico, vou manter isso em mente. – Respondeu o mais jovem, sentindo-se um pouco desconfortável sem ter certeza do porquê, então ele pigarreou e continuou – E... se você precisar de algo também... pode me mandar uma carta ou algo assim...

Os olhos de Cedrico brilharam ainda mais se é que era possível e Hermione deu uma risada fraca que Harry decidiu ignorar até que estivessem sozinhos, Cedrico olhou para a menina e corou novamente, virando-se para cumprimentar aos amigos de Harry como se só agora tivesse percebido sua presença, os cumprimentos foram embaraçados e estranhos, mas todos estavam dispostos a ignorar aquilo.

- E todos vocês estão convidados para meu primeiro jogo para os Appleby Arrows, vai acontecer durante o feriado de natal então todos vocês podem ir. – Disse o ex-lufano animadamente, mas então se deteve – Se vocês quiserem é claro, eu vou mandar os convites então... – Ele deu de ombros olhando esperançosamente para Harry.

- Claro, vamos fazer o possível. Meus sinceros parabéns Cedrico, não que eu esteja surpreso por você estar em um bom time, você era um dos melhores apanhadores de Hogwarts. – Afirmou Harry.

- Não melhor que você. – Teimou Cedrico.

- Você já me venceu.

- Você caiu da vassoura por causa dos dementadores, não conta.

- Bom, você ainda será brilhante, eu tenho certeza.

- Obrigado Harry. – Então ele sorriu uma última vez para todos – Eu vou parar de atrasar vocês, tenham uma boa viagem. A gente se vê?!

Cedrico voltou correndo pelo caminho que tinha feito e as pessoas ao redor começaram a cochichar, Harry se virou para seus amigos uma expressão de confusão em seu rosto, Hermione ainda estava usando aquele sorriso e os gêmeos pareciam a ponto de estourar em uma crise de risos épica, mas Ron parecia tão confuso quanto ele, então Harry decidiu que era melhor esperar até que Ron estivesse em outro lugar para falarem sobre o acontecido.

Eles já tinham se despedido de Gui na entrada da plataforma então não tiveram que perder tempo em abraços, beijos e adeus emocionais, isso já tinha acontecido na casa dos Weasleys, eles entraram no trem arrastando suas malas atrás de si, procurando um compartimento em especial, aquele era um ano de mudanças e estava na hora de mostrar isso a todos. Quando encontraram Blaise sozinho Harry não hesitou em entrar e nem Hermione hesitou em abraçar os Sonserino.

- Zabine. – Cumprimentou Harry sendo mais formal do que geralmente seria devido a presença de Ron – Como foram suas férias?

- Melhores que as suas sem dúvida. – Brincou o Sonserino e Harry sorriu para ele, mas ouviu Ron engasgar as suas costas.

- Ei, idiota, você não pode falar assim! – Disse Ron defensivo, e Harry teria sido grato se aquilo não fosse completamente desnecessário.

- Ron, as férias de qualquer um foram melhores do que as minhas. – Disse Harry tentando apaziguar os ânimos do ruivo, mesmo sabendo que seria um esforço inútil.

- Mas ele não pode falar assim, ele não pode fazer brincadeiras sobre o que você passou. – Falou Ron erguendo a voz.

Enquanto isso Fred e Jorge entraram e cumprimentaram Blaise educadamente, ignorando completamente a crise do irmão que apenas arregalou os olhos para cena.

- Vocês vão ficar? – Perguntou Blaise, também decidindo que ignorar Ron era a melhor política.

- Não, vamos procurar o Lino, temos negócios para tratar. – Disse Fred com um ar conspirador e Blaise sorriu em resposta enquanto os gêmeos fizeram suas despedidas e saíram em busca no outro Grifinório.

- Por que estamos aqui? – Perguntou Ron quando percebeu que ninguém estava dando a atenção que deveria ser dada aquela situação na sua opinião – Esse é o lado Sonserino do trem.

- O trem não é como Hogwarts Ron, não separação de casas aqui. – Respondeu Hermione enquanto Blaise a ajudava a guardar sua mala sobre os acentos.

É claro que aquilo não era totalmente verdade, mesmo sem separações reais, os alunos tendiam a se agrupar de acordo com suas casas por todo o trem, como se linhas invisíveis os separassem, alguns alunos ultrapassavam essas linhas e se sentavam por algum tempo com seus amigos de outras casas, mas geralmente deixavam seus malões nos vagões de suas próprias ‘casas’.

- Ok, ok, mas por que estamos sentados com um Sonserino?! – Continuou Ron, usando a palavra Sonserino como se fosse uma grande ofensa, Harry revirou os olhos descaradamente.

- Porque Blaise e Hermione são amigos. Porque o vagão está vago. Porque eu acho que tem coisas muito mais importantes acontecendo no mundo do que uma estupida rivalidade entre Grifinórios e Sonserinos. – Disse Harry cansado do discurso ridículo de Ron.

- E porque eu tenho varinhas de alcaçuz. – Falou Blaise estendendo um pacote do doce para Harry que riu e pegou uma.

- E isso também.

Ron sentou-se em um canto em choque, não sabendo mais o que dizer e se sentindo incrivelmente desconfortável com toda a situação, o que só piorou quando Nott entrou no vagão, cumprimentando todos com seu tipo de arrogância usual e se sentando ao lado de Ron exatamente porque sabia que deixaria o ruivo incomodado.

- Onde está o Draco? – Perguntou Blaise quando os cumprimentos terminaram.

- Ele sempre esquece de colocar algo na mala até o último minuto e então fica correndo pela mansão tentando achar seja lá o que for. Para falar a verdade eu acho que ele faz de propósito para fazer uma entrada dramática. – Disse Nott sorrindo.

- Isso é a cara dele. – Concordou Harry sorrindo também – Ele vai chegar aterrorizando os primeiros anos e entrar fazendo um show de si mesmo.

- Malfoy está vindo para cá também?! – Inqueriu Ron, muito mais alto do que deveria, olhos arregalados – E isso está tudo bem para vocês? – Continuou o ruivo olhando para Harry e Hermione que só o encararam erguendo uma sobrancelha – Não, não, não... isso não está bem para, esse dia parece todo ao avesso e eu realmente não quero passar toda a viagem cercado de serpentes. Estou indo procurar o Simas ou o Dino ou qualquer um, vocês estão convidados a me seguir.

Quando nenhum dos Grifinórios se manifestou o ruivo bufou, agarrou seu malão e saiu intempestivo, o silencio prevaleceu por alguns segundos até que os Sonserinos começaram a rir, Hermione e Harry deram sorrisos menores, mas ainda divertidos.

- Eu achei que ele não ia sair nunca. – Disse Nott, mudando de lugar para ocupar o lugar de Ron e jogando as pernas sobre o resto do acento – Vocês acham que quebramos ele ou algo assim?

- Não, ele vai ficar de mal humor por alguns dias e depois vai perceber que não vamos mudar de ideia. – Respondeu Hermione – Foi exatamente o que aconteceu quando ele descobriu que eu e Blaise somos amigos.

- Enfim, acho que todos na escola vão ter que se acostumar com isso, porque não começar de uma vez?! – Disse Harry satisfeito, ele se ajeitou em seu acento, espelhando a postura de Nott que dobrou uma das pernas para que Harry também pudesse esticar as dele – Mudando de assunto, Mione, o que foi aquilo na plataforma?

Hermione sorriu conspiradora mais uma vez.

- Você diz o Cedrico?! – Perguntou ela meio cantando e Blaise e Nott sorriram o mesmo sorriso que a Grifinória.

- O que vocês sabem que eu não sei?! – Perguntou o moreno olhando de um para o outro.

- Quando você ‘desapareceu’ no final do torneio Cedrico passou tanto tempo na biblioteca tentando achar uma forma de te encontrar quanto nós. Primeiro eu achei que era culpa porque ele voltou e você não, depois eu comecei a perceber que ele tinha um tipo de ‘admiração do Herói’ por você, era adorável sério. – Brincou a Hermione.

- Se tornou mais adorável ainda quando percebemos que essa ‘admiração do herói’ se tornou algo mais como uma queda. – Implicou Nott – Você deveria ouvi-lo, ele começava a falar sobre o qual poderoso você é e do nada estava falando sobre como seu cabelo parece macio, tentávamos ao máximo não rir dele porque ele estava tentando ajudar, mas era difícil.

- Cedrico Diggory tem uma queda por mim?! – Harry queria rir do ridículo da situação, mas ele não tinha certeza se seria desrespeitoso – Mas ele está com a Cho, não é?! Ele estava da última vez que eu soube.

- Bom, tecnicamente eles ainda estavam juntos quando ele estava conosco procurando informações, mas ela não parecia muito feliz com ele. Quem ficaria feliz de ver o namorado dando mais atenção a alguém que nem estava ali do que a ela?! – Disse Hermione com seriedade e Harry se perguntou se era assim que Draco se sentia no fim de seu relacionamento – Cho não é tola, acho que ela percebeu que as coisas estavam mudando entre eles, que o Cedrico estava mais interessado em falar sobre você do que estar com ela.

- Eles terminaram durante as férias. – Disse Nott simplesmente, como se isso fosse conhecimento comum, mas para Nott quase tudo era conhecimento comum, Harry nunca soube como ele conseguia todas as informações que conseguia, mas estava feliz de tê-lo ao seu lado e não contra ele – Foi uma grande discussão na verdade. Alguns dos amigos de Diggory disseram que o termino foi porque Cedrico teria que passar muito tempo viajando por causa dos Appleby Arrows e o relacionamento não aguentaria a longa distância...

Ele parou de falar, dando de ombros e sorrindo conspirador, porque obviamente ele sabia mais sobre a história e estava esperando alguém perguntar, normalmente Harry não perguntaria, apenas para frustrá-lo, mas dessa vez ele realmente queria saber.

- Mas...?! – Perguntou Harry, Nott encarou por alguns segundos querendo saber se Harry formularia uma pergunta, mas aquilo era tudo que ele ia conseguir então ele continuou.

- Mas... Marieta Edgecombe, que é uma fofoqueira compulsiva disse que Chang perguntou ao Cedrico como ele se sentia sobre Harry... e Cedrico não respondeu, o que para Chang foi resposta suficiente, ela disse que tinha coisas mais importantes para fazer do que competir com alguém que poderia muito bem já estar morto e saiu.

Harry olhou de um amigo para o outro esperando uma reação, qualquer reação, mas nenhum deles parecia particularmente surpreso com o desfecho daquela história, como se fosse esperado e quase inevitável.

- E nenhum de vocês pensou em me dizer isso antes?

- Eu não sabia sobre o termino e sinceramente, o resto não pareceu tão importante e eu me esqueci. – Disse Hermione sorrindo divertida.

- Se esqueceu do que? – Perguntou Neville entrando no compartimento naquele momento.

- Esqueceu de dizer ao Harry da não tão pequena queda que Diggory tem por ele. – Respondeu Blaise pela menina.

- Oh sim, era bastante embaraçoso na verdade. Draco queria mata-lo cada vez que ele se tornava muito poético sobre seus olhos. – Disse Neville sorrindo e se sentando no acento próxima a Hermione.

- Todos queríamos mata-lo quando ele começava com isso. – Interferiu Nott.

- Fleur não. Ela achava uma gracinha. – Riu Hermione.

- Isso não é uma gracinha, é extremamente desconfortável, mas pode ser útil em algum momento. – Racionalizou Harry.

- Como assim Harry? – Perguntou a jovem com um pouco mais de seriedade.

- Bom, ele disse que me ajudaria com qualquer coisa que eu precisasse quando eu precisasse. Ele é o ganhador do torneio Tribruxo Hermione e com suas habilidades, logo será um famoso jogador de quadribol, é bom saber que terei uma figura pública para me apoiar futuramente.

- Você vai incentivar isso? A queda dele por você? – Perguntou Hermione parecendo um pouco horrorizado com a sugestão.

- Não, não, a queda não. – Ele foi rápido em afirmar, acalmando Hermione, ela não precisava saber que ele não incentivaria a queda porque Tom provavelmente ficaria irritado com mesmo a sugestão e Harry quer que Cedrico continue vivo não só por sua possível utilidade, mas também porque ele é um bom rapaz – Mas uma amizade mais próxima, talvez... Não próxima como a nossa é claro, não por agora ao menos.

Pouco depois Draco chegou no compartimento, abrindo a porta de rompante e entrando como um príncipe, Nott e Harry trocaram olhares conspiradores e esconderam seus sorrisos. Draco olhou de Harry para Nott por alguns segundos e o que era diversão de repente tornou-se tensão, Harry e Draco não tinham se visto desde a reunião de retorno e mesmo naquele dia as coisas ainda estavam estranhas entre eles. O loiro fechou os olhos, respirou fundo e quando os abriu estava olhando diretamente para Harry sorrindo, o moreno sorriu também contente e a tensão começou a se dissolver. Draco caminhou até o espaço entre Harry e Nott, empurrando as pernas de ambos para fora do banco para que pudesse se sentar, o tronco encostado contra Nott que imediatamente se virou para deixar o loiro mais confortável e passar um braço sobre seus ombros, as pernas de Draco se esticaram parte sobre o acento parte sobre as pernas de Harry, o sorriso do moreno cresceu e ele segurou um dos tornozelos do loiro, era algo que eles costumavam fazer na câmara, a proximidade confortável de pessoas que se conheciam muito bem, foi nesse momento que Harry sentiu o alivio percorrer seu corpo, ele não tinha notado até ali o quanto ele sentia falta de Draco, falta do companheirismo que tinham, no fundo de sua mente ele imaginou que nunca teria isso outra vez, que Draco nunca mais desejaria estar perto dele depois do que aconteceu, e ele nunca esteve tão feliz por estar errado.

- Então... sobre o que estavam falando? – Perguntou Draco como se todo aquele acontecimento não fosse significativo.

- Sobre a possível utilidade de Cedrico a longo prazo. – Respondeu Nott, sem implicâncias ou brincadeiras, era obvio em sua voz que ele achava aquele momento ainda muito frágil para ser perturbado por sua personalidade naturalmente implicante.

- Ah, ele será uma figura pública de respeito em pouco tempo e todos sabemos que ele está um pouco encantado demais com o Harry. – Disse o loiro revirando os olhos, Harry sorriu apertando seu tornozelo em resposta – Com certeza útil, enfurecedoramente irritante, mas útil.

- Foi exatamente o que pensamos. – Disse Blaise.

Quando o trem começou a encher e mais e mais Sonserinos caminhavam na frente da cabine olhando curiosamente, eles passaram a discutir assuntos mais inanes, como foram suas férias, o que eles esperavam das aulas, a estupides geral de seus colegas de classe. Em certo ponto Pansy Parkinson passou pela porta e diferente dos outros que olhavam da forma disfarçada ela foi congelou, encarando-os e parecendo pessoalmente ofendida, Draco se remexeu desconfortável e tentou tirar as pernas do colo de Harry, mas o moreno apertou seu tornozelo impedindo o movimento e olhou diretamente para a Sonserina na porta.

- Você precisa de algo, Parkinson?! – Perguntou ele muito educadamente, mas havia uma ponta de ameaça em sua voz.

- O que vocês estão fazendo aqui? – Perguntou ela, soando tão escandalizada quanto Ron.

- Esperando o trem sair. – Respondeu Nott, esticando as palavras como se falasse com uma criança de cinco anos particularmente lenta – Imaginei que isso seria obvio até para você.

- Eles são Grifinórios. – Ela disse mais alto do que era necessário – Esse é Harry Potter! – Ela apontava nada educadamente, Harry sorriu fracamente e revirou os olhos deixando os outros lidar com isso.

Nott olhou para Harry teatralmente surpreso, colocando a mão que não estava sobre os ombros de Draco contra o peito, uma imagem satirizada de alguém em choque.

- Oh Merlin, por que não me disse antes?! Eu achei que fosse um sócia ao algo assim! – Ofegou ele e por mais que todos estivessem tentando manter uma cara seria até ali, ninguém conseguiu segurar risada que se seguiu, o rosto de Pansy ficou vermelho profundo e Harry não sabia dizer se era vergonha ou raiva, provavelmente ambos.

- Eu lhe convidaria para entrar e se sentar, mas o compartimento está um pouco cheio. – Disse Harry depois que todos pararam de rir, ainda o exemplo da educação.

- Você não deveria estar aqui. – Disse ela com raiva e então um sorriso desagradável e auto importante pintou seus lábios – Depois de ter passado a maior parte das férias ‘longe’ eu imaginei que você saberia melhor. Ninguém quer que o grande menino-que-sobreviveu desapareça mais uma vez, não é?!

Harry olhou para a menina, quase com pena, ela parecia tão ridícula e infantil, tentando fazer ameaças que sequer sabia como concretizar. Então Harry se lembrou do que aconteceu com ela durante as férias, da multidão e do tempo que passou em Saint’Mungus, e toda a situação deixou de ser engraçada, porque Pansy não estava apenas sendo irritante, ela estava atacando primeiro, se defendendo contra uma possível ameaça em um lugar onde ela deveria se sentir segura, havia um bruxo da luz em seu território e ela estava com medo. Harry suspirou e se levantou do acento, toda a diversão em sua postura tinha desaparecido e seus amigos perceberam isso, aquele não era mais Harry, não só Harry, aquele era Mordred, quando caminhou até a jovem na porta e sorriu não ameaçador, ou zombador ou condescendente, um sorriso calmo e compreensivo que pegou a Sonserina de surpresa.

- Eu realmente sinto muito pelo que aconteceu com você durante as férias, Parkinson. Quem te machucou não tinha o direito ou a razão para fazer aquilo. Eu não estou aqui para te ameaçar ou te afrontar, estou aqui com meus amigos e é só isso. – A garoto parecia confusa, irritada, não muito certa se queria correr ou enfeitiçar Harry no esquecimento – Não posso prometer que outros Grifinórios vão parar de se comportar como idiotas, mas nós nesse vagão não temos nada contra você e se em algum momento um Grifinório tentar te machucar, você pode dizer a qualquer um que está aqui agora e eu farei ele pagar por isso.

- Por que eu pediria ajuda a você, Potter?! – A jovem tentou soar irritada, mas estava apenas confusa.

- Porque eu estou em posição de ajudar, você só precisa pedir. – Completou ele.

Pansy olhou para ele por alguns segundos, e então se virou e saiu intempestiva, indo em direção a alguma outra cabine, Harry voltou para o acento e colocou as pernas de Draco sobre seu colo outra vez.

- Isso foi um pouco arriscado você não acha? – Perguntou Blaise, olhando para o espaço vazio da porta e de volta para Harry.

- Talvez. – Concordou Harry – Mas as coisas têm que mudar Blaise, eu não posso anunciar em que lado estou, mas posso muito bem cuidar dos meus.

- E Pansy é um dos seus?! – Perguntou Draco erguendo uma sobrancelha – Você nem gosta dela.

- Todos os bruxos das trevas são um dos meus. E Pansy não é mais irritante do que o Nott costuma ser.

Todos riram e a tensão na sala diminuiu um pouco, alguns minutos depois o trem começou a se mover, finalmente levando-os em direção a Hogwarts, e a todos os desafios que aquele ano iria representar.


Notas Finais


E ai?
Gostaram?
Eu espero que sim.
Então, o ultimo capítulo não teve bônus e teve muita trapaça nos palpites, to de olho em vocês, hein, estarei aguardando seus lindos palpites (Sem trapaças).
Se'U


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