1. Spirit Fanfics >
  2. Harry Potter e a Caverna de Sepsyrene >
  3. O inesperado funeral

História Harry Potter e a Caverna de Sepsyrene - O inesperado funeral


Escrita por: RosalieFleur

Capítulo 1 - O inesperado funeral


Parecia ser só mais uma noite comum do dia vinte e nove de julho, mas na Rua dos Alfeneiros, número 4, era perceptível uma diferente agitação vinda das janelas amareladas que se destacavam em meio à penumbra da noite.

Harry Potter estava, mais uma vez, trancado em seu desarrumado quarto; tio Válter, Tia Petúnia e Duda Dursley (seu primo e tios que atormentaram Harry toda a sua infância) estavam fora, em um jantar extremamente chique e de suma importância, explicou Válter Dursley.

Harry achava que não aguentaria mais nenhum dia trancado naquela casa, que dirá mais um mês; agosto inteiro, até setembro chegar. Harry olhou para a gaiola de Edwiges na esperança de ter uma falsa conversa com a tão amada coruja, mas esta não estava lá tampouco; Harry escrevera uma carta para Sirius, na qual mencionara cada detalhe sobre o ocorrido no cemitério no final do mês passado. A coruja provavelmente estaria voando até o remetente, ou fazendo sua viajem de volta.

Muitas vezes Harry se escondia no jardim da tia Petúnia para tentar ouvir ao noticiário na televisão, mas a maioria das notícias era irrelevante se comparadas com as do mundo bruxo. Harry desistira de ver tevê quando assistiu a uma notícia sobre um novo vídeo considerado viral na internet: bebê que sabia cantar como um anjo. Como o mundo trouxa podia ser tão ignorante? Com Voldemort solto por aí, e pessoas se preocupando com bebês cantores.

Ainda pensando na resposta que Sirius mandaria, Harry, deitado na cama e olhando para seu ventilador de teto, fechou os olhos e adormeceu.

Na manhã seguinte, acordou com uma tremenda barulheira vinda do andar de baixo. Ainda com os olhos meio abertos e meio fechados, saiu da cama, e, calma e lentamente, dirigiu-se até a porta do quarto quando ouviu uma voz conhecida falando:

— Bom dia! – era uma voz que Harry podia jurar ser de Rony, seu melhor amigo (também bruxo).

— O que você quer? – tio Válter disse em seu tom arrogante de sempre.

— Bom, não sei se você...

— Senhor! – Harry ouviu o tio corrigir seu amigo.

— Ãh, desculpe... Se o senhor me conhece, mas eu sou Rony Weasley, amigo de Harry, sou bruxo que nem...

— É o quê? – Tio Válter deu um berro.

— Oi, Rony! – Harry desceu as escadas correndo para impedir um possível surto do tio.

— Ah, oi, Harry! – Rony disse sorridente e um pouco aliviado. – Viemos te buscar.

— Viemos? – perguntou Harry, deu uma espichada no pescoço para ver além da porta e encontrou um sr. Weasley examinando a caixa de correio dos Dursleys.

— Não, não! Ele não vai a lugar nenhum – tio Válter disse bravo.

— Ah, olá, Harry. Ãh... Sr. Dursley, certo? – Arthur apareceu por trás de Rony, colocando as mãos nos ombros do filho.

Pela expressão do tio Válter, ele ainda não esquecera o ocorrido do ano passado; quando o sr. Weasley, Fred e Jorge invadiram a casa dos Dursley para buscar Harry e irem juntos para a Copa Mundial de Quadribol.

— Correto, sou eu mesmo, Válter Dursley. E ordeno que vão embora! Leve seu filho embora para você-sabe-onde, não queremos nada ligado a você-sabe-o-quê! – Tio Válter disse enquanto fechava a porta.

— Não! Eu vou! – Harry disse, rapidamente colocando sua mão no batente da porta para que esta não se fechasse.

— Ora, vai? Quem você acha que é para...

— Sr. Dursley – interrompeu-o Arthur calmamente. – Se eu lhe disser o motivo que temos para levar Harry, você deixaria? – tio Válter ficou imóvel, olhando desconfiado para a expressão de súplica no rosto do sr. Weasley.

"Bom, não sei se a conhece, Hermione Granger, sua tia faleceu essa semana e toda a família está arrasada. Hermione é muito amiga de Harry e Rony. Que me diz?

Um longo minuto se passou, e cada vez mais a cara do tio Válter ficava mais púrpura.

— Vá logo! E não me venha pedir abrigo aqui em casa antes das férias de junho, entendido? – tio Válter pareceu explodir.

— Claro, não sou surdo – Harry respondeu ríspido, mas percebeu que Rony dera uma risadinha. – Vou pegar minhas coisas. 

 

— Como você ficou sabendo dessa coisa da Hermione? – Harry perguntou para Rony enquanto sr. Weasley colocava o malão de Harry no porta-malas do carro.

— Ah... bom, ela mandou uma carta. Você também recebeu uma, não? – Rony perguntou ao sentar-se no banco da frente, ao lado de Arthur.

— Não, na verdade não, ela não me mandou nada – Harry sentiu seu estômago revirar, por que Hermione não lhe mandara uma carta?

— Nossa, que estranho – Rony comentou. –, mas de qualquer jeito, ela me disse que te avisaria. Então a carta deve ter sido perdida.

— É... claro – Harry disse olhando pela janela do carro.

Em dois dias Harry faria quinze anos, será que Rony e Hermione tinham esquecido? Não, pensava Harry, só estão preocupados com a tia de Hermione, só isso.

Ao entrarem na casa dos Grangers, Harry sentiu seu bom humor sumir. Todos estavam de preto, nenhuma vivalma parecia ocupar a sala de estar. Ao ver Rony e Sr. Weasley trajados de preto, Harry se arrependeu profundamente por, no começo daquele dia, ter escolhido uma camiseta amarela, azul e vermelha para vestir. Sr. Weasley pareceu ler a mente de Harry, e antes que pudesse cumprimentar alguém, Arthur ergueu sua varinha na direção do peito de Harry e imediatamente sua blusa começou a escurecer, até ficar completamente preta.

Os três adentraram na sala de estar. Sr. Weasley, com seu jeito carismático de ser, cumprimentou a todos com um sorriso reconfortante. Harry só tinha visto os pais de Hermione uma vez, no Beco Diagonal, mas os rostos deles não eram claros na memória de Harry.

Ao olhar pela sala novamente, Harry viu três pessoas que lhe chamaram a atenção; um homem e duas mulheres. Mas sua visão foi coberta por Rony, que se dirigiu lentamente para os três Grangers. Harry, então, fez o mesmo e foi ao encontro de Hermione e seus pais. A amiga estava em pé, sendo abraçada pelo pai, enquanto acariciava o ombro da mãe, que estava cabisbaixa e sentada num banco de madeira, e de vez em quando limpava as lágrimas com um lencinho branco. O Sr. Granger parecia querer, de alguma forma, conter o choro, enquanto consolava sua filha. Quando Hermione finalmente saiu do forte abraço do pai, se dirigiu até Harry e Rony.

— Oi – ela disse com a voz fraca e rouca, sem conseguir sorrir. – Não achei que viriam.

— Oi, é claro que viríamos – Rony disse cumprimentando-a com um forte abraço, Harry fez o mesmo.

Hermione estava com os olhos vermelhos, seu rosto todo molhado por suas lágrimas. Seus cabelos castanhos foram arrumados em cachos bem modelados, com uma mecha encaracolada presa no canto esquerdo da cabeça por uma fivela prateada. Ela estava toda trajada de preto, saia e blusa pretas, e, para se proteger do frio, suas pernas vestiam uma grossa meia-calça preta de algodão.

— Como você está? – Harry perguntou.

— Com certeza minha mãe está pior, era irmã dela.

— E como ela... bom... – Rony começou, mas parou de falar quando Harry olhou-o querendo dizer 'pare de falar disso'.

— Morreu? – Hermione, em um tom sarcástico, riu para si mesma. – Nós não sabemos, não acharam ne...

— Tudo bem, não precisa falar – disse Harry, que pôde ouvir Hermione dando um suspiro de alívio.

— Bom, Mione... depois daqui nós vamos para A Toca, quer vir conosco? – Rony perguntou.

— Ah... não sei não, acho que minha família precisa de mim aqui e agora. Com tudo isso acontecendo... – ela disse triste.

— Ah, sim, é... você que sabe... não é? – Rony falou. – Bom, é que se você viesse com a gente poderia esquecer tudo isso, sabe? Ficar um pouco mais feliz...

— Eu sei – ela deu um sorriso fraco. –, vou falar com meus pais e ver o que eles acham. Mas não agora, depois faço isso. Mas enfim, e vocês? Não querem passar a noite aqui?

— Quê? Acho que não... – Harry comentou, olhando para Rony, que estava com a mesma cara de confuso.

— Ah... vamos – ela insistiu. –, dormimos aqui hoje e amanhã vamos para A Toca, que acham? Passar o aniversário de Harry lá seria bom, não é?

Harry sentiu um alívio, pelo menos Hermione se lembrara de seu aniversário.

— É... claro – Harry disse. – Pode ser, não pode? – olhou para Rony.

— É... acho que pode – Rony confirmou.

— Ótimo – Hermione sorriu. – Depois falo com os meus pais. Ah, e tem um filme que acho que vocês vão gostar de assistir.

— Um quê? – Rony perguntou confuso.

— Filme, coisa de trouxa, mas acho que vocês vão gostar – ela respondeu.

 

Harry, Rony e Hermione estavam deitados no chão da sala de estar. Todos já tinham ido embora, o Sr. e Sra. Granger já tinham ido dormir e Sr. Weasley disse que não se incomodaria em passar uma noite em um hotel. Hermione tirou três sacos de dormir do porão da casa e os colocou de frente para a televisão.

— O que vamos assistir? – Harry perguntou a Rony, mas o amigo não sabia tampouco.

— Magia na Rua Deparlêt – Hermione gritou da cozinha. – Vou mostrar a vocês como o mundo trouxa imagina que seria a magia. – ela vinha da cozinha com três potes de pipoca.

— É sobre o quê? – Rony perguntou enquanto colocava um bocado de pipoca na boca.

— Uma menina de vinte e dois anos tem a mãe assassinada, seu corpo não tinha marcas de agressão, nada. Então, ela descobre um antigo porão que continha objetos mágicos de seus ancestrais e...

— Hermione! – Harry interrompeu. – Vai nos contar o final também?

— Não. Na verdade eu só li a sinopse na contracapa da caixa.

Meia hora de filme se passou e os três descobriram que este não era só sobre magia.

— Hermione – Harry gritou. – Por que colocou um filme de terror?

— Eu não sabia que era de terror – ela gritou de volta. – Não dizia na caixa...

— Dane-se a caixa – Rony gritou de olhos fechados. – Por que a idiota desse Amélia sempre entra nas portas escuras e com marcas de sangue?

  – É óbvio, Rony – Hermione disse. – Se a atriz for inteligente, o filme não tem suspense.

— Claro – Rony disse irônico. –, chamemos os bruxos de burros e vamos mandá-los para uma ilha isolada. Assim prevenimos o nível de estupidez com porta ensanguentadas.  

A trilha sonora do filme ficou mais tensa. Os três mal respiravam. Com os olhos meio abertos e meio fechados, Harry, Rony e Hermione assistiam a uma menina assustada tentar consertar sua varinha enquanto uma espécie de sombra negra deixava marcas e arranhões em todo o corpo da garota.

Quando o filme acabou, Harry e Rony estavam de olhos arregalados de medo. Hermione, que estava no meio dos dois, já tinha caído no sono há muito tempo, ela parecia dormir como um anjo, enquanto ambos os garotos mal conseguiam fechar os olhos por mais de dois segundos.


Notas Finais


Lumos.

Oooi, genteeee. Então, contexto geral: essa história se passa no quinto ano de Harry em Hogwarts. Nada muda o contexto final da história, mas é como se houvesse mais um ano entre o Cálice de Fogo e Ordem da Fênix, ou seja, esta fanfic contém spoilers dos quatro primeiros livros/filmes (Pedra Filosofal, Câmara Secreta, Prisioneiro de Azkaban e Cálice de Fogo).

Por favor, comentem o que vocês acharem, assim fico mais animada para continuar a escrever. Tenham uma mágica leitura. Beijooos.

Nox.


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...