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História Harry Potter e a Caverna de Sepsyrene - Dois braceletes de ouro


Escrita por: RosalieFleur

Notas do Autor


Lumos.
Vcsa ainda lembram de mim? Kkkk, desculpa gente, me perdoem, de vdd, ACABEI de sair da semana de provas, tava morrendo kkkkk. Mas estoy de volta bitches, e arrasandooo!!!! Amo vocês e quero agradecer muito aos Arnaldos que estão comentando e que favoritando, vcs me fazem feliz à cada dia. Em especial, quero agradecer a essas pessoinhas que, nessas útlimas duas semanas, se oficializaram Arnaldos, kkkk
~sporait
~july2137
~Liah_Amane
~LittleBlueK

Também queria agradecer muito à arnalda Liah_Amane, que sempre está nos comentários de todos os capítulos, valeu mesmo!

Bom, deixa de enrolação e vamos logo à parte boa, espero que gostem!

Capítulo 10 - Dois braceletes de ouro


— Bom-dia! — Oddete disse a todos, que responderam ao cumprimento. — Bom, semana passada recitamos até o último aluno com a letra G. Que foi o Gastón, que recebeu um Aceitável.

Harry ouviu Gastón comemorando com “sim” sussurrado.

— Bom, agora vamos para a letra H. Harry Potter?

— Ãhm... — A barriga de Harry gelou um pouco, ele gaguejava. — Eu não fiz, professora. — Como ele pôde ter esquecido? Com Hermione alertando ele o tempo todo e ele conseguiu esquecer.

— Nossa, então vamos pular direto para o HE, que é a Hermione Granger. Hermione? — A professora lançou um olhar pela sala, procurando Hermione.

Harry achou estranho Lamartine não ter dito nada a respeito de sua tarefa de casa. A professora chamou Hermione mais duas vezes e ninguém se manifestou. Harry olhou para trás e encontrou Hermione encolhida na cadeira, com o rosto metido em um livro enorme.

— Ãh? — ela perguntou olhando para Oddete. — É... Já é minha vez?

— Claro... Venha... não se acanhe... Está com medo?

— Mas é claro que não. — Hermione respondeu em uma expressão que misturava vergonha e ódio, subiu os cinco degraus de madeira e foi até onde Odette estava.

— Está pronta? — Profª Lamartine perguntou, Hermione simplesmente assentiu com a cabeça e focou seu olhar no pedaço de pergaminho que segurava com suas mãos trêmulas. — Silêncio! — Odette ordenou, e toda a sala se calou.

Hermione pareceu encher os pulmões de ar e se concentrar, Harry nunca vira a amiga daquele jeito. Então ela começou:

Eu odeio... aqui ela parou de falar e lançou mais um olhar a Harry.

Eu odeio o modo como fala comigo e como com tudo tem dengo

Odeio seu jeito de andar e odeio seu desmazelo

Odeio como voa na vassoura e como consegue ler minha mente

Odeio tanto você, que até me sinto doente, respirou fundo mais uma vez.

Eu odeio quando está certo

E odeio quando você mente

Eu odeio quando você me faz rir muito, mas quando me faz chorar, Harry percebeu os olhos de Hermione se contraindo.

Eu odeio quando está perto e compromissos não quer aceitar

Mas eu odeio principalmente não conseguir te odiar,

Nem um pouco, nem mesmo por um segundo

Nem mesmo... ela parou de falar, respirou fundo novamente e concluiu:

Nem mesmo só por te odiar

Todos ficaram em silêncio por uns dez segundos, Harry achou terem se passado duas horas, Hermione fechou os olhos, parecia não suportar ver toda classe olhando estranho para ela.

— Perfeito... — murmurou Odette, que parecia hipnotizada. — Ótimo... Maravilhoso, bravo! — ela começou a bater palmas, mas ninguém a acompanhou, então ela parou e disse: — Isso, é assim que vocês devem fazer seus poemas, com sentimentos, mostrem... contem para o pergaminho tudo o que sentem. Nota máxima, não... mais que o máximo, muito bem! Pode se sent... ah meu Merlin! — ela deu um berro de surpresa.

— O quê? — perguntou Hermione, um tanto assustada.

— Seus olhos... aconteceu... eles estão... estão... — Odette se aproximou de Hermione e fitou seus olhos, que antes eram castanhos e agora estavam dourados.

— Alguém... alguém está com a marca na mão! Escutem! — gritou. — Chequem suas mãos, se uma marca dourada em forma de bracelete se formou em volta de seu punho direito é porque esse poema, esse que Hermione acabou de recitar, é para você.

Hermione pareceu congelar, assim como Harry, que rapidamente e com medo checou seu punho, não havia nada.

As portas se abriram com força, assustando a todos os alunos. A sala inteira olhou para trás e viu um carrancudo Severo Snape arrastando Vítor Krum pelos braços.

Os cochichos foram instantâneos. Krum murmurava “eu non fiz nada” ou “aparreceu aí”. Mas o professor não se importava tampouco. Os dois subiram o degrau e foram até Oddete. Alguns alunos se levantaram para ver melhor a situação.

— Você tem algum conhecimento disso? — o professor perguntou à Oddete.

— Eu non fiz nada de errrado. — insistiu Krum, que levou um puxão no braço.

Lamartine estava um tanto perplexa com a situação, mas, calmamente, olhou para Snape e respondeu:

— É claro, essa é a matéria que eu estou dando. E, gente — ele se dirigiu aos alunos. — No braço de Krum — ela ergueu o punho do garoto. — Está a marca dourada.

— Que isso quer dizer? — alguém perguntou do fundo da sala.          

— Que o poema de Hermione foi escrito inspirado em Krum.

Vários murmúrios dominaram a sala. Hermione parecia querer sumir ou explodir toda vez que olhava para Lamartine. E Krum estava tão perdido quanto mais da metade da sala de aula.

— Muito bem — Oddete continuou. —, Hermione, seus olhos voltarão ao normal em alguns minutos. Acabou a aula, podem ir, até a próxima...

 

— O que foi aquilo? — Harry perguntou um tanto assustado, quando os dois já estavam distantes o suficiente dos outros para que não fossem escutados e Hermione já tinha despistado Krum.

— Nada, ela é louca! — Hermione disse brava.

— Quem?

— A Srta. Lamartine, claro, aquela coisa louca dos meus olhos, que, por sinal, nem estavam dourados...

— Hermione — Harry interrompeu-a. — Fala sério.

— Quer que eu diga o quê? Eu não faço a mínima ideia do porquê uma marca foi aparecer no braço de Krum. E, por sinal, o poema nem era para ele. E antes que você pergunte, eu inventei uma pessoa. Esse poema não é para ninguém. E mesmo que fosse, é um absurdo ela quere anunciar para a sala toda algo tão pessoal quanto esse trabalho idiota que ela pediu! — ela respondeu sem olhar para o amigo, encarando o chão.

— Cadê o Rony? — perguntou Harry, acabara de lembrar-se do amigo. — Ele me disse que estava passando mal, acha que está na ala hospitalar?

— Só pode ser, não é?

— Então vamos vê-lo — Harry sugeriu, Hermione não disse nada, mexeu os ombros e seguiu Harry.

Ao chegarem lá, encontraram Rony sentado numa cama com uma expressão de impaciência, parecia querer sair de lá o mais rápido possível. Madame Pomfrey preparava uma bebida de cor esverdeada e massa gosmenta, e, conversando com Rony, estava a Profª Lamartine.

— Oi cara, e aí? — Harry perguntou. — Melhor?

— Sim, foi só um enjoo, nada mais, mas as duas — Rony indicou Odette e Pomfrey com os olhos. — insistem em me fazer beber aquele treco... eca! — ele murmurou com uma careta ao ver Madame Pomfrey colocando algo que parecia uma perna de sapo na caneca.

— Não querido... não foi só um enjoo — Odette começou. —, me dê detalhes, como aconteceu? — Harry achou um grande e desnecessário exagero todas aquelas perguntas somente para um enjoo.

— Ãhm... bom — Rony refletiu. — Hermione estava quase no final de recitar o poema dela e de repente minha barriga começou a revirar, achei que ia vomitar, então eu saí correndo da sala. Não ouvi o final do poema.

— Querido... se importa se eu der uma checada... no seu... braço? — Odette perguntou, Rony mostrou indiferença no olhar.

Devagar, Lamartine pegou o braço direito de Rony e puxou sua manga para cima, deixando seu punho a vista. Harry não estava entendendo nada, muito menos Hermione, que fazia um enorme esforço para conseguir se manter de pé tendo que carregar aquela infinidade de livros.

— Ahhh — Odette deixou escapar um grito de satisfação misturado com surpresa. — Mas é impossível! — ela disse impressionada, indicando o braço de Rony.

Harry espichou o pescoço para ver por cima do ombro de Pomfrey, e quando conseguiu, viu algo parecido com uma correntinha dourada em volta do punho do amigo.

— O que isso quer dizer? — Harry perguntou para Odette, ainda observando o braço do amigo.

— Que o poema de Hermione é para Ronald... Mas não pode ser, Hermione deixou uma marca em Krum... — Odette concluiu com um sorriso orgulhoso.

— Impossível — Hermione disse, Harry podia perceber os olhos da amiga faiscando, sua expressão misturava constrangimento, dúvida e um pouco de surpresa.

— A magia não erra, querida — Lamartine disse como e estivesse concluindo algo como 2+2 = 4, o que só fez Hermione bufar de raiva.

— Pois então a magia errou desta vez, eu sei que o poema que escrevi não é sobre Krum. E eu, somente eu, sei para quem é o poema. — Hermione tinha tanta convicção na voz que Harry achou que ela estava a ponto de fuzilar Odette com os olhos.

— Não mesmo? — perguntou a professora em um tom desafiador, o que fez a garota arregalar os olhos mais do que Harry já vira alguém arregalar.

— Não mesmo — ela afirmou. — E se posso dizer, essa tarefa é uma completa perda de tempo. O.k., já sei controlar meus sentimentos melhor que a mãe de Você-Sabe-Quem, agora podemos aprender a nos defender de Você-Sabe-Quem antes que ele apareça torturando algum aluno? Ou não viu o que ele fez com Ginevra Weasley? Então sugiro que em vez de ficarmos recitando poemas de amor somente para a Senhora mostrar para a sala toda de quem gostamos ou não, aprendermos alguma coisa útil o suficiente para salvar nossas vidas. Pois tenho certeza de que Lord Voldemort não está interessado em ouvir dramas de adolescente. — Hermione olhou furiosa para todos e saiu andando firme da ala hospitalar. Odette estava paralisada.

— Ãhm... — Rony gaguejou, quebrando o silêncio. — Ela deixou uma marca no Krum?

— É o que Oddete diz — Harry respondeu. — Mas não sei...

— Quê? — a professora gaguejou, parecendo sair de seus devaneios na porta em que Hermione acabara de passar. — Ah... claro. Só mais uma coisa! — exclamou enquanto Rony se levantava da cama. — Bom, a linha dourada vai fazer uma cicatriz no seu punho, mas em duas semanas ela vai sair, pode ir.

— Ah... O.k. — Rony disse, indiferente. — Valeu. Vamos, Harry?

— Na verdade, Rony, vai indo, depois me encontra na aula de Herbologia. Tenho que fazer uma coisa.

 

Os lampiões no escritório do diretor estavam acesos, os retratos dos diretores anteriores roncavam suavemente em suas molduras. Antes, porém, que Harry pudesse dizer alguma coisa, Dumbledore falou:

— Ouvi dizer que vocês estão tendo como tarefa de casa recitar poemas de amor nas aulas de Defesa Contra as Artes das Trevas.

— Verdade — respondeu Harry. — Pena que eu esqueci de escrever o meu.

Dumbledore riu.                 

— Harry, creio que lhe devo minhas desculpas. Na última vez que você esteve aqui, recordo-me de ter lhe expulsado, correto?

Um tanto envergonhado, Harry afirmou com a cabeça.

— Me perdoe, são muitas coisas na minha cabeça. Aqueles Dementadores deviam estar a quilômetros de Hogwarts, e agora eles me aparecem no boxe feminino... Absurdo... Acredite em mim, constatar o Ministério está mais difícil que... bom... Você entendeu.

Um minuto de silêncio dominou a sala e Harry concluiu que essa era sua deixa para iniciar a conversa.

— Senhor — murmurou para Dumbledore, que encarava sua estantes repletas de livro antigos e rasgados. —, posso te fazer uma pergunta?

Dumbledore virou a cabeça com tanta rapidez que Harry levou um susto. Ele mirou Harry com seus olhos azuis pelos seus oclinhos de meia-lua. Trajando suas vestes púrpura com estrelas prateadas espalhadas por todo seu comprimento e um chapéu pontudo com a mesma estampa, Dumbledore caminhou até Harry com muita calma e leveza.

— Mas é claro, Harry. Afinal, de que adiantaria eu ser seu professor se não posso responder suas dúvidas?

Harry continuou quieto, pensou em como formularia a frase. Então olhou para Dumbledore e perguntou:

— Voldemort é capaz de entrar nos sonhos das pessoas?

O diretor ficou mudo. Parecia ponderar sobre o assunto.

— Por que a pergunta?

Então Voldemort podia. Harry percebera isso em Dumbledore. Se ele respondia à uma pergunta com outra pergunta, é porque não queria dar a pior resposta.

— Conhece Hermione Granger?

— Sim, claro. Uma das melhores alunas que já vi passar por esta escola. Sei que são muito amigos. Por acaso você dois são, sabe, com suas atividades fora dos horários de aula, os dois...

— O quê? — Harry perdeu o rumo da conversa. — Não, não. Ela é ótima, e muito inteligente. Quer dizer, gosto muito dela e — ele estava se encabulando. —... e é uma feiticeira fantástica, mas... não.

— Ah, claro. — riu Dumbledore. — Mas sim, prossiga.

— Então, ela me disse que teve um sonho. Nesse sonho tinha Voldemort.

— Bem, não houve nada além de um sonho com o feiticeiro mais temido do mundo bruxo. Não acredito que possa ser da vontade de Voldemort ter participado dos sonhos da Srta. Granger.

— Mas, professor, no sonho ele dizia para umas certas pessoas afastarem meus amigos de mim. — Harry começou a suar. — Dizia que por culpa de Hermione eu ainda estou vivo, então ele devia elimina-la primeiro.

— Ah, Harry. — Dumbledore foi andando até o garoto. — Entendo. Essa será a arma principal de Riddle. Se você estiver sozinho, estará mais...

— Vulnerável — Harry completou. — Eu sei. Mas você acha que ele já começou a agir?

— Como assim, Harry? — a tranquilidade no rosto de Dumbledore era um eterno mistério para Harry.

— Com o que aconteceu com a Gina, a irmã do Rony — Dumbledore fechou os olhos mostrando compreensão à preocupação de Harry. — Esse sonho de Hermione. Rony passando mal. — ao listar tudo, Harry se deu conta do que estava acontecendo.

— Harry, sei como é difícil, mas esse é o nosso dever. Proteger nossos amigos e familiares, eles são a única coisa que nos darão força em um momento final.

— Mas eles não deviam estar sofrendo por minha causa. Se Voldemort me quer morto, por que não me enfrenta? Em vez de ficar machucando os que eu amo?

— Você mesmo disse. Voldemort sabe o quão poderoso bruxo você é, desde o dia em que se enfrentaram naquele cemitério e você não morreu. Ele precisa te enfraquecer em um ponto onde você não pode enfraquece-lo. Veja, Harry, você pode matar quantos Comensais da Morte quiser, isso nunca afetará Voldemort. Talvez ele fique chocado ao ver Bellatrix Lestrange ser morta, mas nada comparado à você ver Ronald Weasley ser torturado. Harry — ele se aproximou mais do menino. —, nunca fique longe de seus amigos.

— Isso não será difícil para mim, professor. Mas foi tão impossível arranjar dez minutos para falar com você que as vezes acho que o Senhor é quem está se distanciando de mim. Venho tentando falar com o senhor.... Da última vez... bom, você olhou bem nos meus olhos e me expulsou daqui.

Dumbledore abriu a boca para falar e tornou a fechá-la. Às costas de Harry, Fawkes, a fênix, soltou um pio baixo, suave e melodioso. Para seu intenso constrangimento, Harry percebeu repentinamente que os olhos muito azuis de Dumbledore pareciam marejados, e depressa começou a encarar os próprios joelhos. Quando o diretor falou, porém, sua voz estava bem firme.

— Me perdoe, Harry.

— Já te perdoei há muito tempo, professor. Mas me sinto incomodado por muitas pessoas saberem que Lord Voldemort voltou e ninguém estar fazendo nada à respeito. — tornou Harry, ainda fixando os joelhos.

— Vou te contar uma coisa. — disse Dumbledore, agora com a voz animada, e Harry achou que já era seguro erguer os olhos. — Desde junho deste ano, desde quando você veio do labirinto com Cedrico morto, eu já estou fazendo algo a respeito. Ainda não posso te contar, mas prometo que saberá em breve.

— Então Voldemort está a solta e eu não posso fazer nada? Nem ao menos saber o que o Senhor está fazendo? — Harry quase gritou, mas os olhos de Dumbledore meramente sorriram por cima de seus óculos.

— Está, e ainda não chegou a hora de você saber. E Harry, você pode fazer alguma coisa: fique próximo aos seus amigos, isso já faria o plano de Voldemort ser esmigalhado em mínimas partes.

— Tenho mais uma pergunta.

— Diga — ele fez um gesto com as mãos.

— No sonho, Voldemort falava aquilo para os... — Harry hesitou, deveria ou não falar sobre os Malfoys?

— Os? ...

— Os Malfoys.

Dumbledore fechou os olhos e ficou quieto por um tempo.

— Eu vi Lúcio no cemitério. Só pelo jeito deles já podemos concluir de longe que os três são Comensais. Como o Fudge ainda deixa Lúcio trabalhar no Ministério?

— Harry, que Lúcio é um Comensal... não desacredito no que você disse. Mas não podemos nos precipitar em nossas inferências. E incluir Draco ou Narcisa nisso tudo, é um erro e talvez até uma ofensa. Não sabemos o que acontece entre quatro paredes na residência dos Malfoy. E quanto a Fudge, ele está convicto de que Voldemort não regressou. Tem espalhado calúnias por todos os jornais dizendo que nós dois estamos mentindo.

— Mas por que alguém não faz alguma coisa? — Harry elevou seu tom de voz.

— Porque todos estão com medo. Algumas pessoas acreditam em nós, mas outras tem total confiança no Ministério. Como nós vamos competir com Fudge, Harry?

Não disse nada, abaixou a cabeça e não teve vontade de olhar para o professor.

— Agora sugiro que nos apressemos, a não ser que tenha mais alguma coisa...?

— Não, não tenho. Obrigada, professor.

— Não há de que, Harry.

Harry saiu da sala do diretor e tomou o caminho para as estufas de Herbologia, onde encontrou Rony conversando com uma menina que se afastou dos dois enquanto ele chegava perto de Rony.

— Está melhor, cara? — perguntou Harry a Rony.

— Ah, sim, melhor — Rony esfregou os olhos mostrando que estava cansado.

— Onde estava, Harry? — Hermione apareceu entre os dois.

— Ah, fui falar com Dumbledore...

— E o que ele disse? — a amiga perguntou com interesse.

Harry viu a turma da Sonserina fazendo o caminho de volta das estufas. Preferiu não falar nada a respeito de Malfoy perto de Malfoy.

— Depois eu falo... — murmurou, mas só depois percebeu que tinha parado de andar para observar Malfoy e seus amigos e ficado para trás. Então Harry apertou o passo e encontrou Rony e Hermione conversando. Os dois pareciam discutir, mas calaram-se quando Harry aproximou-se de ambos.

As vestes, agora imundas de lama, dos garotos se giravam em torno do corpo enquanto eles chapinhavam pela horta inundada, a caminho da aula de Herbologia, onde mal se conseguia ouvir o que a Profª Sprout dizia, tal a chuva que batia no teto da estufa e com a força do granizo.

Voltando das estufas, Harry e Rony passaram um bom tempo na sala comunal conversando sobre tudo que não tinha nexo algum com estudos ou N.O.M.s. Nenhum dos dois vira ou esbarrara em Hermione, que se mostrava muito ausente desde a aula de Herbologia.

Até que Harry jurou sentir o cheiro do perfume francês que a amiga usava todos os dias passar por trás dele. Ele virou de costas e lá estava.

— Oi, Mione — ele falou indo em direção à ela.

— Ah, oi, Harry — ela sorriu enquanto os dois iam para o sofá onde Rony estava.

— Por onde andou? — Rony perguntou.

— Bom — ela se sentou. — Lembra quando combinamos aquilo do bicho papão?

Harry afirmou com a cabeça.

— Então, nos esquecemos completamente — ela fez um olhar aterrorizado.

— Eu vi que você esqueceu. Mas eu acabei lembrando de última hora, eu e Rony fomos até lá e descobrimos que o bicho papão do Draco, na verdade, é o...

— Pai dele — Hermione completou.

— Como sabe? — perguntou Rony.

— Eu também acabei lembrando, então desci até o pátio e observei tudo. Até que o Snape apareceu e acabou com tudo.

— Então o que concluímos com isso? — Rony perguntou, Hermione girou os olhos como se fosse óbvio, mas a verdade é que Harry também não sabia.

— Como você disse, Harry — ela começou. — O Lúcio se mostrou um covarde na frente de Voldemort, mas mesmo assim Draco tem medo dele, de Lúcio. Ou seja, Voldemort força Lúcio a fazer coisas com Draco, por isso Lúcio é servo de Você-Sabe-Quem, e por isso Draco tem medo.

— Ainda não entendi — Rony murmurou e Hermione o olhou com raiva. — É claro que Draco teria medo de Lúcio ou de Voldemort. Lúcio é um homem horrível, preconceituoso e arrogante. O.k. Disso nós sabemos, mas existem pessoas bem piores que ele e que não servem à Você-Sabe-Quem. Lúcio serve à ele porque ele ameaça ferir Draco, ou até mesmo a esposa dele.

Rony começou a bater palmas e, ironicamente, disse:

— Senhoras e Senhores, lhes apresento a teoria da conspiração...

Harry riu. Hermione levantou-se num pulo, mas Harry ainda queria saber mais sobre a teoria da amiga.

— Hermione, mas o que concluímos com isso?

— Agora vou lá no meu quarto pegar meu material de Astronomia e já volto. — a garota disse já subindo as escadas.

Harry e Rony também foram até o dormitório.

— Oi, Neville — Harry disse enquanto revirava seu malão.

Neville murmurou ou “oi” e se deitou, de uniforme e tudo. Pelas suas olheiras era nítido perceber que ele estava sem dormir há alguns dias.

— Neville, não vai para a aula? — Harry perguntou, mas obteve como resposta um gemido abafado pelo travesseiro.

— Nem pergunta... — Rony disse ao ver a reação de Harry a como Neville agira.

Harry, Rony, Dino e Simas foram juntos até a Torre de Astronomia, Neville disse que os alcançaria depois, e daqui a pouco iria acordar; estava extremamente cansado.

Lá encontraram Angelina e Hermione conversando. Angelina não parava de iniciar uma conversa sobre Quadribol, seu esporte preferido, mas Hermione sempre desvirtuava do assunto.

A tarefa era que os alunos ficassem de plantão a noite toda, esperando um fenômeno da astronomia acontecer, a tarefa era em pares, e a própria Aurora Sinistra, professora de Astronomia, escolheu os pares. Harry faria dupla com Lilá Brown, uma garota que ele achava particularmente irritante.          

Rony faria dupla com Padma, o que ele não gostou; ela fora seu par no baile do ano anterior (no qual ele a ignorou totalmente e nem a convidou para dançar), e desde de então eles não haviam se falado. Hermione faria par com Neville, o que, na verdade, ela gostou, pois Neville estava exausto e dormiria o trabalho inteiro, então ela poderia fazê-lo sozinha.

— Sr. Longbottom! — a Profª Sinistra gritou, acordando Neville, que estava com a cara grudada na página de Posições das Estrelas e Constelações: Diferenças na observação em cada parte do planeta. — Vá para o quarto, é a quinta aula no dia em que você dorme, de acordo com o que os outros professores me contaram.

Então Neville se levantou sonolento e com o ombros caídos desceu lentamente a escada em espiral, tomando cuidado para não cair e sair rolando.

— Professora! — Padma levantou seu braço pedindo permissão para falar.

— Sim, Padma?

— Não quero fazer com o Weasley. — ela disse em alto e bom som, com nariz erguido e postura na cadeira, na mesma hora o queixo de Rony caiu com uma cara do tipo ‘como assim, atrevida?’.

— Claro, compreendo, hum... — Sinistra disse ao avaliar os alunos, procurando uma dupla para Padma. — Bom... agora que o Sr. Longbottom se retirou... teremos uma pessoa fazendo o trabalho sozinha... Quem era a dupla do Neville? — ela gritou.

— Eu, professora — Hermione disse levantando a mão, mas torcendo para que Aurora não a colocasse com Rony, que ao invés de não fazer nada (como Neville) a atrapalhava.

— Hermione, claro... bom, faça com o Sr. Weasley, e Padma, querida, pode fazer sozinha. Agora todos ao trabalho, só poderão ir dormir se me entregarem o relatório.

De cara amarrada, Rony e Hermione foram se sentar perto de um telescópio, e Padma foi sorridente para o outro lado da sala.

— O que você fez para Padma não querer fazer par com você? — Hermione perguntou sussurrando.

— Não sei, é uma boba... — Rony disse de ombros, não queria relatar o que acontecera na noite do baile há um ano.

— De qualquer maneira... eu vou ficar observando pelo telescópio e você vai anotar exatamente o que eu disser — Hermione ordenou.

— Por quê? Eu quero observar! — Rony disse, emburrado.

— E eu quero tirar nota máxima, e isso só vai acontecer se EU ficar observando.

— Não é justo você ficar olhando isso que vai acontecer e eu ficar olhando pro pergaminho.

— Você quer ir bem, ou não? Bom, eu sei que EU quero ir bem, então, EU vou observar, e ponto final! — Hermione finalizou a conversa, e sem palavras para argumentar o que ela disse, Rony cruzou os braços e ficou olhando para o céu.

Minutos se passaram e nada. Horas se passaram e nada. Já eram 00h34min da manhã e nada.

— Hermione... — Rony murmurou. E recebeu um hum? de Hermione como resposta. — Aquele poema realmente é para o Krum?

A garota tirou os olhos do gigante telescópio e mirou o amigo por um tempo. Respirou fundo e então falou:

— Não...

— Mas...

— Eu não sei como aquela cicatriz apareceu no braço de Krum — interrompeu-o Hermione, já respondendo o que o garoto provavelmente perguntaria.

— Hermione... — Rony resmungou. — eu estou cansado...

— E você quer que eu faça o quê?

— Não ser grossa ajuda, sabia?

— Desculpa... — ela largou o telescópio e olhou para o amigo. — Eu também estou cansada, Rony, mas nós temos que ficar aqui até esse tal fenômeno acontecer...

— Hermione...

— Sabe... eu realmente acho que as aulas de Astronomia tinham que ser num dia em que não tivesse aula depois do almoço.

— Hermione...

— ... é... para que possamos descansar de tarde...

— Hermione...

— Acho que vou fazer um baixo assinado para Dumbledore... será que ele aceita?

— HERMIONE! — Rony berrou.

— O QUÊ?

— Olha... — ele apontou para de trás dela. Sim... o tal fenômeno estava acontecendo, rapidamente Hermione pôs o olho no telescópio, mas não era necessário, então logo se afastou para ver tudo aquilo a olho nu.

— Nossa...

— É... incrível...

Os dois estavam observando duas bolas de fogo vindo uma de cada lado do céu, e ao se chocarem uma explosão ocorreu, como se fossem fogos de artifício junto a um show de luzes se apresentando para os alunos.

Os olhos castanhos se moveram e encontraram um perfeito céu azul emoldurado com mechas ruivas. Ambos se encararam e então Rony segurou a mão da garota. Ele ia se aproximando quando ela gritou:

— Rápido...

— Quê?

— RÁPIDO! — ela gritou. — Anota isso, descreve exatamente o que está acontecendo. — Rony imediatamente pegou o pergaminho, sua mão parecia escrever mais rápido que seu cérebro processava o acontecimento.

— Poxa Hermione — ele disse.

— Quê?

— Você acabou com o momento... — ele resmungou, se projetando para mais perto da menina.

— Não tinha momento algum...

O sorriso galante de Rony foi transformado em uma expressão de tédio ou talvez mágoa. Hermione suspirou e, com um certo sorriso, fitou Rony. Então, rapidamente, a garota deu um beijo na bochecha do amigo.

Entretanto, quando se virou para voltar à sala, foi puxada pelo braço do menino. Os dois se juntaram e Rony beijou-a. Hermione retribuiu o gesto. Por quase dois minutos, eles se beijaram na Torre de Astronomia. Rony acariciava os volumosos cabelos de Hermione enquanto ela dava leves puxões em seus curtos e desarrumados fios de cabelo.

A noite fria e o calor consequente da quente e emocionante situação se colidiam e faziam ambos terem calafrios e relaxamentos. Todavia, Hermione afastou-se de Rony. E, com um olhar sério, disse:

— Temos que parar de fazer isso... — quando Rony riu, ela ficou mais tensa e advertiu: — É sério... se formos pegos...

— É só não sermos pegos... Além disso, não tem nenhuma regra que diz que não podemos beijar... — ele a interrompeu.

— Não, Rony. Realmente temos que parar com isso.

— Então não me beije! — ele quase gritou.

— Foi você que me beijou! — argumentou ela, como se fosse óbvio.

— Não, você me deu um beijo na bochecha... Acho que eu posso controlar, Mione? Não posso.

— Então eu paro de beijar sua bochecha...

— Ótimo.

— Ótimo. — os dois ficaram quietos e sérios por um tempo, mas depois riram e desceram as escadas em espiral.

Hermione e Rony foram até a professora e lhe entregaram o trabalho com muito orgulho, que foi recebido com um simpático ‘Parabéns’, depois se juntaram a Harry e então os três foram juntos até a Sala Comunal.

Até que chegaram nas escadas que levavam para os dormitórios e se deram boa noite. Hermione foi até seu quarto, Harry e Rony foram para o quarto deles.

Quando os quatro já estavam dormindo, Harry ainda estava deitado olhando para o teto, quando de repente Rony começou a roncar, Harry jogou um travesseiro nele, indicando que estava fazendo bastante barulho. Depois Harry começou a imaginar como deveria ser dormir todos os dias na casa de Rony, imagina... mais de meia dúzia de Weasleys roncando... ‘Merlin me livre’ Harry pensava.


Notas Finais


ENTONSSSEEEE??? O que acharonn??? Espero que estejam gostando. PELO AMOR DE DEUS COMENTA E ME FAZ UMA PESSOA MAIS FELIZZZ, kkkk, pensa assim: seus comentários -> minha felicidade -> mais capítulos!!! Kkkkkk, amo muito todos vcs que estão acompanhando, não me abandonemm!!!!! Ah, e feliz páscoaaa!! Kkkkk, um beijo com cheiro de unicórnios e até a próxima...
Nox.


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