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História Harry Potter e a Caverna de Sepsyrene - O anúncio da Profa. McGonagall


Escrita por: RosalieFleur

Notas do Autor


Lumos.

Se Jeová quiser, essa é a última vez que posto sacoisa. Pq Deus vai consertar meu pc, amém.

OLÁAAAA (me imaginem dizendo isso com cara de capivara), gentem, quanto tempo né??? Esses feriados delícias.... Enfim, mto obrigada por terem acompanhado até aqui, amo vcs!!!

Ah, e um obrigada especial aos Arnaldos que comentaram e favoritaram no último capítulo, sorry mesmo, mas esqueci de anotar os nomes :(

Esse capítulo ficou bem longo, então dividi em dois, mas vou tentar não demorar para postar o próximo, porque o suspense é muito, kkkk. Aproveitem a leitura...

Capítulo 11 - O anúncio da Profa. McGonagall


O dia amanheceu nublado e encharcado como o resto do mês. Embora Harry tentasse se convencer de que todo dia seria um dia bom, ele logo voltava seus pensamentos para problemas mais urgentes, como a infinita pilha de deveres de que precisava dar conta. Uma única coisa o sustentou naquele dia: o pensamento de que já era quase o fim de semana.

— Potter! Weasley! Querem prestar atenção?

A voz irritada da Profª McGonagall estalou como um chicote pela aula de Transfiguração, os dois garotos levaram um susto e ergueram a cabeça.

A aula chegava ao fim; eles tinham terminado a tarefa dada. A sineta devia tocar a qualquer momento e Harry e Rony, que andavam travando uma luta de espadas com umas varinhas falsas de Fred e Jorge, no fundo da sala, ergueram a cabeça.

— Agora que Potter e Weasley nos deram o prazer de parar com as bobeiras – disse a professora, lançando um olhar feio aos dois. –, tenho um aviso para dar a todos. Teremos o Baile de Outono, uma festa de boas-vindas para nossos convidados. É uma oportunidade para convivermos socialmente com os nossos hóspedes estrangeiros. E como sempre, teremos a valsa das meninas com os meninos.

Lilá Brown deixou escapar uma risadinha aguda. Parvati Patil deu-lhe uma cutucada nas costelas com força mas também sorria.

— É basicamente o baile que tivemos no ano passado, só que no outono? – Simas perguntou um tanto emburrado ou entediado.

— O traje é a rigor – continuou a professora, ignorando o comentário de Simas. – e o baile, no Salão Principal. Começará às oito horas e terminará às duas horas da manhã. Será em novembro, os outros detalhes serão dados a vocês por meio de cartazes e avisos por toda a escola.

A Profª McGonagall olhou deliberadamente para a turma.

— Como vocês sabem, essa noite é para vocês se divertirem e se soltarem... – ela disse em um leve e quase imperceptível tom de desaprovação. – Mas isto não significa que vamos nos esquecer dos padrões de comportamento que se espera dos alunos de Hogwarts, da Grifinória principalmente. Não me decepcionem.

A fala da professora foi seguida de murmúrios; reclamações preguiçosas dos meninos e suspiros animados e nervosos de algumas meninas.

— Agora se levantem! Todos – ela fez um gesto com sua varinha e as mesas, cadeiras e armários desapareceram. Agora a sala estava vazia. – Escolham um par para treinar.

— Herm...

— Ah...

— Ronald! — A voz de Lilá guinchou um em um tom impressionantemente agudo.

— Quê? — perguntou Rony, um tanto desorientado.

— Vamos.

Harry olhou para Hermione e a garota deu ombros, nervosa.  Lilá Brown puxava um assustado Rony Weasley para o centro da sala. Hermione se levantou e fez um sinal com os olhos, cogitando a possibilidade dela e Harry irem juntos, ele a seguiu e foi para o centro do salão como os outros alunos, que iam andando tímidos.

— Sabe fazer isso? – ela deu um sorriso fraco.

— Tem alguma coisa a ver com nós dois andando sincronizados com a música. – ele comentou, hesitante, ela riu.

Harry segurou a fina cintura da garota. Os dois tentaram acompanhar a música, sem muito sucesso, mas acabaram se divertindo no final das contas.

Logo depois do almoço, Harry e Rony foram até a sala comunal, os dois ficaram em frente a lareira conversando sobre suas prováveis futuras profissões, até que o horário da aula de DCAT chegou, e ele e Rony foram até a sala da Srta. Lamartine.

— Bom-dia, gente – Oddete disse sem tirar os olhos do pergaminho em que escrevia. – Podem ir se sentando que já estou acabando aqui.

Harry sentou-se ao lado de Rony, Hermione ficou na frente deles.

— Agora vou entregar os poemas para os que recitaram na aula passada... – ela fez um gesto com a varinha e uma pilha de pergaminhos começou a levitar. – A nota que você tirou está no canto superior direito na folha, escrito em tinta vermelha. Não é uma coisa discreta.

A pilha ia passando pelas mesas e cada pergaminho ia para seu dono. A professora estava vestindo mais um modelo de seus vestidos coloridos que iam até um pouco depois do seu joelho, dessa vez o vestido era vinho com alguns detalhes em prateado e o tecido parecia ser bem pesado.

— Os que estão recebendo são, Hermione Granger, Isabelle Fairclough e Rodolfo Sharrow. Bom, agora é a próxima letra: R. É... Ronald Weasley? – Odette chamou.

— Sim, eu... – gaguejou Rony enquanto se levantava, desajeitado, e ia até a frente da sala.

— Pode começar... – Lamartine ordenou, cruzando as pernas enquanto molhava a ponta de sua pena no tinteiro.

Harry podia ver o nervosismo no rosto de Rony, assim como no rosto de todos os alunos que iam até a frente. O garoto estufou o peito e Harry apurou seus ouvidos para ouvir claramente o que o amigo tinha para dizer.

Você é arrogante

Você é orgulhosa demais

É rude além da conta

E seu jeito de andar me incomoda um pouco

Odeio como fala

E quando me trata como burro

— Ãhm... Ronald – interrompeu-o Odette. –, acho que você não entendeu a proposta do poema...

— Acho que fiz certo – retrucou Rony, que, novamente, respirou fundo e continuou.

E odeio quando me corrige

Tinha um ser vivo no seu cabelo, mas agora ele tá bem melhor

Mas nada supera o quanto eu odeio quando você olha pra ele

Ou quando você fala dele

Eu simplesmente odeio ver que ele tem o que eu perdi

Odeio ter esperado tanto tempo para fazer o que eu fiz esse ano

Mas acho que o que eu mais odeio

É não conseguir te odiar porque gosto muito de você

Nem por você talvez não me reparar

Ou não conseguir me odiar só por me odiar.

Rony falou tão rápido, que Harry acho que a língua do amigo daria um nó. Quando o ruivo terminou, finalmente respirou como se tivesse prendido a respiração o tempo todo e mal soubesse disso

— Ronald... realmente estou impressionada... nunca pensei ou achei que... bom, foi você quem escreveu esse texto? – Lamartine perguntou com um olhar duvidoso.

— Sim – Rony respondeu rapidamente.

— Ah... claro – Odette murmurou. – E seus olhos..?

— Sim! – uma voz fininha guinchou, Harry curvou-se e era Lilá Brown.

— Lilá?! – Lamartine pareceu perguntar para si mesma. – Sim... – murmurou enquanto conferia o braço da garota, mas, de repente, Harry achou ver o sorriso da professora desaparecer e transformar-se em uma expressão meio desapontada.

— Bom... – a professora gaguejou. – É, parece que o poema foi para Lilá, não é?

— N-n... – Rony respondeu duvidoso e com certo medo.

— Ah... claro – Lilá levantou-se do seu lugar e foi até Rony, que de algum jeito tentou se soltar dos braços da loira. – Esse Ronald... – ela apertou a bochecha dele. – Sempre tão modesto... Olhem! – ela ergueu o braço alto o suficiente para que todos vissem a fina linha dourada em volta de seu punho. Lilá tentou segurar o rosto de Rony para dar-lhe um beijo, mas o garoto virou o rosto e acabou recebendo um beijo na bochecha.

Harry não conseguiu segurar uma risada, percebeu a relutância de Rony e seu desespero enquanto voltava ao seu lugar e tentava achar um buraco para enfiar a cabeça.

No restante da aula, outros dois alunos recitaram; um escreveu três linhas e outro fez uma pessoa ficar com o cabelo roxo. Quando Harry e Hermione saíram da sala, procuraram por Rony, mas não o acharam, assim como Lilá, que parecia procurar por ele desesperadamente.

Harry e Hermione foram então para a sala comunal, ambos com infinitas pilhas de tarefas para cumprir.

— Bichento... Bichento... BICHENTO! – Hermione gritou, assustando o gato, que tentava morder a manga do suéter de sua dona. – Enfim, eu acho que o programa foi uma ideia muito boa, fiz várias amigas novas – continuou. – Aquela menina nova, Zarina Kênia, ela caiu na Grifinória e é muito legal. Descobri que lá na África eles nem precisam usar varinha, sabia que... para, Bichento, que Uagadou é... PARA, BICHENTO! – ela resmungou novamente, mas desta vez o gato cor de gengibre arrancou um pedaço de seu suéter.

— Nossa – Harry riu. – Que gato agressivo, Mion... Hermione? Hermione, o que é isso? – Harry jurou ver algo machucado no braço de Hermione. – Andou se machucando? Quem fez isso? – Hermione lutou para não deixar Harry ver, mas ele era mais forte então conseguiu segurar o braço da amiga. – Ei, isso é uma cicatriz recente...

— Não é nada, Harry – disse ela, tentando cobrir a cicatriz com a manga, agora rasgada.

— É sim... é uma cicatriz da aula de Defesa Contra as Artes das Trevas... mas... como? Quem recitou essa semana? Hoje, os únicos que recitaram o poema foram o Richard e o Rony...

— Exatamente, não é nada, e Rony deixou uma cicatriz na Lilá...

— Eu não sei... – Harry disse, pensativo. – Viu a cara que Odette fez quando viu a linha dourada de Lilá de perto? Tinha alguma coisa errada ali...

— O quê? Acha que Lilá forjou aquela linha? – Hermione perguntou.

— Pode ser... bom, não a conheço bem, mas sei que é meio louca...

— Oi – Harry ouviu a voz de Gina soar do buraco na parede que dava entrada ao salão comunal.

— Oi – Harry disse.

— De que falavam? – a ruiva perguntou enquanto jogava sua mochila perto das mochilas de Harry e Hermione. – Ah, antes de responderem... – Gina interrompeu Harry antes mesmo que ele começasse a falar. – Madame Pomfrey mandou avisar que Rony está passando mal.

— De novo? Já é a segunda vez que ele passa mal – Harry comentou.

— Pomfrey disse que ele não para de vomitar um líquido verde-escuro... tenho que ter uma conversinha com Fred e Jorge... Mas enfim... falavam de...?

— Estávamos falando do que aconteceu na nossa aula de DCAT – começou Harry.

— Ah, aquele negócio do bracelete da Lavender? – Gina falou sem demonstrar muito interesse.

— Sim... como sabe? – Hermione perguntou, também inexpressiva, concentrada no seu dever de Herbologia.

— Ah, a escola inteira está comentando sobre o namoro de Lilá e Rony – Gina disse enquanto sentava-se mais perto da lareira (e, para sua estranha felicidade, Harry pôde sentir o calor do corpo da ruiva).

— Namoro? – Harry perguntou. – Então eles estão namorando mesmo?

— Lilá espalhou pela escola inteira que estão, nem sei se Rony sabe disso, já que passou a tarde toda vomitando – comentou Gina enquanto chamava Bichento para sentar-se no seu colo.

— Você sabe que Lilá tem uns miolos a menos... – Harry brincou.

— É... para gostar do Rony... – Gina disse brincalhona, levando uma almofadada de Harry no braço.

Harry pôde perceber Hermione morder seu lábio inferior, mas ela continuou quieta e concentrada, quando falou, sua voz saiu um pouco rouca:

— Você devia estar estudando para os N.O.M.s, Harry. E Gina, te aconselho a começar a estudar agora... – Hermione recomendou em um tom mais sério.

— E você está estudando? – perguntou Harry em desafio, mesmo que já soubesse a óbvia resposta.

— Claro que sim – retrucou a morena. – E também temos prova em três semanas, se lembra? De DCAT?

— Gente, acalmem-se. – Gina disse. – E Hermione, estou preocupada demais com outras coisas... – Harry percebeu as duas trocando olhares sorridentes, sua barriga se manifestou de repente.

— Que coisas? – ele perguntou, tentando esconder o leve tom de desespero.

— Coisas – Gina disse enquanto se levantava. – Vou jantar, querem vir? – Por mais que Harry quisesse dizer sim por conta da sua fome, ele sabia que precisava fazer seu relatório de Herbologia, e copiar de Hermione não serviria; cada aluno tinha sorteado uma planta diferente para pesquisar, Harry sorteara um Visgo do Diabo.

Então ele só observou Gina e Hermione se despedirem com um beijo na bochecha e Gina acenar para Harry, ele acenou de volta.

— Ei – Harry chamou Hermione. – Você sabe alguma coisa sobre visgo do diabo?

— É claro, nós estudamos sobre isso no primeiro ano... – Hermione desdenhou.

— Acha que eu me lembro do primeiro ano? – Harry disse, agora um pouco emburrado.

— Eu lembro, e se a Profª Sprout nos ensinou sobre o visgo do diabo, é porque em algum momento nos seria importante.

Harry sentiu uma pequena pedrinha rolar pelo seu intestino, ou era fome, ou era raiva. Considerando que todas as vezes que ele e Hermione entravam em uma discussão ela vencia, Harry simplesmente resolveu descer até o Grande Salão para almoçar, quem sabe ele encontrasse Gina lá.

Harry desceu lenta e calmamente as enormes e contínuas escadas de Hogwarts em direção ao Grande Salão. Achou um lugar vago ao lado de Gina. Determinado a se sentar lá, ele foi andando até a amiga. Mas então, um corpo escuro e enorme bloqueou a visão da pequena Gina. Era Dino Thomas. Por ter tido seu lugar tomado, Harry se sentou em um espaço vazio, ao lado de pessoas que ele sinceramente nunca tinha visto.

Serviu-se de torta de frango e quiche de queijo.

“Desafio” ele ouviu a voz de Gina murmurar perto dele. Sim, Gina e seus amigos estavam brincando de Verdade ou Desafio; jogo que, na opinião de Harry, era totalmente sem graça alguma.

A fala de Gina foi seguida de gritinhos e batuques na mesa, até que Harry ouviu alguma coisa com a palavra Dino no meio. Ele sentiu sua barriga revirar mais, talvez os elfos tivessem errado daquela vez, e colocado tempero em excesso no frango.

Saindo de seus devaneios sobre a comida, Harry assistia de um lugar premiado, o que devia ser o primeiro beijo entre Gina e Dino, que, na verdade, nem podia ser considerado um beijo de verdade.

Gina estava toda vermelha e sua mão direita no peito de Dino impedia que o menino chegasse mais perto. Mas então os amigos de Gina começaram a gritar “vai, vai, vai, vai”. Dino ia se aproximando até que Gina cedeu.

Harry não entendeu porque, mas ele se levantou muito rápido, não estava com cabeça para pensar. Saiu bem apressado do salão e pôs-se a andar por alguns corredores, aproveitou e pensou sobre tudo que estava acontecendo.

Já era a segunda vez que Rony passava mal. E aquela cicatriz no pulso de Hermione o assustava mais ainda. O pior era o fato de Harry sentir alguma coisa grunhir em seu estômago quando alguém pronunciava o nome Ginevra. Além disso, algo que rabiscava os pensamentos de Harry era Cho. Ele só tinha a visto uma vez esse ano, que foi no Expresso Hogwarts, mas depois, ele só viu um vulto de cabelos longos entrando no banheiro feminino. Quando viu, Harry supusera que Cho estava chorando, tal era o volume dos soluços que saiam da garganta da garota. Harry mandara uma carta para ela nas férias, o que foi um grande erro, uma vez que esta não foi respondida.

Depois de um tempo passeando por Hogwarts, Harry resolveu ir até a biblioteca e lá encontrou Rony. Eles concluíram que, apesar do horário, deviam estudar um pouco – coisa que raramente acontecia, mas teriam os N.O.M.s em pouco tempo, até Hermione, que já sabia a matéria da prova, estava revisando tudo em seu quarto para ter certeza de que não tinha deixado nada escapar.

— Pronto, Rony, vou fazer algumas perguntas pra você, o.k.? – Harry perguntou.

— De novo? Você já me fez todas as perguntas desses cartões de estudo que Hermione nos emprestou – Rony resmungou enquanto se concentrava para não deixar o castelo feito com cartas de Snap Bruxo desmoronar.

— E você não acertou nenhuma, vamos lá, presta atenção – Harry insistiu.

— Por quanto tempo nós ainda vamos ficar aqui? – ele perguntou, colocando a cabeça entre os braços.

— Daqui a dez minutos nós vamos dormir – Harry conferiu no relógio da parede. – Agora fica quieto e responde o que eu perguntar – ele de um tapa com os cartões na cabeça do garoto, e Rony sabia que devia levar o estudo a sério.

— O.K – ele respondeu de mau grado. Mas Harry não prosseguiu, estava com os olhos fixos em um cabelo gorduroso e cor de manteiga do outro lado da biblioteca – HARRY! – Rony disse estralando o dedo na frente do rosto do amigo.

— O quê? – ele murmurou ainda confuso.

— Você está mais perdido que eu, cara, o que você está olhando?

— Malfoy, por que ele está na biblioteca?

— E eu lá sei o que se passa na cabeça dele? E outra... até Crabbe e Goyle estão na biblioteca – Rony disse apontando para os dois em uma mesa na diagonal deles. – Provavelmente deve estar estudando, não acha? – ele disse mostrando que era óbvio.

— Mas olha o livro que o Malfoy está lendo.

— Qual deles? – Rony perguntou confuso.

— Os dois – falou Harry, impaciente.

— Estudos Avançados no Preparo de Poções. As Forças das Trevas: Um Guia de Autoproteção – Rony sussurrou pra si mesmo. – Por quê acha que ele está lendo esses livros?

— Não sei, não chegamos em Estudos Avançados de Poções, ainda estamos no Bebidas e Poções Mágicas. E por que ele quer saber sobre as forças das trevas? – Harry perguntou ainda muito confuso.

— A esse ponto eu não me pergunto mais nada.

— Tá bom, esqueça ele, precisamos tomar mais algumas coisas. Vou te fazer mais umas perguntas.

— Não... – resmungou, mas Harry já tinha começado a falar.

— Qual desses ingredientes não é usado no preparo da poção Feliz Felicis: dois fios de barba de Duende Irlandês, treze trevos de quatro folhas de pó de dente de Basilisco, ou desde quando você está namorando a Lilá e não me disse? – Harry disse, ignorando a má vontade do amigo.

Rony não respondeu imediatamente, mordeu os lábios com cara de pensativo.

— Acho que foi a partir de hoje, quando eu recitei o poema – ele disse duvidoso.

— E era pra ela o poema, mesmo?

— No final acabou sendo, não?

— Então não era pra ela! — deduziu ele.

— É claro que era.

— Cara, o poema descrevia uma pessoa que com certeza não era a Lilá. — agora Harry estava sussurrando. — Só faltava você dizer “Hermione Granger” no meio do poema.

— Nada a ver... E a Lilá até que é legal.

— Ela está espalhando pela escola que vocês são o casal mais apaixonado do ano.

— Harry, podemos concentrar na prova? – Rony tentou mudar de assunto enquanto abria um novo livro.

— Não, o que você vai dizer para Hermione? – Harry estava esperando essa conversa o dia inteiro.

— Eu tenho que dizer? Sei lá... Eu achava que ela já sabia.

— A Gina me contou, mas acho que Hermione não ouviu.

— Claro, tinha que ser a Gina – Rony murmurou.

— Mas então... O que vai fazer a respeito do baile?

— Ah, bom... Não convidei Lilá ainda – Rony murmurou. – Mas acho que por estarmos namorando... seja o esperado, não?

Harry concordou com a cabeça e considerou a conversa encerrada ali, então ele voltou a ler um parágrafo sobre feitiços de azaração, já era a terceira vez que ele lia aquele trecho, mas não tinha guardado nenhuma informação.

— Acho que vou desistir, sei que o Snape vai me reprovar mesmo. – Rony fechou um livro e guardou.

— Rony...

— Quê? – ele disse emburrado.

— Draco não está mais lá!

— Deixa ele, Harry, eu não ligo – Rony respondeu ainda com raiva de Draco ou talvez de Harry.

— Eu vou lá – Harry disse ao se levantar, ignorando-o.

— Pra onde?

— Quero ver o que ele estava lendo – Harry disse ansioso.

— Ainda estamos falando do Malfoy? Não vai não! – Rony segurou o braço de Harry e o fez sentar-se de volta na cadeira.

— Por quê?

— POR QUÊ? PORQUE EU NÃO SEI NADA DA MATÉRIA! EU NÃO SEI NEM O QUE É UMA MANDRAGORA, HARRY! – Rony disse histericamente preocupado.

— SHHHHHH, Sr. Weasley! – Madame Pince disse com raiva.

— Fica calmo – Harry disse ignorando a ordem da bibliotecária. –, vamos para a sala comunal, então? Quem sabe a gente encontre a Mione.

Rony concordou com a cabeça.

Os dois andaram até a Torre da Grifinória, provavelmente com os pensamentos a mil.

Mas então Harry ouviu longínquos risos e conversas. Olhando pela janelinha transparente da porta da sala de aula que estava do seu lado, Harry deparou-se com Dino e Gina, enlaçados em um apertado abraço, se beijando vorazmente como se estivessem colados.

Foi como se uma coisa grande e escamosa tivesse despertado no estômago de Harry e enterrado as garras em suas entranhas; um afluxo de sangue quente pareceu inundar o seu cérebro, extinguindo todo o pensamento e substituindo-o pelo impulso selvagem de azarar Dino, transformando-o em geleia. Lutando contra essa súbita loucura, ele ouviu a voz de Rony muito longe.

— Que tem aí?


Notas Finais


ENTONSSEE?? Tá bom?? O que acharam?, kkkkkkk. Não deixem de comentar PELO AMOR DE TUDO QUE É SAGRADO e favoritar e mostrar prasamiga, ajuda nóis, kkkkkk! Amo muito vocês!!! Um beijo com cheiro de unicórnios e até a próxima...
Nox.


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