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História Harry Potter e a Caverna de Sepsyrene - A Prova


Escrita por: RosalieFleur

Notas do Autor


Lumos.
Me perdoem. Me perdoem. Sorry. Perdon. معذرة (desculpa em árabe, olha só hein...)
Gente, me deculpem pela demora de novo, mas esse capítulo precisava ficar muito bom, e acabou ficando um pouquinho comprido kkkkk, mas está muito bafôooonico! Aproveitem!!

Quero agradecer muito à:
~Jrd2014 que comentou e favoritou, muito obrigada <3
~Hey_luly que favoritou, muito obrigada <3
~LuckNeta que favoritou, muito obrigada <3

Capítulo 14 - A Prova


Harry foi o último a acordar naquela manhã. Todos já tinham descido para o Grande Salão. Olhou as horas e viu que tinha oito minutos para chegar à sala da Profª Lamartine. Novamente, ele estava extremamente atrasado.

Harry entrou correndo na sala e conseguiu sentar-se antes que Oddete terminasse de escrever com a varinha no quadro negro e fizesse a chamada.

— Bom-dia classe! — ela gritou em meio à mistura de vozes e à multidão de alunos conversando. Aos poucos todos se calaram, dando silêncio para que a professora falasse. — Hoje, como vocês sabem, terão o teste. Ele será em uma floresta que montei com a ajuda da Profª Sprout somente para vocês. Lá vocês terão um objetivo: chegar até o final. Obviamente, todos chegarão no final alguma hora, mas para chegarem até lá passarão por várias provas práticas e serão avaliados.

Quando Odette disse que todos poderiam se levantar, pareceu que ela anunciou que a Dedos-Mel estava dando mercadoria de graça, a sala inteira se levantou com pressa, uns empurravam os outros para que passassem rápido pela porta da sala de aula e chegassem o mais rápido possível na floresta.

Ao chegarem à floresta, Odette deu as instruções quando os alunos já haviam se aquietado e dado silêncio o suficiente para que a voz da professora pudesse ser ouvida por todos.

— O básico vocês já sabem, se algo der errado, soltem faíscas vermelhas para cima e eu irei até você. Se não lembram, o feitiço é Pericullum. Eu quero uma prova limpa, e do contrário, ficarão com zero no boletim. Qualquer tentativa ou brincadeira de mau gosto que prejudique a prova de outro aluno será notada, a floresta está repleta de Prufetocos, caso não saibam o que são, os Prufetocos são...

— Animais parecido com gaviões, com penas verde-água. Os Prufetocos são conhecidos por fazerem tudo o que seu alfa mandar, até mesmo matar – Hermione o interrompeu.

— Exatamente, muito bem, Hermione. Dez pontos para a Grifinória – ela elogiou, mas percebeu os olhares de medo dos alunos, então explicou: – No caso, eles foram ordenados a jogar uma bola de tinta preta em cima do aluno que fizer besteira, então, não tem como escapar, pois no final da prova saberei quem estiver marcado ou não. Mas fiquem tranquilos, eles não vão matar ninguém. Vamos começar a prova, eu darei o sinal da partida, vocês têm 45 minutos. – gritou.

A Profª Lamartine esperou os alunos se organizarem nas quatro diferentes entradas para a floresta, todos ficaram em fila e ordem alfabética, esperando Odette dar permissão para que eles adentrassem na floresta.

O teste era o mesmo para todos, todos enfrentariam as mesmas criaturas, mas em ordens diferentes. Harry havia passado pelo bicho-papão, que se transformou em um Dementador, mas ele conseguiu realizar o feitiço Ridikullus com sucesso — feitiço que faz com que a forma que o bicho-papão se torne engraçada.

Rony havia passado pelos Barretes Vermelhos — criaturinhas anãs, das Trevas, que infestam os lugares onde houve derramamento de sangue. São criaturas inescrupulosas que se felicitam em ver morte e dor e também alimentam-se desses corpos em decomposição. Barretes Vermelhos são consideradas criaturas agourentas, cuja presença pode significar também a chegada da morte.

Hermione passou por um teste em que ela tinha que identificar qual era a Maldição Imperius, Maldição Avada Kedavra e Maldição Cruciatus — um teste que poderia realizar de olhos fechados.

Harry estava indo a caminho do próximo desafio enquanto seguia pela floresta olhando para cada lado, tomando cuidado para que não encostasse nas árvores — algumas engoliam quem se apoiasse nestas. Então ele chegou num lago de água claras, e envolta do mesmo estavam vários alunos, que também haviam chegado no ponto de Harry.

Aquilo era um desafio novo, ninguém sabia como passar ou o que fazer com aquele lago. Zarina Kênia deu o primeiro passo, quando a pontinha do seu pé tocou na superfície do lago, um enorme chafariz surgiu da água bem na frente da aluna, e logo as águas formaram uma espécie de barreira que mostrava uma visão ou uma cena para cada um.

Para cada aluno era uma visão diferente. Para Neville era o túmulo da sua avó, Rony via sua família inteira morta. Harry sentiu sua barriga revirar e podia jurar que sentira sua cicatriz formigar um pouco ao ver Voldemort tomando o controle da escola e torturando seus amigos. Harry olhou para os lados em busca de respostas para a inesperada tarefa, encontrou Hermione, que via Rony beijando alguma menina qualquer.

— Isso não é possível, se isso é uma espécie de Bicho Papão a visão está errada, meu medo é a Mc... e não... – Hermione sussurrou, mas Harry estava do lado da garota, e pôde ouvir muito bem. – Quem é essa?

Era estranho que todas as visões fossem graves, mortes sequestros, magia das trevas, etc. Mas por que a visão de Hermione era simplesmente Rony beijando uma menina qualquer?

Todos os alunos estavam vendo suas visões indesejadas, mas nenhum deles conseguia passar daquele desafio. De repente, uma fumaça branca surgiu do meio do lago, uma espécie de mulher com olhos grandes e finos, dentes afiados como os de vampiro e pele azul muito clara. Seu corpo era normal até chegar na cintura, pois no lugar de suas pernas estava uma fumaça prateada, como nuvens.

— Digam o que impedirá isso de acontecer, caso contrário... – ela cantou com uma doce voz, e logo em seguida a água do lago que beirava os pés dos alunos se tornou negra e como se tivesse virado algo com textura gelatinosa, ganhou vida.

Aos poucos, essa substância se enroscava no pé dos alunos, quanto mais tempo demoravam, mais eram puxados para o centro do lago, no qual se encontrava uma espécie de buraco negro.

Todos ficaram desesperados, começaram imediatamente a gritar soluções para que a visão na barreira de água não acontecesse. Quando um aluno acertava, um buraco era aberto embaixo dele e este caia para o próximo desafio.

A maioria dos alunos conseguiu realizar essa tarefa, mas entre os que restaram estavam Rony, Lily Ivanova, Hermione, Dino Thomas, Alicia Spinnet e Harry.

“Como posso salvar minha família? Vai... Pensa, Ronald” Rony disse a si mesmo, mas sua concentração, que estava em sua visão, se voltou para a visão de Hermione. Rony estava se vendo beijando uma menina que não reconhecera.

Hermione não conseguia pensar em uma solução para aquilo.

— Eu devo... devo... – ela pensou em voz alta, mas se convenceu de que não valia a pena deixar o orgulho falar mais alto naquele momento. – Devo parar de ser tão orgulhosa! – ela gritou. Não sabia se aquilo seria uma solução válida. Mas imediatamente a barreira de Hermione desapareceu e formou-se uma espécie de buraco no chão, ela pulou dentro dele e em seguida o buraco de fechou.

“Pensa Harry... pensa” Harry dizia. Na verdade, não havia uma simples solução para impedir Voldemort de dominar Hogwarts.

— Devo vencer os dementadores – Harry chutou, já sabendo a resposta. Ele estava cada vez mais perto do centro do lago, agora negro. – Devo vingar a morte dos meus pais – nada.

À cada tentativa falha ele afundava mais.

— Devo... devo... – sua cicatriz doía mais agora, e ele estava em conflito interno com ele mesmo. Não sabia no que pensar; na dor que vinha de sua testa; em uma solução para a atual situação; em como seria se Voldemort tomasse Hogwarts. – Devo ficar perto dos meus amigos – Harry lembrara da frase dita, uma vez, a ele por Dumbledore. Mas já sabia a resposta.

Já esperava que nada acontecesse. Mas, então, Harry sentiu seus tornozelos, agora dormentes por estarem sendo puxados por aquela gosma escura, se soltarem, e, de repente, o chão desapareceu.

Ele caiu de uns dois metros com a barriga no chão. Se levantou e tentou localizar-se. Olhou para os lados. Estava deserto. Vivalma alguma estava naquela floresta. Estaria Harry no lugar certo?

Até que um reflexo pareceu cegá-lo por uns instantes. Harry olhou para onde viera o feixe claro de luz, mas não conseguiu ver nada.

Então Harry começou a correr para a próxima tarefa, mas de repente ele avistou Malfoy. Por mais perto que Harry estivesse do final, Draco estava bem mais perto. Porém, Malfoy passou direto pela sua tarefa e atacou Harry.

— Expelliarmus! – Harry gritou e em seguida a varinha de Draco saiu voando direto para a mão de Harry.

— Expelliarmus! – Goyle revidou fazendo com que a varinha de Harry também saísse da sua mão. Mas Harry esquecera que aquilo não era permitido, então, em rasante, um Prufetoco passou perto de Harry e jogou uma bola de tinta preta no seu braço e no braço de Goyle.

Draco não podia mais fazer magia, então segurou o pescoço de Harry e o colocou de costas para uma árvore. Alguns segundos depois, o cabelo de Malfoy, que estava perfeitamente penteado, ficou negro, sinal de que outra bola de tinta havia caído sobre ele.

Rony surgiu do teto e caiu perto da briga, viu que Crabbe e Goyle estavam indo em direção a Hermione.

— Larga ela! – ele berrou no momento em que os dois seguraram no braço da morena.

Crabbe e Goyle soltaram a menina fazendo com que ela caísse no chão.

— Certeza, Weasley? – Goyle debochou.

— Cadê a sua irmã? Ela não é melhor que você? Na verdade, ela ficou gata, não é? – Crabbe provocou, fazendo Rony cerrar os punhos. – Será que eu estou falando com meu cunhado? Não... impossível, ela pode ser bonita, mas é uma pobretona.

— Cala boca, Goyle, larga essa menina e vem enfrentar alguém do seu tamanho. – alguém gritou.

— Simas? – Rony se perguntou. – Saí daí!

— Estupefaça! – Goyle disse, e no mesmo instante Simas foi nocauteado.

Neville chegou assustado, pegou Simas e o tirou daquela briga. O ambiente ficou frio em questão de segundos, o ar gélido dificultava a respiração. Um ser escuro e misterioso como a morte, mais leve que um fantasma surgiu de uma nuvem negra. Um Dementador.

O Dementador foi em direção a Hermione, a menina de olhos arregalados e abalada com toda a situação ergueu a varinha e disse:

— Expecto Patronum!

Uma faísca prateada saiu da ponta da varinha dela, mas não o suficiente para derrubar a criatura.

— Expecto... Expec... – ela gaguejou.

Antes que ela pudesse falar o feitiço mais uma vez, teve a sensação de que seu corpo ficou frio, sua alma foi sugada por um ar gélido e escuro. Aos poucos, a visão de Hermione foi ficando escura, ela sentiu seu corpo desabando e caindo na grama molhada. Zarina, a menina que veio de Uagadou, viu o que estava acontecendo com a amiga. Olhou fixamente para o Dementador, retirou sua varinha do bolso e gritou com muita confiança:

— Expecto Patronum! – uma luz prateada saiu da varinha de Zarina como um raio, e ao atingir o Dementador, este foi derrubado e desapareceu no ar.

Harry ainda estava tentando se livrar de Malfoy, eram muitas coisas acontecendo ao mesmo tempo; enquanto queria encher a cara de Malfoy de socos, queria ajudar Hermione. De repente, Harry viu uma menina de cabelos negros ir até Hermione. Era Cho Chang,

— O quê? – ela se perguntou olhando para Harry e Malfoy lutando.

— Cho – Harry disse ao vê-la paralisada.

— Parem! – ela gritou.

— Quem você acha que é para me dizer o que eu tenho que fazer? – disse Draco enquanto jogava Harry no chão e andava em direção a Cho.

— E o que você vai fazer sem varinha? Vai me bater? – era possível ver que Cho estava nervosa, mas não podia perder a postura.

— Goyle! – Draco gritou e o amigo jogou uma varinha para ele. Malfoy apontou a varinha para Cho.

Harry entrou na frente dela, tentando defendê-la, o que não adiantou praticamente nada já que ele também estava sem varinha.

— Draco! — alguém gritou.

Harry olhou para trás e viu Rosalie Fleur. A loira vinha correndo até os três e se pôs de frente para Draco.

— O que deu em você?

— Vai, vai embora. Vai embora daqui, Cho... – Harry murmurou mais uma vez para a garota.

Cho fez um sinal com a cabeça e correu até Hermione, que ainda estava desmaiada.

— Posso cuidar disso sozinha – Zarina disse a Cho.

Mas ela não podia perder tempo tentando reanimá-la, então foi em direção a Malfoy, que voltou a atacar Harry.

— Estupefaça! – Zarina gritou, e Malfoy caiu no chão.

Mesmo gostando de Rose, Harry achou estranho a garota ir até Draco quando o garoto foi jogado no chão.

— Obrigada – disse Harry em um tom de surpresa, e o que já era esperado aconteceu: Harry desviou o olhar de Zarina por um minuto, e quando voltou a olhá-la, ela já estava com uma mancha preta escorrendo pelo seu braço esquerdo.

— Odeio esses pássaros – ela bufou. –, e não me agradeça ainda – falou, se virando para Crabbe e Goyle.

Rony estava com a testa e a boca sangrando, com certeza por culpa de Crabbe, os braços já marcados de preto.

— Estup...

— Expelliarmus! – Goyle fora mais rápido que Zarina e a desarmou, e logo em seguida disse:

— Você está usando varinha? – Harry perguntou para Zarina. – Mas você não precisa.

— Eu sei, mas Dumbledore achou mais justo que usemos uma varinha.

Harry se distraiu na conversa com Zarina, só depois que ele ouviu o vago Ronald, ele voltou a realidade.

— Sectosempra! – Goyle gritou, Rony foi derrubado bruscamente no chão e começou a urrar de dor, parecia que sua cabeça estava prestes a explodir, uma poça de sangue se formou embaixo dele; sangrava até a morte.

Harry não podia acreditar no que estava vendo, sabia sobre aquele feitiço, mas também sabia que era extremamente perigoso e proibido, principalmente entre colegas.

Neville lançou raios vermelhos pela varinha pela centésima vez, nada, nenhum sinal da Profª Lamartine.

— AJUDA! ALGUÉM! ODDETE! – Harry gritou, mas nenhum professor nem ninguém deu sinal. – Sai, Goyle! – ele berrou ao se jogar encima de Goyle.

— Quem você acha que é? – Goyle murmurou ao limpar o sangue do pequeno corte que Harry causara em seu lábio inferior.

— Harry! – Zarina gritou enquanto pegava sua varinha do chão. – Vou aparatar na sala da Profª McGonagal.

— O quê? Está louca? Aqui não é Uagadou, Zarina. Não se pode aparatar em Hogwarts! E você já aparatou antes? – ele gritou indo na direção dela.

— Óbvio que já. Hogwarts não é Uagadou, mas vou tentar, não acha o mais sensato a fazer? – Harry não conseguiu dizer nada.

Zarina fechou os olhos, se concentrou intensamente e, de repente, desapareceu. Harry ficou lá no labirinto, parado, tentando entender como ela conseguiu...

 

Zarina reapareceu segundos depois na sala da Profª Minerva, ao chegar na sala se encontrou em cima da pilha de livros da professora, e desabou deles fazendo muito barulho e bagunça.

— Consegui... deu certo, eu nem acredito, deu certo! – ela murmurava enquanto descia da pilha de livros.

— Srta. Kênia – Minerva disse com cara de espanto. – Sei que não é de Hogwarts, mas nós temos regras aqui. É inadmissível aparatar... por Merlin... ficará de cast...

— Professora, precisamos de ajuda. – Zarina disse ofegante antes mesmo de que a professora continuasse.

Snape, Hagrid e Minerva aparataram na floresta; mesmo com tudo acontecendo os professores proibiram Zarina de aparatar de volta, então ela teve que voltar correndo.

— Oddete? Como... – Minerva disse ao encontrar o Prof. Lamartine desmaiada. – Onde está Dumbledore? Hagrid, vá chama-lo, AGORA!

—... sim... ela mesma... – uma voz grossa e roca disse. O ar ficou gelado de repente. Um homem de capa negra fosca surgiu flutuando dos arbustos ao lado de Oddete, ainda desacordada.

Sem pensar, Minerva levantou sua varinha.

— Estupore! – ela gritou, mas uma barreira transparente brilhou em torno do homem e o feitiço de Minerva explodiu contra ela, que foi jogada para trás.

Zarina estava sem forças para andar mais, porém ao chegar à floresta, não parou de correr, e em meio a toda confusão ela conseguiu chegar até onde Harry estava.

— Harry, os Professores estão lá na entrada da floresta.

— Por que demorou tanto? Eu não... não consigo... – ele disse apontando para Rony.

— Os professores, estão na entrada floresta... – ela sibilou novamente.

— Eles sabem como curar o Rony – Harry afirmou otimista, mas ainda ofegante. – Vou até lá – ele pôs a mão em seu bolso para pegar sua varinha, mas lembrara que esta estava com Goyle.

“Minha varinha” ele rosnou para si mesmo indo em direção a Goyle.

— Estupefaça! Estupefaça! – Zarina gritou e logo em seguida Crabbe e Goyle foram arremessados para longe.

Harry ficou boquiaberto com a atitude da menina, tentou falar alguma coisa, mas não conseguiu emitir nenhum som.

— Não ia conseguir sozinho, admita – Zarina se explicou enquanto andava até Rony e Hermione.

— Agora vamos apar...

— Não, Harry. Na entrada está um homem muito estranho, a Prof. Lamartine está desacordada.

Harry abria a boca para falar várias vezes, e Zarina o cortava novamente:

— Não! Harry, você vai aparatar com Rony e Hermione até a enfermaria, se ele perder mais sangue ele vai...

— Eu sei – ele a interrompeu para que ela não precisasse falar que Rony poderia morrer.

Em questão de milésimos, Harry desapareceu com Rony e Hermione, e Zarina correu de volta para a entrada.

Snape parecia temeroso, mas não fraco, ergueu a varinha para o homem em meio a fumaça negra, e sem quase mexer os lábios, ele disse:

— Expulso – o raio de luz de saiu da varinha de Snape colidiu com aquela espécie de gaiola transparente que protegia aquele homem. A medida que Snape investia mais força e concentração na varinha ele parecia ficar mais fraco.

— Expulso! – Minerva gritou ao se levantar, e igualmente a Snape ela se concentrou.

3...2...1...BANGUE! Todos os dois depositaram suas forças nas varinhas, a bolha de proteção envolta do homem começou a brilhar e uma rachadura se formou no canto inferior direito, e quanto mais força era investida por Snape e Minerva, mais rachaduras se formavam na barreira.

 

Harry aparatou na enfermaria.

— Madame Pomfrey! – ele gritou com desespero na voz.

— Harry? – a enfermeira disse assustada. – O que aconteceu? Por acaso você acabou de aparatar? Mas é imp...

— Hermione desmaiou com um Dementador. – Harry respondeu enquanto fazia força para colocar Rony na maca ao lado. Pomfrey se calou na hora.

— E o garoto? – Madame Pomfrey perguntou enquanto colocava a mão na testa de Hermione.

— Sectosempra – Harry informou.

— Meu Merlin, você alunos são loucos, sorte nossa que ainda não colocaram fogo na escola – ela se exaltou, mas prosseguiu. – Vulnera Sanentur... Vulnera Sanentur... – ela disse com a sua varinha no local de onde estava saindo sangue.

— Ele vai ficar bem? – Harry perguntou ofegante.

— Certamente. – uma voz roca porém conhecida ecoou pela entrada da enfermaria. Dumbledore se aproximou dos quatro. – Não temos Madame Pomfrey aqui a toa. – ele disse gentilmente, fazendo Madame Pomfrey corar.

— Enerv...

— Espere, Madame. – Pomfrey ia fazer um feitiço para acordar Hermione, mas foi interrompida por Dumbledore. – Deixe-a repousar, ela vai acordar bem, mas garanta-me que ela acordará com barras de chocolate ao lado dela – ele riu.

Rony, que acabara de ser curado, tentou entender a situação enquanto fazia um esforço para levantar-se da maca.

— Enquanto isso eu e Harry vamos voltar par...

— Nada disso, Sr. Weasley, você ficará aqui, perdeu muito sangue precisa repor as energias – Dumbledore o interrompeu enquanto preparava um chá.

— Exatamente – Harry concordou. –, você fica e eu vou para...

— Negativo, Harry, tenho certeza de que a confusão tem muitos detalhes, quero que me conte tudo. – Alvo o interrompeu, fazendo um sinal com a cabeça que Harry entendeu na hora, Dumbledore estava chamando-o para ir até a sala dele e explicar o ocorrido em mínimos detalhes, então acompanhou o professor até a saída da enfermaria.

— Mas não vamos fazer nada? Tem mais pessoas na floresta e...

— Já fui até lá, Harry. Tenho certeza de que Minerva e Severo darão conta do mal-entendido.

 

BANGUE! A barreira explodiu.

— Profª Lamartine! – Minerva foi até a professora. – Enerva... – ela disse com a varinha e Oddete acordou assustada.

— Minerva! Neville! – Oddete murmurou olhando para os alunos em sua volta.

— O que aconteceu professora? – Dino Thomas perguntou com a voz falha.

— Desde o início da prova... eu não me lembro – ela disse pausadamente.

— Atenção! – Minerva gritou. – Quero todos os alunos, da Lufa-Lufa, Sonserina, Corvinal, Grifinória e outras escolas que participaram dessa prova no Grande Salão imediatamente – todos obedeceram, mas cochichavam enquanto iam até o Salão.

 

Rony obedecera a Dumbledore, e ficara na enfermaria. Tentou cochilar várias vezes, mas estando ciente do que estava acontecendo, era impossível dormir.

Ele ficou andando pra lá e pra cá, abrindo os armários da enfermeira, — que estava ausente no momento, Rony sabia como Madame Pomfrey era extremamente rígida com suas coisas. – e sem olhar, de repente esbarrou em uma pilha de caixas com remédios dentro, fazendo a maior bagunça.

— Rony? – uma voz fraca e aguda ecoou pela sala.

— Hermione! Você acordou! – ele disse indo até a cama que ela estava.

— É o que parece – ela respondeu. –, agora eu vou sair daqui e você não vai falar para ninguém...

— Não, não pode, tem que ficar aqui e descansar. Coma um chocolate.

— Não vai me dizer o que eu devo ou não fazer – ela disse enquanto andava para fora da enfermaria.

— Eu estou tentando te ajudar, por que está tão brava?

— POR QUÊ? – ela gritou. – Achou muito confortável dar uns amassos na Lilá bem na minha frente?

— Foi ela que... Poxa, nós três estávamos conversando normalmente...

— Claro, estávamos. Até aquela louca chegar e te transformar num boneco de treinar beijos. E se você quer saber, tudo ficou muito pior quando eu tentei fazer o feitiço do Patrono, não consegui e sabe o que aconteceu? Pergunte, Ronald. PERGUNTE O QUE ACONTECEU!

— O que aconteceu, Hermione? – bufou ele.

— Eu desmaiei. E sabe por que eu não consegui fazer o feitiço do Patrono? Por que eu estava com você na cabeça, Ronald. Você beijando aquela tonta fez com que eu não conseguisse pensar em algo fortemente bom.

— Agora a culpa é minha?

— É claro que é. Se você não tivesse feito o que fez bem na minha frente, eu não teria desmaiado, e não seria uma inútil naquela briga, poderia ter ajudado Harry ou até mesmo você...

— Acha mesmo? – ele perguntou.

— Acho, e sabe por que eu não aceitei o convite do Krum logo que ele me convidou ano passado? Por que eu tinha esperança de que você me convidasse, já que você queria tanto saber – o rosto dela estava começando a ficar vermelho, assim como seus olhos.

— Por que você iria comigo? O amigo idiota do grande Harry Potter. E por que estamos falando disso agora? Não foi você que me disse para superar?  – Hermione ignorou o comentário de Rony e continuou falando:

— Quer saber? Eu estava muito feliz naquela noite, dançando e me divertindo, com os meus amigos, e você conseguiu fazer com que eu acabasse chorando. Achei que você já tinha crescido em relação a isso.

— Você está realmente falando sobre o ano passado? E você diz que eu não cresci. Claro, por que você realmente pareceu muito infeliz dançando com o Krum.

— O qu... – ela gaguejou, mas ele não a deixou continuar.

— Sabe de uma coisa? Você não sabe o que quer Hermione, acha que eu não vi sua visão naquele lago? Sim, eu vi. Eu me vi beijando aquela garota — Rony percebeu que os olhos de Hermione estavam segurando algumas lágrimas. — Você não sabe se me quer, quer o Krum ou o Malfoy.

— O Malfoy?

— Sim, ou vai dizer que não adorou chama-lo de “meu amor”?

— Mas... Com... Então ninguém te contou... – ela suspirou enquanto sentava em uma maca. — Eu estava sob uma poção do amor, Ronald. Uma poção que ele colocou na minha boca...

— Poção?

— Sim, Ronald. Uma poção. Mas estávamos falando de você e da Lilá. E por que, Ronald? Me responde. Pra que fazer aquilo na minha frente?

— E por que você se importa?

— PORQUE EU MEU IMPORTO COM VOCÊ? Porque eu simplesmente me importo, seu idiota. Que droga, Ronald! Por que acha que uma droga de uma cicatriz apareceu em volta da droga do seu pulso quando eu recitei a droga daquele poema? – Agora Hermione gritava. – VAMOS! RESPONDA!

Os dois ficaram em silêncio por quase um minuto, até que Rony se aproximou dela rapidamente, pisando forte, dando até um certo medo em Hermione. Os dois estavam a alguns centímetros de distância, Rony começou a se aproximar mais da menina.  

Ambos desistiram.

— Ainda não consigo acreditar que você fez o que fez — Hermione murmurou com voz de choro.

— Como assim?

— Já tínhamos nos beijado, Rony — confessou ela, tentando desviar seu olhar dos olhos do garoto. — Eu realmente achei... que... Pff, e você de repente aparece namorando ela?

Rony enxugou com a ponta de seus dedos as lágrimas no rosto de Hermione. Ainda com uma expressão extremamente furiosa e triste, Hermione tirou as mãos de Rony de seu rosto, andou para trás e murmurou em um tom quase inaudível:

— Você está namorando, não está? Lilá deve estar preocupada com...

— Uon-Uon! – uma vozinha incrivelmente aguda gritou. Hermione e Rony olharam para a porta e acharam uma desesperada Lilá Brown.

— Lil... – Rony mal pôde concluir a frase quando Lilá se jogou em cima dele em um apertado abraço, logo depois começou a distribuir beijos por todo rosto de Rony. Quando se acalmou e concluiu que interrompera uma situação importante, Lilá saiu do abraço e disse:

— O que estava fazendo com ela? – ela apontou para Hermione.

— Nós dois nos machucamos tentando salvar Harry enquanto você deveria estar tentando estuporar um Goblin – Hermione desdenhou. – Então é bem lógico que fiquemos na enfermaria.

— Tá bom... – Lilá murmurou olhando para Hermione com nojo. – Vem, Uon-Uon.

E Hermione observou Rony e Lilá saírem abraçados da enfermaria, mas ela pôde jurar ver o ruivo olhar para trás antes de passar pela porta.

 

 

— Draco Malfoy...?

— Sim, Professor, eu achei que ele estava correndo para terminar a prova, mas ele veio na minha direção, e eu não sei o por quê – Harry explicou a Dumbledore.

— E o que explica esse roxo na sua testa? – Dumbledore apontou para o machucado na testa de Harry.

— Quando eu e Draco ficamos sem nossas varinhas, eu achei que ele ia parar e ir embora, e ele meio que me atacou, tipo... me batendo – Harry explicou envergonhado.

— E você revidou?

— Não podia ficar sem fazer nada, não tinha escolha – ele tentou se defender.

— Nós sempre temos uma escolha, Harry... – Dumbledore disse. – Mas de qualquer jeito, já passou. E boa parte do que aconteceu nunca deveria ter acontecido. Como... como vou falar com o Ministério para saber o que aquele Dementador estava fazendo aqui? Eu disse com clareza que não queria mais nenhum daqueles... daqueles monstros perto dos terrenos de Hogwarts. – Dumbledore pareceu começar a falar sozinho.

“E o que aconteceu com Crabbe, Goyle e Draco? Sei muito bem da rixa de vocês, mas nunca achei que eles chegariam ao ponto de machuca-los assim, bom... terei um enorme trabalho pela frente.

Depois de muito tempo na sala de Dumbledore explicando o que havia acontecido, Harry se levantou e disse:

— Professor peço licença, preciso ir, quero ver como Rony e Hermione estão.

— Estamos bem – Hermione apareceu.

— Que ótimo! – Dumbledore disse sorridente. – Mas... Harry... – Dumbledore o repreendeu. – Como ela sabe a senha da minha sala? – ele perguntou fitando Harry pelo seus oclinhos de meia-lua, mas depois deixou escapar uma discreta risada. – Tudo bem, essa eu deixo passar – ele piscou para Harry. –, agora vão para o Salão Principal, a Professora Minerva convocou todos os alunos que realizaram a prova de hoje.

— Sim, professor – os dois responderam ao mesmo tempo.

Eles estavam prestes a sair da sala quando Dumbledore disse:

— Harry...

— Sim? – ele se virou.

— Tome cuidado, tente ficar o mais longe possível de brigas, tanto mágicas quanto físicas, não queremos outra cicatriz na sua testa.

— Sim, Senhor – Harry assentiu com a cabeça e foi embora.

Harry e Hermione não falaram nada o caminho inteiro. A cabeça de Harry latejava de dor e seus ossos também. Ao chegarem no Salão perceberam que todos estavam os esperando.

— Senhorita Granger e Senhor Potter, eu disse claramente que queria todos os alunos aqui imediatamente, onde estavam? – Minerva perguntou séria.

— Na sala do Professor Dumbledore, Profª McGonagall. – Harry respondeu com o peito estufado.

— Fui atacada por um Dementador e estava repousando na enfermaria – Hermione também disse em voz imponente e quando os dois se justificaram, Minerva pareceu se acalmar e compreender o atraso deles.

— Sentem-se – ela disse. – O ocorrido de hoje é algo gravíssimo. É óbvio que não vamos deixar isso passar. Esse não é o espírito de Hogwarts, o espírito que ensinamos a vocês. Os alunos que se feriram já foram curados, e os culpados serão punidos. Quero chamar o Professor Severo Snape para falar os nomes dos envolvidos nessa tremenda... bagunça, claramente, os que estão manchados de preto. Se chamarem seu nome se dirija até a frente do salão. – Snape foi até onde

Minerva estava, abriu um pergaminho e começou a falar os nomes:

— Gregory Goyle, Cho Chang, Zarina Kênia, Draco Malfoy, Hermione Granger, Harry Potter, Ronald Weasley, Rosalie Fleur, Vincent Crabbe, Neville Longbottom e Simas Finnigan.

Os onze alunos se dirigiram cabisbaixos até a frente do salão.

— Os demais alunos podem sair – Minerva autorizou, e depois murmurou para os envolvidos: – Estou extremamente desapontada com vocês.

Os onze alunos se sentaram na sala dos professores; o Professor Flitwick (diretor da Corvinal), Professor Snape (diretor da Sonserina), Professora McGonagall (diretora da Grifinória), Professora Pomona Sprout (diretora da Lufa-Lufa) e Alvo Dumbledore (diretor de Hogwarts) estavam em pé na frente dos alunos.

— Nós íamos entrevistar vocês um por um, a sós, mas preferimos fazer isto em grupo, para que não haja mentiras – Dumbledore disse calmo.

— Simas Finnigan, o que foi que você exatamente fez? – Minerva perguntou.

— Quando vi que Crabbe e Goyle estavam indo em direção a Hermione, eu disse para eles... bom... enfrentarem alguém do tamanho deles – Simas respondeu, envergonhado. – Mas logo depois Goyle jogou Estupefaça em mim.

— Bom, por ter somente tentado ajudar uma amiga... – Minerva parou de falar para que, se alguém tivesse algo contra o depoimento de Simas, falasse agora, mas ninguém se manifestou. – Ótimo... está liberado, boa-noite – e Simas saiu da sala quase correndo.

— Neville Longbottom, e o senhor? – Minerva perguntou.

— E... eu... bom... eu... – ele gaguejou. – Quando Simas ficou desacordado... – ele disse cabisbaixo. – Eu o tirei do meio da confusão, quer dizer, o arrastei para um canto.

— Quis ajudar seus amigos, ajudou Simas. Também está liberado – Minerva balançou a cabeça. – Boa-Noite. Rosalie?

— Nada — Draco praticamente rugiu. Olhando com raiva para McGonagall.

— Com licença, Sr. Malfoy. Mas perguntei para a Srta. Bryce.

— Bem — começou Rosalie, com a voz firme. —, eu mandei os meninos pararem de brigar. Depois levei Draco, ainda desacordado, até a entrada da floresta.

— Impressionante, Srta. Bryce. Foi um bom ato, está dispensada.

— Tchau — murmurou Rose para Draco em um tom quase inaudível, então ela se dirigiu até a saída.

— Cho Chang – Professor Flitwick disse. – Comece.

— Bom, eu vi Hermione desmaiada e fui até ela para ver se podia ajudar, mas ela já... bom... não tinha o que fazer... – Cho iniciou. – Então eu vi Harry e Malfoy brigando, mandei eles pararem e Draco me ameaçou. – ela disse com medo.

— Certamente você não fez nada de errado. Boa-Noite. – Flitwick disse.

— Vincent Crabbe – Snape disse sem quase mover a boca.

— Eu e Goyle pegamos ela pelo braço – Crabbe indicou Hermione com a cabeça. – Mas logo depois a soltamos. Eu não fiz nada mais, depois essa Zarina me jogou Estupefaça e eu desmaiei. – Crabbe admitiu.

— Perderá cinco pontos por tentativa de agressão à Srta. Granger – Crabbe arregalou os olhos.

— Da Srta. Kênia nós cuidamos depois, dispensado – Severo respondeu com rispidez. – Gregory Goyle...

O garoto não disse nada, então Snape prosseguiu.

— É verdade que desarmou o Sr. Potter, agrediu a Srta. Granger do mesmo jeito que Vincent Crabbe, usou Estupefaça em Simas Finnigan e usou o feitiço proibido Sectosempra em Ronald Weasley? – Snape se aproximou de Goyle e com um olhar ameaçador fixou seus olhos nos do garoto.

— Sim – Goyle falou.

— Menos cem pontos para a Sonserina, ficará com zero em Defesa Contra as Artes das Trevas pelo resto do ano e comunicarei aos seus pais que você ficará suspenso por dez dias, e por suspenso quero dizer que passará à limpo todos os documentos velhos de Hogwarts. Dispensado – Goyle se levantou e saiu da sala em absoluto silêncio.

— Draco Malfoy... – Severo disse pausadamente. – Creio que seu orgulho fala mais alto que sua honra, e terei que mencionar o que você fez, em vez de você mesmo admitir – o garoto não respondeu. – Você atacou o Sr. Potter e, quando ficou sem sua varinha, o agrediu fisicamente, ameaçou Cho Chang, e logo depois foi atacado por Zarina Kênia, correto?

— O que você acha? – ele falou olhando fixamente para o chão.

— Menos quinze pontos para a Sonserina. Detenção na minha sala todos os domingos às 10h45min. Suma.

Só estavam na sala Zarina, Hermione, Rony, Harry, a Profª Minerva, Snape, Flitwick, Sprout e Dumbledore.

— Não vou pedir para darem o depoimento de vocês – Dumbledore disse, o que fez Minerva arregalar os olhos em uma expressão absurda. – Harry já me explicou tudo nos mínimos detalhes. A Grifinória perderá trinta pontos. Boa n...

— Perdoe-me professor – Snape disse em objeção. – Não duvido do seu critério de avaliação em relação aos alunos, porém confio em Potter o tanto que confio no Lorde das Trevas, por favor, quero ouvir o que os quatro tem a dizer.

— Claro, Severo... claro – Dumbledore disse em voz baixa, cansado. – Por favor, sentem-se.

— A culpa não é minha – Harry começou, sabia que Snape queria ouvir detalhe por detalhe do que ele tinha para dizer, pois caso houvesse algum deslize, ele poderia descontar na Grifinória e no próprio Harry. – Estava fazendo a prova normalmente, faltavam alguns metros para eu acabar e Draco vinha correndo do outro lado, mas quando vi, ele estava com a varinha apontada para mim e...

— Já ouvi o suficiente, Potter. – Snape o interrompeu, o que impressionou a todos na sala. – Senhorita Granger.

— Um dementador apareceu e eu desmaiei – disse ela, nervosa.

— Engraçado, por que ele não te deu um beijo? – Snape refletiu em voz alta. – Não é natural dos dementadores deixarem um alvo passar...

— O que está insinuando, Severo? – Minerva ergueu seu tom de voz.

— Impressionante como a Senhorita Granger, pelos seus relatos, não fez nada, mas mesmo assim está com a mancha negra. Pode me explicar? Não é a menina que sabe todas as respostas?

— O que...? – ela gaguejou.

— Hermione não fez nada, sabem disso, não sabem, professor? – Rony se intrometeu, perguntando a Dumbledore.

— Com licença, Sr. Weasley, mas estou falando com a Senhorita Granger, como voc...

— Basta, Severo! Basta, o que acha que essas crianças fizeram? Por Merlin... onde já se viu? São só alunos. – Dumbledore se impôs.

— Com todo respeito, Professor, mas são alunos que abriram a Câmara Secreta e se envolveram com Siriu...

— Basta! – Dumbledore gritou mais uma vez, dessa vez deixando um eco no ar.

— Zarina Kênia, você concorda que...

— Por céus, Severo – Minerva começou. – Ela nem é de Hogwarts.

— Mas está envolvida – Snape disse, imóvel.

— Severo – Dumbledore gritou. – Eu já decidi que são menos trinta pontos para a Grifinória. Menos dez para cada aluno envolvido.

— Com todo respeito, professor, mas eles são quatro. Potter, Weasley, Kênia e Gran...

— Hermione Jean Granger não fez absolutamente nada além de ser atacada por um dementador, que por sinal, Severo, peço que você vá constatar o Ministério agora mesmo para ter certeza absoluta do porquê esses monstros estarem a menos de dez mil quilômetros de distância do perímetro da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. Muito obrigada. E repito: Boa-noite.

A sala ficou em silêncio absoluto. Harry nem tinha percebido que estava prendendo a respiração. Dumbledore nunca gritara assim com ninguém, pelo menos não na presença de Harry ou de algum aluno.

— Professor, eu...

— Eu disse, boa... noite! – Dumbledore sibilou mais uma vez.

Os quatro saíram da sala apressados, cabisbaixos e cansados, nenhum falou alguma coisa, silêncio total por quase quinze minutos, até chegarem na sala comunal da Grifinória.

— Bom, tenho certeza que isso não acontece em Uagadou todos os dias, não? – Hermione perguntou a Zarina.

— Ah, claro – Zarina riu. – Agora vou indo, Mione, boa-noite – Zarina cumprimentou Hermione com um beijo na bochecha e Harry e Rony com um aceno. Os três observaram a mulata esbelta subir as escadas para o dormitório feminino da Grifinória.

— Bonita, não? – Hermione comentou para Harry.

— Ãhm... – Harry se sentiu desconfortável em responder a verdade (sim), então, gaguejando, ele respondeu: – se você diz... – tentou rir. Hermione sorriu de volta.

— Então, tem alguma hipótese do motivo de Malfoy ter nos atacado desse jeito? – Rony quebrou o silêncio sussurrando enquanto conferia se ninguém estava envolta para poder escutar a conversa.

— Não acho que o Malfoy tenha feito isso – Hermione disse olhando para a fogueira estalando. – Quero dizer...

— O quê? Claro, a culpa é do Goyle que me fez sangrar até a morte. – Rony disse sarcasticamente.

— Não disse isso, Rony – ela tentou se defender. – Ia dizer que...

— Claro que não, está defendendo ele, Hermione?

— RONALD! – ela gritou. – Me ofende você pensar que eu defenderia Malfoy em algum momento – ela sussurrou indignada.

— Gente, para que gritar? – era a voz de Gina, a ruiva veio descendo as escadas enquanto arrumava o cabelo rebelde e esfregava seus olhos sonolentos. – Dá para escutar vocês do nosso quarto, Mione.

— Rony acha que eu estou defendendo o Malfoy – Hermione dedurou o amigo como se Gina fosse a mãe deles.

— Então o que quis dizer com “Não acho que Malfoy tenha feito isso”? – Rony quis saber.

— Quis dizer que não acho que tenha sido por vontade própria – ela disse, emburrada novamente.

— Acha que ele está sendo forçado? – perguntou Harry, tentando ignorar a discussão.

— Pode ser – ela murmurou – Mas de qualquer jeito, o que ele faz ou deixa de fazer não é problema nosso, não aguento mais ouvir o nome ou qualquer coisa relacionada a esse infeliz. Vamos, Gina – ela disse enquanto se levantava e ia direto para a escada que dava até o dormitório feminino.

— Calma, Hermione – Rony disse, ela parou de andar mas não se virou para ele.

— O que quer? Vai me interrogar perguntando o que eu acho do Malfoy e o quanto eu sou horrível para ficar do lado dele e contra vocês?

— Chega, não me importo se vocês querem ou gostam de brigar. Mas eu não aguento mais. – Gina se aproximou dos dois, que estavam a um metro de distância.

— Isso é besteira, Harry – Rony murmurou. Hermione ainda estava de costas para os dois. – E Hermione, você est...

— Não fala nada – ela resmungou se virando para eles. – Não fala mais nada, se pensou assim de mim... tem seus motivos. Boa-noite. – e sem dizer mais nada, foi para seu quarto. Gina balançou a cabeça para Rony, reprovando a atitude do irmão.

— Eu não suporto mais isso. – Harry lançou de uma vez, e em seguida foi até o dormitório masculino, deixando Rony sozinho na sala comunal.


Notas Finais


ENTON??? BAFON NÉ???? Kkkkkk, juro que vou tentar ser rápida no próximo hein!!! Kkkkk, COMENTEM E FAVORITEM PELO AMOR DE DEUS KKKKKKKK. Amo vcs!!!! Um beijo com cheiro de unicórnio e até a próxima...
Nox.


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