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História Harry Potter e o Mentor das Trevas - Capítulo Bônus


Escrita por: MayChagas

Notas do Autor


Então, Olá.
Acabei de me apossar do computador do meu vizinho para poder consertar o capitulo porque estava acabando comigo.
Rs.

Agradeçam a:
- Caverinha;
- Alma_matter;
- amanoichigolu.

E também a Lewin, que foi a primeira a supor que esse casal existiria. Sentindo saudades de seus comentários.
Enjoy.
Betado por @smjkbien. Muito obrigada.

Capítulo 77 - Capítulo Bônus



O céu estava escuro lá fora, ele havia dispensado a classe a algumas horas, mas decidiu ficar na sala e verificar suas redações antes de buscar algo para comer. Corrigir exercícios era ao mesmo tempo maçante e muito divertido, a estupides de alguns alunos só podia ser comparada a criatividade de outros, as coisas absurdas que escreviam as vezes o faziam rir tanto que ele dava uma boa nota, ele gostaria que seus próprios professores houvessem recompensado sua criatividade.

Ele ouviu o som da porta se abrindo e o olho magico girou na orbita para checar quase sem um comando consciente, as vezes ele podia jurar que a coisa tinha mente própria e era tão paranoica quanto seu dono original. Quando ele viu quem era seu visitante, mesmo através do encanto de desilusão, não pode conter o sorriso zombeteiro.

- Você não deveria estar aqui. – Alertou ele, fingindo ainda estar concentrado apenas nas redações.

- Estou ouvindo coisas assim desde que aprendi a andar. Junto com “Você não deveria ter feito isso” e “ Isso não é assunto seu”. – Respondeu o visitante, seu sorriso igualmente zombeteiro e alguns tons mais irritante.

- Ainda assim você nunca pensou em escutar.

- Você me conhece, minha teimosia é lendária. – Riu o outro.

- Ao menos feche a porta, sei que não sou considerado a pessoa mais sã do castelo, mas ser pego conversando com o nada em uma sala vazia vai chamar atenção desnecessária. – Respondeu o mais velho e imediatamente ouviu a tranca soar sobre a porta e um feitiço de privacidade ser lançado.

- Se você queria ficar sozinho comigo só precisava pedir. – Cantou o outro sentando-se sobre a mesa do professor, agora completamente visível, ele puxou a redação no topo da pilha para si e deu uma olhada preguiçosa antes de tê-la puxada para longe outra vez.

- Tem algo especifico que você queira de mim? Ou só tem a intenção de me irritar?

- Talvez você queira reformular essa pergunta, porque responder a primeira vai contribuir para veracidade da segunda. – Respondeu o homem sobre a mesa, seu sorriso se tornando ainda maior.

- É sério, Barty, o que você quer? – Questionou o outro, estalando seus ossos e sentindo a prótese de madeira repuxar de forma dolorosa – Droga!

- Eu estava entediado. Não há muito para se fazer no castelo quando ninguém pode te ver. – O loiro deu de ombros, ainda olhando fixamente para o mais velho, o rosto falso e deformado estava exibindo uma careta de desconforto – É a perna outra vez?

- Não vejo a hora de voltar a ser eu mesmo e me livrar dessa coisa maldita. – Reclamou o professor batendo na prótese de madeira e sentindo a base morder a perna.

- Já sabe o que vai fazer quando isso acabar? – Inqueriu o loiro em tom de conversa.

- Não. – Disse Moody/Sirius com sinceridade – Talvez eu volte para personificar o próximo professor. Um com ambas as pernas dessa vez.

- Pensei que ia querer um pouco mais de liberdade. Ver o mundo, compensar o tempo perdido.

- É isso que quer, não é?!

- É claro. Estou trancado de uma forma ou de outra nos últimos treze anos. – Admitiu Barty – Tenho uma vida inteira para compensar. Você não tem?

- Obvio que sim. Mas tenho outras prioridades no momento.

- Harry?! – Perguntou o loiro, Sirius não disse nada, mas ele não precisava dizer, Barty sabia a resposta – O garoto está indo muito bem se você quer saber. Não é como se precisasse de alguém para cuidar dele.

- Ele é uma criança. É claro que precisa de alguém cuidando dele. – Contestou o mais velho, mas não estava irritado, parecia mais magoado que qualquer coisa – Eu deveria ter estado lá para ele quando seus pais morreram. Deveria estar tentando mais...

- Para com toda essa crise de culpa. Eu sei o que aconteceu naquele dia, lembra-se?! Eu sei até onde você foi para salvar seus amigos. Não é culpa sua toda a merda que aconteceu depois.

- É culpa minha por ter sido tão cego antes... Você e Régulos sempre tentaram abrir meus olhos e eu com toda a minha teimosia e arrogância só os empurrei para longe, me recusei a ouvir. – Sirius estava ofegante, pesado de tristeza e culpa – É minha culpa que ele esteja morto.

- Também é sua culpa que seus pais eram imbecis preconceituosos, estúpidos e agressivos que fizeram você ter nojo de tudo que é das trevas, inclusive sua própria magia. E que seus colegas de escola te tratavam como um lixo traidor, e também que seu melhor amigo pertencia a uma das poucas famílias da luz que realmente merecia respeito e consideração e que te ofereceram muito mais apoio que qualquer um tinha oferecido antes. – Disse o loiro, acenando no ar despreocupadamente – Oh, e não esqueça da culpa intransferível por não estarem servindo pudim essa noite...

- Você precisa ser tão imbecil o tempo inteiro?! – Perguntou o mais velho, mas já estava sorrindo outra vez.

- Não. Só 60% do tempo. Ou o tempo que passo com você. – Respondeu ele calmamente, eles ficaram calados por algum tempo, até que Barty tomou coragem de falar outra vez – Ele nunca culpou te culpou, você sabe, por escolher o outro lado. Ele entendia o que seus pais fizeram com a sua cabeça.

- Não justifica. – Suspirou Sirius – Eles eram horríveis para ele também e nem por isso ele se tornou um imbecil teimoso que se recusava a ver as falhas dos próprios líderes.

- Seus pais nunca foram tão ruins com ele... Afinal, Régulos sabia quando calar a boca e concordar...

- Algo que você nunca conseguiu aprender com ele. – Implicou o professor e Barty riu audivelmente, jogando a cabeça para trás em deleite.

- O que posso dizer?! Meu ídolo sempre foi você. – Disse o loiro batendo os cílios de forma teatral, Sirius empurrou o outro para fora da mesa o que só o fez sorrir mais alto.

- Vai fazer algo para irritar outra pessoa. Eu tenho que terminar com essas redações.

- Eu não tenho mais ninguém para irritar. Harry está treinando com os outros e ele ainda está irritado comigo pelo lance do beijo e eu não quero ficar do lado errado de sua varinha, por assim dizer. Então só me resta você.

- E eu aqui pensando que você queria minha companhia. – Bufou Sirius.

- Oh, não fique assim. – Lamuriou-se Barty voltando para mesa e se sentando mais perto dessa vez – Eu sempre vou escolher você primeiro.

- E isso é o que realmente irritava Régulos... – Riu Sirius com as memorias que inundaram sua mente – Ele vivia me acusando de seduzir você com magia ou coisas assim.

- Como se você tivesse que recorrer a esse tipo de artimanha para seduzir alguém em qualquer momento de sua vida. – Foi a vez de Barty bufar de desgosto – Merlin, como eu odiava sua lábia, você só precisava piscar duas vezes para ter quem quisesse. Todo mundo simplesmente se apaixonava por você.

- Não todo mundo. – Agora o humor de Sirius estava um pouco mais sombrio, o olhar distante e saudoso.

- Ah, é claro, o eterno drama, você e seu lobisomem. – Barty revirou os olhos – Achei que a essa altura vocês dois já tivessem protagonizado seu reencontro épico e apaixonado. Estou errado?

Barty tinha visto o lobo na mansão Black quando o Lorde das Trevas o estava ajudando a normalizar sua magia. Eles não trocaram mais do que dez palavras, verdade seja dita, Barty odiava o homem, não que ele tivesse uma razão real para isso, Remus Lupin era a criatura mais perfeitamente dócil e amável da história, era impossível não se encantar com ele se você se permitisse conhece-lo, e foi por isso que o loiro sempre manteve distância, ele precisava continuar odiando Remus e tudo que ele significava para Sirius.

- Não há qualquer reencontro apaixonado para acontecer. – Respondeu Sirius amargamente.

- Serio?! Depois de toda a história heroica de passar trezes anos preso injustamente por tentar salvar seus amigos... eu achei que vocês teriam passado um mês inteiro na cama, saindo apenas para se alimentar e tranca-lo em um quarto escuro durante a lua cheia. – Sirius rosnou em resposta e Barty soube que tinha ido longe demais, mas isso sempre acontecia quando Remus surgia na conversa, ele simplesmente não conseguia se controlar – Desculpe.

- Barty, de verdade, eu preciso terminar com essas redações e você está me distraindo. Vá treinar, ou qualquer coisa, eu só preciso ficar sozinho agora.

Barty tentou pensar em algo espirituoso para dizer, mas nada lhe veio a mente, então ele só acenou uma despedida, se levantou da mesa e se desiludiu antes de atingir a porta. Ao menos Sirius não tinha dito a ele para nunca mais voltar. Ele era bom em se alegrar com as pequenas coisas quanto tinha haver com Sirius, afinal, as pequenas coisas foi tudo que ele sempre teve.


Notas Finais


Espero que vocês tenham gostado, mesmo com a formação bosta.
Esperando ansiosamente pelos cometários.
Se'U


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