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História Harry Potter e os entes amaldiçoados - Segredo compartilhado


Escrita por: Crisfan

Capítulo 6 - Segredo compartilhado


O segredo compartilhado

 

Rony e Hermione estavam à mesa do café, ele devorando rabanadas, ela apressando-o, como sempre.

Semanalmente  Molly Weasley enviava uma coruja com notícias da família e claro, rabanadas para Rony. As quais eram literalmente devoradas!

O filho mais moço dos dois, Hugo, estava passando uma temporada na casa dos avós trouxas.

-Vamos Rony, estou com pressa, hoje tenho várias reuniões logo cedo! Termine logo sua refeição!

- Calma, estou quase acabando! Logo sairemos!- responde ainda mastigando.

Porém antes que Hermione pudesse retrucar uma coruja invade a sala e deixa  cair uma carta.

Ela percebe que a letra é de Harry. Olha com preocupação, fica muda por um instante, uma ruga de preocupação na testa.

Rony estranha  o silêncio da esposa, é sinal de que alguma ideia está passando por sua cabeça.

- O que foi? De quem é?

- De Harry, não entendo. O que poderá ser?

- Abra e saberá!

Por incrível que pareça ela obedece a sugestão deixando Rony surpreso. Ela sempre retrucava com ele. Em seguida passa rapidamente os olhos pelo pergaminho e lê em voz alta:

 

Hermione

Sei que nos vemos quase todos os dias no Ministério, mas surgiu algo novo e importante, precisamos conversar, pessoalmente e em particular. Venha à minha casa hoje à noite para jantarmos e porei você a par de recentes acontecimentos,  importantes e confidenciais.

                                                                                                              Harry Potter

_Convite para jantar! Ótimo faz tempo que não os visitamos! Mas ele poderia ter falado com você no Ministério. Porque tanto segredo?

-Acho que tem algo mais por trás deste jantar! E, além disso, não nos vemos todos os dias! Hoje tenho muitas reuniões, alias estamos bem atrasados! Vamos indo!

Enquanto falava já ia pegando a bolsa e o casaco de Rony e saindo para o corredor. Ele a seguia apressado.

Os dois foram juntos até o centro da cidade. Rony dirigia um carro de trouxas,  com grande habilidade, depois de conseguir uma vaga de estacionamento no movimentado trânsito matinal, cada um seguiu seu destino. Hermione para o Ministério e Rony para o Beco Diagonal.

Rony dirigiu-se para a loja que pertencera aos irmãos gêmeos, Fred e Jorge.

Depois da morte de Fred, Jorge, havia se retirado e agora trabalhava em casa, ainda tinha sociedade com Rony no comércio, mas a tristeza com a ausência do outro gêmeo acabara com o seu entusiasmo juvenil.

O nome do estabelecimento não havia sido trocado, fora idéia de Fred, e assim a Gemialidades Weasley  permanecia em funcionamento.  Jorge tinha uma oficina em casa, lembrava muita a que o pai tivera na Toca, atulhada de bugigangas. Era lá que criava os produtos e depois os enviava para serem vendidos na loja.  

 

Hermione se dirigiu à cabine telefônica próxima ao Ministério da Magia, entrou, discou 62422 e desceu rapidamente, enquanto  a cabine era substituída. Pensou aliviada que era melhor isto do que ter de enfiar os dois pés em uma privada!

Chegou com dez minutos de atraso na primeira reunião, todos os rostos viraram para ela quando entrou. Não pareciam muito satisfeitos. Mas se alguém tinha o direito de se atrasar esse alguém era ela!

 Lembrou de quando era jovem e  usara o vira-tempo, ela  nunca se atrasaria,se pudesse usá-lo agora!  Mas  entendia que manipular o tempo não era nada seguro.

 Como Ministra da Magia, tinha muitos compromissos, faltava tempo para suas coisas. Ainda gostava de pesquisar e desvendar mistérios. Desenvolvera um gosto especial pelas coisas ocultas, magia antiga, lendas e o universo das trevas. Afinal saber nunca era demais!

Depois que todos os vira tempo  haviam sido recolhidos e destruídos pelo Ministério não havia escolha, tinha que dispor do tempo igual a todos os outros mortais. E mesmo que não tivessem acabado com eles, ela  deveria ser a primeira a cumprir as leis!

Depois de um dia cheio de compromissos os dois já estão de volta ao lar e quase prontos para iram ao jantar na casa dos Potter.

Estão elegantes em seus trajes, e desta vez não irão se atrasar! Hermione está muito curiosa para saber que assunto é assim tão importante!

Chegaram ao Largo Grinmauld, número doze. Hermione ainda se encantava com as mudanças que haviam ocorrido na antiga residência dos Black.

Harry e Gina haviam se instalado na casa logo após o casamento. A herança deixada por Sirius estava sendo bem aproveitada, mas havia sofrido uma transformação  espantosa. A casa agora estava permanentemente à mostra, desfizera-se o feitiço de proteção quando Dumbledore se fora. Harry assumira como novo proprietário e Gina se dedicara por quase dois anos ao projeto de  reforma da casa.

Os pertences dos antigos moradores haviam sido banidos para um dos inúmeros andares que a casa possuía. Os retratos haviam sido limpos, apesar das reclamações de seus ocupantes e depois foram cobertos para a mudança. Eles nem haviam percebido a diferença. Depois o andar havia sido lacrado com magia e ninguém mais ia lá.

O restante da casa ganhara ares joviais, com móveis mais modernos, até com alguns itens dos trouxas, Gina não tinha nada contra eles. Procurava manter um estilo sóbrio para não desapontar quaisquer visitantes, fossem trouxas ou bruxos.

Foram até a entrada e deram duas batidas usando o batedor original, em forma de cobra, Gina fizera questão de manter algumas  coisas como sempre foram. O pequeno jardim estava encantador, cheio de  flores delicadas e coloridas  e ainda havia uma cerquinha pintada de branco!

“Muito trouxa, pensou Hermione, mas bonito!”

Foi Lílian quem atendeu a porta, estava muito bonita. Os cabelos alaranjados soltos pelos ombros, usava um vestidinho azul  e sapatos de verniz. Atirou-se nos braços de Rony sem cerimônia e foi logo perguntando:

- O que trouxe pra mim tio Rony?

- Olá, como vai pequenina? Sim eu estou bem, obrigada!- Rony sorria diante da alegria e da ansiedade de Lílian.

- Hoje trouxe uma coisa nova!- ele mete a mão no bolso e tira um pequeno embrulho.

A menina pega o pacotinho com mãos ligeiras e logo  descobre  um bonito laço colorido. Fica um pouco desapontada, esperava algo mais divertido. Mas agradece mesmo assim.

- Vamos Lily, experimente! – Rony encoraja a menina.

Ela vai até o espelho, coloca o laço no cabelo e ele começa a mudar de cor, mas não é só o laço que muda, o cabelo da menina também vai mudando de cor. Ela se alegra e vai correndo agradecer outra vez, agora muito mais animada.

-Eu adorei tio Rony, obrigada!

- E você queria trazer um livro, hein! –  Rony olha para Hermione e pisca o olho. – Eu não falei que ela ia adorar? Agora já posso dizer ao Jorge que o projeto foi aprovado!

Depois  que  Lilian se acalmou Harry falou:

- Sejam bem vindos, venham tomar algo para relaxar!

Hermione comenta sobre as mudanças na casa, estivera observando como estava arrumada e parecendo nova.

- Obrigada, deu um bocado de trabalho, mas ficou perfeita! – Gina parece satisfeita com o comentário.

- Agora é um lar de verdade, como Sirius desejou! Sabe achei que nunca fosse superar a saudade, mas Gina me convenceu que usufruir da casa era uma homenagem à sua lembrança e à sua dedicação a mim, e aos meus pais...

Faz-se um minuto de silêncio, como se fosse um momento de respeito ao lembrarem de Sirius. Porém o jeito  impaciente de Hermione se manifestou logo a seguir:

- Então Harry, você falou de um assunto urgente e... confidencial?

- Certo você mesma poderá julgar, leia a carta que Neville me enviou, depois contarei  a outra parte.

 Harry entregou a carta a Hermione e aguardou enquanto ela fazia a leitura. Bebericava o vinho devagar enquanto observava as expressões irem mudando no rosto da amiga. A certa altura ela parou de ler e olhou fixamente para Harry.

- Será mesmo possível, nunca soube de tal maldição! Você tem certeza de que não são delírios de Longbottom? – os olhos retomando a leitura, uma ruga se formara em sua testa.

- Como lhe disse, termine a leitura, depois discutiremos, preciso que ouça a outra parte dos fatos.- Harry aparentava estar levemente aborrecido, mas falava com voz gentil.

Ela concentrou-se outra vez na leitura. Rony e Lilian se divertiam mais adiante com alguns sortilégios que ele trouxera. Ajoelhados, como duas crianças, eles davam risadinhas.

Hermione acabara de ler e estava com um ar muito sério, contrastando com a alegria de Rony e Lílian.

- Você, realmente, acha que isto é possível? Acreditou em tudo isto mesmo? O quê mais você tem a me dizer?

A descrença de Hermione já estava incomodando um pouco, ele apressou-lhe a lhe relatar o que  tinha acontecido na casa dos Longbotton. Ela ouvia sem interromper, não deixando de notar os acenos positivos de Gina. Ao final olhou de Harry para Gina  e falou, cautelosamente:

_ Você é um funcionário do Ministério, esteve presente durante o ocorrido. Está me dizendo que Frank e Alice Longbottom recobraram o juízo e estão sendo mantidos na casa de Neville em sigilo?

- É isto mesmo! Neville disse que estão dispostos a falar ao Ministério. Mas me pediu ajuda e segredo sobre tudo: o que aconteceu, onde estão e  o mais importante, como eles estão! Você sabe, eles  sofreram para proteger a minha família, acho que devemos ajudá-los agora!

- Teremos que tomar algumas precauções, apenas os membros mais fieis deverão saber. Precisaremos de um plano e acima de tudo de um lugar seguro para ficarem. Mas antes precisamos interrogá-los e ver o que sabem. Se acharmos que é relevante nós os ajudaremos.

- Muito bem, agora que todos estão a par dos fatos, acho que podemos jantar!

 Gina chama todos para a mesa posta com capricho.

Os adultos se entreolharam e, como se fossem crianças, respondem em coro:

- Sim,   senhora Gina Potter! - sorrisinhos marotos estampam os rostos.

O assunto dos Longbottom foi deixado de lado. A conversa girou em torno de assuntos gerais e mais cotidianos, como a falta de tempo de Hermione, os meninos na escola e Rony não deixou  de comentar sobre o trânsito na cidade de Londres. A conversa  foi mudando e por fim Gina comentou das novas leis que protegiam os elfos domésticos, e o quanto haviam sido conseguidos avanços.

As famílias bruxas mais tradicionais estavam tão acostumadas com a forma como os elfos eram tratados, que a princípio foram contra as reformas. Mas Hermione era uma defensora destas criaturas, nunca desistiria de lutar por melhores condições de vida para eles. Depois de muitos debates e até algumas discussões acaloradas a lei fora instituída. Ela assegurava alguns direitos como o tratamento mais digno entre elfos e amos, o fim de castigos corporais e o direito à liberdade depois de certo tempo de serviços.

- Foi uma transição difícil, principalmente para os mais tradicionais, mas houve bastante apoio das novas gerações e só por isto a lei passou no conselho. Eles viviam como escravos e os mais jovens percebiam isto!

Então Hermione percebe que fora Gina que atendera-os e que Monstro, o antigo elfo dos Black, não estava mais por lá.

-Harry quis dar-lhe a liberdade. A verdade é que não nos sentíamos à vontade com a presença dele, depois ele jamais aceitaria as mudanças que fizemos, era muito apegado aos antigos donos, cultua aqueles retratos como se fossem os próprios patrões.

- Quando decidimos que faríamos uma mudança radical na casa tentei libertá-lo, mas ele disse que não tinha parentes e nem para onde ir, e depois não queria deixar os pertences de  seus senhores sem cuidados. Então recriamos a casa dos Black alguns andares acima e deixamos que ficasse tomando conta, desde que não interferisse em nossas vidas. Confesso que fiquei aliviado quando ele aceitou, desde então não o vemos mais, mas acho que ele, ás vezes, bem que dá uma espiada por aqui. - dava para perceber o desconforto na voz de Harry.

Conversaram ainda sobre quadribol e de como Rosa se destacara como apanhadora nos jogos, em Hogwarts.

Gina Havia caprichado no jantar e os amigos não deixaram de notar. Havia pãezinhos leves e saborosos, deliciosas batatas assadas com costeleta de cabrito, espaguete, com diversos tipos de molhos e saladas cozidas no vapor. As molheiras fumegavam com saborosos molhos, ao pesto, com linguiça, aos quatro queijos, branco com ervas e sugo. Beberam cerveja adocicada e Lilian suco de abóbora.

Para sobremesa Gina preparara uma receita de Molly Weasley, deliciosas tortinhas recheadas com vários sabores de geléias.

Rony estava maravilhado.

- Gina você cozinha igual a mamãe, estou me sentindo na infância de novo! Precisamos repetir mais vezes!

-Claro irmão, mas lembre-se, você e Harry tiram a louça!

A cara de Rony já não ficou tão satisfeita, mas ele resolveu não ligar, continuou comendo mais uma das tortinhas.

Depois da sobremesa, do café e do licor, Lilian já estava sonolenta, despediu-se dos tios e foi levada para a cama por Harry. Desta vez nem precisou de história, adormeceu assim que encostou a cabeça no travesseiro.

Harry voltou à sala, Hermione e Rony já estavam se dirigindo à saída.

- Avisarei dos procedimentos sobre aquele assunto, o sigilo permanece. Vou fazer algumas pesquisas. Outra coisa quero visitar os Longbottom, ver com meus olhos. Obviamente que você me acompanhará! Estarei em contato. Boa noite amigos!

- Assim está bom, vamos combinar tudo depois. E obrigado Hermione! Boa noite!

Despediram-se calorosamente e saíram. Rony ainda carregava algumas tortinhas nos bolsos e recebeu um olhar reprovador e ao mesmo tempo amoroso de Hermione.

- Homens, sempre parecendo meninos!- Hermione sorri ao dar um último aceno de adeus.

 

 

 

 

 



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