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História Hasu - Orihime x Hikoboshi


Escrita por: Gaby_Uchiha_

Notas do Autor


YOOOOOOOOOOOOOOOOOO!!!!
Depois de muito desaparecer e se questionarem se eu havia abandonado Hasu, eu volto e grito:
"EU NÃO ABANDONEI NADA NÃO!!!"
hahahaha
Boa Noite galera!
Muito obrigada pelos comentários, novos acompanhamentos e favoritos que Hasu recebeu! Muito obrigada de coração, vocês são lindoooosss!!!
Hoje quero destacar uma pessoa especial, pois:

HASU GANHOU SUA PRIMEIRA RECOMENDAÇÃO AAAHHHHH!!!

Nossa Liih, você me pegou totalmente desprevenida com essa recomendação! *---* Você não sabe como meus olhos esbugalharam surpresos, eu realmente não esperava, até mesmo porque a fic tá no início e nossa, ainda tem tanta coisa pra acontecer, mesmo assim, muito obrigada pelas suas palavras tão doces e motivadoras ♥
Fico muito feliz em saber que você gostou tanto da história e como você mesmo diz, nossa Sakura é sofredora, mas pode ficar tranquila que ela tem esse lindão de homem pra ser a sua luz no fim do túnel, e claro, ela também ser a luz dele!
Por isso e por muito mais, eu quero te dedicar especialmente o capítulo de hoje de Hasu!
Mais uma vez, muito obrigada Liih!

Capítulo 6 - Orihime x Hikoboshi


– Tanabata Matsuri? – Sasuke proferiu um pouco aéreo, lembrando-se do Festival das Estrelas. – Tem certeza? – Questionou o jornalista que havia dado aquela ideia, mas assim que os onixes se firmaram sobre o loiro, o moreno teve vontade de suspirar.

Naruto estava mais uma vez distraído, olhando furtivamente para algum ponto qualquer ao final do corredor de mesas da redação. Sasuke seguiu o seu olhar e não demonstrou surpresa ao perceber que o objeto de tanta distração tinha curtos cabelos tingidos de rosa.

Como um tique, ele ajeitou os óculos que deslizavam pelo seu nariz afilado, centrado em notar como aquela mulher parecia um pouco agitada naquela quinta-feira à tarde, ao mesmo tempo que os olhos verdes se focavam na tela do computador.

Pensou se aquela atitude era devido a algo relacionado à sua dívida ou ao fato de ser responsável pela coluna de relacionamentos, algo que Sasuke tinha certeza que não era motivo de orgulho para Sakura, porém, tinha que admitir que a tal coluna havia saído até melhor que a encomenda...

 

– Os acionistas ficaram loucos com a coluna, Sasuke!

Foi assim que uma reunião particular com o editor-chefe havia começado naquela manhã de quinta, nem ao menos com direito à um retórico "Bom dia"; mas Sasuke relevou, mostrando paciência ao se sentar com elegância de frente ao ansioso editor-chefe que parecia incomodado com o nó da gravata, como se aquilo o sufocasse.

– Aconteceu algo, Yamato-san?

– Quase fui demitido na reunião com a diretoria ontem à noite – admitiu de uma só vez de maneira afetada, como se esperasse alguma reação do homem a sua frente. Uma palavra de conforto ou quem sabe o ato de admitir que foi imprudente fazer algo como colocar uma coluna de relacionamentos estranha naquele jornal semanal; Sasuke, por outro lado, apenas ergueu minimamente uma sobrancelha, mostrando que nada do que havia sido dito o tinha afetado. Na verdade, ele já esperava uma reação como aquela dos acionistas e uma reação dramática e de proporções maiores que as verdadeiras, vinda de Yamato.

– Algo a mais foi dito? – Sasuke foi sucinto, querendo saber mais pormenores antes de dizer sua sincera opinião.

Yamato suspirou com a aparente falta de compaixão de Sasuke, antes de começar a explicar:

– Muitos acharam imprudente e impróprio uma coluna como aquela no jornal. Outros exigiram saber quem havia escrito e permitido tal publicação...

– O senhor contou que foi a Sakura-san quem escreveu? – Interrompeu estreitando o olhar.

– Não! Não! Lembro-me de você ter dito que era melhor manter em segredo e mantive – assegurou. – Reiterei a ideia de que era uma correspondente eletrônica e que não gostaria de ser nomeada. Perguntaram quem havia a encontrado e eu disse que nós dois a conhecíamos. Como todos sabem, a permissão para ser publicado algo no jornal, passa pelo editor de texto e editor-chefe – Yamato suspirou com pesar. – Sasuke, querem que você se apresente formalmente na reunião extraoficial amanhã à noite com os acionistas para explicar sobre o ocorrido.

Os lábios masculinos de Sasuke permaneceram duros e em linha reta. Era possível ver a mandíbula trincada e os olhos estreitos e analíticos. Yamato sentia a tensão no mais novo, provavelmente maquinando sem parar com sua mente brilhante e sempre tão escondida aos olhos do mundo; porém, por conhecer tão bem aquele jovem que começou a carreira naquele mediano jornal depois da tragédia dos Uchiha, ele sabia que o que quer que Sasuke estivesse pensando, ficaria só para si.

– Tudo bem. Eu estarei lá – disse sucinto antes de se erguer. – Sala de reuniões às 19 horas?

– Isso.

Assim que Sasuke assentiu em despedida, Yamato se apressou em dizer:

– Não precisa se preocupar com a reunião, Sasuke-san. Eu estarei lá com você. Os acionistas só querem conhecer quem é o novo editor de texto que está fazendo mudanças no jornal. Estamos em um período delicado, todo cuidado é pouco. São os investimentos deles que estão em jogo. É compreensível.

– Eu compreendo perfeitamente a situação, Yamato-san. Não estou preocupado com a reunião. Ainda estou convicto das minhas decisões – disse com segurança, calando de vez o editor-chefe antes que o editor de texto pudesse sair calmamente daquela sala com cheiro forte de madeira.

Sasuke nunca se acostumaria com aquele cheiro...

 

Um resmungo baixo o despertou para a realidade, fazendo seu olhar voltar para o loiro que massageava a testa onde uma bolinha de papel havia-o acertado.

– Droga Tenten – Naruto resmungou baixinho, olhando para a mulher de coques sentada à sua mesa do outro lado da divisória. Tenten lançava um olhar repreendedor, apontando o queixo para o editor de texto, com o claro aviso:

"Presta atenção, seu idiota"

Sasuke entendeu perfeitamente o aviso da morena e olhou para ela com a sobrancelha erguida a tempo de ver as bochechas corarem ao ser flagrada.

Era estranho que só com um olhar, sem nenhuma emoção, todos já ficassem receosos perante a si.

Não era por mal, mas Sasuke não era a pessoa mais sociável do mundo e ele tinha noção disso. Não mudaria. Sabia que nunca seria como um Naruto da vida e já era acostumado com o jeito que era.

"Quem sabe não foi por isso que ela me deixou..."

A voz soou no seu subconsciente, fazendo-o praguejar baixo:

– Tsc.

Isso não é hora e nem local para pensar nisso, Sasuke. Repreendeu-se respirando fundo antes de voltar a encarar os olhos azuis.

– Tem certeza que quer falar sobre o Tanabata Matsuri na próxima coluna de entretenimento? – Focou suas ideias para o presente trabalho, não dando chance para que sua mente em ócio vagasse pelo passado. Afinal, já fazia um mês que tudo havia acontecido, era hora de seguir em frente e ele estava tentando seguir, mas era impossível não olhar para os lados e se lembrar do relacionamento de tantos anos, de tantos altos e baixos, e às vezes se perguntar onde havia errado e porquê agora parecia tão vazia as noites sozinho em seu apartamento.

"Eu não tenho culpa".

A frase voltou forte à sua mente, tirando-o um pequeno sorriso de canto dos seus lábios.

Não acredito que estou levando isso à sério. Pensou, desviando rapidamente o olhar para a mulher responsável por ele ter dito aquelas palavras.

– Tanabata Matsuri é um festival muito popular. Gostaria de fazer uma pesquisa de campo e fazer a minha coluna dessa semana voltada para isso – explicou-se Naruto, conseguindo a total atenção do moreno à sua frente.

Sasuke sabia como era o Tanabata Matsuri. Sabia de sua importância e popularidade, por mais que não fosse o tipo de pessoa que frequentasse tais festejos.

Mas, por saber de tal importância e popularidade, não conseguia ver algo de novo ou de grandioso que aquela matéria poderia trazer, e novidade era o que eles precisavam para salvar o jornal.

Por isso, após muito pensar e saber que provavelmente teria que escutar mais algumas horas de pessimismo vindo de Yamato, Sasuke resolveu ousar mais uma vez:

– Venha comigo à minha sala, Naruto – anunciou já caminhando pelo corredor, sentindo a presença confusa do homem atrás de si e principalmente dos olhares curiosos dos jornalistas assim que Sasuke parou ao lado da mesa da mulher de cabelos tingidos de rosa. – Sakura-san – chamou com calma, percebendo que ela estava distraída, mas até mesmo o controle da sua voz foi ineficiente para evitar o sobressalto dela na cadeira e a derrubada do recipiente metálico cheio de canetas coloridas.

O som foi alto e agudo, chamando ainda mais atenção para a garota desajeitada e envergonhada.

– Merda – praguejou baixinho, já se curvando no chão para juntar as tantas canetas.

– Eu te ajudo, Sakura-chan – Naruto anunciou um pouco mais alto e eufórico do que o necessário, fazendo Sasuke erguer uma sobrancelha para o loiro que já se jogava no chão para juntar com felicidade genuína o máximo de canetas que poderia para a mulher que agradecia com um sorriso envergonhado.

Sasuke pensou em ajudar também, mas eles pareciam não precisar de ajuda, por isso permaneceu pacientemente em pé, notando como Naruto olhava para Sakura e ela parecia nem perceber que o loiro nutria uma paixão platônica.

Isso poderia atrapalhar suas ideias, mas a crença em profissionalismo fez com que continuasse convicto em sua mais nova ideia para o jornal, distraindo-se só quando viu uma caneta cor-de-rosa, cheia de brilho, jogada um pouco mais distante.

Caminhou até lá e buscou a caneta para Sakura que já se erguia e guardava o pote metálico para o mais longe possível da borda:

– Isso sempre acontece. Preciso mudar de porta-canetas o mais rápido possível! – Dizia envergonhada, enquanto Naruto coçava a nuca.

– Bom, pelo menos já juntamos todas!

– Faltou essa – Sasuke anunciou com despreocupação, se curvando sobre a mulher para alcançar o porta-caneta quase encostado na divisória da mesa.

Sakura ficou tensa ao sentir a mão masculina apoiando-se suavemente em seu ombro esquerdo, enquanto o braço e a cabeça masculina se curvavam sobre o lado oposto. Tão perto que ela conseguia sentir o leve cheiro do perfume de Sasuke, constatando que era um cheiro muito bom, tentador para se curvar em sua direção...

Se eu virar só mais um pouquinho...

A ideia tola a fez ficar mais rubra.

O que eu estou pensando? Cheirar o Sasuke? Devo estar ficando louca!

Praguejou em pensamentos, mordendo compulsivamente seu lábio inferior.

Sasuke sentiu a tensão da mulher sob sua mão e por isso logo se afastou.

Será que ela nunca vai se acostumar comigo? Pensou reprimindo um suspiro, pondo as mãos nos bolsos para disfarçar.

– Os dois, me acompanhem por favor – disse soturno, abrindo caminho para sua sala, deixando que os dois passassem pela porta antes de fechar, vendo que todos os jornalistas desviavam olhares curiosos em sua direção.

O suspiro foi inevitável quando fechou a porta e se posicionou na frente dos dois jornalistas.

Naruto parecia relaxado e curioso como sempre e Sakura, retraída e desviando os olhares para a decoração, uma clara desculpa para disfarçar o leve rubor que pintava em suas maçãs.

Tentando ignorar os detalhes, centrou-se no profissionalismo:

– Vocês dois são responsáveis por colunas que se tornaram importantes para a Odake Journal – iniciou, chamando a atenção de ambos. – Gostaria que essa semana fizessem diferente do que vêm fazendo semanalmente.

– Como assim, Sasuke? – Naruto logo revelou sua confusão.

– Sobre o Tanabata Matsuri, quero que você trabalhe com a Sakura-san na matéria. Essa semana quero fundir a coluna cultural e de entretenimento falando sobre o Tanabata Matsuri. Claro, se você não se incomodar Naruto – acrescentou.

– Claro que não – o loiro disse eufórico. – Seria muito legal, mas... – os azuis ficaram cheios de dúvida. – O Yamato-san concordou com isso?

Sakura se manteve quieta. Só pelo caso da Hasu, ela tinha certeza que o moreno tinha certo domínio sobre o editor-chefe, mas ainda estava em dúvida quanto a fundir as colunas naquela semana.

– Ainda não pude conversar com ele sobre esse assunto, mas assim que possível, explicarei. Não vejo motivos para não concordar apenas como experiência – foi sucinto, apoiando o queixo quadrado sobre as mãos unidas.

Isso que eu chamo de homem convencido das suas habilidades. Delirou, antes de ser despertada com um olhar negro focado em si, fazendo seu rosto esquentar.

– E você, Sakura-san?

– E-eu – limpou a garganta. – Eu o quê?

– Tudo bem para você? Não sei se já escreveu a coluna da semana que vem.

– Na verdade, só tenho um esboço do que seria a coluna da semana que vem...

– Então, podemos trabalhar juntos, Sakura-chan – Naruto interrompeu eufórico, não querendo perder a oportunidade de trabalhar com a mulher de cabelos tingidos.

Sakura estranhou toda aquela animação, mas julgou ser apenas parte do jeito excessivamente eufórico de Uzumaki Naruto.

Voltou a olhar para o seu editor de texto, que parecia a seriedade em pessoa, esperando pacientemente a sua resposta.

– Bom... acho que vai ser interessante fazer essa matéria – sorriu amarelo, fazendo o loiro comemorar com animação, já jorrando inúmeras ideias sobre a matéria, mas tudo era ignorado por Sakura que viu o moreno apenas piscar e tombar um pouco o rosto para o lado, analisando-a.

Para de me olhar. Gemeu por dentro, suspirando aliviada quando notou ele voltar o olhar para o loiro.

– Tudo bem. Então, amanhã vocês não precisam vim para a redação, podem ir direto para o Tanabata Matsuri e enviar a matéria por e-mail. Gostaria de ver o andar dela antes de ver o resultado final na terça.

– Yoshi! Pode deixar com a gente, Sasuke! – Naruto se ergueu enérgico, sendo acompanhado por uma mais discreta Sakura. – Vamos fazer a melhor matéria sobre Tanabata Matsuri que os jornais já fizeram. Com a inteligência da Sakura-chan sobre movimentos culturais, estamos feitos!

A mulher ficou rubra com os elogios exagerados sobre si.

Também não é assim, Naruto. Mas não disse o que pensava, apenas sorriu cordial para o loiro.

– Vamos nos esforçar – tentou ser otimista, já seguindo o loiro para fora da sala, mas um chamado baixo a fez parar:

– Sakura.

Ela olhou sobre o ombro, percebendo que Naruto nem tinha percebido o chamado discreto.

– Você não precisa fazer isso se não quiser – continuou sério o moreno.

– Tudo bem. Acho que pode ser interessante inovar às vezes – sorriu minimamente vendo uma pequena covinha surgindo entre as sobrancelhas negras e naquele momento ela desejou mais uma vez ter o poder de ler a mente de Sasuke, pois mais uma vez parecia que ele pensava em algo que não iria compartilhar.

– Tudo bem – finalizou, desviando o olhar para a papelada sobre a sua mesa.

E ele não compartilhou. Reprimiu a vontade de suspirar quando fechou a porta e voltou ao seu mundo cheio de problemas.

***

– SAKURA-CHAAAAANNNN! – O grito a sobressaltou, tirando-a dos devaneios para se voltar em direção ao homem alto e de largo sorriso no rosto correndo na sua direção sob o olhar de muitos turistas.

– Olha querido, veja que lindo! Um jovem casal apaixonado se encontrando no Tanabata Matsuri – Sakura ouviu uma mulher em seus quarenta e poucos anos comentando com o marido, fazendo a mais jovem engasgar com a ideia enquanto suas maçãs eram tingidas de rosa assim que o loiro a alcançou, coçando a nuca daquele jeito infantil que ele tinha.

– Desculpa o atraso, Sakura-chan. Fiquei preso no trânsito.

– Não precisa se desculpar.

– Você ficou me esperando por muito tempo? – Perguntou com clara preocupação.

SIM! Sua mente gritou.

– Não – sua boca murmurou. – Na verdade, eu acabei de chegar também – mentiu rindo nervosa.

– Se é assim – e o sorriso largo, cheio de dentes perfeitamente alinhados e brancos voltou à tona. – VAMOS AO FESTIVAL! – Anunciou eufórico, chamando mais atenção das pessoas do que Sakura gostaria, mas ela acabou rindo do jeito peculiar e divertido de Naruto enquanto o seguia entre a multidão.

Estavam em uma rua estreita, cheia de barracas e de transeuntes.

Os comerciantes gritavam alto tentando chamar atenção dos turistas para os seus aperitivos, enquanto os vários grupos de jovens, trajando vestes tradicionais, riam e conversavam alto.

Sakura se sentiu estranha naquela multidão. Estava simples com uma calça jeans, uma blusa clara sem mangas e uma sapatilha parda, enquanto seus braços eram rodados com algumas pulseiras coloridas; tão diferente das jovens tão bem arrumadas ou de Naruto, há um passo à sua frente que estava usando até uma jaqueta estilosa e marrom.

Só então ela notou. Era a primeira vez que via o loiro hiperativo com roupas sem ser as sociais que ele usava na redação de maneira tão desleixada. Era a primeira vez em que ela se encontrava sozinha com um cara do trabalho fora da redação. Era a primeira vez em que ela notava como a costa de Naruto era larga...

Não, ela já tinha notado antes alguns detalhes. Tinha notado os antebraços com veias protuberantes naquele bar, mas agora, ali sozinha, caminhando há um passo de distância dele, em meio àquela multidão, ela percebia que Uzumaki Naruto, o jornalista da coluna de entretenimento da Odake Journal, o cara que se dava bem com todo mundo, era... Bonito.

Não! Ela se corrigiu. Ele é lindo!

Como é que eu não percebi isso antes? Se questionou com uma face de dúvida, antes de ser pega no flagra pelos olhos intensamente azuis por cima do ombro.

– Algum problema, Sakura-chan?

– A-ah – gaguejou se recompondo, antes de ajeitar uma mecha incômoda, disfarçando o olhar para os enfeites coloridos acima de si que atravessavam as sacadas dos prédios populares. – Nada não.

– Não gosta de multidões? – Supôs, inclinando-se para que seu rosto ficasse da altura dela.

– Mais ou menos.

– Vamos para um lugar mais tranquilo – sorriu daquele jeito largo antes de apoiar a mão grande no alto da sua costa para guiá-la por aquela multidão rumo à saída para um lugar mais espaçoso.

Sakura engoliu em seco sentindo a evidente presença daqueles dedos encostando nela com inocência, mesmo assim, não menos incômodo.

O que está dando nesses homens, afinal? Se questionou se lembrando do dia anterior, quando Sasuke encostou nela.

Trouxa! É só um toque. Nada demais. Sua voz interior repreendeu, fazendo-a suspirar e assenti em concordância.

– Por que você está assentindo? – A voz masculina interrompeu sua linha de raciocínio, trazendo-a de volta para o presente assim que alcançaram uma praça arborizada, porém, lotada. Cheia de enfeites, famílias, grupos de danças e mercadores.

– Estava fazendo uma lista mental do que seria bom destacar na nossa matéria – mentiu descaradamente, aliviada por aquela mão não estar mais tocando em si.

Naruto tombou a cabeça para o lado, analisando-a.

– Nossa! Você é tão organizada! – Elogiou.

"Sério, que ele caiu nessa?" A outra resmungou.

Cala a boca, Hasu. Sakura praguejou internamente, sentindo sua cabeça girar com essa batalha interna que girava na sua cabeça desde o nascimento de Hasu.

Ninguém precisava saber, com certeza a chamariam de louca, mas ela andava chamando aquela vozinha chata na sua cabeça de Hasu.

Com uma inspiração profunda, ela tentou se acalmar, esquecer aquela sua loucura interna e sorrir para o seu colega de trabalho.

– Por onde você quer começar?

– Que tal irmos ao teatro? Está tendo teatro de sombras e tem uma grande aglomeração – apontou para um prédio simples de características tradicionais, onde algumas pessoas entravam. – Quero entrevistar algumas pessoas.

– Por mim tudo bem – sorriu já o seguindo.

– Por que você não me explica melhor a história do Tanabata Matsuri, Sakura? Não conheço sobre cultura tão bem quanto você e bom... temos que misturar nossas colunas – pediu com um tom de voz mais baixo que o normal assim que já entravam no pequeno teatro onde a história já se desenrolava.

– Claro! – Se prontificou, sentando-se no pequeno banco ao lado de Naruto, vendo a peça silenciosa se desenrolando poucos metros a sua frente. – O Tanabata Matsuri é um festival importado da China no período Heian pela imperatriz Koken, o qual foi adotado no Palácio Imperial de Kyoto, porém, só se tornou popular na Era Edo, se misturando aos tradicionais festivais – cochichou perto do rosto de Naruto para não incomodar as outras pessoas. Percebendo que seu ouvinte parecia muito interessado no que ela dizia, ela continuou com mais confiança: – Essa peça conta a história do Conto que deu origem ao festival. É a história da Princesa Tecelã e o Pastor. Ela se chamava Orihime e era filha de Tenkou, o Rei Celestial; ele, por outro lado, se chamava Hikoboshi – explicou apontando para os personagens das sombras. – Eles sempre foram muito trabalhadores, mas assim que se conheceram, viveram um fulminante romance, que fez com que eles deixassem de cumprir com as obrigações e tarefas diárias, o que provocou a ira do rei Tenkou, que como punição os separou, colocando cada um de um lado oposto da Via Láctea. O Rei Celestial se comoveu com os apelos da filha e concordou em deixá-los se encontrar somente uma vez ao ano, no sétimo dia do sétimo mês lunar – sorriu extasiada vendo a peça, nem ao menos notando que Naruto a encarava fixamente. – Eles são representados pelas estrelas Vega e Altair que também se encontram apenas uma vez no ano. Como agradecimento à dádiva recebida, Orihime e Hikoboshi atendem aos pedidos vindos da Terra, aqueles que escrevemos em papeis coloridos e penduramos nos ramos dos bambus. Porém, se chover, eles terão que esperar pelo próximo ano – finalizou assim como a peça, voltando a olhar repentinamente para Naruto que pigarreou tentando se recompor da vergonha de ser flagrado a olhando.

– Que história triste!

– Ora! Todo mundo escuta essa história na escola.

– É vergonhoso dizer, mas não prestava muita atenção na aula quando estava na escola – coçou a nuca e por mais que tentasse, Sakura não pôde deixar de rir daquela sentença que era tão a cara de Naruto.

Por mais que ela não soubesse, o homem ficou feliz por ter tirado uma risada da mulher. Sabia pelo que ela tinha passado; tudo o que ela merecia era um pouco de felicidade.

– Bom, vamos? – Anunciou se levantando. – Temos um festival inteiro para aproveitar.

– Até onde eu sei não viemos por diversão – ergueu uma sobrancelha, buscando na sua bolsa um bloco de notas e uma caneta para começar a anotar suas impressões da peça e como as pessoas haviam reagido.

– É claro que viemos trabalhar, mas nada melhor do que trabalhar comendo – lançou um sorriso travesso.

– O que você quer dizer? – Disse com suspeita, porém, com humor.

– Vamos começar nossas pesquisas nas barracas! – Anunciou já agarrando o pulso de Sakura para fora do teatro.

A única coisa que Sakura pôde pensar foi:

Sabe aquela dieta que você pensou em começar a fazer? Pois é, já era...

***

Eles foram nas barracas, assistiram danças, passearam, comentaram sobre as roupas típicas, fizeram de tudo e Sakura não aguentava mais andar, por mais que fingisse estar tudo bem diante do homem alto de jeito tão infantil, carregando tantos aperitivos nos braços.

Às vezes ele parava e dava algum doce para uma criança dos pais que eles entrevistavam e Sakura pôde invejar a oratória de Naruto. Ele era tão espontâneo e natural entrevistando as pessoas e fazendo suas próprias anotações mentais – os quais Sakura se prontificava a anotar no bloco de notas –, que ela descobriu porque a coluna dele era tão famosa, chegando ao ponto de outras concorrentes até fazerem propostas lucrativas ao loiro que parecia inerte a elas.

Naruto era educado, gentil e brincalhão, parecia ser uma luz atrativa, não só fisicamente, mas por dentro também. Ela cansou de ver jovens coradas desviando o olhar para ele ou mercadores que conheciam aquele jornalista tão divertido.

Ele deve ser popular entre as mulheres? Pensou vendo mais um grupinho de jovens usando yukata de tantas tonalidades, só então ela se lembrou de algo que ela mesma tinha escrito na coluna de relacionamentos:

 

"Loiro, olhos azuis, alto, forte, de palavras doces e intensas; capaz de fazer qualquer mulher rir ou gemer por causa das suas palavras e dos momentos à dois.

É assim, simplesmente perfeito, a forma que almejamos encontrar o parceiro ideal. No entanto, há algo que sempre esquecemos...

ELE NÃO EXISTE!"

 

Ela acabou rindo daquela memória antes de se dar conta que... Naruto cabia perfeitamente na sua descrição.

Sorrateiramente ela o encarou pelo canto dos olhos, tentando achar uma falha, porém, não achou nada.

Por fim, ela deu de ombros sendo pessimista: "Deve ser mulherengo". Disse em pensamentos se lembrando do que os amigos haviam falado dele.

"Deve ser fraco para a bebida"

"Deve ser tudo, menos perfeito"

"Aliás, pouco importa. Nunca farei o tipo de um homem bom demais para mim"

Suspirou antes de voltar a prestar atenção no que ele dizia:

– Daqui a pouco vai ter os fogos, que tal escrevermos os nossos pedidos antes de ir assistir?

– Seria uma boa ideia – sorriu.

– Ok. Me espera aqui, vou tentar arrumar para nós dois – foi prestativo, deixando a sacola que carregava com alguns presentes e comidas sobre o banco. – Qual cor você quer?

– Amarelo – disse de prontidão, fazendo uma sobrancelha loira se erguer.

– Tem certeza? – Estava cético.

– Sim – ela com certeza precisava de dinheiro.

– Tudo bem então – deu de ombros antes de correr para longe de um jeito engraçado, acenando para si. – Volto logo, Sakura-chan!

– Ele parece uma criança – riu baixo, se sentando no banco para admirar as estrelas, reconhecendo com facilidade Vega e Altair. – Então vocês se encontraram esse ano – suspirou. – Pelo menos vocês têm sorte no amor – riu de si mesma. – Por favor, realizem o meu pedido, estou necessitada!

Ela já tinha em mente o pedido para pôr no papel amarelo, mas sua crença caiu por terra quando Naruto voltou com duas folhas rosas.

– Desculpa, Sakura-chan. Só consegui dessa cor.

Ele realmente parecia triste e isso a compadeceu por mais que ela não quisesse de jeito nenhum qualquer coisa referente ao amor naquele momento.

– Tudo bem, Naruto – aceitou a folha, não sabendo o que escrever.

Viu pelo canto do olho, o loiro escrever algo rápido no papel e já se direcionar à um dos inúmeros ramos de bambus que tinham naquela parte mais tranquila da praça.

Com um suspiro, ela escreveu sem humor:

 

"Amor aos corações partidos"

 

Ela riu um pouco ao ler aquela pequena frase, antes de dobrar a folha e tentar achar um local para colocá-lo em meio aos ramos já tão cheios pelo dia já transcorrido, mas com perseverança achou um lugar, antes de voltar para o banco onde Naruto estava sentado.

– Então, o que você pediu? – Ele logo questionou quando ela se sentou na outra ponta, admirando as pessoas que se aglomeravam na parte aberta da praça para se sentar na grama, aguardando o show de fogos.

– Você vai me contar o seu pedido se eu contar o meu? – Ela ousou com um tom brincalhão, olhando de canto quando ele coçou a nuca.

– Hn. Acho que não.

– Então não contarei também – ela ofertou um sorriso antes de voltar a verificar suas anotações, mentalizando que teria que digitar e enviar para Sasuke ainda naquela noite.

– Sabe Sakura-chan – Naruto começou, mas o que chamou a atenção dela foi o fato do tom ter saído sério. Ela buscou o loiro, mas ele parecia retraído e com o olhar baixo, mordendo o canto do lábio inferior, claramente buscando as palavras certas.

– Algum problema? – Ela quis saber.

– É que... – o olhar brilhante de menino estava apagado, cheio de dúvidas e incertezas sobre o mar azul. – Você não precisa ficar sozinha. Tem muita gente que gosta de você.

– Do que você está falando?

– É que, lá na redação. Desculpa se às vezes Tenten é insistente, mas é porque ela se preocupa com você. Eu... – respirou fundo antes de se endireitar no banco. – Eu sempre tentei falar com você antes daquilo acontecer, mas você parecia não ligar muito pra gente. Era gentil, claro, mas se limitava apenas às respostas necessárias. Agora, depois de tudo, você parece ainda mais distante. Você merece se divertir, Sakura-chan.

Os verdes se tornaram mais evidentes com aquelas palavras. Ela não esperava por aquilo.

– Não sei como é, mas imagino como deve ser difícil tudo que aconteceu, mas acredite Sakura-chan, é pior se viver isso sozinho – foi sincero. – Deixa a gente se aproximar. Queremos seu bem.

– Não estou mantendo longe vocês... – tentou se defender, mas...

– Você está – a interrompeu gentilmente, deixando-a sem palavras. – Amigos servem para isso, Sakura-chan.

– Da última vez que eu acreditei em amizade descobri que a minha amiga dormia com o meu noivo – sua voz saiu cheia de remorso antes que ela pudesse impedir.

Viu os olhos azuis encherem de pena e ela se martirizou.

– Desculpe, não queria dizer isso – se levantou um pouco atordoada. – Preciso ir.

– Espera, Sakura-chan – ele tentou alcançá-la, mas com um rápido desvio, ela conseguiu fugir. – Sakura-ch... – Ouviu o início do chamado antes do som dos fogos ocultar o chamado de Naruto.

Tentou ser civilizada, mas assim que seus olhos começaram a arder, não aguentou, correu se ocultando na grande multidão para que o loiro a perdesse de vista e parasse de persegui-la.

Pensou ter ouvido seu nome mais algumas vezes antes do silêncio se fazer por completo e entre as famílias felizes e olhos admirados para o céu, ela correu apenas querendo ficar sozinha, longe de tudo...

***

Sasuke suspirou vendo os acionistas chegarem um a um e se posicionarem em seu lugar.

Yamato, ao seu lado, em uma das pontas da mesa, parecia ansioso e inquieto, o que o fez apenas suspirar mais uma vez se lembrando do homem ter lhe dito que ficaria tudo bem porque estaria ao seu lado.

Apenas com um olhar, Sasuke sabia que teria que ser ele a dar apoio ao seu editor-chefe ainda mais ansioso com a chegada do diretor do jornal.

– Então, esse é o jovem que você tanto falou, Yamato? – O diretor, um homem já na casa dos cinquenta, porém corpulento e de traços rudes demais para a idade, questionou.

– Sim, Yooreime-sama – pigarreou após a fala.

Sasuke sentiu o olhar castanho deslizar sobre si e com segurança ele segurou o peso daquele olhar, não se acovardando como outros fariam.

Estava ali para explicar seus motivos e dizer seu respaldo. Apenas isso.

Sabia que precisava daquele emprego, não tanto quanto àquela ex-noiva endividada, mesmo assim, emprego é emprego. Todo mundo precisa.

Porém, seu corpo já estava exausto da semana e sua mente fatigada para pensar em algo desse gênero, ainda mais após dedicar as últimas horas cuidando da própria vida particular.

– Uchiha Sasuke, não é? – Yooreime questionou.

– Sim – foi sucinto, vendo os olhos arregalados de alguns ao reconhecerem seu sobrenome e aquilo só o fez ter mais vontade de suspirar.

O passado nunca o deixaria de fato.

– Uchiha? Do antigo Shinagawa Journal? – Um dos acionistas questionou e aquele nome pesou ainda mais sobre a paciência que quase se esgotava em Sasuke, mas com educação, ele respondeu:

– Sim e meu pai era Uchiha Fugaku – se limitou em responder a próxima pergunta. O peso daquele nome pairou sobre a mesa que conhecia bem sobre o caso da falência do jornal de nome terminando na tragédia da família Uchiha.

"De herdeiro para jornalista da Odake Journal..."

Aquela ideia pairou em seus pensamentos, antes de Sasuke suspirar e ignorar da forma que tanto aprendeu a fazer. De nada adianta chorar pelo passado. A vida segue e ninguém se importa.

– Yamato, foi você quem o escolheu para ser editor de texto? – Um acionista perguntou com claro desgosto por ter um Uchiha em tal posto.

– Sim – o homem balbuciou e o moreno percebeu que era hora de agir em socorro à uma das poucas pessoas que lhe deram uma chance naquela época, por mais que seu sobrenome estivesse exposto em tantos jornais, alguns até satirizando o antigo respeito que aquele jornal tinha.

Se lembrava bem de quando ainda estava na faculdade de jornalismo e teve que ir em busca de um trabalho para se sustentar. Se lembrava de quando era jovem e disse seu nome diante do homem que o entrevistaria. Se lembrava que Yamato quase o dispensou, mas Tsunade, com todo o seu ar superior e convencido, entrou na sala, o analisou dos pés à cabeça e disse com um tom debochado:

"Dá uma chance para o garoto, Yamato! Yuri quer se aposentar, precisa treinar alguém para ficar com a coluna de política"

E com aquelas palavras, o emprego foi seu e com habilidade mostrou porque merecia a chance, destacando-se com o tempo entre os tantos jornalistas daquela redação.

Hoje ele estava ali, tantos anos depois, de frente para os acionistas.

– Creio que viemos aqui hoje para discutir sobre um caso esporádico no jornal e não sobre quem eu sou, mas sim, o que eu estou fazendo – sua voz pairou soturna sobre a mesa, chamando a atenção de todos para si. – Estou aberto à questionamentos – finalizou olhando para o diretor que ergueu uma sobrancelha.

– Creio que o senhor saiba da situação que estamos passando, não é senhor Uchiha?

– Sim. Estou a par da situação.

– Então sabes que nossa situação é delicada.

– Sim.

– Por isso, algo perturbou nossos colegas – se referiu aos acionistas. – Como editor de texto, você avalia o conteúdo, mas é o editor-chefe que dá o parecer final para poder ir para a gráfica – Sasuke estreitou o olhar sabendo que o homem estava dando voltas antes de ir ao ponto. – Mudanças feitas pelos senhores na última edição nos preocuparam, principalmente quanto há como isso pode afetar nossa situação ainda mais. Compreende?

– Sim. Há algo em particular que você queira questionar, Yooreime-sama? – Foi sucinto, tirando um riso abafado do outro.

– Gostaríamos de informar que mudanças drásticas podem ser perigosas na nossa situação e a nova coluna de relacionamentos em muito nos preocupou, ainda mais se esse for o prenúncio de como as demais colunas andaram daqui para frente.

– Entendo que se preocupam com mudanças. É um pensamento satisfatório, mas como o próprio senhor disse, a Odake está passando por uma situação difícil. As notícias estão cada vez mais instantâneas hoje em dia e os jornais impressos estão cada vez em mais desuso. Como podemos manter um jornal que está sofrendo em decadência se o mantermos da mesma forma? Não seria mais apropriado inovar e melhorá-lo ao invés de mantê-lo na inércia?

– E como o senhor acha que uma coluna de relacionamentos como aquela vai salvar o jornal? – Um acionista disse exaltado, mas Sasuke manteve a compostura, mantendo o olhar sério no homem de idade.

– Hiboshi-sama – começou. – Uma coluna de relacionamentos não vai salvar o jornal. Por mais que essa semana na avaliação por coluna, essa obteve um aumento apenas de 0,02%, não podemos intitulá-la como salvação, muito menos subjugá-la com o resultado da primeira semana. O que estou dizendo é que, mudanças tem que ser feitas, nada drástico, mas aos poucos. O teor do jornal não é mais tão atraente como antigamente. A modernização da era da informação instantânea é deprimente para os jornalistas de jornais, muitos estão saindo dos jornais e virando independentes na internet. O que tem que ser feito, é fazer a Odake ser revista, fazendo com que ela der o melhor de si e posso dizer que a coluna de relacionamentos teve seu saldo positivo nesse quesito.

– Você acabou de dizer que o saldo da coluna foi apenas de 0,02%. Não acha que está sendo otimista demais? – Questionou outro.

– Não estou me referindo aos 0,02%. Estou me referindo aos 330% de citações em redes sociais.

– O quê? – Os homens o questionaram abismados, até mesmo Yamato se surpreendeu.

– O setor de análise do jornal apenas analisa a venda e devolutiva, porém não analisa o quanto as pessoas falam nas redes sociais ou em sites diversos – ergueu uma sobrancelha, vendo que todos agora estavam compenetrados no que o mais jovem de todos dizia. – A ideia da crise da Odake está no fato de perder o público para a internet, mas e se conseguíssemos o público da internet? – Chegou ao ponto crucial. – A inovação e o diferente atraí esse público e posso dizer que Hasu conseguiu essa atenção. Ela foi citada diversas vezes e até mesmo questionado sobre quem seria tal pessoa.

– E quem seria Hasu? – Um questionou.

– Não posso dizer – sorriu de canto, sabendo que estava virando o jogo ao seu favor. – Essa é a graça da Hasu. Isso que está fazendo Odake ser vista com novos olhos.

– Você tem embasamento, Sasuke-san? – Questionou o diretor.

– Sim – foi sucinto, repassando a pasta para o diretor com todos os dados e análises.

A mesa ficou em silêncio por longos minutos e apenas vendo a expressão compenetrada do diretor sobre os dados, ele sabia que havia conseguido.

Se ele conseguisse passar por aquela situação, teria mais liberdade de fazer mudanças no jornal.

O diretor suspirou, repassando as análises para os acionistas.

– Pelo visto o senhor tem forte embasamento – Sasuke se manteve em silêncio. – Curioso sua maneira de pensar e ver a nossa situação. Saiba Uchiha-san que precisamos que esses dados virem renda...

– Sim, eu compreendo.

– Achas capaz de fazer isso? – Ergueu uma sobrancelha, tentando pôr Sasuke contra a parede, mas com maestria de um analista, o moreno se limitou a dizer:

– Em minhas convicções e análises Yooreime-sama, não há situação que não se possa corrigir com as escolhas certas.

Com essas palavras, Sasuke sabia que era o dono do Xeque-Mate.

***

Sakura suspirou mais uma vez olhando para o carnê em suas mãos. Já passava das onze e sua casa estava revolta pela escuridão.

Aquilo a atormentava. Doía pensar que já estava na segunda parcela e ainda não tinha pagado nem aquela alta primeira parcela.

Não havia recebido o suficiente naquele mês e Yamato não lhe deu crédito no salário pelo tempo que passou só usando os textos de Otome para não ter que escrever a coluna de relacionamentos. Agora estava ali, sem grana, com parcelas altas na mão, seu gato miando nos seus pés e como brinde, aquela sensação ruim das lembranças que foram remexidas quando Naruto falou em amizade e que ela podia dividir o peso como seus amigos.

– Eu não posso dividir o peso de perder a minha casa, Naruto – murmurou jogando o carnê para longe, antes de afundar seu rosto nas mãos.

Ela só queria resolver seus problemas e para piorar, sabia que não seria capaz de salvar sua casa. Ela não via um jeito para aquela situação.

Provavelmente teria que correr para pedir ajuda aos seus pais, mas ela sabia as consequências e tudo o que ela não queria naquele momento era o que ela escutaria.

O som do soluço soou baixo enquanto seus olhos se enchiam mais uma vez com lágrimas teimosas.

Algumas caíram silenciosamente antes do seu telefone vibrar sobre a mesa.

Com pouca animação e um assoar de nariz, ela analisou o aparelho e viu que havia chegado um e-mail. Era de Sasuke, em resposta aos tópicos que ela havia o enviado pouco tempo atrás:

 

"Bom trabalho, Sakura. Ficarei no aguardo do andar da matéria.

Se precisar, estarei à disposição.

Uchiha Sasuke"

 

– Bom trabalho, Sakura – ela recitou com um sorriso mínimo, se lembrando com pesar de como ela havia ficado feliz quando ele disse isso para si dias antes. Agora, porém, não parecia tão brilhante assim aquele trecho. Seus olhos desenharam mais uma vez o contorno das palavras que sua boca balbuciava: – Se precisa, estarei à disposição.

Ela suspirou, desistindo do celular antes de se erguer para buscar comida para seu gato.

– Não acho que você está à disposição para me ajudar no que eu realmente preciso, Sasuke...

Continua...


Notas Finais


hahahahah
E aí, o que acharam?
Espero que tenham gostado...
Beijos meus lindos! Tenham um lindo final de semana e até a próxima!
Mais uma vez, obrigada Liih-chan pela sua linda recomendação *---*


[NOVAS FICS POSTADAS][TERMINADAS][SASUSAKU]:


Salve-me: https://spiritfanfics.com/historia/salve-me-6148649
[Song][Baseado em Savin'Me de Nickelback][One][Drama, angst, romance, UA][Livre]



W A N T E D: https://spiritfanfics.com/historia/w-a-n-t-e-d-6202291
[Faroeste][Short - 3 capítulos][Sasuke Cowboy; Sakura Xerife][Ação, aventura, hentai, romance][+18]



Entre Páginas: https://spiritfanfics.com/historia/entre-paginas-6740573
[One][Drama, romance, UA][12 anos]



[NOVA FIC POSTADA][EM ANDAMENTO][NARUTO/SAKURA/SASUKE]:

Imaculada: https://spiritfanfics.com/historia/imaculada-6532485
[Londres Vitoriana][Long - 12 capítulos][Serial Killer][Drama, mistério, romance, UA][+18]


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