O conflito entre as vilas não cessavam, e a Vila da Pedra se tornara uma ameaça para Konoha, o Hokage tentara uma trégua de várias formas mas o Tsuchikage persistia na guerra.
Não era uma época fácil para ninguém, mas para um pai solteiro, isso demonstrava ser ainda mais difícil. Ter que sair em longas missões e deixar seu filho de três anos sozinho em casa não deixava Sakumo tranquilo, o que dificultava a missão.
Mesmo que a vizinha tivesse prometido ficar de olho em Kakashi, no período da missão, Sakumo sabia que o garoto ainda ficaria solitário, e mesmo se tratando de Kakashi, deixa-lo ainda o preocupava.
- Hatake-san, algum problema? - Pergunta uma das kunoichis que o acompanhava na missão. - Você parece um pouco distraído.
- Não é nada, estou um pouco preocupado com o meu filho, mas esta tudo bem. - A garota o olha com aqueles olhos perolados, característicos do clã Hyuga.
- Kakashi certo? Já o vi sobre seus ombros, ele ainda é muito pequeno. Quantos anos tem?
- Três. - responde sorrindo para a moça.
- É muito jovem, ele esta com algum parente?
- Não - respondeu angustiado - está sozinho.
- Como? Ele não tem ninguém? - ela me olhava como se eu fosse louco, o que era compreensivo considerando que ela não conhecia Kakashi, e ele só tinha três anos.
- Não me julgue, Kakashi só tem três anos mas tem um QI de 210. - responde orgulhoso.
- E isso te deixa mais tranquilo?
- Não mas minha vizinha prometeu cuidar dele na medida do possível. - Ela parecia mais tranquila com o fato de ter outra pessoa com ele.
- Então não se preocupe e concentre-se na missão.
Ela tinha razão, não havia motivo para preocupações, preocupante seria se eu me descuidasse e fossemos atacados, Kakashi poderia ficar sozinho no mundo. O melhor seria concentrar na missão era uma simples missão de reconhecimento.
Já estavam próximos ao local insmdicado pelo Hokage, a missão estava próxima ao fim, mal podia esperar para voltar para casa.
Eis que surge uma kunai em sua direção, instintivamente Sakumo desvia e saca sua espada, estava preparado para partir para a luta, não conseguia ver mais nada ao seu redor, tudo o que enxergava era o inimigo a sua frente, nada mais importava a não ser a vitória, o fim da missão e poder voltar a ver seu filho.
- Se não é o Canino Branco. - diz o ninja a sua frente.
Sakumo não diz nada, tamanha era sua fúria, já estava em cima do inimigo e sua espada descia em direção ao peito do mesmo, seu chacra fazia a espada chiar com o som do relâmpago, mas um som se sobressai ao barulho de seus raios, um grito que o faz se virar no mesmo momento.
Um ninja segurava sua companheira pelos longos cabelos, e precionava uma kunai contra seu pescoço, sem saber o que fazer Sakumo hesita.
- Parece que remos um impasse - pronuncia sorrindo o ninja asqueroso - É a sua amiguinha pelo meu companheiro, não gosto muitondesse inútil, mas é o que tenho, afaste-se dele ou ela morrerá.
Era uma decisão difícil, se libertasse o inimigo fracassaria na missão, mas caso o contrario sua companheira morreria. Parte dele sabia que coisas assim aconteciam, um ninja deve estar sempre pronto para morrer. O ninja apertou um pouco mais a kunai na garota e uma linha de sangue escorreu pelo seu pescoço alvo.
Toque ele estava pensando, ela era apenas uma criança, não deveria ter mais de 20 anos, não poderia deixa-la morrer, conseguia ver o desespero nos olhos dela.
Hesitante, Sakumo solta o inimigo, mas tão rápido quanto um piscar de olhos, o ninja que segurava a garota, corta seu pescoço, sujando todo o colete da garota de sangue.
Sakumo pode ver os olhos da garota perdendo o brilho e soube na hora que ela havia morrido, a dor em seu peito era avassaladora, não a conhecia direito, mas ela ainda era sua companheira.
Em fúria Sakumo se transforma em um borrão prata, faz clones e invoca seus lobos, e enquanto os clones e os lobos destruíam seus oponentes, Sakumo faz descer do céu um relâmpago em forma de lobo matando assim com um só golpe seus oponentes.
Ainda ofegando, caminha ate a garota e a pega em seus braços, seu corpo estava frio, já não havia mãos vida naquele corpo.
Já sabia disso, mas ter certeza só fez a dor em seu corpo aumentar, ele se lembrava do quão insignificante e fraco ele era, e de como deixara a garota morrer. Vela morrer em sua frente, impotente, o fez se lembrar da morte de sua esposa Yumi, não pode fazer nada. Ele não era nada.
Em meio as lágrimas e do aperto em seu coração, palavras nenhuma poderia espreçar maior verdade e sinceridade que estas:
- Nunca mais deixarei um companheiro morrer, mesmo que isto custe a minha própria vida.
Depois destas palavras Sakumo não seria mais o mesmo, esta decisão mudaria completamente sua historia.
É engraçado não é? Como simples palavras podem alterar uma história tão subitamente, mas talvez seja o destino, talvez nossas histórias já surjam com um começo e um fim, e nosso final seja inevitável. Não somos nada comparados a isso.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.