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Jinyoung entrou no quarto, fechando a porta atrás de si e indo em direção aonde o Maknae se mantinha concentrado mexendo no celular, sem lhe encarar, mesmo estando sentado tão próximo agora.
— Mark e os outros está te esperando para almoçar – Disse, tentando chutar aquele silêncio.
— Eu como depois, estou sem fome! – disse, encarando o outro por um breve momento.
— Ontem você não quis almoçar também, e no outro dia praticamente me jogou para fora do quarto – Tentou rir, vendo o outro lhe olhar envergonhado - Quer conversar? – Perguntou, desconcertado, vendo o outro lhe olhar espantado – Eu estou do seu lado, se precisar conversar estou aqui! Huh? – Sorriu ao terminar o que tanto queria dizer.
Por mais que Yugyeom tentasse mudar seus gostos, seus batimentos acelerados e aquela esperança idiota que crescia no seu peito a cada ação do Park ele não conseguia, voltava sempre à estaca zero.
Por mais que ele quisesse, desabafar, jogar tudo que sentia para o outro ouvir ele não conseguia. Seria fácil se ele tivesse a coragem, só assim Jinyoung acabava com aquela loucura que havia nascido e o acordaria para a realidade o dizendo que aquilo nunca iria acontecer entre os dois e que por mais que fosse difícil, ele teria que matar aquele sentimento um pouquinho a cada dia.
Mas porque o Park tinha que chegar? Justo na hora que ele estava decidido a não ponderar ao imaginar os dois juntos?
Era difícil, talvez fosse a sua missão.
Talvez fosse a sua missão, parar ou tentar não amar Jinyoung e tudo que lhe acompanhava.
Ele estava quase se convencendo de que aquela era a decisão mais sabia a se tomar, era aquilo ou nada.
Mas porque Jinyoung chegou?
Lhe fazendo suar frio mais uma vez?
Lhe fazendo fraco e incapaz de continuar com aquela decisão?
Porque Park Jinyoung tinha que ser seu início, meio e fim?
Porque ele não podia só colaborar para o fim daquela paixão?
Yugyeom não entendia, queria muito entender, mas de antemão a palavra difícil lhe vinha à mente.
Agora, praticamente congelado diante aquele que ainda lhe sorria. O mesmo sorriso que lhe matava por dentro, o mesmo sorriso que lhe fizera se apaixonar loucamente.
“O sorriso que marcou a resposta para sua existência mais insana”.
E pior de tudo, era saber que conviver com ele, era o que estava tornando tudo mais difícil ainda.
Jinyoung não era carrasco, não era chato, não se achava como muitos pensam ao lhe conhecerem.
Ele não era nada disso, superava todas as expectativas e fora assim que Yugyeom teve seu coração roubado.
Yugyeom queria odiar Park Jinyoung, queria muito, mas com a mesma intensidade ele queria poder ama-lo, ama-lo de todas as formas que ele merecia.
Yugyeom queria ser feliz com Jinyoung, e queria mais ainda que Jinyoung fosse feliz consigo.
Mas não podia ser, não é? – Pensar é muito fácil.
— Porque você é assim? – Perguntou, se odiando por não impedir que o nó que se fez em sua garganta falhasse sua voz.
Jinyoung lhe encarou, sem saber o que fazer diante do rapaz que cobria o rosto coberto por gotículas de lagrimas.
Yugyeom queria que Jinyoung entendesse que aquele não era o momento para bancar o preocupado e saísse o deixando sozinho.
“Eu estraguei tudo” – Pensou, tentando inutilmente não mostrar suas lágrimas.
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