História Hate You Love You - Do you miss me like I miss you?

QUINTA-FEIRA, 27 DE ABRIL; 02:33 PM

A loira respirou fundo. Ela acabara de saber que teria de passar mais tempo no colégio do que pretendia e ao lado de ninguém mais do que Riley, a garota que fez com que Lucas apenas a usasse e contribuiu para o seu sofrimento de praticamente um mês. Ela ainda queria descobrir mais sobre os segredos da menina, mas não estava nem um pouco a vontade de fazer o projeto ao seu lado.

_Então, Maya... Quando vamos marcar para fazer o trabalho?

A morena encarou-a sorridente e levemente entusiasmada. Maya desviou o olhar para Farkle que apenas a incentivou e finalmente abriu a boca.

_Acho que devemos ver isso depois...

_Mas eu nem tenho seu número. Acho melhor marcarmos agora. Olha... Isso é mesmo importante para mim e... Que tal se formos na biblioteca amanhã depois da aula? Te encontro lá!

Maya nem teve tempo de protestar e a menina já estava saindo contente para fora do auditório deixando poucos alunos restantes incluindo ela e o namorado. Assim, a loira revirou os olhos e estendeu a mão para envolver a de Farkle e o puxar para que pudessem, enfim, deixar o colégio.

_Eu sei que esta nervosa... - O garoto começou enquanto caminhavam a a menina aperta sua mão com a raiva que fervilhava em seu peito - Mas olha pelo lado bom. Você vai poder ficar de olho nela já que ainda não sabe o que ela está escondendo.

_Arrg... Pode até ser, porém não queria depender dela para conseguir ajudar a minha mãe.

Ambos passaram em frente ao portão da escola e começaram a se dirigir até a esquina onde sempre se despediam.

_Sei como é... Bom, esqueci isso. Vamos deixar essa preocupação para lá. O importante é que estamos aqui... Eu e você.

Farkle puxou a garota pela cintura para que ela o olhasse mais de perto e parasse de andar tão rápido como se quisesse fugir dali. Seus olhos se encontraram e a raiva que sentia rapidamente se esvaiu e deu lugar a vergonha que queimou suas bochechas e a fez sorrir sem graça.

_Sabe, hoje de manhã... Você me disse que sentiu a minha falta. Então... Estamos aqui. Nada mais importa - Farkle sorriu imensamente para ela.

_É... Com certeza, tem razão. Hoje quando não consegui dormir eu senti muito a sua falta... Senti vontade de te ver... De te abraçar... De estar com você... - Maya abaixou o olhar um pouco desconfortável de se expressar para ele.

_Agora estou aqui. Estou com você - O garoto levantou seu olhar para encará-la diretamente nos olhos azuis radiantes que possuía - Podemos nos ver... - Em seguida, ele envolveu seus braços ao redor da cintura da menina à fazendo corar ainda mais - Podemos nos abraçar... - E por fim, ele a olhou ainda mais próximos do que antes e sorriu - Podemos estar juntos. E eu posso te proteger. Te fazer segura. Afinal, você me disse mais cedo que eu sou seu porto seguro.

_Fico muito feliz por isso, por poder estamos aqui e por poder me proteger e me fazer segura. Você é mesmo meu porto seguro. E eu... Sou o seu - Ela sorriu inocentemente - Só que... Farkle... Posso te perguntar uma coisa?

O garoto sorriu e assentiu veemente.

_Claro. O que quiser.

_Você... - Maya engoliu em seco nervosa e prosseguiu - Sente minha falta como eu sinto a sua? Você... Realmente gosta de mim como eu gosto de você?

O menino sorriu impulsivamente e olhou dentro de seus olhos enquanto a garota abraçava seu pescoço e ele a sua cintura. Eles estava bastante próximos.

_Se eu sinto sua falta como você sente a minha? Se eu te amo como me ama? Maya, eu sinto sua falta o dia inteiro. Todo o tempo estou pensando em você. Sempre foi assim. Mesmo quando você estava com o Lucas ou quando não ligava para mim, me achava um mané, eu estava lá por você e sentia sua falta a cada instante. Eu sempre amei você... Você é a garota que faz com que eu me sinta... Lalalopse - Eles riram ao Farkle confessar aquela sensação engraçada que sentia quando estava com ela, por estar tão apaixonado.

_Desculpa por não perceber isso antes... Por ser idiota e sofrer quando você estava lá para mim. Sempre esteve. E agora eu sei disso. Eu te amo e gosto realmente de você. E sinto sua falta... Todo segundo que não estamos juntos. Eu quero você. Eu preciso de você. E nada mais vai poder mudar isso.

_Eu também te quero. Eu sempre precisei de você... Sempre vou estar ao seu lado.

Assim, o som de uma buzina do carro de Farkle atingiu os ouvidos de ambos que apenas sorriram um para o outro e encostaram suas testas sentindo a presença do outro. Eles se sentiam seguros juntos. Eles se sentiam protegidos. Queriam um ao outro. Precisavam do outro para se tornarem completos. Para se conectarem.

SEXTA-FEIRA, 28 DE ABRIL; 02:12 PM

Assim que o sinal soara a loira despedira-se do namorado e caminhara, nem um pouco à vontade, para a biblioteca, encontrar com sua parceira no projeto. Quando entrou na sala repleta de estantes e livros revirou os olhos e procurou pela morena, que já estava sentada em uma das mesas com um caderno aberto entre as mãos.

Maya se aproximou dela e sentou ao seu lado, enquanto espiava para ver o que ela estava anotando. Era seu diário, a qual ela rapidamente fechou e jogou na mochila.

_Olá! Vamos começar?

_O que estava fazendo? - A loira pareceu curiosa e a indagou.

_Hum... Só umas anotações - Riley sorriu amarelo.

As duas desviaram o olhar e depois de alguns segundos em silêncio resolveram começar o projeto. Maya não tinha a menor ideia do que fazer, contudo Riley já estava com a ideia na ponta da língua. Elas iriam fazer um vulcão.

_Um vulcão? Tem certeza? Mas isso não é meio... Clichê? - Maya perguntou cruzando os braços.

_Eu sei. Eu sei. Só que sempre quis fazer um desses e já sei exatamente o que tudo que temos que fazer. Hoje podemos fazer a parte escrita para entregar ao diretor. Já estou terminando de escrever, pode me ajudar certo?

_Ah... Se insiste. Mais ninguém vai ter essa ideia não é?

_Não. Temos que anotar nossos projetos no mural para não copiá-los. Já anotei o nosso. Fui a primeira!

_Que entusiasmo...

A loira debochou e encarou a porta, porém a menina não pareceu notar e lhe estendeu uma caneta preta e empurrou outro caderno e uma folha impressa a sua frente.

_Imprimi toda a pesquisa. Enquanto não chegava já escrevi a introdução e desenvolvimento. Pode colocar as etapas e os ingredientes? Concluímos na apresentação.

_Hum... Parece bem organizado. É só olhar aqui? - Maya apontou para a folha impressa.

_Isso mesmo! - Riley se levantou - Vou ao banheiro, mas volto logo.

A loira concordou e começou a escrever calmamente enquanto sua mente ia de encontro ao garoto. Ela já estava sentindo sua falta. Queria que ele estivesse ali para ajudá-la e não ter que fazer o trabalho com a namorada do seu ex, porém não era possível.

Bom, de uma coisa ele estava certo: Ela podia investigá-la sem levantar suspeitas. Era o que ela precisava. Maya listou mentalmente tudo ar já descobrira dela:

1- Riley era adotada.

2- Riley tinha um diário com anotações sobre o professor Matthews e sabe lá mais o que.

3- Riley era do sangue A+.

4- Riley provavelmente morava próximo a Greenwich Village.

5- Riley fora a uma casa muito estranha em Manhattan para alguma coisa.

6- Riley fora para Filadélfia para alguma coisa porque ela só morara em lares adotivos em New York, Los Angeles e Miami.

7- Riley estava cheia de hematomas outro dia e sem explicação.

8- Riley queria ser Cheealeader.

9- Não tão importante, mas ela e Lucas se conheciam há alguns anos e se amavam mesmo.

Em meio a sua insegurança e pontos de interrogações Maya acabou por perceber que como Riley fora ao banheiro, Maya estava sozinha com a mochila da garota. Ela podia mexer nas suas coisas sem que ela percebesse. A loira olhou ao redor e sem notar ninguém já que a biblioteca estava quase vazia, ela se abaixou e abriu o zíper da mochila da morena, na cadeira ao lado, e começou a remexer lá dentro.

Encontrara alguns cadernos e livro de várias matérias e um estojo cheio de canetas e marca textos coloridos. Tudo que achava parecia completamente normal. Ela estava começando a achar aquilo uma real perda de tempo. Não estava encontrando resposta alguma, apenas para equações bem feitas de matemática, quando de repente, achou um papel em um dos bolsos.

Era um bilhete do diretor para o tutor de Riley. Ele exigia que o senhor comparecessem para conversarem sobre a nova aluna. Sobre seu desempenho e coisas acadêmicas. Nada parecia fora do normal, até a garota ler a assinatura. Aquele nome era semelhante. Ela não lembrava muito bem, mas tinha plena certeza de que já o conhecia, só não fazia ideia de onde. A garota tirou uma foto do papel e o colocou de volta, no mesmo instante que escutou passos no corredor e uma Riley sorridente adentrou o local.

Maya sorriu de boca fechada para ela e continuou a copiar o trabalho enquanto sua mente borbulhava de perguntas sem respostas e pena um nome ecoava pelo seu cérebro. Paul Carter. Ela tinha certeza que aquele nome não era estranho. E agora ela sabia algo a mais sobre a menina e não iria hesitar e procurar mais sobre ela. Ela estava disposta a descobrir e sentia que a cada vez estava mais próxima de fazê-lo