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História Hate You Love You - I hate you I love you


Escrita por: BiggestBlueGirl

Capítulo 7 - I hate you I love you


Fanfic / Fanfiction Hate You Love You - I hate you I love you

QUARTA-FEIRA, 15 DE ABRIL; 03:03 PM

A loira com os cabelos envoltos em um rabo de cavalo alto, vestindo uma camiseta xadrez azul e legging preta apanhou todos os seus matérias e os jogou de qualquer jeito dentro da mochila e, então, saiu pelo corredor a fora.

A semana havia voado. Durante o resto dos dias ela ficara sozinha, apenas colocando os pensamentos em dia. Farkle falara com ela, mas ele também estava envergonhado desde a noite da festa de Darby Walker. Eles se olhavam mas era como se a ligação que tinham tivesse se esvaído.

Maya passou todas as noites sem conseguir pegar no sono de imediato, mas dessa vez não eram apenas as memórias de Lucas que a perturbavam. Ela tentava fazer com que sua mente e seu coração concordassem e, na quinta, chegou na brilhante conclusão de que teria de deixar Lucas ir embora para que isso acontecesse. Ela já estava farta de se sentir quebrada por ele e a sabia que teria de perdoar a si mesma, a culpa não era dela, ele a tinha magoado e deixado e ela não poderia mais fazer nada a não ser esquecer. Maya não queria mais pensar nele e não queria perder seu único amigo por culpa dele.

Ela vira Farkle, no dia anterior, falando com uma garota. Talvez novata. Missy Bradford. Ela não se lembrava de já tê-la visto, mas ela com certeza já era do último ano ou algo assim, parecia mais velha, talvez fosse da outra turma. Mas algo dentro de Maya desmoronou quando ela viu a garota sorrindo para o amigo. Eles pareciam realmente felizes. Quase como íntimos.

A loira estava decidida. Ela não queria se sentir assim. Não queria perder Farkle como perdera Lucas, talvez tenha sido bom o término dos dois, porém ela não queria se separar de Farkle também. Ela realmente queria ele por perto. Se sentia mal pelo que causara na pista de danca, porque era tão complicado apenas deixar acontecer? O que de mau teria em conviver ainda mais com Farkle, se ele já era o único que a queria por perto? Todavia ela sentia. Ela tentava se esconder, mas sabia o que era real. Como na música em que eles dançaram. Ela apenas sabia. Era escrita para ela. E Maya não queria vê-lo com outra garota. E não queria que Lucas interferisse mais em sua vida. Finalmente, ela o deixaria ir e daria lugar ao novo, ela ouviria seu coração.

Ao passar pelo armário do ex, Maya parou e o observou. Ele estava raramente sozinho, como agora. Era sua chance. Respirou fundo e se aproximou dele. A garota pigarreou alto e o barulho o vez se voltar para ela, que sorriu abertamente, como há muito tempo não fazia com ele.

_Hey, você - Ela apontou o dedo na frente do rosto do menino, tão perto que ele quase desviou - Lucas, preciso muito falar com você.

_Ah... O que foi Maya? - Lucas pareceu confuso quando ela se aproximou dele, mas a garota apenas segurou nas alças da mochila.

_Eu só queria dizer que... Eu te odeio - Ele a encarou perplexo - Isso mesmo. I'm over it! * - E exclamando assim a loira se virou e jogou os cabelos dourados para trás fazendo os bater no rosto do garoto.

Ele apenas a observou deixar o corredor e ela desceu os degraus rapidamente sorrindo. A menina se sentia radiante. Fazia tempo em que ela não se sentia assim. Estava renovada. Era como se tivesse removido uma enorme pedra do seu caminho e agora pudesse percorrê-lo com toda a adrenalina que percorria em suas veias.

SEXTA-FEIRA, 15 DE ABRIL; 04:34 PM

A loira se encontrava jogada em sua cama com o celular na mão. Acabara de chegar e comer alguma coisa que encontrou na geladeira, pois sua mãe estava trabalhando e não poderia preparar um lanche para ela, em seguida, apanhou o aparelho eletrônico e discou uma mensagem para seu melhor amigo.

Eu (Maya) - Hey, Little boy! Apareça aqui em casa em meia hora ou eu vou ai e te arrasto até aqui, Okay?

A menina suspirou e encarou o teto sorrindo. Agora que sabia que seu coração estava no comando e sua mente mais limpa. Sabia que tinha perdoado a si mesma e deixado

Lucas ir. Deixado seu passado passar tranquilo. Ela podia jurar que uma luzinha no fim do túnel brilhava a medida que ela caminhava ao seu encontro.

Passados mais 20 minutos, ela sentiu seu celular vibrar em sua mão. Ela estendeu a tela na frente do rosto e deu um salto assim que leu a mensagem do amigo.

My Farkle <3 - Espero que não seja grave para você me chamar assim em cima da hora... Mas já estou chegando ai. Espere por mim, gata selvagem!

A loira fechou os olhos e abraçou seu aparelho eletrônico entre as mãos e o colo. Ele estava vindo. Ela teria a chance de falar com ele. De passar mais tempo com ele e esclarecer tudo que acontecera nos últimos dias. De mostrar que o caminho estava livre. Que a enorme pedra que tampava a visão do fim do túnel fora removida. Ela estava confiante como nunca antes.

Mais cinco minutos e a campainha tocou. Maya se levantou. Ela ajeitou sua roupa e soltou o cabelo, deixando com que caísse sobre seus ombros. Ela correu até a sala e abriu para deixá-lo entrar. Ele passou pela porta. Vestia uma blusa com desenhos espaciais e uma jeans. Estava com o cabelo meio desarrumado, mas certamente charmoso como sempre.

Ambos se dirigiram até o quarto da menina. Apenas acompanhando um ao outro e se encararam por um tempo. Até a loira se debruçar na janela e olhar para o horizonte. Ela estava nervosa. Não sabia o porque nem como, mas sentia seu coração agitado e as mãos suando. Ela não sabia como falar e por onde começar! Eles eram amigos ela deveria saber!

Farkle apenas a observou. Ele parecia entender a confusão que se passava na cabeça da menina e se aproximou dela calmamente. Ele debruçou no parapeito da janela ao lado da loira. Ele olhou para ela de lado e a menina fixava o olhar nas pessoas na rua. Farkle amava aquela vista, aquele lugar. Era tão vivo e único. Ele morava em um dos prédios mais altos de New York e não se orgulhava disso. Da vista que não tinha. Do espaço vazio que tinha entre ele e qualquer outra pessoa da família. Era um edifício enorme e moderno, mas não era o melhor lugar para se chamar de lar.

_Maya...

_Farkle... - Ela para o lado, seus olhos se encontraram, era uma sensação estranha que atingia o peito de ambos.

_Queria me dizer alguma coisa? Para que me chamou aqui? - Ele falou depois de alguns segundos apenas olhando-a.

_E-eu... Queria. Na verdade queria sim. Não sei como começar mas... - Ela desviou o olhar sem graça - Eu não quero perder a sua amizades. Não quero que você pare de falar comigo. Eu não quero te ver com mais nenhuma garota... - Ela olhou para ele de volta.

O menino estava admirando-a. Ele não sabia o que dizer. Ela estava falando algo que ele queria ouvir a muito tempo mas nunca imaginou que ouviria. Era como se estivesse em um sonho, ao qual, não queira de maneira nenhuma acordar.

_E eu... Falei com o Lucas hoje. Eu queria me livrar dele. De qualquer vestígio que ele pudesse ter deixado em mim. Não quero mais vê-lo ou deixar ele me atingir. Eu disse para ele... Que eu... Eu o odeio. É só isso que sinto.

_Você disse isso? Tem certeza? Voe o odeia? - Ela a princípio hesitou, porém afirmou.

_É dessa forma que me sinto.

_E quanto a mim? Você se importa com esta comigo?

_Sim... Eu me importo. E eu quero que esteja comigo. Não quero que pare de falar comigo como nesses últimos dias. Foi uma tortura. Ainda mais te ver ontem... Com aquela menina...

_Espera... - Farkle pareceu se lembrar e sorriu sapeca - Missy? A Missy Bradford? Ela é da outra turma. Ela só queria saber se vi o professor de física para ela falar com ele sobre uma nota... E nós começamos a nos entender por ela também gostar da matéria. Mas ela não é uma geniazinha... E muito menos... É como você, Maya. Eu nunca a trocaria por ninguém...

Eles se olharam e ambos se ruborizaram simultaneamente. Seus olhos estavam vidrados. Eles sentiam seus corações baterem e sintonia como uma orquestra de tambores. O silêncio imperava o local, mas em suas mentes as confissões um do outro ecoavam sem parar.

_Maya... - Farkle quase sussurrou - Você me rejeitou na festa pelo Lucas... Só que... Você odeia o Lucas... Então... O que você sente por mim?

A garota sentiu seu corpo estremecer. Seu coração parou. Ela estava congelada. Não sabia o que dizer. O que ela sentia? Se ela odiava Lucas o que ela sentia por Farkle? Não queria ver ele com a Missy. Não queria perder sua amizade. Queria passar o tempo todo com ele. Queria estar com ele como estava agora. O que isso significava? O que ela sentia?

A menina estava tão próxima dele que podia começar a sentir que dividiam o mesmo oxigênio. Estava quase ficando difícil respirar. Não havia percebido o quão próximo chegaram um do outro com aquela conversa, porém ela não conseguia... Ela não queria recuar. A loira respirou fundo. Fluiu o máximo de ar que conseguiu em seus pulmões. Ela sabia o que sentia. Ela sabia o que queria. Ela não conseguiu responder. Farkle esperava por uma resposta, contudo ela apenas transformou todas as palavras que lutavam para sair de sua boca em um ato. Um ato impulsivo que atingiu os dois em cheio e os selou. Maya o beijou. Ela se inclinou ainda mais e seus lábios finalmente se tocaram. Ambos estavam com os olhos fechados e não conseguiam se mover. Farkle não podia acreditar que a loira o tinha beijado. Maya não poderia acreditar que ela tinha o feito.

Depois de mais alguns segundos naquela situação constrangedora, o garoto tirou os cabelos de Maya de seu rosto e os colocou atrás de sua orelha enquanto segurava em sua face a aprofundava o beijo. Maya sentiu todo os seus pelos se arrepiarem quando ele a puxou pela cintura e ela pousou a mão em seu ombro. Eles se acompanhavam em um ritmo uníssono. Eles haviam chegado ao auge da orquestra. Os tambores em seus corações estavam ainda mais animados, mas a adrenalina se esvaindo de seus corpos a medida que se entregavam aquele momento fazia com que o show chegasse ao clímax.

Quando o ar se fez necessário eles se distanciaram um do outro e se encararam. Demasiadamente perto. Ambos sorriram verdadeiramente um para o outro. Eles não precisavam de mais nada. Palavras não eram necessárias para expressar o que seriam naquele momento, entretanto ainda assim Maya conseguiu fazer com que as palavras saíssem de sua boca. Ela finalmente pode responder o que sentia. Não com um gesto. Mais com três palavras, que faziam todo o sentido agora.

_Eu te amo.

* Já superei! 



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