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História Hate You Love You - All alone I watch you watch her like she's the only girl you


Escrita por: BiggestBlueGirl

Notas do Autor


Desculpem a demora, estava realmente ocupada com trabalhos e provas... Boa leitura!!

Capítulo 9 - All alone I watch you watch her like she's the only girl you


Fanfic / Fanfiction Hate You Love You - All alone I watch you watch her like she's the only girl you

QUARTA-FEIRA, 20 DE MARÇO; 09:45 AM

O imenso céu azul se abria entre uma fachada de nuvens cinzentas e espessas, brilhante e caloroso o sol amarelo aparecia por entre elas, seus radiantes raios iam de encontro com a pele clara e macia de uma loira de estatura mediana que se encontrava no pátio do colégio Abigail Adams juntamente do restante de sua classe.

A menina estava sentada em um banco ao ar livre enquanto acomodava seu caderno sobre as pernas e traçava várias vezes seu lápis. Todos os alunos estavam tendo aula de primeiros socorros e devido a isso estavam junto de um bombeiro no pátio da escola
Maya estava desinteressada e, dessa forma, sentou-se distante dos demais colegas e começou a desenhar distraída, acrescentando detalhes ao seu desenho do outro dia. Ela realmente se sentia inspirada.

Seus olhos procuraram por Farkle. O garoto estava sentado próximo de Smackle e Zay, eles estavam atentos ao que o bombeiro dizia. Uma chama reluzente e alaranjada ganhava vida sobre um suporte, línguas de fogo avançavam cada vez mais e iluminavam tudo ao seu redor e o homem ao seu lado segurava um extintor, enquanto outro estava no chão ao lado de seus pés. Ele explicava a diferença dos extintores. O extintor de H2O, ou seja, água não poderia ser usado para eletrodomésticos pois danificaria o aparelho, mas poderia ser usado em madeira, por exemplo. O outro era um extintor químico, usado para outros fins diferente ao de H2O.

O fogo ganhava força quando o bombeiro apertou o gatilho e espirrou água por toda a superfície de maneira e plástico, que usava para a explicação da aula. Maya desviou o olhar e se pôs a sombrear o desenho quase terminado com delicadeza e sagacidade.

Ela estava concentrada no que fazia, até que alguém passou a sua frente e deixou uma sombra sobre o sol que aquecia o seu corpo atrapalhando, assim, seu trabalho. A garota levantou o olhar e se deparou com Lucas caminhando até o bebedouro. Ela o observou. Era algo estranho olhá-lo agora, ela se sentia diferente como se eles nunca tivessem sido próximos. O garoto saciou sua sede e antes de voltar a caminhar até os outros parou um pouco a medida que algo parecia roubar sua atenção.

Riley estava sentada em um banco próximo ao bombeiro. Seus cabelos escuros e ondulados voavam junto a brisa leve que atingia seu rosto. Ela batia inquieta a caneta roxa em suas pernas cruzadas enquanto parecia compenetrada na aula. Lucas a observava. Maya o observava. Maya observava Lucas observar Riley. Aquele olhar apaixonado e profundo como se não houvesse outra coisa no mundo, como se tudo ao redor tivesse desaparecido e apenas a morena continuasse viva e radiante.

Maya sabia muito bem qual era a sensação. Ela não havia sentido algo tão completo e aconchegante quanto admirar alguém ao ponto de saber que aquela pessoa te completava, mas ela já se apaixonara e realmente gostara de Lucas... Contudo com a mesma intensidade que aquilo atingira seu peito se esvaíra em apenas um mês. Agora ela estava passando por uma experiência nova. Ela sentia seu corpo aquecido quando estava com Farkle, porém ela não conseguia fluir os sentimentos que viu Lucas sentir por Riley. Ela apenas sonhava em um dia poder. Ela no seu íntimo desejava sentir embora não quisesse se entregar nunca. Não se isso a magoasse mais.

Lucas voltou a caminhar e se aproximou de Riley. Debruçou no banco onde ela estava e lhe deu um beijo na bochecha direita à fazendo se ruborizar e virar sorrindo envergonhada. Eles se encararam por alguns segundos, em sintonia um com os olhos do outro, para depois voltarem a atenção para o bombeiro, que em poucos minutos finalizou a explicação e o sinal bateu.

Maya terminou de passar o último sombreado na imagem que criara e já estava guardando seu material quando um garoto alourado apareceu ao seu lado.

_Hey, gata selvagem! O que achou da aula? - Ele a olhou e percebeu que a menina estava distraída por isso não insistiu na resposta que provavelmente já havia conseguido focalizar apenas com sua expressão - Ei, o que é isso? - Ele debruçou-se sobre o caderno da loira a tempo de vê-la fechá-lo e jogá-lo dentro da mochila.

_É só um desenho. Não estava a fim de ter uma aula de como apagar um incêndio... Quem disse que vou ser bombeira? - Ela puxou a alça da mochila do menino para conduzi-lo começar a andar e acompanhá-la de volta para dentro do colégio - Que aula é agora?

_Intervalo. O intervalo antes do almoço e, Maya, você não precisa ser bombeira. Essa aula era para aprendermos primeiros socorros e isso é importante.

_Ta. Pode ser. Eu vi um pouco, okay? - Ela revirou os olhos - Só que também não é como se eu fosse salvar a vida de alguém... Bom, eu trouxe uma coisa que sei que vai gostar! - Maya se voltou sorrindo maliciosa e apressou o passo dando pequenas saltitadas até seu armário.

A loira girou o cadeado com suspense e depois o abriu lentamente para revelar uma sacola com os dizeres "Topanga's onde a sua vida se torna deliciosa". Ela estendeu na frente do rosto do garoto.

_Adivinha!

_ O que?

_O que eu trouxe bobinho! Minha mãe pegou para mim no trabalho dela.

_Ah... - Ele a encarou profundamente, intrigado com a pergunta e tentando encontrar a resposta - Hum... - De repente algo iluminou em seu rosto - Não me diga que é... Um minki?

Maya abriu ainda mais o sorriso e mostrou para o garoto que dentro havia não um mas vários. Minki era como eles se referiam a uma espécie de panqueca doce de uma das mais famosas padarias e lanchonetes, a americana ucraniana de Topanga Matthews.

_Seu lanche favorito! - O garoto sempre o pedia quando iam lá - Especialmente para você!

_Aw Maya... Você é mesmo tão incrível! - Ele entrelaçou o braço pelo pescoço da menina e a puxou para mais perto, a abraçando de lado.

_Você quem é. Agora vamos rápido comer antes que o intervalo acabe.

Eles saíram de mãos dadas enquanto se deliciavam daquele lanche em conjunto. Ambos estavam felizes por estarem juntos. Ambos se sentiam parte de um maravilhoso universo quando podiam estar lado a lado e se esquecer de tudo que os atrapalhavam. A vida era mas simples quando apenas pensavam neles como um todo.

QUARTA-FEIRA, 20 DE MARÇO; 02:10 PM

A loira estava organizando suas coisas ao fim da aula de biologia enquanto torcia para que pudesse ir para casa. Ela já estava cansada e não queria ter mais aulas, até que Farkle aparece, de repente, ao seu lado.

_Me diz que as aulas acabaram.

_Bom... Sim e não.

Ela suspirou aliviada e ao mesmo tempo revirou os olhos estressada. Farkle riu de sua dupla expressão e colocou a mão em seu ombro.

_Hey, relaxa. Agora são os testes para os times e as chealeaders. Vai entrar novos alunos. Eu ainda quero tentar entrar no clube de química então preciso participar desse horário.

_E eu deveria ir para casa... - Maya fora sincera e jogou a mochila nos ombros.

_Tem certeza que não quer participar de nada? Sei que tem um talento oculto ai... - Ele sugeriu e a garota já sabia sobre o que ele se referia mas ela não queria mesmo ficar mais tempo na escola - Hum? Porque a minha artista rebelde não revela sua arte?

Ela finge ano estar ouvindo e começa a andar porém ele a ataca com cosquinhas na barriga o que faz a menina soltar gargalhadas abafadas e segurar suas mãos para que ele parasse. Ela se virou ainda segurando suas mãos entre as dela e lhe lançou um olhar vingativo, para em seguida, atacá-lo da mesma forma. O garoto tentou segurar o riso, mas assim que as unhas da menina encostaram em sua pele foi impossível se conter, porém para que ela parasse ele segurou em seus pulsos e tirou suas mãos de perto de si.

_Quero ver me atacar agora.

A garota tentou se soltar, todavia ele a estava segurando firme, como duas correntes e ela teve de ceder, contudo antes, lhe mostrou a língua.

_Engraçado - Ele sorri - Você fica ainda mais linda nervosa - Ela fica sem graça e começa a corar quando ele lhe solta - Vai embora para casa?

_Não - Ele lhe lança um olhar surpreso - Mas não comemore. Eu não vou me inscrever. Vou apenas esperar por você.

Farkle colocou o braço ao redor dos ombros da menina e sorriu para ela. Embora ele desejasse que a loira acreditasse em si mesma e a assumisse que tinha um talento enorme para arte e que podia usar disso para mudar o mundo, estava feliz que ela deixasse de ir para casa para ficar com ele. Passar mais tempo com ele, sendo que odiava ficar na escola.

Ambos passaram pelos armários até o ginásio, onde aconteceriam os testes e no fim do corredor ficavam os clubes. Maya escorou na parede e encarou o amigo.

_Vai lá... Boa sorte - Ele sorriu pra ela que acariciou sua bochecha.

_Obrigado... Acho que devia mesmo se arriscar Maya...

_Estou bem. Vou te esperar aqui.

Ele assentiu e decidiu não discutir mais com ela. Caminhou até o Clube de Química e a garota continuou olhando para frente à espera de Farkle voltar.

Passado alguns minutos, que a menina passou ouvindo musicas em seu celular, ela escutou os vivas das cheealeaders no teste e os jogadores no ginásio. Maya continuou onde estava tentando se concentrar no ritmo da música até que os gritos a encomendaram e a menina se forçou a ir até o portão e dar uma espiada.

As líderes trajando uniformes vermelho se encontravam em um canto mostrando passos e testando as novatas, como Riley. A morena parecia ansiosa e insegura, porém estava lá entre as outras. Do outro lado, os meninos faziam testes para o time e como da outra vez, Lucas e Zay estavam lá. Maya podia adivinhar onde estava Smackle: junto de Farkle.

Ela permaneceu mais algum tempo observando-os até quando Riley foi chamada para se apresentar. Ela tinha que fazer passos complexos e não parecia muito articulada. Na verdade, a garota era meio destrambelhada e não conseguiu ir tão bem, no entanto, ela parecia confiante e esperançosa.

Maya percebeu que Zay estava sendo testado e Lucas seria o próximo, todavia acabou entrando em transe e teve de ser chamado pelo moreno enquanto observava Riley. Apesar de a garota não estar se saindo bem, ele parecia realmente admirado. Ele a olhava como se ela fosse a coisa mais encantadora do mundo. Maya invejava isso. Não mais por ela não ser Riley, mas por ela não sentir isso. Não conseguir sentir o que ele sentia. Era como se o amor fosse uma ilusão, apenas uma miragem e ela não conseguisse encontrar o verdadeiro.

A loira suspirou. Lucas se apresentou e foi muito bom, como Zay. Eles eram bom em esportes. Era isso que fazia deles peculiares. Riley podia não ser uma boa líder de torcida, mas Maya sabia que a força de vontade a fazia especial. Ela se sentia mais leve depois de ter superado Lucas, porém ainda se sentia incompleta. Era como se algo dentro dela ainda estivesse precisando de concerto... Algo próximo de seu coração... Algo que ela só poderia concertar caso se entregasse fielmente a alguma coisa... Ou alguém.

_Completamente sozinha eu observo você observá-la... Como se ela fosse a única garota que você já viu.

A loira admitiu para si mesma o que sentia. Lucas olhava para Riley como se nunca tivesse existido outra garota. Ela queria poder se sentir assim. Ela estava confusa.

Se afastou do portão e, sem perceber, encarou a porta do Clube de Química. Farkle estava lá agora mostrando suas habilidades, encarando seus medos e dedicando-se aos seus sonhos e metas. Ela se escorou na parede e procurou pelo caderno dentro da mochila. Quando o encontrou abriu na página do desenho que estivera fazendo... Será que era realmente boa? Valia a pena?

Pelos próximos minutos permaneceu com a folha aberta e os pensamentos distantes, até sentir uma mão quente e macia em seu ombro, ela estremeceu, talvez porque estivesse concentrada ou talvez porque não esperava por aquilo, e um garoto escorar ao seu lado. Ela se virou para o amigo sorrindo.

_Eu passei... Quer dizer, eu passei! - Ele não se controlou em comemorar.

Ela o abraçou impulsivamente. Ele a apertou mais contra si e depois olhou para o que ela esteve tão entretida esse tempo todo.

_Esse desenho Maya... Ele é realmente lindo. Você... Foi ótima.

Maya encarou o papel mais uma vez. Uma garota de costas, trajando um lindo vestido com a barra forrada e babados e penas, fora traçada no centro. Seus cabelos como uma cascata ondulava em um rabo de cavalo solto ao de seu ombro esquerdo. Em volta dela sombras e borrões flutuavam. Em meio a essas imagens estavam um garoto, a sua esquerda, com um coração deformado ao lado e a direita uma mulher muito bonita, já a cima estava um casal meio nítido.

_Estou sem palavras...

_Eu também... - A loira concordou.

Ela não sabia o que aquilo significava, mas podia sentir que não fizera aquilo apenas por fazer. Ela sentia que fizera de propósito, era como se seu subconsciente a estivesse enviando uma mensagem. Ela queria encontrá-la. Queria entender. Ela sabia que aquele desenho era mais que somente um desenho. Aquilo eram seus sentimentos. Confusos e, no momento, indistintos. Ela precisava entendê-los. Era preciso distingui-los. Mata tinha de senti-los. 


Notas Finais


Espero que tenham gostado! Continuo o mais breve e spoiler para quem quiser: A Riley e seus segredos aparecerão bem mais a partir do cap 10!!

AMO VOCÊS!

XOXO


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