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História Haunted House - Embaixo da cama


Escrita por: Medoo

Notas do Autor


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Capítulo 1 - Embaixo da cama


Acordei naquela manhã de sábado assustada, como nas outras noites. Aquela sensação de pavor misturado com uma sensação de estar sendo vigiada andava acontecendo desde que minha família se mudou para cá.
Sento na cama e vejo que minha porta está aberta de novo. Desço da cama e sinto o chão de madeira gelado. Saio do quarto e paro no meio do corredor. Marley está dormindo na porta do quarto dos meus pais. Quando eu ando na direção do banheiro ele levanta a cabeça e fica me olhando. É bom pensar que alguém está protegendo a gente de qualquer coisa que “isso” seja. Apesar dele dar vários sustos, como de repente ele começa a latir e só para quando colocamos ele para fora de casa.
Saio do banheiro e ele não está mais na porta de meus pais. Talvez tenha descido para a cama dele.
Entro no meu quarto e verifico se a porta está bem fechada. Ando até a cômoda e pego meu celular. São 2:49. Agradeço por hoje ser sábado. 
Deito na cama e me cubro com o edredom. Fico alguns minutos olhando para o teto do quarto e caiu no sono.
Me acordo alguns minutos depois com uma sensação muito ruim, pior de estar sendo vigiada. É como se “isso” estivesse comigo aqui, no quarto. Talvez na cama. Não sei se só estou imaginando, mas acho que consigo até sentir a respiração “disso”.
Me viro para o lado da parede e fecho os olhos enquanto agarro meu edredom marrom.
Tento regular minha respiração. Os outros dias que isso tinha acontecido acabava logo.
Senti algo se mexer em baixo da minha cama. Não, isso nunca tinha acontecido.
Um arrepio corre pela minha espinha, mas tento me convencer de que é só minha imaginação. Como minha mãe diz, sempre tive uma imaginação fértil.
Sinto “isso” do meu lado. Acho que ele está me observando. Não tenho coragem para me virar. Acho que mesmo se tivesse, não gostaria de ver o que é, ou o que costumava ser.
Sinto algo se apoiar na minha cama e cubro a cabeça com o edredom. Penso em gritar pela minha mãe. Mas ela não viria, não desde a última vez.
Tiro o edredom do rosto e abro os olhos, encaro a parede. Balanço a cama com o corpo para fazê-lo sair da minha cama. Parece que funciona, pois não consigo mais senti - lo na cama. Mas ainda está no quarto. Dou um suspiro e sinto meus pés ficarem gelados. Me viro.
Lá está ele, branco com os olhos marrons como se esperasse algo de mim. Dou um sorriso involuntário. Marley olha para mim como se eu fosse doida. Bom talvez eu seja, mas isso não muda o fato das outras noites.
Marley fica olhando para mim como se esperasse minha aprovação.
Bato a mão na cama e ele sobe com um pulo. Agora me sinto mais segura. Apesar de Marley não ser um cachorro agressivo, ele é melhor que dormir sozinha.
De manhã me acordo e me espreguiço. Sento na cama e vejo que minha porta está aberta.
Isso não é novidade. Minha mãe, toda manhã abria a porta para que se Marley estiver aqui dentro, ele possa sair.
Saio da cama e vou até meu celular. Sem mensagens. Jogo ele em cima da cama e saio do quarto. Brann está na porta do quarto dos meus pais.
Ando até ele e lhe pego no colo.
- Você está lindo! - Eu disse já que ele só estava de cueca.
Mamãe estava sentada na cama, dobrando a roupa.
- O café da manhã está no balcão. - Ela disse dobrando um lençol verde.
Desço com Brann nos braços e coloco ele no chão quando chego no térreo.
Ando até a cozinha e pego meu prato no balcão, omelete. Sento na mesa e vejo Brann brincando com Marley. Provavelmente Kaetrina ainda estava dormindo, já que também tem outro prato no balcão. 
A bolinha de Marley vem para a cozinha e ele corre atrás dela com segurança de que irá pegar. Antes que ele pegue a bolinha chega aos meus pés e eu jogo de volta para a sala.
Após o almoço, estávamos jogando 21 quando ouvimos um barulho no primeiro andar.
Papai, que já estava em casa falou para eu subir e conferir se nada tinha caído no chão. Me levantei e subi as escadas correndo. Já que logo seria minha vez de escolher. Entrei no quarto da mamãe e vi que um livro tinha caído da estante, As Crônicas de Lee Pyece”. O livro era pesado, tinha umas 800 páginas.  Talvez Kaetrina tenha colocado ele de mal jeito. Coloquei o livro de volta rapidamente e quando estava saindo do quarto ouço novamente um barulho forte.
Com receio, olho para trás e vejo o mesmo livro no chão. Coloco o livro de volta na estante mas dessa vez observo o que o fará cair.
Novamente um barulho, mas esse me deixa com a boca seca. Ele não vem do livro. Vem de trás da estante.
Recuo um pouco na direção da porta e sinto algo puxar minha blusa. Sinto minha pele ficar gelada. Me viro devagar e Brann está me observando com um pirulito na boca.
Solto a respiração que nem sabia que estava prendendo e dou um sorriso.
- É sua vez! - Ele disse saindo correndo do quarto.
Eu o sigo e desço as escadas correndo. Sento ao lado da minha irmã e começamos a jogar novamente.
À noite, sentamos para assistir um filme. Eu estava sentada com minha irmã e meu irmão no sofá maior. Minha mãe escolhia os filmes da votação, enquanto meu pai fazia a pipoca na cozinha.
- Pyter, já escolhi os filmes! - Minha mãe se levantou com os cinco filmes na mão. 
- Já vou!
Sentimos o cheiro da pipoca e sabíamos que estava boa antes mesmo de provar.
Meu pai entrou na sala com dois baldes de pipoca. Ele nos deu um balde, que ficou comigo já que estava no meio. E levou o outro para ele e mamãe.
- Hoje nós temos. As Aventuras de Canjy Pink, Planeta Terra, Superman, Holidays e The Shinning Night. - Instantaneamente escolhi de The Shinning Night. 
Como tudo na vida não são flores, o filme ganhador foi As Aventuras de Canjy Pink. O filme que já tínhamos assistido 10 vezes.
Quando nossa pipoca acabou, o filme mal tinha começado. Marley estava nos pés de papai, comendo as pipocas que papai jogava discretamente.
Fui na pia e olhei pela janela que tinha frente dela. A noite estava fria. Podia dizer isso pela névoa que cobria o bairro.
Sentei no sofá e com uma enorme paciência esperei o filme acabar.
O filme acabou e fomos escovar o dente para irmos dormir.
Tivemos a mesma discussão com Brann sobre ele ir dormir no quarto de mamãe e como sempre, ele foi para a cama chorando.
Deitei na cama esperando que hoje à noite fosse normal. Minhas olheiras aumentavam a cada noite.
Me certifiquei que Marley estivesse fora do quarto antes de fechar a porta e coloquei meu celular no silencioso.
Me deitei na cama e me encolhi debaixo da coberta.
Será que isso é pedir muito, ter uma noite em paz?



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