História He is a Part of Me Now - Capítulo Único - He is a Part of Me Now

[ Louis Tomlinson's Pov ] 

Arrumar as malas raramente é uma coisa negativa. Agora, é uma destas raras vezes que eu não gosto de fazê-las. Sem muito animo, passei a dobrar as peças e coloquei-as organizadamente nas malas. Não estava indo visitar minha família, embora esteja de férias, este ano minha família visitaria uma tia que estava doente, não estariam em casa e por isto decidi que aproveitaria sozinho pela primeira vez, para um lugar onde eu poderia ser eu mesmo. 

Conseguia ouvir as vozes ecoando no piso térreo, dividia o apartamento com meus amigos de banda, meus irmãos de coração. Eu os amava e, de ter um coração grande, acabei sendo controlado. Harry estava se despedindo dos rapazes, as gargalhadas, uns baixos soluços deixavam meu coração acelerado e minha respiração descompassada. Os resquícios da noite anterior rondavam meus pensamentos que se resumiam somente no homem que eu amava. 
 

"Meus pés e parte de minhas canelas estavam submersas, não queria nadar, apenas sentir a brisa noturna, permanecer debaixo da luz do luar e observar o corpo lívido e esguio nadando, exibindo suas tatuagens e deixando-as mais bonitas dentro d'água. 
Seu corpo submergiu, deixando seu peitoral com algumas gotas de água e seus cachos totalmente molhados o deixando mais atraente ao meu ver. Se aproximou lentamente de mim, quase em "câmera lenta". Passou as enormes mãos nos cabelos, os colocando para trás. Logo apoiou na borda e se sentou amo meu lado puxando sua toalha que estava perto de nós e se secando. 
 

Pude sentir meu coração bater mais rapidamente ao encarar aqueles olhos verdes brilhantes me olhando nos olhos. Mordeu seus lábios como sempre fazia quando estava nervoso e inseguro. Ameaçou falar, porém suspirou pesadamente voltando a fechar sua boca. Olhei para o céu estrelado e admirei o quanto é majestoso o brilho que as estrelas emitem mesmo sendo tão pequeninas ao olharmos da Terra. A lua por sua vez, não ficava para trás, devido ao sol, também tinha sua luz. Estava minguante, só jeito que eu mais gostava. 
 

- São lindas, não?
 

Harry não tinha em mente o quanto sua voz rouca causava em mim. Consegui sentir os pelos de meu corpo se eriçarem com a voz tão próxima de mim. Exitei em responder, esperei alguns instantes e balancei afirmando. Eu realmente amava observar o céu, meus olhos estavam presos à aquela imensidão que não pude apreciar o homem ao meu lado se levantando e estendendo sua mão para mim. 
 

Aceitei o convite e me levantei também. 
 

- Preocupado com alguma coisa, Louis?
 

Não imaginava o quanto gostoso meu nome soava em sua boca, parecia que estava derretendo e aproveitando cada letra, cada sílaba como se fosse um doce muito saboroso. 
 

-Você está? 
 

Direcionei meu olhar ao dele, ele sabia que não gostava de ser o foco do assunto, desta vez, infelizmente, respondi em relutância. 
 

- Você sabe muito bem, nós dois temos motivos para isso. Não me lembro da última vez que estive tranquilo comigo mesmo. 
 

- Eu sinto muito Louis, mas não podemos fazer mais nada. Devemos nos afastar, é doloroso, mas é a única opção que nos resta. Gostaria de ter lutado mais bravamente por nós como você fez, mas não sou capaz de aguentar ser controlado e ver uma mulher ao seu lado. Me desculpe. 
 

- Sei disso Hazzy, não se preocupe. Ficaremos bem. 
 

Ele se referia a Eleanor, ele entendia, portanto não lhe agradava nada. Ela não se passava de uma 'beard' e neste tempo que passamos juntos, forçadamente, nos tornamos íntimos, mesmo que eu não queira nada e ela saiba de minha opção sexual, ela insiste em me provocar principalmente quando estamos na frente de Harry
 

Hazzy. Apelidei Harry assim, gosto da forma engraçada que se pronuncia e do quão fofo parece, combina com ele. As grandes mãos que agora não dispunham de seus anéis envolveram minha cintura, seus olhos de esmeralda brilhavam sob a luz da noite, conseguia perceber meu reflexo neles de tão perto que seu rosto estava do meu. A boca entreaberta como se estivesse com dificuldade para respirar, vermelha, macia e extremamente convidativa. Passei as pontas de meus dedos por sua face, acariciando cada pedacinho de pelo, rumando ao pescoço. Algumas gotas ainda caim dos cabelos, escorrendo para ombros e pescoço. Cruzei meus braços nele e fechei meus olhos aproveitando o momento único.

Fragmentos de pensamentos iam e vinham, desde o dia em que eu o conheci, até os piores. Dos sorrisos até as lágrimas. Das nossas promessas e das tatuagens que sempre estarão em nossos corpos nos impedindo do esquecimento. Senti que aquela era nossa despedida, silenciosa, sem palavras, com toques e sentimentos escorrendo por nossos olhos. Dei um mínimo sorriso ainda com os olhos fechados. 
 

Percebi que meu coração estava batendo forte, minha respiração já estava acelerada e confusa com a de Harry, justamente pela proximidade de nossos narizes e testa. Seu lábio se encostou ao meu brevemente e ao repetir o ato, aprofundando-o me deixando provar o gosto de menta de seu hálito. Ao partir o beijo, me coloquei nas pontas dos pés e segurei seu pescoço com uma mão e com a outra apoiei na parte inferior de seu abdome. Pressionei firmemente nossas bocas e logo sua língua estava em sintonia com a minha. Não era um beijo calmo, era desesperador mas não deixava de transmitir todo o amor que tínhamos. 
 

-Eu te amo 
 

Disse calmo, confiando em minhas palavras. Harry sorriu exibindo sua fileira de dentes brancos e impecáveis, seguido de sua covinha. Eu sentiria falta de tudo isso."

Eu estava correto ao dizer que sentiria falta, pois os efeitos da noite passada estavam ocorrendo agora. Fechei o zíper da mala que estava pronta e encostei-a do lado da porta. Deitei de bruços e as lágrimas começaram a se acumular nos cantos de meus olhos deixando minha visão turva. O gosto e a sensação delicada do toque dos lábios dele ainda permaneciam em minha boca, o perfume amadeirado estava impregnado em cada peça de roupa minha e em meu ser. Harry já passava a ser uma parte de mim, uma parte que eu não poderia viver sem. Senti frio, o mesmo frio que sentia quando ele passava os dedos gélidos em meus braços. Não somente minha pele se esfriava, meu coração também estava frio, aquele que quando H foi, o levou junto. 

Me deixei levar pelos braços da solidão que me acolhiam como uma velha companheira. Não eram os braços que eu desejava ter me aconchegando, fortes e tatuados, entretanto eram os únicos dispostos a ouvir minhas mágoas silenciosamente. Adormeci. 

***

-Bom dia Lou Lou!

- Uh, Harrey?

Levantei minha cabeça em busca do homem que eu chamava, me enganei, era Niall. Sorri tristemente e sentei-me encostando na cabeceira da cama. 

- Meu Deus, Louis! O que houve com você? E, o que houve com Harry? Ele foi ontem.

Me descobri e andei até o banheiro. Encarei meu reflexo e Santo Deus! Tinha duas bolsas escuras debaixo dos olhos, olhos vermelhos e inchados. Tudo causado pela choradeira de ontem, devido a falta que eu sentia dele em menos de horas. Niall iria me questionar sobre isto e, eu teria que lhe contar. O irlandês era o único que sabia de meu envolvimento com Harry e como eu dependia dele para viver. Voltei cabisbaixo e me sentei no mesmo lugar de antes, abraçando minhas pernas contra o peito. 

- O que deu em você Louis? É por causa dele?

- Constantemente é por culpa dele. Culpa daquele sorriso cafajeste que me faz derreter igual manteiga. É tanta coisa Niall. 

- Você terá tempo pra colocar seus pensamentos no lugar, você tem meu número e se quiser pode voltar correndo para cá. Se não for se aprontar agora, irá perder o avião. 
Contra minha vontade, adentrei o banheiro novamente me despindo. Liguei a água quente e deixei que escorresse por meus ombros a fim de aliviar a tensão. 

Sai do banho e me vesti confortavelmente para passar horas sentado dentro de um avião. Conferi se não estava faltando nada, carreguei minha mala com uma mão e na outra eu tinha um livro de romance. Não estava com ânimo de ter que viver meu próprio drama, preferia viver o dos outros, com outros problemas, com outros amores. 

Niall me levou até o aeroporto onde eu rapidamente eu fiz o check-in. Minhas malas eu coloquei na esteira e passei pelo detector de metais, assim, pude entrar no avião. Passei os olhos rapidamente pelos assentos e encontrei o meu, ao lado da janela. Não demorou muito para levantar voo, tudo começou a ficar pequenino igualmente como eu desejava que meus problemas ficassem. Retirei meu celular do bolso disposto a tirar uma foto do céu e fiz. Respondi algumas fãs e logo postei a foto que acabara de tirar com a legenda "Here I go". Desliguei o celular disposto a relaxar um pouco e conseguir ler sossegadamente. 

***

Ao desembarcar e pegar minhas malas, dando graças ao bom Deus que não havia tantas fãs e nem paarazzis. Pedi um táxi e esperei até sua chegada. 

Parei em frente ao hotel que eu havia reservado outrora. Era luxuoso sim, estava de férias e merecia um pouco de paz. Desci do táxi e andei com minhas malas até o balcão onde fui bem atendido e direcionado ao meu quarto na cobertura. 

Enorme. Não me parecia tão grande assim quando imaginei, porém é bem maior do que pensava. Não desarrumei minhas malas, deixei-as aberta no canto do quarto e me despi, ficando apenas de boxer já que estava sozinho. Apareci na sacada e estava tão pacífico, me sentia como uma pessoa normal, fora da fama, das câmeras, dos holofotes, contudo essa não era minha realidade. Por mais bonito e exuberante que o lugar seja, além de me sentir bem, não era minha casa, não em termos de moradia. Casa é aquele lugar onde o coração está, as pessoas fazem do lugar mais bonito e esta pessoa, esse homem estava com meu coração e com sua família nem imaginando o quanto eu queria estar ao seu lado, ignorando todas as regras e contratos que nos foi imposto. 

Todo afeto em público, seja beijo, abraço, algumas provocações era estritamente prbido. Eu e Harry não ligávamos aonde estávamos, trocávamos sussurros, mãos bobas, beijos, todo que tínhamos direito, porém tendo que seguir essas regras, não há quem aguente. Nos sobrava as noites que dormíamos juntos, todavia essas eram ocupadas pelo sono devido às exaustivas entrevistas, sessões de fotos, shows, seja lá o que fosse, mas não conseguíamos mais tempo para nós. Acabamos afastados. Eu não queria isso, ele muito menos, contudo nos afastamos por um bem maior, pela banda. 

Estava a beira dos prantos, pensando em ligar para Niall e voltar correndo para Londres, querendo um colo para chorar baixinho e deixar todo o sofrimento ir embora. Engoli o choro e corri para o meu quarto para me vestir. Coloquei uma camisa branca, uma azul social por cima, deixando-a aberta. Minha calça skinny preta e os Vans completavam o que vestia. Estava pronto para a diversão. 

***

A música alta invadiu meus ouvidos quando eu entrei. As luzes neon piscavam de um lado para o outro. Pessoas por toda parte com seus corpos suados e algum copo de bebida em mãos. Fui até o bar pedindo uma dose de Whisky. Logo ele voltou com esta e eu bebi em um gole só. 

A noite se procedeu assim, comigo tomando várias, observando as pessoas dançarem e sendo feliz sem se preocupar com o a amanhã, esse era o efeito que a bebida tinha sobre eles e Harry tinha o mesmo efeito sobre mim. Parei de beber, não gostava disso para falar a verdade. Gostava da forma como ele dançava tão bem, mesmo não tendo um bumbum como o meu, o dele era redondinho e branco. Eu gostava da forma com que ele ficava naqueles jeans apertados, totalmente provocantes, porque além de marcar suas pernas, nádegas, marcava sua parte da frente. H sabia exatamente me exitar. Poderia passar o resto da noite descrevendo suas qualidades e defeitos mas, não perderia a oportunidade de me aproximar do garoto de cachos que dançava na pista, tinha cachos, como os de Harry. 

Vestia uma regata branca que deixava aparente seus braços definidos e a tatuagem de dragão no ombro direito, usava um jeans skinny preto o que marcava suas pernas, e que pernas! Tinha cachos volumosos arrumados em um pequeno topete o deixando ainda mais fofo, certamente eu poderia me apaixonar por ele. O tem de pele era apenas mais bronzeado que Harry. Tinha um copo de bebidas em mão. Seu amigo disse alguma coisa em seu ouvido que o fez sorriu e logo se retirou. Ótima oportunidade. 

Me levantei e dei uma arrumada em minhas roupas conferindo se estava bonito o bastante. Parei em sua frente e passei as mãos no cabelos, ele me olhou confuso perguntando se eu queria um gole de sua bebida. Neguei. 

- Estou interessado em algo muito melhor. 

Agarrei sua cintura com as duas mãos puxando-o para perto de mim. Suas mãos agarravam meu pescoço firmemente e me encarava nos olhos, sem desviar por um instante. Adentrei sua calça e boxer com minhas mãos apertando seus glúteos e ouvi ele suspirar baixinho em meu ouvido. Sorri e beijei seus lábios com gosto de vodka no mesmo instante que meu membro dava sinal de vida. Quando o beijo se partiu, o puxei pela mão até a saída e pedi um táxi que por sorte estava passando. Disse o endereço para o motorista enquanto o garoto distribuía beijos, lambidas e mordidas por toda a extensão de meu pescoço e ocupava suas mãos acariciando minha pele por baixo da camiseta. 

***

Minha única lembrança da noite anterior foi ter saído um gemido baixo de meus lábios chamando o homem que eu tanto amava. Meu corpo estava preguiçoso demais para levantar e fechar a cortina e impedir a luz da manhã entrar pela janela. Um perfume que não era o meu, invadiu minhas narinas, tinha alguém ao meu lado na cama. Harry. Sorri instantaneamente e passei meu braço por sua cintura a apertando. Ele se virou, acordando, os olhinhos abrindo e a boca abrindo em om bocejo. E não era o Styles. Parei e encarei o menino que era tão parecido com meu amante. 

- Huh, bom dia. Acho melhor eu ir 

- Bom. Mas antes me diga teu nome.

- Henry, foi um prazer Louis, literalmente. 

- Obrigado, a chave esta na porta, quando sair só deixe encostada. 

Harry ocupava todo o meu ser, meu pensamento, minha alma, meus desejos, meu imaginário. Eu o via nas pessoas. Vi ele ontem naquela boate. Vi ele hoje ao acordar. Se isto fosse um erro, eu gostava de errar. Erraria sempre que possível para vê-lo. Não seria capaz de esquecê-lo tão facilmente. Não depois de todas as declarações, as noites prazerosas por um bom sexo mas também ocupada por nosso amor. As manhãs ao lado dele, sendo despertado por seus dedos se afundando em meus cabelos e descendo pela minha coluna. Sempre tão agradável. Os cafés da manhã que eu tive o prazer de passar ao seu lado. Nossas discussões tão rápidas e passageiras. E receber seu amor, me sinto honrado por isso. Se era eu para me esquecer dele, eu não me lembro como se faz isso. 

-

[ Harry's Pov ]

Não tinha me despedido formalmente de Louis no dia em que partira, porém fiz o que ele desejava a tanto tempo na noite anterior e pensar nela foi a única coisa que eu tenho feito. Pensar em como é viciante os lábios de Louis. Seu beijo é o melhor que e já pude provar e não trocaria isto por nada. O corpo que parece ter sido esculpido, musculoso e definido, porém cheio de curvas -um tanto femininas- na medida certa, o que me deixava totalmente seduzido. Tinha me deixado contaminar por esse amor. 

Senti tanta falta de minha mãe e minha irmã que pude esquecer de todo o resto que me preocupava. Matei a vontade que eu estava da comida de Anne, deliciosa como sempre. Não sei se foi para me agradar ou se ela levou os elogios muito a sério, pois ela me lotou de guloseimas o dia inteiro. Andei um pouco pela cidade com Gem e ela me contou como estava a vida por lá. Contou de suas decepções no amor e eu pude jurar que se estivesse presente socaria a cara deles. Essa tarde nos rendeu altas gargalhadas. 

À noite Gem saiu me deixando sozinho com minha mãe na casa. Assistia a televisão sem um pingo de interesse enquanto meus pensamentos flutuavam até meus momentos com Louis. 

- Harry? Harry! Harry!

- Ah, oi mãe

- Estava muito desperto, o que está acontecendo? Desde que chegou aqui está com os olhinhos caídos, tristes. 

- Nada mamãe, deve ser sono

- Não me engane. É sobre Louis, não é? 

- Você me conhece tão bem que as vezes esqueço que é minha mãe. 

Lhe contei o que me afligia. Abri meu coração deixando sair tudo o que eu não podia mais guardar para mim. Naquele momento eu chorei. Chorei até não poder mais, como se não houvesse mais lágrimas para serem choradas. 

- Você o ama, Harry? 

- Não imagina o quanto

- Tem medo de quê, então?

- Das minhas fãs. O que elas irão pensar? Harry Styles é homossexual. Mãe! Minha carreira está em jogo, as dos meus amigos. O nosso sonho é isso, mas ao mesmo tempo também quero poder mostrar o quanto eu amo Louis e que não posso ser controlado por contratos. 

- Elas irão te amar da mesma forma. São suas fãs, querido. Será um impacto para elas mas quando as coisas se acalmarem não haverá ninguém para impedir vocês.

- Eu tenho medo de perder ele, medo dele se entregar para um outro alguém que não seja eu, medo dele ter feito alguma besteira. Eu nem sei onde ele está. 

Voltei a desabar no colo de minha mãe, depois de muito tempo quando me acalmei ao tomar banho, liguei para Niall. 

- Nialler, hey!

- Haz, como está ai? Foi bem de viajem? 

- Sim, tá tudo dentro dos conformes. Posso te perguntar uma coisa

- Claro, qualquer coisa. 

- Para onde Louis foi? 

***

Niall me deu todas as informações sobre onde Louis havia se metido. O endereço do hotel eu já tinha, só era preciso esperar o avião pousar em meu destino. Fazia tempo que eu não conferia meu twitter, minhas mentions estavam lotadas, respondi algumas e entrei no perfil de Louis. Havia uma imagem da janela do avião. Tirei uma parecida com a sua e na legenda coloquei "Here I go, I'm coming to see you bro" 

Cheguei em NY quando o céu já estava escurecendo. Adorava estar ali, era extremamente agradável, não poderia pedir aos Deuses lugar melhor. Pedi ao taxista que me levasse ao endereço em que se localizava o hotel, ele tinha um gosto ótimo, não media despesas em relação ao sem bem estar e a quem ama. 

Pedi a recepcionista para avisar que havia visita para o quarto da cobertura em Louis estava. Ela negou. Tentei negociar perguntando se ela sabia quem eu era. Negou minha entrada no quarto novamente. Apelei para minha beleza e lhe ofereci uma recompensa para mais tarde. 

Ela me entregou um cartão que dava acesso a entrada no quarto quando passado num decodificador. Meu coração parecia que pularia para fora de mina boca de tanta falta que eu sentia dele. Girei a maçaneta revelando o quarto totalmente luxuoso e bem arrumado. Adentrei o quarto e meus olhos rodearam o local à procura de Tomlinson. Ele estava deitado na cama todo desajeitado, com uma garrafa de vodka na mão e outras no chão espalhadas, contendo uma variedade grande do conteúdo delas. Olhos olhos fechados, olheiras profundas e escuras, os lábios curvados e uma expressão indecifrável. 

Ajeitei-o na cama e sentei ao seu lado, fazendo carinho em seus cabelos. 

-Loueh? 

Ele se mexeu na cama, apertando o travesseiro contra seu peito e se virando para o lado. Encostei meu lábios em sua orelha.

- Boo, é seu Hazzy. Boo...

- Hum, Haz?

- Estou aqui Louis, abra os olhos. 

Lentamente Louis despertou abrindo as pálpebras, dando lugar a imensidão azul que era seus olhos. Este piscou várias e repetidas vezes tentando focar em mim. 

- Harry, me diga que isto é um sonho e eu estou delirando. 

Seu hálito não era um dos melhores, cheirava forte a bebidas mas poderia ser ignorado por mim. 

- Estou aqui Louis, eu voltei. Venha, me dê um abraço e tire suas conclusões. 

[ Louis Tomlinson's Pov ]

Nos levantamos quase ao mesmo tempo, agarrei sua cintura com meus braços, apertei a pele dali possessivamente e encostei minha cabeça em seu peito escutando as batidas de seu coração. Aspirei seu perfume que continuava com o mesmo cheiro forte e gostoso, sorri. Nossa altura era relativamente bem diferente, Harry por ser tão alto, me sentia seguro em seus grandes braços que envolviam meu corpo. Tanto tempo sem me sentir assim, estava vulnerável demais para me importar com o cheiro de bebida que exalava. Harry se afastou minimamente, somente para olhar em meus olhos. 

- Não sabia que gostava de ficar de porre, Louis

- E eu não gosto. Também não gosto de sentir sua falta. Não imagina o quanto foi difícil suportar esse quarto enorme e esses dias sozinhos, minha bebida foi minha única amiga. 

- Eu sinto muito Lou, fui egoísta. 

- Tudo bem Harry. Quer comer, beber? 

- Não, quero apenas sentir você 

- Você é tão previsível, baby, sempre acabamos indo para a cama. 

- Não tenho culpa se você fode como ninguém. Eu preciso de você Louis.

- Harry, você tem noção do quanto eu precisei de você? Quando assinei o contrato para sair e fingir que eu namorava a Eleanor não foi fácil aquela semana. Você me ignorou dias e dias, tive sorte de ter além de amigos, irmãos para me ajudar. Tem noção do quanto doeu ver você com qualquer uma de suas "namoradas" e dizer que ama-as. Nunca pensei que fosse esquecer meu aniversário. Eu não entendo, porque você tem que ser tão confuso. Eu odeio tanto por gostar da sua confusão e odeio mais ainda por não conseguir superar você, nunca vou conseguir. Depois daquela noite em que nos beijamos pela última vez, custou meu coração Styles. Doeu tanto ter que ver você partindo e dizendo que aquela seria a última vez e agora está aqui, fingindo que se importa comigo. Pode voltar para sua família, eles sentem sua falta, não tanto como eu, mas sentem. 

Eu já chorava descaradamente, não ligava. Chegava até engasgar em algumas palavras, respirei fundo várias vezes e senti minha respiração se normalizar. Ele ficou de frente para mim, os olhos marejados quase não eram vistos, pois sua cabeça estava baixa. 

- Tudo bem Louis, sinto muito. Sinto muito em todos os sentidos. Não gosto de sentir muito e não conseguir deixar transparecer. Senti falta da sua pele morena encostando na minha, senti falta de beijar cada parte de seu corpo, desde os lábios até as partes mais inusitadas. Falta de seus cabelos se confundindo com meus dedos neles. Falta do seu perfume ao acordar. Falta do seu corpo pequeno aconchegado a mim enquanto dorme. Falta de assistir filmes juntos e ficar encolhidos debaixo das cobertas. Falta da sua risada escandalosa e barulhenta. Falta dos seus beijos molhados e deliciosos. Não é só do seu pau que eu preciso na minha bunda. Eu preciso do seu amor Louis, acredite, também foi tão difícil pra mim dizer aquilo, me desculpe. 

- Preciso de um beijo seu Hazzy. 

Harry sorriu mostrando sua covinha tão amada por mim e pelas fãs. Sorri de volta e logo seus lábios se abriram e encostaram nos meus. Ah, como eu senti falta disso. O gosto continuava o mesmo, o toque também macio e calmo. Suas mãos passeavam livremente por meu corpo e as minhas por seus cachos bagunçando-os. Suspirei sofregamente ao sentir minhas nádegas serem apertadas. Harry continuava com os lábios enroscado aos meus e logo senti sua língua em minha boca. Meu folego estava se esgotando e o dele também, que decidiu atacar meu pescoço. Fechei meus olhos e aproveitei o que ele fazia. As mordidas fortes, seguidas de chupões que ficariam escuros e marcados, eram amenizados por lambidas. 
Ele aproveitava cada parte de meu corpo, enquanto eu me divertia com sua barriga bem definida, minha parte preferida dela era o "v" que se formava na parte inferior. Deslizei minhas mãos por toda aquela parte e subi sua camisa fazendo menção de tirar. Ele entendeu o que eu queria e separou nossas bocas, levantando os braços para a camiseta poder sair. A minha também foi retirada. 

Harry me guiou pela cintura até a cama, agora beijando o pescoço, descendo para o peito. Deu uma atenção rápida para meus mamilos e desceu com as carícias. Sua mão parou em cima da minha calça, acariciando minha ereção já visível. Ficou com os carinhos por um tempo, já estava sendo tortura. Minha calça foi puxada para baixo de uma só vez. Sua bunda empinada fez minha boxer parecer apertada demais pra meu pênis. Harry voltou e me beijou novamente, senti vontade em seu beijo, senti o desejo e o amor. A mão dele que permanecia em meu membro foi trocada por sua boca ainda por cima da cueca. 

- Vamos Logo com isso Haz, meus hormônios estão à mil. 

- Calma Lou Lou, rápido demais não tem graça. 

Minha boxer foi retirada muito lentamente, quase em câmera lenta. Ele estava afim de provocar. Senti seus dentes cravando em minhas coxas fartas, aproveitou bem naquela parte e logo sua mão envolveu meu membro apertando a glande, me arrancando um gemido alto. Cuspiu em sua mão e massageou vagarosamente. Sua pupila dilatada denunciava o quanto estava gostando de fazer aquilo, já que seus olhos não desgrudavam nos meus por nada, mantendo uma expressão gulosa. Quando sua boca tomou todo meu comprimento, desde a cabeça até a base, seu nariz encostava em meu baixo vente. Soltei quase um grito, como eu adorava aquela boca. 

- Esqueci de te dizer mais uma coisa de que eu senti falta. Dessa sua boquinha deliciosa. 

Ele gemeu contra meu pau, que sensação boa. Logo começou com os movimentos de "vai e vem". Quando tirou sua boca dali com um ploc, pude ver meu pau todo lambuzado com sua saliva. Voltou a lamber, dando uma atenção especial para a glande. 

- Me deixa foder sua boca, Styles

Segurei seus cabelos e empurrei meu pau, sentindo sua garganta. O barulho de engasgo, a expressão tensionada e os olhos fechados. Empurrei mais algumas vezes contra sua boca e senti os espasmos começando. Parei e o puxei para cima. Beijei-o novamente, porém rápido, devido a respiração descompassada de ambos. Harry se ajoelhou na cama e desabotoei seu cinto. Puxei sua calça para baixo e enchi minhas mãos com as nádegas dele.

Apertei fortemente e seus olhos se fecharam. Me levantei, ficando na mesma posição que ele e aproximei nossos corpos. Abaixei sua boxer também preta e segurei seu membro na mão, masturbando-o. Juntei o meu e o dele e comecei a foder minha mão, e ele fez a mesma coisa. A pressão que tinha em nós dois fodendo um espaço apertado, era demais. Precisava me afundar em Harry. 

-Haz, vira. Já sabe o que fazer né?! De quatro, amor. 

Logo, Harry empinava sua bunda para mim. Separei as partes, cuspi em sua entrada e massageei com meu dedo. Parecia um virgem novamente. Lambi aquele mesmo local repetidas vezes e a cada uma deles seus gemidos se tornavam mais audíveis. 

- Por favor, Loueh!

- Calma amor, não quero te machucar, vamos, empine mais. 

Desferi um tapa em uma das partes e vi sua entrada se contrair. Pressionei meu indicador nela, indo e vindo para prepará-lo para mim. Quando senti que já estava se acostumando, coloquei o segundo. Ele empurrava seu quadril contra meus dedos, já irritado por não ser algo mais grosso e grande. Tirei-os dali e recebi um muxoxo em troca. 

Achei uma camisinha no criado-mudo e coloquei-a. Cuspi em minha mão pela falta de lubrificante. Passei novamente meu dedo em sua entrada e empurrei somente a cabecinha. Esperei ele se acostumar para poder colocar o restante. Movimentei-me aos poucos. Ele soltava gemidos e suspiros de dor, fazia bastante tempo que ele não fazia aquilo. Ele ainda estava se acostumando comigo dentro dele.

- Parece um virgem novamente Hazzy, tão apertando. Quando foi a última vez?

- O último foi você, Louis. Pode ir. Senti tanta falta. 

- Meu Deus, você está esmagando meu pau, oh Hazzy, isto é tão bom! 

- Louis, eu estou pedindo para você me foder, tem como ir rápido com isso? 

- Você falando assim parece uma puta. Na verdade, é uma puta que só pensa em foder. 

Comecei a entrar nele como pedido, aproveitando cada vez que eu me afundava em sua entrada que parecia engolir meu membro. Ele também começou a se movimentar, chocando sua bunda contra meu quadril. O barulho de minhas bolas e perna batendo em suas nádegas, mais os gemidos necessitados de Harry, me faziam pensar que eu poderia gozar a qualquer instante. 

- Mais rápido Louis, rápido. 

- Assim? 

Aumentei os movimentos, me fazendo investir mais vezes. Seus gemidos se tornaram altos e atraentes ao meus ouvidos. Encontrei seu ponto especial quando um grito saiu de sua boca e pediu para que meu membro encostasse mais vezes ali.

- O que você quer Hazzy? Huh? Me diz. 

- Me fode rápido Loueh. Hum, ah. Ali de novo, vai, mais fundo. 

Parei. Styles me olhou confuso. Tomei o lugar onde ele estava de quatro. Me sentei ali apoiando minhas costas na cabeceira e pedi para que ele montasse em mim. Ele encaixou sua entrada em meu membro e sentou com tudo. Deixei que ele comandasse os movimentos. Harry era insaciável. 

- Oh, puta que pariu. 

Ele descia e subia agilmente, ele comandava os movimentos e cada vez ia mais rápido com eles. Apenas usufruía do que aquele momento podia me oferecer. Os olhos dele se fecharam, segurei o membro dele, masturbando, fazendo seu orgasmo vir mais rápido. 
Jatos pequenos acertaram meu peito, enquanto Harry se deliciava com a sensação maravilhosa. Não parei com as estocadas, prolongando seu orgasmo. Sua entrada se contraía e relaxava, senti que não aguentaria por muito tempo e me permiti jorrar meu sêmen dentro dele. Ele tinha um sorriso nos lábios. Passei minha mão em meu abdome provando de seu gosto, por último, o beijei.  

***

Estava aconchegado no peito de Harry que descia e subia calmamente. Os grandes braços ao redor de minha cintura e o rosto sereno. Passei primeiramente a mão pelos cachos, descendo para cada sobrancelha. Sem demora, meus dedos passaram pelas pálpebras fechadas que escondiam seus belos olhos, seu nariz grande, porém não menos bonito e proporcional ao seu rosto. Os lábios vermelhos e entreabertos. Harry era tão lindo. Todos, sejam mulheres ou até mesmo homens poderiam se sentir atraídos por ele, mas eu tive a certeza de que ontem ele pertencia a mim, como eu pertencia à ele. 

Tirei seus braços de minha cintura sem pressa alguma para não despertá-lo. Desentrelacei nossas pernas e me virei para levantar. 

- Onde pensa que vai, Lou?

- Uh, me desculpa por te acordar. Estou com fome. 

- Já estava acordado, amor. Vamos descer, já devem ter preparado o café. 

- Vou tomar um banho, então. 

- Não vai

- Não? Haz, ontem não tomamos banho, nós precisamos de um, principalmente você. 

- Venha, vamos juntos. 

***

Voltamos para Londres na manhã seguinte. A porta do apartamento estava á nossa frente, porém estava inseguro. O que os garotos pensariam a nosso respeito, não queria prejudicar a banda de qualquer forma. 

- H, e os meninos, as fãs? A carreira da banda, isso tudo está em questão. 

- Relaxe Lou, acredite em mim, vamos dar um jeito nisso. Os meninos já estão acostumados e as fãs, elas irão entender. 

- Eu não entendo como você é tão seguro de si mesmo, é impressionante. 

- Deveria usar mais o twitter Lou Lou, não é de hoje que você sabe que eu te completo.

- Mas o quê...?

Harry me beijou, fiquei inerte e sem pensar direito naquele momento até um barulho de porta ser aberta. 

- OH MEU DEUS! 

Sotaque irlandês. Inconfundível. Abri os olhos e me deparei com o loirinho sorrindo de orelha à orelha. 

- ISSO É TÃO LINDO. VENHAM, LIAM, ZAYN, OS MENINOS CHEGARAM. ELES ESTAVAM SE BEIJANDO. SANTO DEUS ISSO É TÃO LINDO, CARALHO. 

- Estava a quanto tempo nos ouvindo Niall?

- Não importa Tomlinson, eu sempre soube que Larry era real, então, por favor, se beijem, preciso comprovar que isso não é um sonho. 

Sorri singelamente para Harry que selou nossos lábios. Era possível ver seus olhos marejados por um simples beijo. Niall, com certeza era especial. Não foi uma surpresa tão grande para Liam e Zayn, que nos parabenizaram. 

Estava tudo muito bem ali, só precisava saber qual seriam as reações das mofas. Fiz como Harry pediu, entrei no twitter e havia uma menção dele. Uma foto. Nossa foto. Nossos quadris foram fotografados enquanto eu dormia. Na legenda "Could not be happier, I love you". Sorri instantaneamente e deslizei para ver os tweets das fãs. Algumas se mostraram indignadas, outras comemorando. Algumas em dúvida sobre ser um romance ou bromance. Grande parte apoiava e li que sempre souberam. Absolutamente, tínhamos as melhores fãs do mundo. 

***

Poucos dias que ainda tínhamos de férias. Estávamos reunidos na sala, três caixas de pizza, bebidas alcoólicas e refrigerantes espalhados pela mesa de centro. Me servi com refrigerante e pisquei para Harry ao meu lado, lembrando da noite em NY. 

- Como vai ser daqui a algum tempo? 

- Como assim? 

- Quero saber seu planos para nós. 

- Hum, nas próximas férias, irei te apresentar para minha mãe e irmã. No natal, iremos para Doncaster, seu aniversário. Vamos ter gêmeos, uma menina e um menino. Ela terá seus olhos e cachos. Ele terá meus olhos e seus cabelos, serão lindos. Quero saber como é passar cada minuto ao seu lado e a dos nossos futuros filhos. Iremos ter uma casa grande e espaçosa. Um cachorro. Quero envelhecer ao seu lado Louis.

- E se você me esquecer Harry?

- Eu não sou capaz de esquecer você, irei passar minhas melhores memórias ao seu lado. Meus pensamentos, até o meu último suspiro serão sobre você, o quanto eu te amei e fui amado. Você, agora é uma parte de mim.

- Eu amo você.