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História HeadAche - Now I see you lying there


Escrita por: LastOfMe

Notas do Autor


3 cap! Estou muito feliz com alguns favoritos, eu espero que continuem!!

Capítulo 3 - Now I see you lying there


Fanfic / Fanfiction HeadAche - Now I see you lying there

Presa na aula de sociologia, Eve observava os trabalhos de pequenos grupos sobre problemas sociais. Ela sentia um pouco de inveja sobre a forma como os grupos interagiam entre si, mas não demonstrava isso de forma alguma.

Rafael havia faltado por algum motivo, o que não era lá alguma coisa muito importante, mas Eve não conseguia deixar de evitar procurar pelo rapaz, amaldiçoando-se silenciosamente por isso.

Os olhos de Eve começaram a cair, pesados, a matéria estava chata, embora bastante lógica e importante. Por ter acordado mais cedo do que o normal seu corpo estava fisicamente exausto, mas toda vez que fechava os olhos a imagem que tinha visto no espelho voltava a aterrorizar seus pensamentos, como um aviso silencioso.

Estressada, passou a mãos sobre seus cabelos e tentou ao máximo se manter acordada, assim a aula se tornou uma tortura viva.

Batia os dedos sobre a mesa, sacudia a perna, tentava balançar a cabeça. Algumas pessoas que apresentavam seus trabalhos olhavam para ela com cara feia, indignados pela forma como ela estava agindo.

Não aguentou ficar a aula inteira e saiu da sala na metade, estava nervosa e continuou a andar. Algumas criaturas a acompanhavam e tentavam alegra-la, conseguindo irritar ainda mais.

Agitava as mãos como se quisesse espantar alguns mosquitos, mas elas não se afastavam de forma alguma.

Tentou se focar em outras coisas como as folhas das plantas que estavam espalhadas pelo câmpus, as roupas que as pessoas estavam usando, os cheiros diferentes que ela sentia ao seu redor.

Eve suspirou e continuou andando sem rumo, procurando algum lugar para ter pais, passou por um grupo de pessoas, sem realmente prestar atenção em ninguém até ouvir alguém a chamando.

Revirou os olhos e sentiu alguém puxando seu braço de leve, quase como se tivesse medo de tocá-la.

Eve voltou seu olhar para o rapaz que a chamava, Rafael olhava para ela com um tom meio preocupado, o que a surpreendeu. Seus lábios estavam em uma linha fina e os olhos azuis olhavam penetrantes nos de Eve.

Ela olhou para ele de volta confusa e ele olhou para os lados sem saber muito bem o que fazer.

- Er... Você está pálida... Está tudo bem? - Ele perguntou, e algum lugar bem no fundo de Eve se sacudiu, como se ela estivesse recebendo uma espécie de calor desconhecido.

Ainda o encarando a garota abriu a boca para responder que estava bem, mas não conseguiu produzir nenhum som. Eve estava cansada, claramente não estava hormonalmente bem e a sensação que tinha tido agora a pouco a fez lembrar o quão sozinha ela estava.

Entendendo que a garota não estava bem, pela própria falta de resposta, ele apenas assentiu e apontou para um pequeno grupo sentado na grama.

- Meus amigos estão ali... Você gostaria de ficar com a gente? - Perguntou devagar, Rafael olhava para ela como se a mesma fosse um filhote de gato assustado que precisava de cuidados. - Eles não vão machucar você.

Eve olhou para o grupo, um total de cinco. Uma garota punk com o cabelo colorido apontando para cima, um pouco acima do peso ideal para sua altura, usando maquiagens pesadas e sorrindo um pouco levantou-se e chamou Rafael de volta dizendo:

- Rafael pare de dar em cima de garotas! Não tenha vergonha de quem você realmente é! - Ela estava claramente sob o uso de algo.

Rafael corou e mostrou o dedo para a mesma antes de voltar sua atenção para Eve.

- Vamos não vou aceitar um não como resposta. - Ele disse e puxou sua mão.

Eve apenas se deixou levar, olhando para cada figura do grupo confusa até que ele a fez sentar-se entre um garoto alto e ruivo, e a mesma garota punk de antes.

- Meu deus Rafa ela está tremendo, onde você encontra esses filhotes assustados?! - O ruivo perguntou.

Ele usava roupas de marca cara, mas sentava desleixadamente sobre a grama, como se não importaria se ela sujasse. Em sua mão tinha um cigarro claramente de maconha, e ele sorria para Eve como se estivesse tentando conquista-la, sem muito sucesso.

A punk ao seu lado olhou para ele como se estivesse furiosa e revidou por ela.

- Ela não é um filhote Guldan  -claramente um apelido - E você pare de sorrir para qualquer par de seios que você vê. - E agarrou Eve de forma protetora. - Eu te protejo ta gata?

Eve automaticamente a empurrou e voltou a se sentar de forma mais formal, seus olhos encaravam o topo de suas cabeças, pois as criaturas que Eve podia ver estavam flutuando e rindo sobre eles.

- Vocês dois estão assustando ela! - Uma menina loira com aparência gentil reclamou. - Não se preocupe... Eles só estão animados por ver alguém novo no grupo.

- ... Que? - Eve estava nervosa, por interagir com outras pessoas assim de repente, mas sua voz estava estável, pelo menos. - Eu sinto muito, mas eu não conheço vocês e...

Iria completar dizendo que não queria conhecer ninguém, mas um deles a cortou.

- Bem é claro que você não conhece! Nós somos os invisíveis! - Um garoto magro e com cara de indiano falou.

-... Invisíveis? - Eve perguntou confusa.

- Humanos diferentes demais para serem aceitos na sociedade. - A punk falou.  - Pessoas com dificuldade de interagir com os outros, Gays, imigrantes... - Apontou para si e para os outros. - E agora nós temos uma bruxa! - Apontou para Eve e a mesma estremeceu.

- Não me chame disso. -  Falou de forma ameaçadora. - Por favor. - Forçou um pouco, fazendo a educação que sua mãe havia lhe dado valer a pena.

- Tudo bem desculpa. - A punk levantou os braços como se tentasse mostrar que veio em paz. - Mas você é uma das mais faladas neste lugar e...

- Brianna. - Rafael a repreendeu.

- Eu não... Deveria estar aqui. - Eve tentou se levantar, mas foi impedida.

- E por quê você não deve? - O indiano disse. - Você não fez nada contra nós, então ninguém odeia você.

Ela ficou sem ter como se defender, se sentia como um rato presa em um ninho de cobras, mas as mesmas a estavam fazendo carinho ao invés de comê-la. Aquilo não faz sentido.

- A questão é: Mesmo que os boatos sobre você sejam verdade, nós não iremos conhecer você pelos boatos, apenas interagindo com a pessoa em si é que podemos conhecê-la. - A loira falou.

- É e imaginem como seria legal poder dizer que sua amiga fala com espíritos! - O ruivo disse, recebendo um tapa da loira.

Houve alguns segundos de silêncio e eles olharam para ela como se esperassem uma resposta. Eve olhou para eles e depois olhou para o chão e a única coisa que pôde dizer foi:

- Espíritos? - Franziu o cenho. - É esse tipo de merda que falam sobre mim?

Todos riram um pouco e a punk levantou os braços e gritou:

- Mais uma estranha para o grupo galera! - disse animada.

Eve sorriu timidamente olhando para eles, mas ela sabia que logo eles começariam a exclui-la, então tentava evitar responder as perguntas que eles faziam.

E meu deus como eles faziam perguntas.

Aprendeuos nomes de cada um, a Punk se chamava Brianna, a loira se chamava Ashley, o indiano se chamava Salah e o ruivo se chamava Lucas. Rafael sorria para Eve e todos tentavam ser calorosos com ela, o que a deixava com uma sensação estranha.

Todo àquele interrogatório, foi interrompido por um grito. Um garoto de cabelos negros e muito magro corria desesperado e agitava os braços.

- Que tipo de droga será que aquele lá está usando? - Brianna falou e os outros riram.

Menos Eve, que encarava o garoto com preocupação.

Por quê os outros não conseguiam ver, mas tinham várias criaturas sobre ele.



Notas Finais


Então o que acharam? Por favor comentem e compartilhem!


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