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História HeadAche - Still dead summer I cannot bear


Escrita por: LastOfMe

Notas do Autor


Olá mais uma vez meus lindos leitores!!
Passando aqui para dar um oi e agradecer os lindos comentários que venho recebendo, mais uma vez avisando sobre minha segunda história: Anne! (Disponível no meu perfil)
Boa leitura, eu estou escrevendo ao vivo da minha aula e não planejei nada para esse capítulo... Ou seja: Deixa a vida me levar.

Espero que vocês gostem!

Capítulo 6 - Still dead summer I cannot bear


Fanfic / Fanfiction HeadAche - Still dead summer I cannot bear

Após uma longa tarde pondo em ordem o que fazer, e o que não fazer, existem certas coisas que podem definir Eve: Peitos inchados, cólica e dor de cabeça.

O cansaço realmente a atingiu quando ela entrou no banheiro e viu a si mesma morta novamente, desta vez em um local diferente. A visão mostrava a mesma menina de cabelos azuis e pálida usando apenas um bikini, exposta ao sol, dentro de uma piscina onde a água estava turva com seu próprio sangue.

Eve não conseguiu se controlar e gritou. Apenas queria que aquilo parasse.

Primeiro: O banheiro e o espelho pregando peças na mente dela, segundo: um garoto com a habilidade de ver e criaturas agindo estranho, terceiro: um lobo deformado vindo ataca-los por deus sabe-se lá o que, e agora: O banheiro pregando peças novamente.

Quando teve sua segunda visão a garota não conseguiu se controlar, e os garotos logo correram para ajuda-la. Eles seguraram a garota apavorada em seus braços e a enchiam de perguntas as quais a mesma não sabia as respostas.

O que fazer então? Primeiro tentar trazê-la a lucidez. Então eles tiraram a maior parte de suas roupas, mantendo sua roupa íntima e uma blusa branca fina, e a jogaram em baixo do chuveiro.

A água fria foi como uma bênção que a afastou de seu topor, e logo a garota que tremia e encarava o nada com pavor olhou para Rafael com seus olhos perdidos, mas agradecidos.

Não teve vergonha alguma de seu corpo de certa forma exposto, mas os garotos se afastaram mesmo assim.

Foi esse o momento que Eve teve para pensar. Tirou o resto de suas roupas molhadas e as jogou na pia antes de colocar as mãos na parede e deixar a água cair sobre o seu corpo. Seus olhos fechados fazia sua mente mostrar flashs do que havia acontecido. Os músculos tensos, doloridos pela corrida, a faziam se lembrar de que aquilo foi real.

Como se não bastasse o destino joga sua pegadinha cruel. Ao se lavar, Eve sente uma pontada logo abaixo de seu abdômen, e não muito depois sangue começa a escorrer de sua vagina, em uma quantidade pequena, mas irritante o suficiente. O estresse havia acelerado seu período em uma semana. Maravilha.

Agora, estava jogada em sua cama encarando o teto como uma morta. Os cabelos, ainda molhados, sobre uma toalha, o corpo coberto por um roupão de banho. A pele cheirando a sabonete, o cheiro calmante a fazendo relaxar mais, porém não podia se dar a este luxo por muito tempo.

Procurou coragem para se levantar, demorando alguns minutos, e forçou seu corpo a se mover, mesmo com todos aqueles protestos. Vestiu um short branco e uma regata verde, colocando a calcinha mais confortável  (e apertada o suficiente para não deixar o absorvente sair) que podia, antes de abrir a porta e sair do quarto.

Se não estivesse tão emocionalmente e fisicamente acabada teria ficado surpresa ao ver que os garotos realmente estavam estudando o material de sua mãe, mas na hora apenas bocejou e puxou uma cadeira para se sentar.

- O que a fez gritar Eve? - Rafael perguntou, ele nem ao menos "preparou o terreno" antes de dar início ao interrogatório.

Eve pós os braços sobre a mesa antes de deitar a cabeça sobre eles e olhou de volta para o loiro, que esperava respostas.

Ela não queria responder e isto era óbvio, mas antes que Rafael pudesse perguntar algo novamente Eve soltou a primeira mentira que pôde.

- Uma barata. - Falou.

Kyle franziu o cenho enquanto os olhos de Rafael se abriram mais.

- Você viu uma barata e ficou tremendo daquele jeito? - Kyle perguntou e Eve acentiu.

- Eu odeio insetos em geral. - Disse, fechando os olhos com força.

Kyle e Rafael olharam entre si e decidiram aceitar a piada de mal gosto, apenas por quê os mesmos tinham outras coisas para serem resolvidas na cidade, embora ninguém divesse coragem de sair para sair da casa.

A chuva começou a cair novamente, antes de ficar óbvio de que eles deviam acompanha-la e esperar por um sinal seguro de estavam bem para sair. Nunca se sabe quais coisas espreitam o lado de fora, especialmente quando você acabou de descobrir este mundo.

Kyle se deitou e estendeu seus pés sobre o sofá, seus pensamentos longe, preocupado com seu carro, suas poucas coisas pessoais e seu irmão. Mas Eve havia explicado que aqueles que não podiam ver estavam seguros, então logo respirou fundo e colocou na cabeça que seu irmão estava bem.

Rafael teve que ligar para a família dizendo que ia dormir com uma amiga para terminar um trabalho de faculdade, para ele demorou muito tempo até conseguir convencer a sua mãe de que não era nenhuma teoria da conspiração para fazê-lo virar hetero ou introduzi-lo às drogas, e mesmo após desligar a chamada ela ainda mandou algumas mensagens de cuidado, Kyle teve inveja daquilo.

A verdade é que todos estavam exaustos, todos estavam com medo e nenhum queria falar muito por hora.

Eve havia deixado um colchão de ar, ja preparado, para ele e o loiro sorriu agradecido, jogou um cobertor sobre Kyle e tomou outro para si, e quando a noite chegou ambos dormiram como se esta fosse a primeira vez que seus corpos dormiam na vida.

Uma criatura, parecida com um gato, se aconchegou ao lado de Kyle e começou a dormir com ele. Seu pelo dourado e rosa macio deixando o homem mais confortável com aquela situação.

A situação era muito estranha, mas eles ja estavam começando a se acostumar com isto lentamente.

Os livros que leram os ajudaram, como se estivessem tendo aulas de biologia sobre novos animais descobertos por cientistas. Pensar naquilo como uma quebra de realidade apenas os daria dor de cabeça, então... Uma coisa de cada vez.

☆☆☆

O sino abria todas as vezes que um novo cliente entrava, Eve olhou de um lado para o outro antes de começar a colocar as coisas das prateleiras direto em sua mochila.

Por quê ela estava fazendo isso? Afinal não era algo considerado roubo? Mas ela nem ao menos se importou com isso... Após sua mochila ficar cheia, pegou um mísero yorgut e foi para o caixa pagar por ele.

Quando a mulher pegou o produto para passar no scanner ela sorriu para Eve e balançou a cabeça positivamente para dizer:

- Cabelo irado! - A adolescente sorriu, usando o uniforme do supermercado com orgulho e invejando internamente o cabelo azul da outra.

Eve passou os dedos sobre seu cabelo azul e deu um sorriso tímido antes de pagar e sair do lugar. Caminhou até uma caminhonete vermelha, que estava estacionada um pouco mais distante do lugar,  e sentou no banco de motorista antes de abrir sua mochila e pegar o primeiro pacote de salgadinhos que viu, seu estômago roncando, como se fizesse algum tempo que não comia.

Inclinou sua cadeira e olhou pelo vidro do carro, vendo a lua e as estrelas aparecendo em um céu limpo e sem nuvens. Colocou um pedaço do lanche dentro da boca e saboreou, antes de fechar os olhos e se entregar à paz.

Uma paz que durou pouco.

Sentiu o veículo tremer e ouviu um barulho de algo sendo jogado sobre ele. Antes que pudesse reagir o carro foi brutalmente empurrado, fazendo ele girar no asfalto. A garota sem cinto foi jogada de um lado para o outro, gritando e gemendo de dor, assustada.

Um urro macabro foi ouvido do lado de fora, o carro parou de cabeça para baixo, a garota estava toda cortada e olhava para os lados procurando uma saída, mas então a parte de cima começou a se aproximar, os vidros explodindo, o cheiro de gasolina se espalhando, Eve gritou e colocou os braços em frente ao rosto, ela estava sendo esmagada viva.

Então ela acordou, sentando rápido na cama e suando muito. Sua respiração ofegante e o coração acelerado como se tudo aquilo tivesse sido real demais.

Ao seu redor as coisas flutuavam, tanto criaturas quando seus objetos pessoais, algumas tentavam desesperadamente voltar ao chão e davam gritinhos abafados.

Eve olhou ao redor assustada e moveu o braço para cima fazendo tudo cair.

Por sorte seu chão tinha carpete então o barulho foi um pouco abafado, então torceu para não acordar os garotos.

Fechou os olhos e respirou fundo tentando se acalmar, ouviu a voz de sua mãe em sua mente falando.

"Eve... Você é a garota mais especial deste mundo, os humanos não a entendem, mas isto não é problema, pois mamãe está aqui..."

A memória que ameaçava voltar era dolorosa demais, o que a deixou mais nervosa ainda e a fez levantar.

Ao abrir a porta deu de cara com Kyle, que estava prestes a abrir a porta para ver o que tinha acontecido.

Eve quase gritou, mas cobriu sua boca e se segurou. O garoto magro olhou para o interior do quarto, observando os objetos pessoais de Eve espalhados no chão. Algumas criaturas sairam correndo do quarto como se estivessem com medo dela, mas Kyle não percebeu, ele apenas olhou para a garota suada e nervosa.

- Tudo bem? - Perguntou.

- S-Sim foi só um pesadelo. - Eve disse.

A garota relaxou ao perceber que o garoto não faria nada com ela e Kyle apenas acentiu antes de voltar para a sala. Ele não iria perguntar mais nada, se ela quisesse falar com ele era só procurar.

- Volte a dormir. - O garoto apenas disse antes de sumir da vista dela.

Eve se encostou no batente de sua porta e suspirou pesadamente.

As coisas iriam piorar e ela sabia disso.


Notas Finais


Entaaao de novo me perdoem pelos erros, digitar pelo celular é muito complicado XD
Eu espero que vocês tenham gostado da história e espero opiniões!!


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