1. Spirit Fanfics >
  2. Healer >
  3. Liberdade através das grades

História Healer - Liberdade através das grades


Escrita por: mjonir

Notas do Autor


REROOOOOOOOOOOOOU! Espero não ter demorado demais.
Aliás, obrigada por não desistirem de mim, por favor, não desistam.
É! Nos falamos nas notas finais, não deixem de ler.
Bom capítulo!

Capítulo 7 - Liberdade através das grades


Fanfic / Fanfiction Healer - Liberdade através das grades

 

Allya desceu devagar os dedos pelo vidro gelado que separavam ela daquele belo homem que importunava seus sonhos, todas as noites. Ele era quem a chamava sem cessar e por causa dele, estava ali. Ela sentia que aquela era a razão.

‘’Não toda a razão, querida’’ Freyja disse em sua mente.

A voz dela sussurrada em sua mente era quase como uma cócega desagradável entre seus miolos. Ela reprimiu um comentário praguejando a deusa, seria desrespeitoso e um ato de má-fé, mesmo que aquela loira, encarnação do amor e arranjadora de problemas merecesse.

– Então… eu cheguei aqui, cheguei ao meu destino. O que devo fazer? – Allya disse entredentes.

Sua vontade era de colocar as duas mãos ao redor do pescoço de Freyja e esganá-la.

‘’Primeiro, você pode começar deixando de lado seus pensamentos assassinos.’’

Allya revirou os olhos e se afastou devagar da separação de vidro entre ela e o homem misterioso. Ele parecia estar ali muito tempo. Suas roupas, ou o que sobraram delas dentro daquela água, pareciam deteriorar-se aos poucos. Suas sobrancelhas estavam erguidas como se ele estivesse pronto para aceitar um desafio fazia com que Allyana sentisse uma coisinha esquisita dentro do peito.

‘’Ele é bonito, não?’’ Freyja disse em um tom que beirava a malícia.

Allya mal pôde acreditar que ela estava usando um tom tão informal com ela, como Diana costumava usar, em um momento como aquele.

– Não me importa se ele é bonito ou não, o que diabos você quer que eu faça aqui? – ela esbravejou.

A ruiva girou nos calcanhares olhando para o teto fulminando uma Freyja imaginária onde quer que ela estivesse agora fazendo piada com uma missão que, em primeiro lugar, ela nem queria aceitar.

Freyja suspirou em sua mente.

‘’Eu quero que você o acorde.’’

Allya arregalou os olhos.

– O quê?! – ela queria que sua voz tivesse saído tão alta, mas sua pergunta foi quase como um suspiro.

‘’Eu o quero liberto daí. Acorde-o! Ele já dormiu o suficiente.’’

Allya voltou-se novamente para o vidro que impedia que seus dedos percorressem pelos cabelos que iam até os ombros daquele homem.

– Por que… por que tenho a sensação de que acordá-lo significa assinar minha sentença de morte? – Allyana sussurrou.

Por um certo tempo, Freyja ficou em silêncio e Allya quis desistir, sair dali naquele momento e voltar para casa o mais rápido possível, afinal, a deusa parecia consentir com sua pergunta estando calada, mas, ao perceber o que a ruiva estava quase desistindo, Freyja ressurgiu com sua voz de sinos de vento, ribombando.

‘’Você não pode desistir agora!’’

– E por que não? Você acabou de afirmar que me colocou na cova dos leões e agora quer que eu apenas sorria enquanto morro? – Allya gritou dessa vez.

‘’Eu não afirmei que você morreria… nunca disse isso, prometi que estaria segura…’’

– Você prometeu isso e o que aconteceu dias atrás? Eu quase morri envenenada!

‘’Quase! Você não morreu. O dia de sua morte ainda não foi escrito pelos deuses, Allyana. Porém, sua missão foi sim escrita e você deve cumpri-la, assim como eu ordenei… Aliás, você tem reclamado e se lamuriado demais pra uma guerreira, Allyana. É quase como se tivesse perdido sua personalidade.’’

A ruiva reprimiu ao máximo palavras ácidas que gritavam para escapar de seus lábios. Infelizmente Freyja estava correta. Depois daquele dia d, o dia em que a deusa da morte não só arrumou uma bagunça enorme em Asgard, quanto acabou com inúmeras almas. Uma delas, era Allya.

Ela sempre soube quem era e tinha um pequeno vislumbre do que seria no futuro. Era promissor, era tudo o que desejou desde que as marcas na parede perto da cozinha indicavam o quanto ela havia crescido em meses e anos. Allyana seria uma guerreira, seria uma líder. Seu pai tinha lhe dito e lhe concedido aquela bênção porque, afinal, ele era um excepcional guerreiro, um homem cujo a honra o acompanhava e brilhava ainda mais nele.

Allyana queria ser como ele, como sua mãe falecida há tempos e como Diana. Mas, quando se viu com uma espada cravada no peito de seu pai, foi como se a arma tivesse criado vida própria e uma vida poderosa, sobrenatural, ao ponto de encravar-se em sua alma e matá-la, pouco a pouco, todos os dias de sua vida até o derradeiro momento.

Ela não se encontrava, não sabia mais quem era, só se tornou o que era hoje porque, seguiu o caminho, se sentindo ainda mais morta a cada conquista e a cada passo que dava para aquilo que sonhou com um pai vivo e que fora arrancada de seus braços pelas próprias mãos.

‘’Você sabe que não é culpa sua…’’ Freyja começou.

– Saia dos meus pensamentos, Freyja! – ela esbravejou.

A deusa ficou em silêncio como se estivesse se desculpando pela intromissão. Ela sabia o quanto era difícil para a garota falar sobre o pai, até mesmo pensar em um momento tão traumático, mas o que mais ela queria fazer era com que Allya se desprendesse de uma culpa que não cabia a ela.

As mãos da garota eram, de certa forma, limpas pelo menos do sangue de Naveen. Hela era a culpada e por ter derramado tanto sangue entre os dedos podres e enegrecidos dela, agora sua alma estava atormentada e seria assim pra sempre.

Allya passou novamente os dedos pelo vidro, sentiu que não conseguia se manter, estranhamente, longe daquele homem agora que estavam juntos e separados apenas por um sono profundo e água, muita água.

O que se passaria em sua cabeça enquanto, por tanto tempo, permaneceu inconsciente e fora do controle do próprio corpo?

A ruiva se perguntava enquanto examinava mais uma vez o rosto dele. Ela acreditava, em uma pequena parte de si, que aquele rosto poderia ser dono de inúmeras pinturas no palácio de Asgard. Que aquele queixo e nariz angulosos e aquelas sobrancelhas cheias lembravam traços de um príncipe. Um príncipe das trevas, talvez? Um bem irritado, assim como Loki e sua misteriosidade que o seguia por onde quer que fosse, sem falar da intensidade que emanava de seu peito e dos ideais que escapuliam de seus olhos verdes como o puro jade. Allya acreditava que, se o visse acordado, de pé, à sua frente, sentiria a mesma aura imponente de Loki, talvez ainda mais.

Talvez agora ela pudesse entender como Diana não conseguia explicar a eletromagnética relação entre os dois. Allya se sentia igualmente e enlouquecidamente levada àquele estranho dentro d'água.

‘’Você pode saber o que quiser sobre ele, se me ouvir e acordá-lo… só, tente não ficar tão ansiosa assim. Nossas mentes e sensações estão conectadas de uma forma que nem eu compreendo o suficiente, então, o que pode ser prazeroso a você, pra mim, pode ser um incômodo.’’

Allya quase bufou.

– Não fui eu que assinei pra compartilhar a maior parte dos meus pensamentos e até sensações com você, Freyja. – ela respondeu escarnecedora, mas sentiu que deveria se manter sucinta em relação aos seus sentimentos.

Ela mal o conhecia, portanto, não havia nada pior do que especulações que a fariam se… decepcionar?

‘’Eu prefiro me manter um passo atrás do seu, Allyana, sempre… no entanto, neste momento eu gostaria de estar um à frente, visto que você ainda não entendeu que ele precisa ser despertado agora mesmo. A visão precisa se cumprir para que nada se bagunce no cosmos…’’

A ruiva revirou os olhos. Freyja parecia ainda mais ansiosa – talvez não mais que a autora e seus leitores – e, quase uma garotinha, por assim dizer, para que o homem fosse despertado.

– Tudo bem! – Allya disse se afastando devagar do que mais parecia um sonho acordado.

Ou em pesadelo.

Ela pensou.

E a ruiva nunca esteve tão certa, afinal, no desfecho daquele dia, as barras da prisão que agora rodeavam seu corpo pareciam o primeiro capítulo do pesadelo que foi olhar nos olhos do homem atrás do vidro.

Allya repetia a si mesmo que aquilo era o que ela receberia por confiar em uma deusa com um parafuso a menos e por ter se metido a besta ao descer e sair de sua vida que não era boa lá em cima, mas que ela empurraria com a barriga se necessário e se o maldito culpado de agora estar como um animal enjaulado e longe da única pessoa que talvez pudesse confiar, o tigre branco, não a atormentasse todas as noites sussurrando seu nome e fazendo os pelos teimosos de seu braço se arrepiarem a cada vez que sua voz rouca chamava por seu nome.

Para que você se situe um pouco, é preciso voltar ao momento em que Allyana e Freyja se deixaram levar pelo descuido de encontrar uma forma de tirar o misterioso homem de dentro das águas que por muito embalaram seu sono.

De tanto insistir e dizer que ele precisava ser acordado, Allyana se deixou convencer pelas palavras de Freyja e seguida por seu tigre, inspecionou toda aquela sala, ou qualquer que fosse aquele cubículo que uma parte do seu destino encontrava-se adormecida.

Por um raio de sorte comandado pelo destino e mexido também, discretamente, pelos pauzinhos nas mãos de Freyja, Allyana arrombou uma pequena porta que levava a uma espécie de sala de controles, mas que não era nada como uma sala de controles, afinal, tinha um só controle e inúmeras telas de TV que não mostravam nada além da escuridão da falta de energia que aquele lugar era envolto.

O coração de Allya bateu descompassado ao ver aquela alavanca e sem ao menos saber o que significava aquilo, ela soube que deveria colocar seus dedos sobre o objeto porque, ali começava o ponto inicial do fio que a levava até seu destino e talvez, aos olhos abertos do homem envolto nas águas.

‘’É aqui!’’ Allya ouviu Freyja sussurrar e, ao ouvir sua voz, ela pôde imaginar a loira tremendo de leve. E por mais que aquela imagem fosse esquisita para uma deusa, a ruiva se sentiu uma só com ela naquele derradeiro momento.

Pareceu que anos-luz passavam à frente dos olhos de Allya enquanto ela se aproximava o mais devagar possível da alavanca. Ao contrário de tudo ao seu redor que parecia ser regido por uma névoa de lentidão, seu coração batia forte e descompassado, agitado e selvagem como um cavalo negro criado da luz do relâmpago.

Quando finalmente seus dedos tocaram a alavanca, a ruiva sentiu como se uma força a empurrava para o chão e a comprimia, mas, não era nada mais do que sua própria ansiedade contida exatamente em seu âmago e que agora estourava como uma torneira quebrada e que água jorrava para todos os lados.

Aquela água que jorrava era nada mais do que uma antiga excitação e curiosidade de sua personalidade que há muito fora perdida e enterrada na mais profunda cova que era a atual alma de Allyana.

‘’Puxe!’’ Freyja sussurrou.

E, como se nada mais existisse ao redor dela do que aquela alavanca, Allyana a puxou e sentiu como se um pedacinho do peso em seus ombros tivesse sido substituído por uma satisfação esquisita e ainda mais ansiedade do que ela podia aguentar em um só dia.

‘’Duto aberto, processo de reanimação iniciado!’’ uma voz robotizada envolveu todo o silêncio opaco do lugar e fez com que Allya piscasse os olhos freneticamente e remexesse os dedos das mãos que pareciam um tanto adormecidos.

Ela pulou pra fora da portinha e se viu correndo até o vidro que a separava do ponto inicial de seu destino. A água que por muito foi o manto que o envolvia enquanto permanecia estático em seu sono, começou a esvair-se para um lugar do qual Allyana não sabia e, nem queria saber.

Enquanto o corpo do homem parecia se tornar mais vívido pelo brilho da água que ainda permanecia em sua pele, Allya apertou os dedos novamente e eles formigavam. Era como se, junto a ele, ela estivesse despertando da forma mais esquisita e… extasiante possível.

Freyja reprimiu um grito de vitória e decidiu afundar sua sensação para si mesma, afinal, Allya finalmente dera os primeiros sinais de uma reanimação. Assim como aquele homem estava voltando à vida naquele dia, Allyana dava os primeiros passos para respirar fora das águas de culpa que a afogava todos os dias.

E enquanto aquele momento parecia parado no tempo, alarmes barulhentos foram acionados, não lá no cubículo, mas onde um gato negro se esgueirava, se escondia e ainda mais: reinava com graça e punho forte.

Allyana mal sabia que Wakanda não era um lugar perdido no mapa, nem mesmo uma terra de ninguém onde ela daria os passos como quisesse. Não! Ali existia um líder, e um dos brabos.

Naquele momento, o ponteiro do relógio pareceu perceber que ficou estagnado mais tempo do que devia e como se tivesse sido chutado no traseiro, começou a rodar. E, agora, nós podemos começar uma contagem regressiva até que a guerreira agarre seu fio do destino e não o solte nunca mais.

A ruiva esperou por alguns momentos e sentiu que, um frio que subia por sua espinha não era normal, e que, talvez algo ruim poderia acontecer naquele momento e que seu sangue seria derramado ali mesmo enquanto ela permanecia de joelhos com os olhos vítreos na imagem que deveria ser pintada em uma tapeçaria.

O tal príncipe misterioso ainda não havia aberto seus olhos, mesmo que a voz tivesse dito que haveria uma reanimação naquele momento.

As palmas das mãos de Allya suavam, e suas pernas tremiam discretamente, mas, nada mais tirou sua atenção dele do que o rosnado baixo do tigre que estava deitado perto de seus pés. Allyana olhou em volta e piscou os olhos freneticamente assim que um chiado tomou o ambiente todo. Era um chiado alto como se houvesse microfonia ali dentro. Depois do chiado, houve um assobio um tanto ensurdecedor para os ouvidos atentos de Allyana e ela cobriu as orelhas com o dedo involuntariamente até ouvir novamente a voz robótica:

‘’Operação de reanimação concluída. Dentro de minutos haverá…’’

A voz foi interrompida por mais chiados até que a sala foi envolta em batimentos fortes. Era um coração. Era ritmado e forte. O som parecia quente aos ouvidos de Allyana. O bater era um tanto selvagem e rápido e, mais uma vez, quente em sua percepção.

O bater do coração do homem através do vidro que agora deslizava para baixo devagar e o libertava finalmente daquela muralha cristalina, parecia contar os segundos que se seguiam até a primeira separação entre os dois.

Allyana se sentia hipnotizada pelo som, tão alheia ao seu redor que mal pôde ouvir o rosnar de seu tigre e a forma desesperada que ele se levantou para defendê-la do que viria a seguir.

Nada mais foi igual após a ruiva seguir a linha que seus lábios fizeram ao dar o primeiro suspiro para uma nova vida, um novo tempo e um novo alguém que o despertara.

Assim como o som da respiração dele foi ensurdecedor para Allyana, o som da entrada barulhenta e intensa de soldados de Wakanda parecia ter rodopiado pelos céus fazendo com que pássaros assustados fugissem das copas das árvores.

Agora não era mais só Allya e o homem, e sim, mais de dez soldados que lutavam bravamente contra o tigre que rosnava e unhavam qualquer um que quisessem passar dele para sua senhora.

Freyja o incitava a protegê-la com sua vida enquanto gritava para que Allya saísse de seu transe esquisito e acordasse para o momento derradeiro em que estava em perigo com espadas afiadas e músculos raivosos de soldados wakandianos.

Ela queria acordar, mas, seus olhos se arrastaram dos lábios dele até a ponta de seu nariz e finalmente até suas pálpebras que tremelicavam devagar até que, finalmente, seus olhos se abriram e ela encontrou o castanho esverdeado que transbordava uma força digna de mil guerreiros.

Allya sentiu-se respirando pela primeira vez sem o ardor do afogamento em seu peito assim que os olhos dele encontraram cada movimento na sala até finalmente parar nos dela.

Castanho esverdeado e azul se encontraram como um martelo batendo no ferro fervente. Lascas e fagulhas poderiam ter escapulido daquele encontro e enquanto os dois se olhavam e as sobrancelhas dele se uniam em um repentino reconhecimento, a base dos joelhos de Allyana foram atingidas e mais de cinco soldados fizeram seu trabalho de colocá-la ajoelhada e imobilizada.

Ela era uma ameaça a eles, e Allyana sabia que poderia ter lutado, esbravejado e brandido sua espada dourada que descansava em sua bainha, mas nada além daqueles olhos e da voz acalentada de Freyja dizendo que ali começava o seu destino a fizeram aceitar e ajoelhar-se.

Do lado de fora daquela bolha, o som era insuportável. Gritos, ordens e palavras jogadas ao vento foram como um clarão da alvorada de tão rápido e muito menos associados pela ruiva e pelo homem que fora despertado.

Nada além de suas sobrancelhas unidas se mexia em seu corpo. Até mesmo ele tinha ficado preso pelo olhar azul daquela mulher que parecia irritantemente conhecida. O tempo ainda passava, mas parecia se arrastar pra ele, até que ela foi levada de sua presença e as coisas que estavam uma hora atrás envoltas na lerdeza do tempo sustentado pelo olhar dela, passaram como um piscar de olhos.

E agora nos encontrávamos aqui. Allyana presa, envolta em barras de ferro e nada mais que lama e água da chuva torrencial que agora caía do céu escurecido pela noite a faziam companhia.

Mais uma vez, ela se via presa. Com a sensação estranha e forte de ansiedade em seu âmago e o gosto amargo da decepção de não ter ouvido a voz do homem antes que tivesse sido rendida facilmente pelos soldados.

Ela acreditava veemente que havia sido envolvida em torpor por Freyja naquele momento para que não reagisse, para que não tirasse os olhos dos dele e não machucasse ninguém.

‘’E que também não me questionasse… mas, não fui eu quem a envolvi em toda aquela aura paciente p-por apenas olhá-lo nos olhos. Aquele era somente seu corpo controlando suas sensações.’’

Allyana tinha certeza que tinha acabado se envolvendo em estado de choque por toda aquela situação, mas, agora, não havia nada além de fogo de fúria dentro de seu peito por estar ali como um animal enjaulado e sem ao menos saber onde estaria seu tigre.

Sua raiva voltou-se a deusa e ferveu ainda mais quando a acusou de que aquele era seu plano desde o início, tirá-la da liberdade para prendê-la ali, em meio a árvores de copas altas e um palácio imponente metros à sua frente enquanto soldados a vigiavam de longe dentro daquela jaula.

‘’Eu não a coloquei atrás das grades, eu a trouxe para uma jaula de verdade para que finalmente fosse livre e, seus grilhões cederam horas atrás, basta escolher chutá-los para longe.’’

Allyana bufou. Estava cansada de todo aquela baboseira filosófica da deusa. Ela tinha que admitir que seu plano dera errado, ou que então, ela tinha um coração podre ao ponto de ter tramado prendê-la ali.

– Você tramou tudo isso, não é? – Allya sussurrou sentindo-se exausta.

Era como se seus músculos tivessem sido moídos ao pó ali dentro. Tudo nela estava cansado.

Por um tempo, Freyja permaneceu em silêncio, mas logo retrucou:

‘’Eu e o destino tramamos esta peça, Allyana. E, um dia, você saberá que meu coração está longe de ser podre e cheio de más intenções para com você.’’

Uma lágrima escorreu pelos olhos dela, e a ruiva se sentiu tudo, menos livre e dona de seu próprio destino. Era como se Freyja a manipulasse através de seus dedos de deusa.

Ela sentiu como se alguém a afagasse nos cachos desmanchados pela chuva, e por mais esquisito que fosse, sentiu-se acalentada como um dia foi no colo de sua mãe enquanto a tempestade amedrontava o mundo lá fora.

‘’A única coisa que eu quero é que você seja livre dentro de si mesma. A partir e hoje, Allyana, você é liberta dentro da jaula que sua alma mesmo criou.’’

E ao ouvir aquelas palavras, os olhos de Allya se fecharam, mortos para o que ela era antes daquele dia e, que se abririam em um outro momento para o início de seu destino: ser livre.

 

''Esse amor é mais do que química

E somos indestrutíveis

E sempre será

Mais do que só química'''


 


Notas Finais


MEU QUE TIRO FOI ESSE? ATÉ EM MIM, TÔ SEM PALAVRAS PRA DIGITAR kkkkkkkkkk.
Acho que esse casal vai ser ainda mais fire and fire do que Lokiana, o que cês acham?
Quero pedir desculpas pela demora e dizer que tá tudo uma loucura aqui dentro da minha cabeça então tem vezes que eu não consigo escrever porque eu tô com coisas demais pra escrever e eu não sou nada organizada com isso, então, me perdoem e peço encarecidamente que tenham paciência comigo kkkkkkk.
Bom, quero saber TUDO o que vocês acham que vai acontecer daqui em diante e, se sentiram falta de Asgard.
Eu to fazendo um curso pra escritores e, gente do céu, abriu meus horizontes. Tô achando diferente até a forma de escrever, como se ela tivesse mudado, pra melhor, pelo menos eu acho e quero saber de vocês isso também. Vocês acham que mudou? Tá ruim? Tá bom? Interajam comigo, por favor, não mandem só: continua! hausaus eu fico doida, preciso de opiniões.
Tô achando tudo mais poético, melodramático e com um ponto MUITO diferente de Redenção.
Mas, mesmo assim, espero que vocês gostem.
Ah! Como eu sempre me inspiro através de música, a desse capítulo se chama: Chemical da Kerli, pra quem quiser ouvir, tá aqui: https://www.youtube.com/watch?v=VbNEuLQVgMI
Acho que combina tudin com Allyana e Bucky Barnes. Já quero beijo desses dois, vai tirar nosso fôlego.
E, bom, acho que é isso, eu sumi, mas tá tudo bem, só tô crescendo, amadurecendo a cada dia e me redescobrindo, me reinventando e acho que isso é incrível e bom, mas doloroso ao mesmo tempo. Enfim!
Até o próximo capítulo e muitos beijos <3


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...