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História Hear me now - When you get older


Escrita por: Liran

Capítulo 2 - When you get older


Uma vez, quando Genji e Hanzo eram pequenos e proibidos de sair dos seus quartos depois das nove da noite ou sair de casa depois de chegarem da escola, Genji imaginava o quão legal deveria ser adulto. Fazer o que quiser e quando quiser, sem ter ninguém para mandar nele, nem mesmo Hanzo ou seu pai, menos a sua mãe, essa que ele nunca conheceu realmente.

Sem regras e hora de dormir, sem lição de casa ou atividas extracurricular da escola durante a tarde, sem comer repolho ou ter que se secar depois da chuva, ser apenas adulto.

Mas adultos tinham responsabilidades, deveres e uma coisa familiar chamada "dor de cabeça". Uma irritante que o incomodava cada vez mais que apresentava os locais da universidade para o novato, Lúcio.

Talvez o novato tenha notado as caretas de Genji para ambos pararem e Lúcio tocar o seu ombro, perguntando com uma voz serena se estava tudo bem e se Genji queria voltar para os dormitórios.

Claro que Genji mentiu na cara dura e ainda sorriu, mas esse truque não funcionou tão bem, mas Lúcio não questinou e os dois continuaram seguindo caminho pelo campus.

E ficaram parte da manhã daquela forma, a dor aumentando em um grau e a preocupação do novato ali do lado, como se fosse o anjinho sussurrando em seu ouvido para tratar logo desse problema, mas o outro não falava nada, apenas sorria fracamente com alguma piada de Genji, alguma sem graça, diga-se de passagem.

— Ok, você realmente não está bem e pelo seu próprio bem, vamos fazer uma visita a enfermaria — Lúcio ditou já cansado e batendo o pé de forma impaciente.

— Calma, eu não vou morrer por causa disso — Genji tentou despreocupa-lo, mas o cenho franzido de Lúcio comprovava que aquelas palavras não era o suficiente.

Por Deus, Lúcio seria definitivamente o anjinho em seu ombro. Mas aquela feição preocupada e zelo em sua voz mostrava que ele se sentia culpa por ter feito Genji guia-lo pelo campus. Definitivamente não era para aquilo acontecer.

— Por favor, apenas mostre o caminho — Pediu sem graça, talvez ele estivesse considerando mal educado em pressionar alguem teimoso como Genji para tratar algo como a sua dor de cabeça.

— Como recusar algo para você, novato? — Deu uma piscadela — Mas digamos que a pessoa que faz estágio por ali não vai gostar de ver minha face nem pintado de ouro, mas se tiver a receita para a paz mundial, ela pode pensar bem no assunto... — Dramatizou, atraindo uma risada de Lúcio.

E tiveram que dar meia volta e entrar em outra parte da universidade e bem, ali ficavam tanto os laboratórios e as salas de enfermagem para alguns cursos, mas Genji suspeitava que talvez eles maltratavam alguns sapos. Só de imaginar, um arrepio subiu em sua espinha.

O barulho ao baterem na porta só piorou e Genji queria correr para o próprio quarto e pegar algum comprimido, mas já o tinha feito além de beber água com sais de fruta pra ressaca.

— Ei, Angela... — Genji falou baixinho, chamando a atenção da mulher de jaleco branco, essa que o fitou séria, mas em seguida franziu o cenho ao vê-lo com alguém — Estou morrendo, socorro... — Deixou a voz rouca, cobrindo o rosto e resmungando, entrando na personagem para não ser o alvo de algo pontiagudo.

— Cadê o seu irmão, Shimada? — Ela perguntou.

Angela Ziegler era o símbolo de carisma para qualquer um que a conhecia pessoalmente e ainda mais charmosa quando com intimidade e uma amizade forte, mas para Genji era diferente, sempre era.

Primeiro, Genji deveria ter tido um pouco mais de noção quando começou a estudar ali, das baladas ele conheceu Angela e fez a pior coisa que poderia ter feito... Dado em cima de alguém que já namorava. Quem diria que a Faheera Amari era a namorada da enfermeira e estagiária, Angela Ziegler.

— Eu não sei e quanto menos souber, melhor — Resmungou e Angela bufou — Angie, conheça a melhor pessoa do mundo, esse é o Lúcio — Apresentou o outro, tirando as mãos do rosto e sorrindo forçadamente, a dor chegava a martelar na frente do rosto — Sério, tô morrendo...

— Obrigado por ter trazido esse teimoso, Lúcio — Angela agradeceu e puxou Genji até uma maca, o fazendo se sentar — Tomou seus remédios, docinho? — Perguntou com ironia.

— Você não deveria estar trepando com a administradora da universidade ao invés de estar aqui? — Soltou e recebeu um beliscão no braço — Cuidado, meu bombom, sou frágil e preciso de cura — Sorriu com malicia e recebeu outro beliscão — Angie... — Resmungou por conta da dor.

— Ele vai ficar bem? — E Lúcio perguntou, parecendo constrangido pela conversa entre ambos ali e ainda preocupado, pelo visto, a cara de pau de Genji não fez o novato sair correndo.

— Vai sobreviver, ele está com enxaquecas por conta de beber álcool e engolir os comprimidos de dor de cabeça junto, coisa que já alertei não ser recomendável — Explicou, se afastando e pegando em cima da mesinha alguma coisa e voltando com dois comprimidos vermelhos na mão e um copinho de plástico — Tome.

E Genji engoliu os comprimidos e bebeu a água oferecida, torcendo o rosto numa careta que fez Angela sorrir satisfeita com o feito, como uma vingança pessoal.

— Nunca vi você por aqui — Angela comentou para Lúcio — Novato?

— Sim, minha irmã é vetera aqui e foi uma escolha boa no momento — Explicou e Genji franziu o cenho.

— Então sua familia seria como aquelas que cada geração estudam na mesma univerdidade? — Genji indagou e Angela lhe lançou um olhar de advertência — Não custa perguntar... — Deu de ombros e ele notou o sorriso fraco de Lúcio.

— Meus pais já estudaram aqui com bolsa, então como eu também consegui... Digamos que vou poder dormir em um dos prédios da universidade — Deu de ombros — Já se sente melhor? — Perguntou e Genji ponderou um pouco a cabeça para o lado.

— Sim, agora podemos continuar o passeio pelo campus — Falou num tom alegrea, aliviado por já poder sair dali e não receber o olhar de reprovação de Angela apenas por respirar — Mande beijos pra Faheera por mim — Beijou o topo da cabeça de Angela e se retirou com Lúcido.

Voltaram a atravessar o campus e então Genji pode mostrar algumas repúblicas dali, as casas onde os estudantes ficavam tinham entre dois a três andares e eram de igual arquitetura, mudando apenas a cor de cada e a forma como os moradores delas cuidavam. Alguns que ficavam na entrada de suas republicas já observavam os novatos e era ali que os trotes começavam.

Bem, melhor o trote ser naquela hora do dia do que de madrugada ou antes das aulas, nessas horas os corredores eram um inferno de tanta bagunça.

— Ei, desculpe por aquilo... — Lúcio quebrou o silêncio quando Genji terminou de falar das salas de informática da qual ele perguntou.

— Aquilo...? — Ponderou a cabeça, o cenho franzido para Lúcio.

— Ter arrastado você até a enfermaria, não achei que se sentiria tão desconfortável como contou — Falou e Genji abria e fechava a boca enquanto Lúcio tinha a cabeça cabisbaixa de vergonha — Sinto muito, de verdade.

— Ei, não precisa se desculpar, cara — Deu um tapinha no ombro dele e ambos estavam parados no caminho, mas ninguém ali parecia se incomodar ou nota-los — Olha, não precisa ser tão educado, eu que sou japonês nem estou me importando tanto — Deu de ombros e Lúcio voltou a encara-lo.

— Mas...

— Chega, ok? Relaxa, minha cabeça não está mais explodindo e eu só preciso nem tocar em uma latinha de cerveja — Sorriu — E nem chegar perto da Faheera, o gancho de direita dela é assustador — E Genji fez uma careta ao lembrar do soco.

— Eu... — E o som de uma música tocou, cortando Lúcio e pelo visto, era o celular desse que tocava — Só um instante... — E Genji concordou, o vendo de afastar para atender.

Bem, alguém se preocupando com Genji e sendo esse alguém além de Hanzo era um feito um tanto... Surpreendente. Os Shimada cuidavam um do outro desde pequenos, mas Hanzo insistia em tê-lo debaixo de suas asas para protege-lo, foi assim até mesmo quando Genji acompanhou seu irmão para os Estados Unidos.

Quando Hanzo queria se encontrar com Jesse Mccree e deixar o casamento que foi arranjado para ele como também o curso de contabilidade para trás, Genji se viu ao lado do irmão.

— Você é um idiota! Um babaca!

Uma voz feminina gritou e atraiu a atenção da maior parte dos moradores das repúblicas, mas Genji sabia muito bem de quem era, o projeto de gente chamado Hana Song estava de novo com problemas, mas pelo visto não era ela que tinha começado.

— Qual é, eu achei que vocês japonesas fossem mais delicadas — Pelo visto, um valentão do clube de esportes e também morador de alguma república ali estava atormentando a pequena Song.

— Ei, deixa ela em paz! — Genji se intrometeu.

E o herói da ressaca chegou para salvar o dia, pensou.

E o vulgo babaca enconstou em Hana, ignorando Genji ao esse ter chamado sua atenção e Genji se aproximou da cena, mas não adiantou de nada dar um belo de um soco no outro, pois uma garota do cabelo escuro com mechas roxas conseguiu derrubar o outro chutando o joelho desse e dando um belo e temido gancho de direita.

— Mírian! — E Hana correu para abraça-la.

— Ela é coreana, seu escroto — Ralhou com raiva, olhando para Genji e pedindo com a mão para que esse se aproximasse — Então, últimas palavras? — Ela zombou, acariciando a cabeça de Hana enquanto essa se parecia puxar o casaco azul e rosa para se cobrir melhor.

— Você é louca... — O idita caído no chão resmungou, alguns dos amigos dele ameaçavam chegar perto.

— E o que tu fez é assédio, quer sua ficha suja pra não conseguir estágio e ter seus cinco anos de curso jogados fora? — Ameaçou, o valentão levantou do chão com dificuldade e olhou assustado para Mírian, se afastando lentamente — Foi o que pensei — Sorriu, sádica — Ele ainda tá ferrado na minha mão — Deu de ombros — Não me chamam de Sombra atoa... Você está bem, querida?

— Estou... Obrigada... — Agradeceu, mas ainda alterada.

— Vocês estão fudidas, Sereias! Fudidas! — E o babaca voltou a repetir.

— E o que te impede? — Retrucou e o mesmo recuou, a poeira finalmente abaixando e todos ali começando a cochichar, se dispersando — Quem diria, nosso pequeno dragãozinho estaria aproveitando esse dia maravilhoso — Sorriu.

— Mírian — Acenou com a cabeça — Você está bem, Hana? — Perguntou e aqueles olhinhos do projeto de gente o encarou, ainda com medo, atenta para o que fosse acontecer.

— Não gostei da ameaça dele... Estamos no período de trotes... — Hana comentou, saindo dos braços de Mírian, mas ainda recebendo um carinho na bochecha por ela — Estou bem, de verdade — Respondeu — Obrigado, vocês dois, obrigado...

— Não agradeça, querida — Falou — Genji, você sabe que as Sereias não vão conseguir se defender deles, então, você poderia me fazer um favor? — Perguntou e Genji tocou o peito, fingindo estar tocado.

— Espera, a líder das Sereias de Gotham está me pedindo um favor? Me sinto honrado — Fez uma reverência e recebeu um tapinha na cabeça por Mírian — Claro, vou conversar com Jesse e ver se a república dele pode manter esses idiotas na reta.

— Obrigado, dragãozinho — Agradeceu — Acho que você tem uma pequena companhia lhe esperando.

Lúcio! Droga, ele deixou o outro de lado. Genji se virou e viu que o novato terminava a chamada e o seguia até onde estava, sorrindo fracamente e tal sorriso pareceu ainda fof—bonito ao olhar para... Mírian?

— Eu me afastei um pouco, sinto muito tê-lo feito esperar — Desculpou-se, acenando para as garotas.

— Meninas, esse é o Lúcio — Apresentou ele para elas — Essas são Hana e Míri—.

— Eu a conheço, Genji — Lúcio o interrompeu, sorrindo de canto — Mírian, o pai disse que você não estaria no campus hoje para me ajudar com as malas — Falou cruzando os braços e Genji franziu o cenho, totalmente confuso — E eu acabei de falar com ele.

Pai? Espera, Mírian tinha um irmão e era o novato?

— Sei que conseguiu se virar sem mim, pequeñito — E Mírian sorriu com malícia, virando-se para Genji e sorrindo ainda mais — Mas já que está aqui, poderia me ajudar e ser útil em não ser vitima de trotes, então, Genji, vou roubar o meu irmão rapidinho — Deu uma piscadela para Genji e puxou Lúcio e Hana para dentro da república.

Parecia que as Sereias de Gotham abriram uma exceção em deixar um garoto entrar e tinha que ser o irmão da líder delas.

Bem, ele literalmente foi largado ali e sem tantas opções, ele pediria o favor da temida Sombra para Jesse, mas para isso ele teria que chutar o seu irmão para fora do colo de Jesse.


Notas Finais


Eu voltei ;-;
Bem, o Genji tem a linguagem xula mesmo e sim, meu headcanon nessa fic é que Lulu e Sombra são irmãos, mas quem serão os pais deles? :v no spoilers *like river song* e bem, se preparem para os próximo ship que vai aparecer. O/

Desculpem se o capítulo saiu curto e espero que tenham gostado.


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