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História Hear me now - So just believe me now


Escrita por: Liran

Notas do Autor


Eu cometi um erro no último capitulo que foi colocar a fanfic como concluída. Gente, vocês não sabem quão alto foi o meu berro ao ver esse erro! E a @soldier76 também me fez notar esse errinho '^'

Desculpem a demora pra postar e espero que gostem desse capítulo.

Capítulo 5 - So just believe me now


A punição nem foi tão ruim assim, no finam das contas, Genji até gostou de não ter de enfrentar fila para comer da cantina quando se tinha uma comida boa, mas nada superava a a pilha de louça suja para se lavar depois do almoço, parecia que nunca teria um fim, principalmente quando tinha que fazer isso por um mês inteiro. Pelo menos não era pelo resto do semestre.

Não entraria nem nos detalhes da briga que teve com seu irmão, Hanzo já considerava antes da explicação que Genji foi expulso e voltaria para a prisão que antes chamavam de casa, que ele voltou a ser inconsequente e tendo más influências o lado, quase sugerindo que o aluno novo fosse o culpado. Bem, seu irmão estava errado sobre isso e quando argumentou contra, Hanzo o olhou com desconfiança, mas no final o olhar malicioso, semelhante ao de Mírian se mostrou.

O que eles achavam que Lúcio era? Por Deus, ninguém conseguia achar que Genji era o mesmo de sempre? Só mudando alguns detalhes desde a chegada do novato, mas nada para realmente muda-lo, deixar Genji diferente.

Claro, Genji ignorava a recente briga com o irmão, a exaustão de depois das aulas e a limpeza na cozinha para ter fôlego e fazer os relatórios e pesquisas, além de sempre passar no quarto de Lúcio para poder incomoda-lo e ver o que ele estava dissecando, um pobre sapinho ou animal qualquer.

Quando comentou isso com o outro, atraiu um olhar cético e franzido de que realmente tinha dito aquilo para Lúcio, quando na verdade, ele estava apenas montando o comum de uma pesquisa e com dois livros abertos na escrivaninha. Mas sempre conseguindo atrair uma risada doce do outro, não algo forçado, mas uma risada gostosa de se ouvir e que fazia outros sorrirem.

Mas Genji se arrepiava com essa risada, um arrepio que se alastrava em suas costas e fazia com que um frio na barriga o incomodasse. Já considerava a sensação estranha e achava passar mal de alguma, mas isso acontecia apenas quando estava próximo de Lúcio, achava um pouco assustador, não queria levar outro olhar triste dele pelo desconhecido que acontecia a Genji.

Sentia que Lúcio era um bom amigo, diferente de Genji que era um imã para uma confusão, tinha envolvido o nome dele em algo que não deveria ter sido levado na violência e envolveu outras pessoas também, mas Genji desconfiava que Mírian aka Sombra mexeu seus pauzinhos, ela sempre parecia saber o que acontecia, principalmente com o irmão.

Um mês e aquela sensação estranha não ia embora, ficava preocupado e desconfiado do que era, mas faria aquilo no que era melhor, ignorar.

Acabou entrando sem se anunciar no quarto de Lúcio aquele final de tarde de uma quinta-feira, sorrindo de forma marota enquanto o outro estava mergulhado nos livros, de novo. Convenhamos, era o primeiro semestre dele ali, não era tão difícil assim, mas talvez biologia fosse mais complicada do que mostravam na escola. O problema era o outro estar mergulhado nos livros, um problema seríssimo.

— Levanta essa bunda que a gente vai sair — Genji já falou, a sua jaqueta verde finalmente com ele e e com cheirinho de limpeza, sem o cheiro do estranho charuto que McCree fumava e sabesse mais o que lá.

O engraçado era que Lúcio permitia essa "invasão", como não tinha um colega de quarto ainda, isso facilitava as coisas quando Genji ficava ali. Afinal, a outra cama ficava livre já que alguns livros sempre estavam na cama de Lúcio.

Mas a intimidade maior em pouco tempo era a liberdade que Lúcio permitiu, sempre pedindo para que Genji não ficasse acanhado apenas por conta do incidente a um mês atrás e voltasse com aquele humor de quando o apresentou o campus da universidade.

— Tô ocupado... — Deu uma desculpa e Genji fez bico, resmungando e sentando na cama desocupada.

— E você deveria sair um pouco, sabe? Não vamos conseguir ficar apenas na base dos filmes — Falou, dando de ombros, mas se tocando que Lúcio parou de escrever e o encarava receoso.

— Eu o incomodo com isso? — Perguntou e Genji engoliu em seco.

— Não é isso! — Levantou as mãos, dando uma risada nervosa e suspirando — Você está tão concentrado que nem consegui levar você pra uma balada e ver se descola um bico como dj... — Inventou uma desculpa, era o que ele fazia de melhor afinal.

Sempre que ambos não tinham tantos deveres, usavam o tempo livre para usarem o notebook e assistirem algum filme, vezes Lúcio colocava alguns de origem brasileira e Genji escolhia uns japoneses, alguns bem antigos de samurai. Mas até mesmo assistir filmes na companhia do outro se tornou menos constante por conta da irmã dele, Mírian, puxa-lo para ficar com ela na república das Sereias, o que era um saco.

— Eu não sabia... — Coçou os olhos e se espreguiçou — Achava que estava começando a ser irritante... — Contou e Genji o olhou, incrédulo.

— Não deveria ser o contrário? — Brincou, atraindo aquela risada gostosa e que por um acaso, atraiu o mesmo arrepio de sempre, fazendo Genji forçar uma postura e ficar sério.

— Quais os seus planos? — Perguntou, talvez reparando na mudança de postura de Genji, pois seu sorrido ficou menor.

— Eu tirei a liberdade de falar bem de você a um dono de uma das baladas mais frequentadas na região perto do campus — Contou e Lúcio o encarou, incrédulo e a boca um pouco aberta, mas sem falar nada — E como ainda não tá na hora de começar a balada, essa é a sua chance de brilhar — E lançou uma piscadela para o outro que ainda estava atônito — Eu fiz de novo? — Perguntou receoso, ainda se lembrava do tapa que recebeu de Lúcio.

— O quê? — Lúcio perguntou, confuso e depois parecendo entender — Você poderia ter me avisado antes, eu nem montei uma playlist e meus discos são tão sem graça... Você me deixa sem graça fazendo esse tipo de coisa pra mim, o normal seria um cinema — Comentou, constrangido e Genji sentiu o rosto arder, o mesmo frio na barriga — Você é um bom amigo, Genji, não tenho como retribuir o que está fazendo por mim — Continuou e agora com aquele sorriso doce, o mesmo arrepio subiu sua espinha.

Ele teria que conversar com Angela, aquilo não era comum, de jeito nenhum ou ele iria ignorar como sempre fazia, deixar de lado.

— Me de um tempo para me arrumar, estarei pronto em cinco minutos — Falou, levantando da cadeira e Genji se retirou do quarto, o deixando se arrumar.

Quando Lúcio terminou, carregava uma mochila com os seus discos e juntos, sairam do prédio dos dormitórios e saíram do campus da universidade.

Não era tão longe, então seguiram caminho a pé, o céu escurecendo mais e ao chegarem, ainda não havia uma fila para entrarem, o que facilitou para Genji se identificar ao segurança e entrar com Lúcio no local iluminado com neon.

Um dos empregados dali chamou o dono e logo Genji se afastou para dar espaço a conversação, Akande era um homem robusto e até o momento, Genji não sabia dizer quando teve "amizade" com o dono do lugar. Talvez quando arrumou confusão e Akande gostou do modo maroto e administrador de Genji? Se fosse por isso, não faria mais sentido, Genji estava diferente do que era quando chegou aos Estados Unidos.

Não demorou para Akande pedir para ver a playlist do Lúcio e ele fosse mostrar, a capa do disco verde sendo iluminada pelo neon e Lúcio parecia nervoso, olhando de longa para Genji que se encontrou na pilastra mais próxima, sorrindo para encoraja-lo.

Não era apenas o sorriso de Lúcio que era doce, sua risada uma coisa gostosa de ouvir, mas o som da playlist Sinestesia preenchia cada canto dali. Não era suave e tinha poucas batidas, o remix era bom e ficava mais forte. Lúcio mexia com tanta maestria naquele disco e nos botões para colocar tudo em sincronia.

De lado podia ver a face séria de Akande, mas por um segundo achou que ele tinha sorrido, mas talvez fosse coisa da imaginação de Genji. Ali, ele viu a Lúcio ser iluminado pelo neon roxo, seus dreads verdes soltos e o olhar focado no que fazia.

Naquele momento, Genji queria desenha-lo em seu sketch, admirar um pouco mais enquanto riscava os detalhes de luz e traços da pele exposta. Não sentia um frio na barriga, mas sim uma quentura que ia até seu peito, algo estranho e que ao sair do devaneio, pensou em buscar ajuda com Angela urgentemente.

Akande aplaudiu o fim da apresentação de Lúcio e comentou que iria pensar em chama-lo em alguma ocasião especial para tocar, quando a casa estiver mais cheia e for tempo de feriados que não interferisse na universidade.

Agora a coisa estava estranha, mas talvez fosse coisa da sua cabeça.

Quando saíram, a fila do lado de fora crescia a cada minuto, aparecendo com vários jovens e adultos, mas ambos não ficariam e seguiram caminho para a universidade.

Ao chegarem no campus, Genji recebeu uma ligação de seu irmão Hanzo e por mais chato que poderia ser, Lúcio acabou recebendo uma chamada da irmã, o que acabou trazendo a estranheza para ambos, pois eles perguntavam onde estavam e se estavam bem, mas com uma urgência preocupante.

Eles se olharam e andaram apressados até a república das Sereias e de longe já dava para ver papel e mais papel higiênico sobre a casa de dois andares, além de vidros que estavam quebrados e as paredes pixadas, grupinhos passavam, mas tinham outros ali que estavam parados olhando, um desses eram algumas garotas das Sereias.

— Maninho! — Mirian de longe correu para abraça-los, estando enrolada com o casaco que Genji conhecia, de Hanzo — Ele machucaram você? Você está bem? — Perguntava alarmada, tocando o rosto de Lúcio de forma preocupada.

Eles não demoraram nem duas horas fora dali, o que diabos aconteceu?

— Se acalme e me conte o que aconteceu, ninã — Lúcio a puxou pelo ombro e o olhou, Genji acenou para que fossem até o lugar que Mirian tinha vindo, a Deadlock.

Da varanda da república, apenas Hana estava ali e ao chegarem perto, Mírian contou o que aconteceu. Algum grupo acabou usado o trote e tinha atacado de surpresa as Sereias, algumas delas tinham sido empurradas pra fora enquanto outras brigaram com os baderneiros, mas de todos, conseguiram encurralar um que não conseguiu fugir.

— Eles foram no seu quarto também... Tentaram, a senhora Faheera conseguiu impedi-los de entrar... — Hana contou, as mãos tremiam e estavam vermelhas de hematomas.

— Vocês foram corajosas... — Jesse McCree falou ao sair da república, tendo Hanzo ao seu lado que logo estava perto de Genji, perguntando em japonês se ele estava bem — Principalmente você, pequenina — Falou para Hana que o olhou melancólica.

— E o que acontece agora? — Lúcio perguntou e Mírian segurou uma risada — Chamaram a polícia?

— A república tem câmeras que eu instalei, tenho a imagem deles mesmo que tenham o rosto coberto, mas sim, chamamos a polícia, eles devem ter comprado rosquinhas no caminho, mas devem chegar logo — Mírian contou, dando de ombro e encostando a cabeça no peito de Lúcio.

— Nós achamos que eles tinham machucado vocês — Hanzo falou — Eles fugiram assim que outras repúblicas tentaram entrar ou os paravam quando pixavam ou tacavam pedras.

— A diretora está lá na nossa república com o babaca que fez tudo isso e com o Reinhardtt na tentativa de intimida-lo — Hana falou, sorrindo de forma forçada e assustadora — Você poderia estar lá pra dar um sacode — Se virou para Genji.

— Hana Song! — McCree falou num tom de advertência.

— O quê? — Falou alarmada e alterada, Mírian até mesmo se afastou de Lúcio para ficar ao lado dela — Parece que esse é o único idioma deles, não é tão diferente dos homens do lugar que eu vim! — Ralhou e Mirian a arrastou para dentro da Deadlock, mas antes parou no batente da porta.

— Lúcio, tem mais alguém com a diretora e o Reinhardtt — Falou um tanto receosa — É o pai, ele veio ver a gente...

— O quê? — Ele falou, surpreso — Por que ele ‘tá aqui? — Perguntou e se Genji estiver errado, um pouco alarmado — Mírian, você foi ao médico? — Perguntou e ela forçou um sorriso, entrando na república para fugir do assunto — Eu não acredito nisso... Era o que me faltava — Resmungou e Genji sentiu pena do outro, diferente de McCree que segurava uma risada como se conhecesse bem aquela cena toda — Elas vão poder ficar aqui?

— Podem, mas pode acabar ficando apertado — Jesse explicou, dando de ombros — Tem o problema de descobrir quem fez isso, não dá pra confiar mais em quem não for conhecido, ninguém além dos que vivem aqui e as meninas vão entrar pra esse tipo de coisa acontecer.

— Seria simples demais, mas elas não precisaram deixa-los entrar, eles invadiram e as forçaram a sair — Genji argumentou.

— Tem eu pra dar um sacode em quem tentar — Jesse argumentou, sorrindo com malicia e ao lado de Genji, Hanzo rolou o olhar — Além de que temos uma companhia agora — Falou, apontando com a cabeça um homem negro chegando perto da Deadlock.

Genji o conhecia, das prateleiras com troféus e fotos, Gabriel Reyes parecia ser um grande destaque dos antigos times de basquetebol que a universidade tinha, ficando apenas atrás de Jack Morrison.

Agora ele parecia irado com algo e Genji gostaria de não ser a pessoa que ele estaria com raiva, acabou parando em frente a Dealock e com os braços cruzados, encarou Lúcio com o cenho franzido.

— Oi pai... — Lúcio resmungou e Genji ficou surpreso.

— E ai, Reyes! — McCree o cumprimentou com um sorriso na cara.

Gabriel Reyes, pai do Lúcio. Ótimo, o que poderia dar de errado?


Notas Finais


Vamos a umas pequenas explicações. Primeiro, Genji nunca se apaixonou, as sensações relacionadas vão ser estranhas a ele, coisas bobas que ele vai ignorar e achar bem "nheh, to doente", mas não achem que ele é uma porta, por favor :v ou ele é, nun sei.

Genji ama seu irmão e aos poucos amigos que ele tem, mas algo assim... É novo pra ele, tá certo que isso soa clichê, mas eu tô me bseando no maior clichê aqui :v

Segundo.... "Meu supremo está pronto (miignore) 100%" @soldier76 :v uma piada interna e referência pro Genji ignorar seus sentimentos desconhecidos. Lembrando que esse é um headcanon meu tá? Ok? Ok.


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