Jungkook / Quarto - ???? - Manhã de segunda-feira
Acordei sentindo o aroma adocicado e enjoativo de um Beta qualquer. Me levantei sem um bom humor, ainda estava passando por meu cio e apenas uma noite como essa adiaria mais ou menos minha vontade de foder até umas três da tarde - Não teria como explicar isso melhor com outras palavras - , sou professor de uma escola particular levemente "precária" e como alfa e adulto, meu dever é ensinar e proteger minha reputação como bom professor. Não sei do que seria capaz ao chegar em uma escola repleta com ômegas com hormônios a flor da pele. Suspirei pesado catando minhas roupas do chão, ouvi um resmungo baixo da pessoa na cama e direcionei meu olhar para ela. Agradeci aos céus por ele não ter acordado, juntei minhas roupas em um bolo amontoado e caminhei até o banheiro do quarto com passos ligeiros. Adentrei o local e logo vesti minha roupa o mais rápido que pude, ajeitei meu cabelo e coloquei meus óculos levemente arredondados - não que realmente precisasse, mas adorava o ar sexy que ele transmitia - , suspirei aliviado ao ver o outro ainda desmaiado de sono na cama, tive a boa vontade de juntar suas roupas encima da cadeira ao lado da cama e sorri para ele antes de me virar e sair do local.
Apesar de ser professor tenho exatos vinte e um anos de idade. Sendo bonito e tendo uma história trágica você consegue de tudo, até mesmo um emprego fácil com pouca idade. Basicamente sou órfão, morei com minha avó até meus dezoito anos e fui praticamente expulso para um apartamento apertado sem muitas coisa. Hoje tenho uma vida razoavelmente boa, consigo dinheiro o suficiente para me sustentar e... Digamos que tenho dois empregos.
Não seria algo exatamente de se orgulhar, mas é meu ganha pão de cada dia. Resumindo tudo em uma frase: "Eu sou pago para comer ômegas e betas que não querem passar o cio sozinhos já que não possuem exatamente alguém para estar ao lado nesse momento e preferem não sofrer esperando isso passar". Aí você pensa: "MAS QUE HORROR, JUNGKOOK! ELES SÃO FRÁGEIS NESSES DIAS!". Olha, eu saio ganhando e a pessoa também, e já que sou pago ao menos faço um bom trabalho. Isso é algo que não me orgulho nem um pouco, como já citei - É algo frio assim podendo-se dizer - , entretanto não os forço, normalmente as pessoas vêm até mim. Só tenho uma regra básica: Contanto que um emprego não atrapalhe o outro eu estou completamente bem. Não sei se outras pessoas fazem isso, mas cá entre nós... Dá até que bastante dinheiro.
Só uma dica: "Usem preservativos se quiserem trabalhar com isso, crianças dão trabalho. E eu não vou assumir uma, portanto é sempre bom usar."
Saí do apartamento de Mark arrumando e endireitando minha gravata, teria que sair dali e caminhar diretamente para o colégio para dar os primeiros tempos de aula da manhã. Sentia que esquecia algo, esse muito importante por sinal.
E foi quando a ficha caiu.
Havia esquecido minha pasta com os papéis e planos de estudos junto com matérias na casa do outro. Bufei irritado sabendo que chegaria tarde mais uma vez, dei meia volta para voltar ao apartamento dele.
Não foi preciso.
O vi sair do prédio com minha pasta na mão, fiquei parado ali o aguardando. Ele parou a minha frente e entregou a pasta para mim sorridente. Torci levemente o nariz - tentando disfarçar ao máximo, obviamente - ao sentir seu cheiro forte de lavanda, pergunto-me se ele não se cansa mesmo após uma noite como a que tivemos. Peguei a pasta e sorri de volta.
- Vai voltar para me ver...? - O observei levemente acanhado se aproximando do meu rosto provavelmente para me beijar, deixei seus lábios tocarem nos meus de leve e recuei um passo.
- Desculpe, eu não misturo trabalho com vida pessoal. - Falei o mais doce que consegui, me segurei para não usar palavras mais duras... Ver aqueles olhinhos cheios de lágrimas deveria ser algo lindo. Sorri fofo para ele e me virei seguindo meu caminho, não deixando de formar um sorriso cínico em meus lábios.
Para falar a verdade, tenho uma personalidade estranha.
Suspirei cansado enquanto caminhava para aquela gaiola repleta de seres aglomerados em um só local. Não posso exatamente afirmar que gosto de adolescentes, mas odeio tumulto e berros.
"Aí o retardado vai lá e arruma emprego de professor" . Exatamente... Mas não vou mentir, adoro ficar olhando para o corpo desenvolvido daqueles ômegas lindos.
Suspiro irritado mais uma vez ao sentir a vibração de meu celular em meu bolso.
Maldita manhã de segunda-feira.
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- Muito bem... - Me pronuncio ajeitando algumas folhas as batendo contra a mesa, ouvi o baque delas em um som baixo e limpei a garganta como uma forma de todos focarem seus olhares em mim. - A partir de hoje iniciaremos uma matéria nova, falaremos sobre os tipos de esportes mais famosos e logo iremos para a aula prática onde mostrarei a maioria. - Me encosto na beirada da mesa encarando meus alunos. Não mencionei? Sou professor de educação física, é um trabalho um tanto.... Cansativo. Mas tem seus pontos fortes, como os alunos suados com aquelas roupas coladas e quase transparente em certos pontos.
Sou pervertido? Talvez.
Expliquei cada detalhe com meu semblante sério, semicerrando os olhos vez ou outra em direção a Park Jimin, que olha distraído pela janela fingindo que minha pessoa não existia ali. Estalei a língua e bufei começando a me irritar.
- Park Jimin? - Usei minha voz de alfa fazendo grande parte da sala estremecer, incluindo o pequeno entre eles. Ele subiu seu olhar a mim timidamente, enquanto isso eu saboreava mentalmente a imagem tímida daquele ser em minha frente.
- S-Sim, Sr. Jeon? - Forçou um sorriso se levantando e me fitando nervosamente, apoiei minhas mãos na mesa quase sentando-me na mesma.
- Minha aula é tão desinteressante assim? Não o vi me encarar um segundo sequer. Acha que não sou bom o suficiente como professor? - Virei levemente minha cabeça o encarando cínico, o vi engolir em seco. - Oh, já sei. Está me subestimando por ser jovem de mais? Oh, é isso não é?
- C-Claro que não! Eu nunca pensei nisso. - Sua voz se tornava cada vez mais trêmula, eu podia ouvir o chiado das risadas dos alunos em minha volta, se seguravam ao máximo para não rirem. - Eu apenas me distrai, desculpa. - Se curvou para mim.
Eu queria brincar mais, ver até onde isso iria chegar.
Mas o maldito sinal tocou, indicando a permissão de saída dos alunos. Suspirei fraco.
- Temos muito o que conversar Jimin. Venha a minha sala mais tarde. - Peguei minhas coisas e as guardei na mochila.
Ele assentiu timidamente e saiu da sala com passos apressados, sem a menor vontade de me encarar.
Se há algo que me irrita em Park Jimin é a forma da qual ele evita meus olhos.
Eu não suporto isso.
E não aguento o quanto seu cheiro de morangos mexe com meu psicológico.
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