História Heart - JiKook ABO - I Promise

❤Jeon Jungkook❤

Sana me perturbava mais uma vez a fim de me convencer a esquecer o divórcio e viver com Jimin tendo ele como minha "sombra". Para ser sincero isso já estava me dando nos nervos, me segurava para não gritar com ela.

- Younggie! Está me ouvindo?! - Bateu em meu braço a fim de chamar minha atenção, a encarei raivoso demonstrando meu péssimo humor.

- Dá para você calar essa porra que você chama de boca? - Massageei minhas têmporas procurando o oceano de paciência que havia em meu interior.

Para o azar dela Jimin secou ele com aquele cu doce que puta que pariu.

- Olha, vou dizer pela última vez. - Respirei fundo a encarando. - Eu NÃO vou desistir de deixar meu relacionamento com Jimin claro para todos e NÃO vou desistir do divórcio.

Ela bufa audível revirando os olhos, mas que menina chata do caralho.

- Que seja, faça o quiser. - Se levantou apressada indo provavelmente para o quarto. Soltei um baixo "obrigado Deus" e me levantei sentindo meu corpo dolorido, caminhei bastante hoje por conta do trabalho.

Ouço meu celular tocar, era o telefone de trabalho.

Não to afim de conversar agora, meu horário de trabalho já passou.

Assim que encerra o toque meu telefone é bombardeado de mensagens.

O pego desistindo de ignorar e olho as mensagens.

- "Três metros de nariz"? - Leio a última mensagem indignado.

Ah...

Taehyung.

Decidi ignorar o fato de ele ter meu número de trabalho e retornei a chamada.

Não demorou para a pessoa do outro lado atender - desesperada, deixando claro-, e me assustar com sua respiração ofegante  arqueio a sobrancelha direita confuso.

- Alô? - Digo desconfiado, me sento novamente no sofá agora cruzando as pernas em uma pose confortável.

- J-Jungkook! O Jimin! - Senti meu corpo relaxado se tornar rigido em questão de segundos ao ouvir o nome do ômega. Meu estômago se revira em preocupação.

- O que tem o Jimin?! - Me levantei em um pulo sentindo meu coração acelerado. E se ele se machucou? E se ele foi sequestrado? Ou ate assassinado?!

- Primeiramente... Olha... Eu queria que Jimin te contasse isso cara a cara, mas como eu to desesperado e a situação não colabora comigo então vai ser eu mesmo. - Ouço um suspiro longo do outro lado da linha, ele parecia enrolar para falar. - Jimin esta esperando um filho... E bem, ele é seu...

Sabe quando o mundo parece girar e sua visão fica completamente escura por segundos? Esse foi eu ao ouvir o que Kim havia dito. Aquilo não entrava em minha cabeça de modo algum, era algo surreal demais.

Eu amo o Jimin... Mas ter um filho, tipo... Com toda essa situação?

Ter um filho com toda essa vida movimentada?

Ter um filho que só Deus sabe se vai ser feliz?

Bom, o importante - por agora -, é ter meu filho em meus braços.

Estou ainda surpreso, meu corpo e minha cabeça latejam só de pensarem na notícia repentina, mas ele é MEU filho com a pessoa que eu mais amo nesse mundo.

E por mais que esteja perdido e não saiba como reagir, vou dar meu sangue, suor e lágrimas para o ver crescer bem.

Esse é o dever dos pais, afinal.

Mas houve algo que me chocou muito mais do que saber que ele estava esperando um filho meu... 

- O Jimin quer abortar. - Ele disse com um tom nervoso e relutante em sua voz, travei meu maxilar sentindo uma fraqueza repentina tomar conta de meu corpo. Se eu não estivesse sentado com certeza teria tido uma queda feia ao chão.

Abortar? Park Jimin quer matar meu  filho?

Como ele pode desejar fazer algo assim sem ao menos me consultar? Sem me dizer uma palavra?

Mas que porra você esta pensando Park Jimin?!

- Onde o Jimin está? - Não era a intensão, contudo minha voz saiu tão raivosa que fez o outro se assustar do outro lado da linha e ficar em silêncio. - ME DIZ ONDE ELE ESTÁ, CARALHO! NÃO ME FORCE A IR NA SUA CASA TAEHYUNG!

Eu sentia um misto horrível de dor, tristeza, angústia e muita raiva.

Eu posso estar na situação de merda que for, mas meu filho ele não vai machucar.

Jimin, eu amo muito você, mas agora você não esta fazendo nada mais que brincar com fogo.

E ele irá lhe queimar.

- Eu imagino que ele esteja no antigo apartamento, sempre vai para lá quando se sente triste ou angustiado. - A voz de Taehyung tremulava em nervosismo, provavelmente mais que preocupado com o ômega. Era... Seu marido no fim das contas...

O que mais me importava no momento era uma única coisa: Eu não irei permitir ele faça algo idiota.

- Eu estou indo para lá agora. - Meu tom de voz foi baixo e frio.

Temos assuntos a acertar, Park.
 

E não vai ser um reencontro agradável.

|°з°|

Demorei cerca de vinte e dois minutos para chegar lá, quase bati no carro de mais de sete pessoas por dirigir apressado e com os pensamentos encharcados de pensamentos negativos. Ao menos agora me encontrava em frente ao prédio antigo no qual eu morava, um arrepio percorre minha espinha ao lembrar do dia em que fui embora.

Balancei a cabeça afastando qualquer pensamento ruim, meu foco agora é no presente.

Sai do carro as pressas e adentrei o prédio mordendo o lábio inferior apreensivo, e se ele já tiver feito algo idiota?

Cumprimento a pessoa da recepção e corro em direção ao elevador. Entro e aperto o botão de seu andar.

Primeiro.

Segundo.

Terceiro.

Quarto.

Quinto.

Sexto.

Saio de lá o quanto antes, vou procurando os números na porta. Assim que encontro a dele a abro agradecendo a Deus por não estar trancada.

Lá estava ele, de costas para mim, parecia arrumar algo em sua mochila.

- Park Jimin, mas que porra você está pensando em fazer?! - Esbravejei com raiva e o vi sobressaltar assustado.

Notas de dinheiro caem no chão.

Ah..

Não eram poucas, meus amigos.

Seus olhos me fitam assustados e desesperados, seus lábios se movem em um baixo praguejar.

"Tsc...Taehyung, maldito fofoqueiro"

- Se esta falando da criança eu já me decidi. - Começou a pegar as notas espalhadas pelo chão.

Senti meu sangue ferver e me aproximei o puxando pelo braço, levantei-o bruscamente o fazendo me encarar desnorteado.

- Eu já fiz muita coisa por você pois te amo, mas isso já passou dos limites! - Brandei irritado vendo-o se encolher de leve. - Você NÃO vai machucar meu filho!

Ele recupera a postura e se solta do aperto de minha mão em seu braço.

- Você não entende que ele não pode viver conosco?! NÃO ENTENDE QUE ELE IRIA SOFRER SE NASCESSE?  EU PREFIRO EVITAR QUE ELE SOFRA EM UMA VIDA DE MERDA AO DEIXÁ-LO SOZINHO NO MUNDO! - Seus olhos brilhavam marejados, eu até te consolaria meu anjinho... Mas no momento tenho que evitar que você faça algo que vai se arrepender pelo resto de sua vida.

- Então por que você não muda a porra da vida que ele poderia ter?! - Me aproximei mais do garoto. Sinceramente nunca vi um ômega ser tão insistente a esse ponto... - Jimin, podemos fazer ele feliz! Podemos ser felizes e-

- COMO, JUNGKOOK?! ME EXPLICA ENTÃO, COMO?! - Suas mãos foram de encontro aos meus ombros apertando o local com tamanha força, seus olhos desesperados me fitavam com tamanho medo. - Me explique então como posso evitar que essa criança seja perseguida por milhares de pessoas interesseiras e fofoqueiras que só querem ganhar fama com notícias horríveis, como evitar que o maldito Jeong Min nos persiga, como evitar que eu não pare ainda mais a vida dos outros...? - Seu rosto banhado em lágrimas partiu meu coração de tal modo que todos os meus sentimentos negativos se esvaíram em três segundos.

Respiro fundo e o abraço, aconchego seu rosto na curva de meu pescoço e o conforto o máximo que consigo.

- É tão simples, Jiminnie... Sabe, uma vez você me disse que quando amamos devemos usar todas as nossas forças para proteger esse alguém, disse que devemos permanecer ao lado dessa pessoa... - O afasto levemente e deposito um selar calmo em sua testa, encaro seu rosto e enxugo seus olhos com os dedos. - Vamos lutar para que ele viva feliz, vamos nos esforçar para que ele cresça forte e sorria... Vamos dar muito amor para ele e... - Seguro seu rosto com minhas duas mão. - Vamos concertar nossas vidas aos poucos. Você está encarando de mais o agora, vamos focar no futuro, hum?

- Jungkook... - Sua voz chorona e embargada chamou-me com certo tom infantil.

- O que foi? - Eu encarava suas orbes negras que me atraíam tanto, penteio seus cabelos para trás de modo calmo na esperança de acalmar o louro.

- Será que podemos ser felizes...? - Uma lágrima tímida escorre por sua bochecha corada pelo choro.

O colo mais em meu corpo em um abraço apertado e quente, seu cheiro de morangos invade minhas narinas deixando-me tranquilizado.

- Ah meu pequeno, nós seremos... Eu prometo.