Autora On “ψ(`∇´)ψ
Depois daquela discussão tão intensa, ambos ômega e alfa presentes ali se abraçaram em busca de um conforto existente apenas nos braços um do outro. Park amava sentir os braços - agora mais fortes do que lembrava - de seu amado o rodearem de modo protetor e aconchegante e Jeon, céus como ele amava sentir a cabeça do menor apoiada em seu ombro e a respiração serena batendo em seu pescoço, seus cabelos loiros roçando em sua bochecha causando uma sensação gostosa e o mais especial do pequeno, seu cheiro de morangos que por mais que sinta apenas torna-se mais e mais viciante.
Naquele momento Jimin soube que não precisava mais lutar, não mais sozinho. Ele enfim descobriu que Jeon estava mais que presente e que , ao menos agora, o mais velho não iria vir a sumir como a névoa de um momento para o outro.
Que necessidade havia disso, não?
Ficaram ali, torcendo para que aquele simples momento fosse eterno, torcendo para que suas respirações se chocando como naquele momento fosse para sempre, torcendo para que aquele beijo repleto de sentimentos e saudades durasse a eternidade.
Mas nada é tão perfeito.
E isso inclue o momento de ambos ali.
O celular do mais velho emite o tao conhecido por ele toque de chamada, seu corpo se torna rijo e ele suspira fraco. Sana já o queria em casa.
Os abraço de Jimin se torna mais intenso e desesperado por mais atrito, os olhos escuros do moreno fitam o pequeno que escondia agora o rosto em seu peito.
- Não se vá... - Sussurro rente ao peito do maior, por mais que o pequeno louro não quisesse, tímidas lagrimas quentes começaram a molhar a camiseta do outro. - Jeon... por favor, não se vá. Fique aqui comigo...
Ah pequeno...
Será que alguma boa alma já lhe disse que seu desejo para Jeon é uma ordem?
Seus braços só pararam de rodear Jimin para poder segurar-lhe o rosto com delicadeza. Seus lábios foram de encontro a testa do garoto e o beijou ali tentando acalmar seu coração - que aos seus olhos parecia pesar-.
- Claro que fico aqui, meu pequeno. - O guiou até o quarto onde deitou-se com Park na cama, retirou seu casaco e as roupas pesadas do menor. - Claro que fico... - Sussurrou baixinho agora parecendo se convencer de suas palavras.
Aquilo nem ao menos parecia real.
Park estava enfim ali, agora deitado em seu braço e colado ao seu corpo como uma pequena criança.
E se pensar bem... Quem sabe Jeon não esteja sendo abraço também por uma pequena criancinha.
Poderia ter certeza de tudo em sua vida, mas céus, ter seu filho em seus braços parecia um sonho tao incrivelmente bom.
Antes de dormir, naquela noite, pensou em seu bebê. Pensou em seu bebê sendo uma pequena menininha, pensou nele a dando seu primeiro banho, pensou nele a alimentando com a ajuda de Jimin, pensou nele a levando para a escola e discutindo com Jimin sobre quem a levaria às sextas e quartas pois nesses dias ela ficaria até mais tarde com os amiguinhos na creche. Pensou nela crescendo, começando a chamar a atenção dos meninos, pensou nela sendo uma pequena ômega e os meninos alfas a intimidando, rezou silenciosamente para que ela nascesse uma pequena alfa, ao menos assim ficaria melhor. Pensou nos ciúmes ao ver seu primeiro namoradinho segurando sua mão, pensou então nela já adulta a cima de seus dezoito anos, casada com aquele que jurou amor a ela.
Pensou agora nele ao lado de seu amor, Jimin.
Pensou neles dois sentados em uma varanda simples, ambos já com certa idade. Sentados confortavelmente em suas cadeiras de balanço, suas mãos atadas uma na outra em um aperto sincero e amoroso, observando tranquilos a vista para o mar naquele maravilhoso pôr do sol.
Ah céus, essa seria a vida mais perfeita para Jeon.
E com o sorriso mais bobo do mundo ele adormeceu abraçado a seu querido e precioso ômega.
[...]
A luz da janela batia em seus olhos despertando lentamente seu ser, Jungkook apalpa o lado da cama onde seu ômega devia estar.
Estava vazio ali.
Permitiu a si mesmo ser tomado por uma onda de tristeza que nunca imaginou sentir.
Seu peito já doía em saudade.
Sentiu então o cheiro de deliciosas panquecas invadirem suas narinas e seu corpo relaxou de imediato, um sorriso pequeno formou-se em seus lábios levando embora a mágoa em seu coração. Levantou devagar e vestiu a camisa que mal lembrara de ter retirado, saiu do quarto e passou pela sala a vendo minimamente arrumada em cada detalhe, caminhou até a cozinha e sentiu-se invadir por um calor indescritível, sentiu tanto amor ao ver seu amado todo sorridente cantarolando enquanto cozinhava o café da manhã.
Ele se aproximou silenciosamente e abraçou o pequeno ômega por trás, pousou sua cabeça no ombro do louro e beijou-lhe a bochecha estalado.
- Bom dia. - O cumprimentou sorridente recebendo uma pequena risada em resposta.
- Bom dia, Jeon. Dormiu bem, senhor roncador? - Riu baixo terminando de virar as panquecas, afastou-se do moreno e arrumou o prato com as refeições em cima da mesa, ligou a televisão em um jornal qualquer e pois-se a servir ambos os pratos.
- Eu nem ronco. - Protestou com um bico em seus lábios fazendo o menor rir.
- O que?! - Indignou-se com as palavras do maior e sorriu de canto.- Parecia um trator velho e enferrujado. - Sentou-se a mesa com o moreno e pôs a calda em cima de ambas as panquecas.
- Sana nunca reclamou. - Rebateu com o mesmo olhar que o mais novo e recebeu um tapa raivoso como resposta. - O que? Você que começou!
- E eu estou terminando! - Mordeu com raiva um grande pedaço da refeição enchendo ambas as bochechas não evitando um bico nos lábios. Jeon sorri e pega o paninho que havia em cima da mesa, passou-o pelo canto da boca do menor a limpando de melado.
- Coma devagar, não vai querer engasgar. Aliás, você tem que parar de comer besteiras! Vai fazer mal ao bebê, imagina só se ele nasce mal por conta dessas porcarias industrializ-
- Jeon! Nem começa! Eu sei muito bem o que fazer. - Revirou os olhos fitando o outro por um tempo.
Os dois começam a rir daquela cena.
- Parecemos até casados. - O maior brinca ainda rindo como antes, Jimin encara com olhos arregalados.
A risada morre no momento seguinte de ambas as partes.
Ah Jeon... Isso foi como um tiro para o pequeno Jimin.
Eles eram realmente casados, mas infelizmente não um com o outro.
- Eu tenho que ir. - Jimin limpa a garganta e se levanta, já estava devidamente vestido como de costume.
O que incomodava Jeon era que ele também dereveria ir, e agora eles dois seguiriam direções diferentes.
- Pode ir, eu arrumo as coisas aqui, pode deixar a chave que depois que terminar eu passo no restaurante para a deixar lá. - Sorriu minimo para o garoto que retribuiu o gesto do mesmo modo.
Jimin beija-lhe rapidamente os lábios e se afasta sorridente.
- Mal posso esperar para o ver por lá. - Alisa o cabelo castanho de Jeon e se afasta lentamente ate a saída.
Céus, aquilo foi como um sopro de vida para Jeon.
Jimin sabe como mexer com o coração do seu querido Alfa.
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