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História Heart Anatomy - está sendo reescrita. - Eu sou lactante!


Escrita por: didi_cookye

Notas do Autor


Oi minhas gotas de chocolate.
Eu sei que demorei, mas não tenho mt tempo. Meu PC tá ruim e pode desligar a qualquer momento. Ele foi basicamente o responsável por eu ter ficado esse tempo sem postar. Não posso me esticar mt.
Depois eu coloco o link do grupo num comentário (que é onde tento mantê-los atualizados).
Sem mais delongas... HA63

Capítulo 61 - Eu sou lactante!


Fanfic / Fanfiction Heart Anatomy - está sendo reescrita. - Eu sou lactante!

Kim sentiu os longos dedos do namorado deslizarem pela sua cintura apenas cinco minutos depois de ter saído da cama.

- Você levantou - Kankuro acusou com a voz embargada de sono.

Kim riu.

- Eu precisava escovar meus dentes - respondeu com a voz engraçada devido à escova dentro da boca.

- Seu cabelo cheira tão bem - Kankuro murmurou fazendo-a rir novamente.

Acho que alguém está meio sonâmbulo de novo, pensou com um sorriso no rosto. Cuspiu a espuma da pasta de dente, enxaguou a boca e lavou a escova.

- Vem, vamos voltar - chamou puxando-o para fora do minúsculo banheiro.

Na primeira vez que Kankuro no Sabaku entrou em seu apartamento foi como cachinhos dourados ao contrário. Tudo parecia pequeno demais para aquele homem enorme. Até mesmo ela. Mas agora era como se ele fizesse parte do lugar. Sempre que a semana acabava sem ele ter estado ali era como se algo tivesse sido roubado.

- Bom - Kankuro disse puxando o corpo dela mais para si, encaixando-a em seu corpo. - Você me prometeu um dia na cama - continuou a murmurar afundando o rosto no topo da cabeça dela. Ela pôde sentir a respiração dele contra o seu couro cabeludo ficar mais pesada.

Suspirou baixinho. Não queria dormir. Não estava acostumada com o poder de dormir muitas horas seguidas. Passava tanto tempo trabalhando no hospital que só sabia se era dia ou noite por causa do relógio em seu pulso. E sabia que tudo se dificultaria com a residência.

“A tendência é piorar” lhe dissera Temari. Era tão fácil gostar de Temari. Você passa uma semana com ela e pimba! Ela simplesmente vira uma das melhores pessoas que você conhece. Tão admirável com toda aquela pose de “eu sou podre de rica, mas conquistei tudo isso por mim mesma”. Era inacreditável como a loura conquistava aquelas crianças com um sorriso simples e gentil. E algumas com uma voz engraçada. Até os pacientes mais velhos se curvaram a gentileza da Sabaku. Até mesmo a própria Kim. Odiava admitir, mas ela era tão legal. Seria mais fácil se recusar a conhecê-la oficialmente se ela fosse uma megera.

- No que está pensando?- Indagou Kankuro.

- Não notei que estava acordado - ela responde e logo em seguida vem um bocejo.

- Percebi... Você estava tão distraída - comenta Kankuro.

- Eu estava pensando na sua irmã e sobre o que você disse sobre conhecer os seus amigos - Kim responde a pergunta anterior.

- Foi bom você ter tocado nesse assunto - Kankuro começa meio cauteloso - eu já ia te perguntar isso há um tempinho.

- O quê?

- Você quer ir ao casamento do Neji e da Tenten como minha acompanhante? - Kankuro pergunta de uma vez.

- Não - Kim responde rápido demais. - Só de imaginar toda a elite do hospital fico toda arrepiada.

Kankuro revira os olhos.

- Não está revirando os olhos para mim, está? - Kim indagou erguendo a sobrancelha.

- Não está erguendo a sobrancelha para mim, está? - Kankuro rebate astuto.

- Touché - Kim respondeu antes de eles caírem num silêncio sepulcral. Kim pensou bastante antes de responder - eu não tenho nada contra eles. Pelo contrário, admiro muito. Mas… caramba eles são os meus chefes. É tudo muito louco. O que faria se eu fosse amiga dos seus grandes ídolos? Aquelas caras do basquete.

- Os conheceria. Como qualquer adulto normal. Você é tão... - Kankuro morde a língua para não dizer ‘medrosa’ - teen.

- Que tal fazermos assim… - Ela começa a liberar a sua ideia devagar. Tinha de ser cautelosa, senão Kankuro a pegaria com as suas próprias palavras - Eu conheço um de cada vez. Aos poucos e então quando tiver um evento desses- ela pausou para não gaguejar - eu vou com você. Como sua… Namorada - ela quase se engasgou com a própria palavra.

Ainda não tinham se rotulado oficialmente ainda. Mas viviam juntos em sua casa, cozinhavam um para o outro, mandavam mensagens a todo o momento, ligavam quando podiam, transavam somente um com o outro, conversavam sobre coisas íntimas, queriam saber do outro a todo o momento e falavam sobre conhecer a família dele. Se aquilo não fosse um namoro eles estavam “só se pegando” de uma menina bem errônea.

- E quem falou que você é a minha namorada? - Kankuro pergunta brincalhão - não me lembro de ter ouvido um pedido seu.

- Sério? - Kim finge descrença - jurava que éramos exclusivos, mas já que não somos acho que darei uma chance para o Kennedy da radiologia. Ele é fofo, tem um cabelo legal e rola um boato pelo hospital que ele tem pinto enorme.

Ela pode sentir o corpo de Kankuro endurecer envolta de si. Mas ele nada disse, apenas riu sem humor e afastou o rosto de sua cabeça.

- Eu só estou brincando.

- Eu sei.

- Kankuro…

-Hn?

- Quer ser meu namorado?

- Não sei - ele respondeu fingindo tristeza. Kim vira-se para ele e apoia o cotovelo no colchão e a cabeça na mão. - Você me magoou.

- Hm... Acha que dá para resolver isso com desculpas e uns beijos?

- Depende de onde você vai beijar - ele responde com um sorriso sacana. Kim morde o lábio ao perceber o que ele dissera. Ela inclina-se na direção dele e lhe beija no queixo.

- Desculpa - pede descendo os beijos pelo pescoço e pegando caminho pelo peito talhado. - Desculpa - murmurava ainda entre beijos. - Desculpa - sussurrou enquanto deslizava a cueca dele para baixo. - Desculpa - diz uma última vez antes de deslizar a boca pelo pênis dele. Kankuro deixou um gemido escapar.

Ouvi-lo gemer dava vontade de sorrir em satisfação, mas não podia deixar os dentes atrapalharem o seu “trabalho”. O ápice dele foi quase que recebido com alegria por ela, que engoliu aos poucos.

- Porra - Kankuro gemeu ao senti-la limpar o seu pênis com a língua. - Vamos baby, me deixa entrar em você – pediu.

Kim ajoelhou-se na cama e começou a desabotoar o blusão que usava. Kankuro suspirou quando os seios dela ficaram amostra.

-Troca de lugar comigo - ela pede deixando a blusa deslizar pela pele - ou você quer que eu fique por cima? - Falou num tom mais baixo, carregado de desejo.

- Quem sabe em seguida - sugeriu trocando de lugar. - Agora eu só quero socar tão fundo em você que ficará pensando em mim o resto da semana - sussurrou no ouvido dela fazendo a fechar os olhos tamanho calor que se espalhou por si.

Kankuro deslizou totalmente para dentro dela. Cumprindo o que disse antes começou a estocar fortemente, fazendo o corpo feminino ir para cima e para baixo na pouco espaçosa cama de viúva.

Kim segurou-se nas grades da cama. Sentia-se como se fosse partir ao meio e a sensação era maravilhosa.

- Mais forte - implorou com olhos ainda mais escurecidos pela luxúria.

O pedido foi prontamente atendido por Kankuro, que aumentou a força e a rapidez fazendo a morder os lábios para não gritar. Ele deslizou os lábios pelo corpo dela. Mordendo, chupando, beijando. Levando-a loucura.

Ele pode ouvi-la gritar ao chegar a seu ápice. Era tão fácil satisfazer Kim… Depois de mais algumas estocadas foi sua vez de gozar. Despejou-se dentro dela sem nem ao menos pensar que não estavam usando proteção.

- Estamos num dia seguro - ela avisou ofegante. Era a primeira vez que faziam sem camisinha.

- Bom - foi tudo o que Kankuro respondeu antes de tombar o corpo para frente. Ainda dentro dela, ele girou e deixou-a por cima.

Kim respirou fundo antes de começar a rebolar em cima dele. Kankuro enlaçou os dedos e colocou embaixo da cabeça. Parecia apreciar o show que era vê-la rebolando num ritmo próprio. O ritmo de uma música que só eles conheciam. Além de poder ver os seios balançando para cá e para lá conforme ela mexia sobre si.

 

Certo tempo antes

Boate Verdant

 

- Então, cadê a sua amiga? - Kankuro pergunta próximo ao ouvido dela por causa do som alto, o que lhe causa arrepios.

Kim trinca os dentes antes de responder:

- Ela foi chamada de volta ao hospital, senhor - quis morder a língua por chamá-lo assim, mas já era tarde.

- Não precisa falar formalmente comigo. Não sou nenhum velho - ele resmungou.

- Sinto muito- ela murmurou encabulada.

- Só se você dançar comigo - ele pediu ao pé do ouvido dela novamente.

Dançar com o irmão da sua chefa na ala pediátrica. Dançar com o cunhado do seu chefe na ala ortopédica. Dançar com o irmão do seu futuro chefe numa ala nova que ela estava doida para conhecer.  Dançar com o amigo de basicamente todos os seus chefes. Dançar com o filho do seu chefe supremo?

Ela se viu deslizar a mão pela dele, permitindo que ele a arrastasse para a pista.

Meia hora depois eles estavam chegando ofegantes ao bar.

-Você dança bem - Kim elogiou entre as goladas de água.

-Você também não foi mal - ele limitou-se a responder.

- Ah vamos lá - Kim começou enquanto se abanava com uma das mãos - eu acho que pisei no seu pé umas cinco vezes.

Kankuro riu.

- Nós podemos melhorar isso.

Kim ignorou a insinuação dele e olhou para o seu relógio.

- Está ficando tarde. Eu supostamente já deveria ter ido - disse mais para si do que para ele

- Supostamente? - Kankuro repetiu interessado.

- Bem. Eu não sou esse tipo de pessoa - ela começa a explicar - que veste roupas bonitas e vai para uma boate dançar como louca ou dormir com estranhos.

- Uou. Uou. Uou. - Kankuro diz levantando as mãos e arqueando as sobrancelhas - quem aqui falou que eu sou um estranho? - Kim riu do humor dele. - E sua roupa… - Ele afasta o rosto como se tivesse a analisando. Ela usava uma saia longa preta que tinha um generoso decote na perna torneada, uma blusa de alças preta. Ela estava linda.  - Você realmente se preocupou com o quê vestir hoje? - Pergunta num falso tom de espanto.

Kim sorriu. Adorava homens com senso de humor.

- Você quer se sentar comigo? - Ela convidou apontando para uma das mesas no andar de cima.

- Quero - Kankuro respondeu um pouco ansioso - preciso sentar. Eu estava dançando agora pouco e uma maluca pisou nos meus pés todo o tempo.

Ela riu novamente fazendo o sorrir. Tinha a impressão que quanto mais a fizesse rir, mas estaria perto de conquistá-la.

 

Tempo atual

 

Balada não é lugar para arranjar mulher, Shikamaru dizia. Mas ele teve sorte. Reencontrou a mulher por quem agora está apaixonado no lugar que ele menos esperava. Um lugar que nenhum dos dois tinha o hábito de ir. Em conversas futuras, acabaram descobrindo que os dois eram caseiros.

- Por que está me olhando desse jeito? - Kim pergunta retribuindo o olhar do namorado. - Tem alguma coisa no meu rosto?

- Acho que eu amo você - Kankuro diz depois de encará-la por um longo segundo.

-Hmmm… - Aquela era uma forma estranha de se declarar. - Para essas coisas tem que ter certeza.

- Eu não quero assustar você - Kankuro afirma com sinceridade. - Mas eu queria mesmo que você soubesse.

- Kankuro… - Ela começa fazendo o se preparar para a conversa do “ainda é cedo”. - Você já me disse isso enquanto dormia - declara fechando os olhos e se aconchegando no peito dele. - Tipo… Umas dezenas de vezes - lembrou-se Kim. - E eu já respondi a todas elas.

- E qual é a resposta?- Kankuro pergunta direto.

- Ela foi mudando.

- Qual é a resposta agora? - Indaga meio ansioso.

Kim decide torturá-lo com um curto, porém torturante silêncio.

- “Eu te amo também” – ela finalmente declara.

Kankuro sorriu feliz. Nunca se sentiu tão completo.

- Qual deles quer conhecer primeiro? - Kankuro indaga voltando ao assunto anterior.

- Hm... - Kim faz uma cara pensativa - quem você sugere? - Se dá por vencida.

- Eu vou levar a Tenten ao altar. Mas ela tá grávida e casando, não vai ter tempo pra perder pensando em nós dois - garante Kankuro.

- Você vai levá-la ao altar? - Kim indagou surpresa. - Ela não tem pai? Não sabia que eram próximos.

- A Ten é órfã - lembrou-lhe Kankuro. Já tinha contado isso a ela, mas aparentemente ela esqueceu. - Nós somos bem próximos sim. Ela costumava me chamar de irmão urso.  

- Por causa do filme ou por causa da altura?

- Acho que os dois - ele responde. - Eu fiquei surpreso com o convite. Achei que o tio dela a levaria. Hiashi ou até mesmo Sasuke ou Shikamaru. Eles estão mais presentes na vida dela agora.

- Você deve ficar um gato smoking. - Kim diz enquanto apreciava o cheiro do namorado.

Kankuro riu.

- Vocês duas vão se dar bem - garante Kankuro.

- Então quem?

- Tema…

- Não - Kim interrompeu antes que ele falasse o nome da loura.

- Você mesma disse que ultimamente vocês têm virado amigas.

- Eu disse quase colegas – Kim repete suas palavras exatas. - Conversamos sem ser sobre hospital ou crianças algumas vezes, mas é só isso. Sua irmã é muito cativante, é fácil conversar com ela.

- Pensa comigo - Kankuro começa a argumentar - melhor você falar com ela agora que não são tão próximas. Do que quando estiver mais amiga dela. Ou você quer começar a amizade de vocês com uma mentira?

Batidas na porta impediram Kim de responder. Ela reprimiu um suspiro de alívio enquanto levantava da cama. Pegou um roupão pelo caminho para tapar sua nudez. Observou pelo olho mágico quem era.

- Vá embora - murmurou sem abrir a porta.

Girou a chave na fechadura mais uma vez. Garantindo que estava fechada.

- Eu estou com alguém - informou num sussurro sufocado. - Volte amanhã.

Ele não respondeu, apenas virou as costas e se foi. Ela pode ver um pingo de malícia nas pupilas dilatadas dele, mas apenas ignorou. Afastou-se da porta com o coração na mão. Não gostava de tratá-lo assim, mas se continuasse atendendo as vontades dele para sempre, jamais viveria para si.

- Quem era? - Kankuro indagou alto, ainda do quarto.

Ela andou devagar de volta para Kankuro, esperando ter uma boa desculpa durante o trajeto até ele.  

- A vizinha - disse por fim - ela queria muito uma xícara de açúcar mascavo.

- Tá com essa cara porque açúcar mascavo é mais caro que o comum? - Ele pergunta beijando o exato ponto onde as sobrancelhas dela se uniram.

Kim riu.

- Não, é que sempre que ela aparece é para me pedir algo. Entende? Eu me sacrifiquei durante toda minha vida por… ela e ela não me deu um pingo de valor. Desistiu porque perdeu alguém. E ainda por cima só aparece quando precisa - Kim desabafou de uma vez - de açúcar.

- Mascavo - Kankuro completou a informação. Eles ficaram em silêncio por um tempo. Cada um com a cabeça em um travesseiro. Ela olhava pensativa para o teto, enquanto ele a encarava esperando por informações. - Você quer conversar sobre isso?

- Não. - Ela respondeu prontamente. - Eu sei que você quer muito saber. Então vou fazer um resumo - informa suspirando. - Era o meu irmão. Ele perdeu a namorada e agora é viciado, não quero falar sobre isso.

- Tudo bem - Kankuro se dar por vencido. - Mas quando quiser conversar… - Ele lhe lançou um olhar significativo.

- Eu sei - Kim concordou.

 

Mercado D’lucy

Naruto e Hinata

14hs27min

 

- Não entendo o porquê de gostar daqui - ela comentou empurrando o carrinho. - As coisas são absurdamente caras.

- É perto de casa, confortável, seguro e as pessoas têm educação – Naruto lista enquanto empurra o carrinho devagar. - Não é como no Gine’s que duas mulheres brigam por um quilo de sabão em pó e viram meme no Facebook.

- Eu adoro esse vídeo - ela comenta rindo.

- Você está melhor? - Ele perguntou referindo-se a cólica que ela sentiu toda a manhã.

- Até que sim - Hinata responde pegando uma barra de chocolate. - O remédio ajudou muito, obrigada.

- Teria sido mais rápido se tivesse​ me deixado furar a sua veia - ele repete pela décima vez.

- Não acredito que está chateado com isso! - Hinata exclama olhando a expressão emburrada do marido. - Você é tão sensível. Quer um M&M? - Pergunta pegando um pacote do grande. - Esse mercado tem tudo não é mesmo? - Murmura mais para si do que para Naruto.

- Sim. Vou buscar umas cervejas - informa seguindo o corredor.

- Só vou pegar mais algumas coisas, nos vemos no caixa - ela responde andando normalmente, já que antes eles apenas se arrastavam pelo corredor enchendo o carrinho de guloseimas.

            Naruto pegou dois engradados de cerveja e colocou no carrinho. Enquanto ia em direção das caixas avistou a esposa tentar equilibrar pacotes de absorvente em cima de 5 kg de arroz. Tirou a lista que fizeram juntos do bolso. Estava quase tudo riscado exceto por uma palavra pequena e quase imperceptível: ovos. Ele desceu o corredor até o final e pegou duas dúzias.

            Hinata analisou as filas, algumas estavam cheias de pessoas com cestas e outras com gente com carrinhos cheios de compras. Já ia se enfiar em uma das filas quando avistou uma vazia, com apenas duas pessoas.

- Oh meu Deus, Naruto? – Uma mulher chamou a atenção do louro. – Olha só como cresceu.

Naruto demorou um momento para reconhecer a mulher. Mas assim que ela sorriu e ele viu seu charmoso dente torto ele a reconheceu.

- Amélia?! – Exclamou contornando o carrinho para ganhar um abraço – olha só para você, cinquenta com cara de trinta.

- Olha só você! – Ela rebateu animada - parece que foi ontem que eu lhe ajudava com a lição de casa e hoje está um homão da porra!

            Naruto riu sem graça. Tinha esquecido que a preceptora havia contribuído –e muito- para o seu próprio humor desconcertante.

- Eu encontrei a sua mãe há pouco tempo e ela disse que você se casou – Amélia dizia ainda sorrindo. – Kushina disse que ela é muito gentil. 

- É. Ela é demais! – Naruto sorriu – ela está aqui agora, quer conhece-la?

- Mas é claro!

- E as crianças, como estão? – Naruto pergunta para não cederem ao silêncio. 

            Começaram a andar lado a lado, ele empurrando seu carrinho e ela carregando uma cesta.

- Elas já não são mais crianças – Amélia responde com certo dó. – O mais novo já tem dezoito.

- Uoou...

            Hinata começou a se sentir desconfortável ao ouvir certos cochichos atrás de si. Olhou para trás umas duas vezes para tentar descobrir do que falavam, mas nada...

- Olha só como as pessoas são hoje em dia – uma mulher comentou bem alto – nem as filas especiais respeitam mais.

            Estaria ela falando dela? Claro que estava falando dela... Mas como ia saber que aquela fila era preferencial se não havia nenhuma...

Caixa exclusivo para idosos, grávidas, pessoas com crianças de colo e lactantes.

            Hinata respirou fundo ao ouvir o burburinho aumentar. Pessoas de outros caixas já a olhavam torto e cochichavam. Ela reuniu toda a dignidade que tinha e virou-se para a mulher que havia mandado uma indireta para si e a olhou com o olhar mais raivoso que pôde.

- Eu sou lactante – disse firme e alto para quem quisesse ouvir. – Você precisa que eu prove? Você quer eu coloque o meu peito para fora e espirre na sua cara ou a minha palavra já basta?

- Dá para acreditar nessa mulher? – Amélia comentou com Naruto. – Que coragem.

            Coragem? Aquilo era pura TPM, Naruto concluiu em pensamento.

- Aquela é a minha esposa... – Naruto declara meio sem graça.

- Ahn... – Amélia engasga meio constrangida – não sabia que já tinham tido filhos.

- Não temos – Naruto sussurra fazendo Amélia rir.

- Deus, eu já a amo! – Amélia exclama rindo histericamente, virando o novo centro das atenções.

 

15 de novembro

            Temari colocou a última travessa em cima da mesa. Ela abre a geladeira do apartamento sem cerimonias ou timidez e pega uma cerveja para si. Ela contornou a bancada praticamente arrastando os pés.

- Hey Blonde – Shikamaru a cumprimentou com um sorriso. – Não sabia que estava aqui.

- Quem você achou que cozinharia?

- Achei que eles contratariam um buffet – ele comenta sincero. - Não que fizessem você cozinhar sozinha para quinze pessoas.

- Doze pessoas – Sasuke corrigiu surgindo na sala. - E quem disse que ela esta sozinha? – completa enquanto era seguido por uma Tenten gravida e faminta.

- Se a Sakura não chegar e se arrumar em vinte minutos nós vamos começar a comer aquele bolo sem ela.

- Nós? – Sasuke repete com desdém.

- Não me inclui nessa – Temari diz e logo em seguida boceja.

- Nós eu e meu filho – Tenten esclarece tocando a barriga.

            Temari olhou para os lugares. Shikamaru estava na poltrona enquanto ela dividia o sofá de três lugares com os irmãos.

- Ninguém é cavalheiro o suficiente para ceder o lugar para a grávida? – Temari pergunta dirigindo um olhar de reprovação aos irmãos. Ela se levanta e senta no braço do sofá da poltrona em que Shikamaru estava. Enquanto Sasuke simplesmente se jogou em um pedaço do carpete. 

- Desculpa eu estava distraído – Gaara responde realmente encabulado.

- Que isso... Ela só estava brincando – a Mitashi diz sentando no lugar que antes pertencia a Temari. – Temari você deixou ele constrangido. 

- Este é o meu trabalho – a loura declara lançando as mãos para o alto. – E você... Não vai largar esse celular? – Perguntou cutucando a cabeça de Kankuro.

- Um cara da empresa tirou licença paternidade e estou pedindo ao Ross para enviar algumas flores para a esposa dele amanhã – Kankuro informa enfiando o celular no bolso.

- Que atencioso – comenta Tenten.

            Kankuro se limita apenas a sorrir.

- A Ino não vem mesmo? – Shikamaru indaga a Gaara.

- Não. Ela ficou de plantão, assim como o Neji e a Hinata – quem respondeu foi Temari.

            O som da porta atrapalhou a conversa deles.

- Atende lá – Sasuke pede a Temari.

- Por que me explorar na cozinha não foi o suficiente – ela resmunga deixando a cerveja nas mãos do namorado e levantando-se.

- Eu pedi ‘por favor’ – Sasuke argumentou.

- Não, não pediu – Temari gritou enquanto abriu a porta, mas a irritação logo desapareceu. – Tio, tia! – Exclamou logo antes de receber um abraço caloroso de Mikoto.

- Temari – Fugaku cumprimentou com um discreto aceno de cabeça. 

- Olha só para você – Mikoto diz afastando-se um pouco para olhar a loura. – Está linda!

- Obrigada – Temari agradece sorrindo verdadeiramente.

            Uma discreta tosse atrapalhou a rápida conversa deles.

- Com licença – Kizashi pediu educadamente.

- Claro – Mikoto respondeu saindo do caminho do Haruno, que entrou depois de trocar um olhar saudoso com Fugaku.

- Ele não é de falar muito, não é? – Temari comenta vendo Kizashi se afastar deles acompanhado por Fugaku. Mikoto entrou, mas elas continuaram de pé perto da porta aberta.

- Eles são bem calados – concorda a matriarca Uchiha – mas deixa eu te encontrar um segredo minha querida: esses são os melhores amantes. Se é que você me entende – e assim ela dá uma piscadinha para Temari que apenas ri.

- Ela está certa – Sakura surge do nada. – Estou atrasada, mas é porque eu estava convencendo certas pessoas a virem. – Informa apontando uma tímida Kim e um desconcertado Konohamaru atrás de Sakura.

- Olá internos – Temari cumprimenta com um sorriso impiedoso, mas logo depois ri. – É bom tê-los aqui, garanto que tem comida para todos – comenta simpática. - Vamos entrar! – Ela convida mais animada. – Sakura melhor você passar direto pro quarto para se arrumar, porque a Tenten está para devorar as panelas. Daqui a pouco o Naruto e já viu... Os dois ficam perturbando até eu decidir cozinhar a mão de um deles – informa e a outra só assentiu e saiu apressada. – Vou terminar de ajeitar as bandejas de petiscos para podermos beliscar, porque se depender dos anfitriões morremos de fome.

- Sasuke está abusando da sua generosidade, querida? – Mikoto indaga vendo que o filho estava sentado no chão da sala conversando com os amigos.

- Sim, ele está – confirma tendo certeza de que o Uchiha a podia ouvir, afinal a cozinha e a sala só era separado por um balcão – Kim, Konohamaru – chamou alto – não fiquem aí parados, venham se entrosar.

- Nós temos escolha? – Konohamaru diz aproximando-se dos outros sendo seguido por uma acuada Kim. Ela estava agarrada a própria bolsa, como se pudesse fugir dali a qualquer momento. Olhava para todos os cantos, menos para o cara que a tinha feito gozar pelo menos três vezes aquela manhã.

- Se você ficar mando neles que no hospital eles vão querer ir embora – Naruto chega com seu típico sorriso caloroso. Ele tinha a chave do apartamento, por isso não precisou bater.   

- Ei, eu já ia ligar para você – Tenten diz levantando-se apressada demais. – Trouxe o que eu pedi?

- Sim. Demorei porque tava esperando uns mais frescos – Naruto diz entregando o saco de pães de queijo para a Mitashi.

- Quanto eu te devo? – Ela indaga já olhando envolta a procura da bolsa, mas Naruto apenas revira os olhos e se joga no chão ao lado de Sasuke.

- E aí cara, beleza? – Sasuke cumprimenta sem tirar os olhos das cartas. Ele, Gaara, Kankuro e Shikamaru jogavam uma partida de pôquer no mais absoluto silêncio.

- Beleza.

- Kankuro presta atenção – Gaara pede, mas o irmão estava com os olhos grudados onde Kim estava.

- Você é tão obvio – Shikamaru murmura baixo o bastante para só o cunhado ouvir

            Kankuro tossiu, disfarçando o desconforto.

- Full house – Sasuke declara jogando as cartas na mesa, fazendo os outros bufarem em descontentamento.

            Konohamaru e Kim mantinham uma conversa baixa, porém animada. Ela parecia totalmente à vontade com ele.

- Dr. Sabaku precisa de ajuda? – Konohamaru indaga para Temari que estava do outro lado do balcão.

- Já estamos acabando – quem responde é Mikoto.- Mas vocês podem colocar as bandejas na mesinha de centro?  

            Os dois internos contornam o balcão para pegar bandejas.

- Até que enfim! – Tenten exclamou quando Sakura surgiu na sala. Ela usava um vestido de uma só alça preto.

- Desculpa terem feito vocês esperarem. Estão se divertindo? – Perguntou por cortesia.

- Você quer a verdade amarga ou a mentira doce? – Gaara indagou com um meio sorriso.

- Okay, vamos nos divertir então – Temari diz depois de terminar a ultima bandeja.

- O que sugere? – Naruto pergunta ajeitando as cartas para colocar de volta na caixa.

- É uma garrafa vazia que estou vendo daqui? – Sakura indagou maliciosa.

- Querida, nossos pais estão aqui – Sasuke a lembra sutilmente.

- Eu sei, só estou brincando!

            Sakura olha ao redor: Kim, Konohamaru, Kankuro, Temari, Tenten, Gaara, Sasuke, Mikoto e Fugaku.

- Cadê o meu pai? – Questionou indo em direção ao som. Conectou o seu pen drive, mas manteve o volume razoavelmente baixo.

- Foi atender uma ligação – Fugaku informou. – Feliz aniversário – ele cumprimentou tirando uma caixinha do bolso do paletó. Sakura abriu a caixa, revelando uma linda e delicada pulseira – Foi a Mikoto escolheu – confessou.

- Sakura – a voz do pai lhe chamou a atenção. Ele estava mais longe, perto da porta. Ela sabia exatamente o que aconteceria. Ela se aproxima dele o abraçando.

- Para onde vai?

- Rússia – ele respondeu. – E não devo voltar até o ano que vem.

- Mantenha contato e, por favor, tenha cuidado.

            Eles conversaram por mais alguns minutos até ele sair. O sorriso de Sakura havia murchado. Alguém bateu na porta assim que virou as costas para ela. Ela caminhou até ela relutante, ele teria voltado?

- Oi porquinha! – Ino exclamou sorrindo. Ela e Hinata agarraram a aniversariante.

- Oi, mas... Vocês não estavam de plantão?

- Nós estamos – corrigiu Hinata. – Mas como a neuro está parada decidimos vir aqui. É perto do hospital e nossos bipes e celulares estão ligados.

- Tem comida? – Ino vai direto ao ponto. – Estamos famintas!

- Hime – Naruto chamou a esposa da sala. Ela foi atrás dele, sentando-se no meio das pernas dele que ofereceu alguns salgadinhos do seu prato para ela.

- Por que essa cara? – Ino indaga enquanto ia para perto dos amigos com Sakura.

- Nada – ela responde tentando sorrir.

- Que tal abrir os presentes? – Temari sugere para subir o astral da amiga. Sabia que ela adoraria o presente de Gaara.

- O nosso primeiro! – Naruto exclama animado puxando uma caixa branca de debaixo da mesa de centro onde eles haviam colocado alguns presentes.

- Ai que medo – Sakura murmurou devido aos sorrisos dos Uzumaki.

- Você vai amar o meu – Hinata confidencia para Sasuke que acabou ficando curioso.

- E você vai amar o meu – Naruto diz a Sakura.

            Ela tira a tampa e se surpreende a dar de cara com uma linda lingerie esmeralda, da cor dos seus olhos.

- Esse é o meu – declara Hinata, mas Sakura estava muito ocupada olhando de cenho franzido para um chicote de couro.

- E esse é o meu! – Naruto exclamou com o dobro de animação.

- Sasuke vai apanhar – Ino cantarolou.

- E vai gostar – Gaara completou também cantarolando. Eles estavam sentados no chão. Enquanto Kankuro, Mikoto e Fugaku dividiam o sofá de três lugares. O restante estava no chão envolto à mesa. Só Temari e Shikamaru dividiam a poltrona.

            Os amigos riram do presente inusitado enquanto Mikoto sorriu envergonhado e Fugaku se mostrou impassível. Á noite seguiu normal, com uma Sakura mais animada. Ganhou um lindo vestido de Temari, um broche de Shikamaru e Ino e o moreno ainda lhe dera um livro que certa vez ela comentou que queria muito ler, mas que nunca achava. A memória dele era impressionante. Neji e Tenten haviam lhe arranjado um cd com um autógrafo de ninguém mais ninguém menos do que a Adele.

- Ficamos muito tentados a vender no e-bay – afirmou Tenten,

- O meu eu vou te dar depois – Sasuke sussurra no ouvido da esposa. Ele sorri quando vê os pêlos na nuca dela se arrepiarem.

- Está ficando tarde, vamos embora? – Mikoto sugere a Fugaku que franze as sobrancelhas, mas não discute com a esposa. Eles se despedem e saí. – Vamos lhes dar um pouco de privacidade. - Confidencia ao marido.

- Eu também tenho que ir – Konohamaru afirma bocejando – eu tenho que estar descansado para a terapia de amanhã.

- Não é a Karin que ia acompanhar? – Temari questiona.

- Sim, mas ela é muito alérgica a cães então me ofereci para ir em seu lugar – ele responde coçando a nuca. - Meu negócio é a plástica – afirma deixando Naruto orgulhoso. - Mas estou muito curioso com sua proposta de tratamento – ele declara e então se vai.

            Alguns minutos depois Ino e Hinata tem de voltar para o hospital e então Kankuro se vira para a namorada:

- Quer dividir um táxi? – Era a primeira vez que ele lhe dirigia o olha, por isso ela foi pega desprevenida.

- Claro – ela responde baixo. Os dois se levantam dão um último abraço em Sakura e se despedem dos demais. Sakura abraça Kim mais uma vez antes de sair.

- Você parece nervosa – sussurrou no ouvido dela – não se preocupe, ele não é perigoso.  

- Tchau Kim e Kankuro – Tenten despediu-se quando notou os dois indo para a porta – nossa, os nomes deles combinam.

            Kim deu graças a Deus por estar de costas e assim ninguém vê-la corar.

- Não deixe o Kankuro te levar para o mau caminho! – Ouviu Naruto gritar.

- Gaara... – Sakura chama sua atenção.

- Sim?

- Obrigada pelo presente! – Exclama pela quinta vez. – Como você acertou essa?

- Me falaram que você gosta muito de animações – Gaara diz dirigindo o olhar ao peixe palhaço. – Então eu te dei o Nemo. 

- É o Nemo...! – Ela diz pegando o saco na mão. – Onde eu vou coloca-lo...? – Murmura para si mesma.

- Ei Tema – Tenten chama atenção da loura que estava cochilando junto a Shikamaru – Tema!

- Que... Que foi? – Temari diz erguendo-se um pouco assustada, enquanto Shikamaru nem ao menos se mexeu com a voz de Tenten. Ele viera de um plantão de trinta e seis horas, estava acabado.

- Naruto – Temari pede com um bocejo – pede um uber para gente. – Ela murmura passando a mão no rosto para se despertar.

- A não – Sakura lamenta – só mais uma hora – pede juntando as mãos.

- Estamos acabados – Temari responde mansa enquanto balança Shikamaru pelo ombro.

- Nós temos energéticos – Sasuke sugere já se levantando.

- Vou lavar o rosto – Shikamaru informa levantando-se.

- Eu vou também – Temari diz seguindo-o.

            Já no banheiro ele ajeita o rabo de cabalo bagunçado enquanto Temari joga um pouco de água no rosto.

- Ainda bem que não passei maquiagem – murmurou jogando mais um pouco de água no rosto, mas acaba acertando sua blusa. Deu espaço para Shikamaru lavar o rosto.

- Droga – Ela murmura pegando a toalha de rosto e tentando secar – será que a Sakura tem alguma blusa para me emprestar?

- Não acho que uma blusa da Sakura caiba em você – Shikamaru diz fechando a torneira, Ele se vira a tempo de vê-la tirar a blusa de uma maneira –inconscientemente- sensual. – Você vai para casa com o Gaara?

- É o plano, por quê? – Indaga notando o tom sugestivo por trás da pergunta dele.

- Nada – Shikamaru diz aproximando-se mais dela e a puxando para si.

- Sério? – Temari questiona surpresa ao senti-lo duro contra si. – Só por que eu tirei a minha camisa?

- Não porque tirou e sim do jeito que você tirou – ele murmura rouco beijando o pescoço dela.

- Não, não, não – Temari diz, mas não quebra o contato. 

- Vou arruma uma camisa com o Sasuke – Shikamaru murmura contra pele dela. – Só preciso de um minuto.


Cinco minutos depois

- E então, o que vamos fazer?

- Vocês conhecem aquele jogo “fode, mata ou trepa”? – Naruto questionou desviando os olhos do celular, onde trocava mensagens com a esposa.

- Acho que é casa, mata ou transa – Gaara corrige o amigo.

- Vocês têm dezesseis anos? Onde aprendem essas coisas? – Sasuke indaga deslizando a mão pelos cabelos. Estava o irritando tanto, que estava quase voltando atrás na decisão de deixa-lo crescer. 

- Internet – conjectura Gaara.

- Vamos deixar para jogar quando estivermos todos – Sakura diz depois de um bocejo. – Temari está certa, talvez devêssemos encerrar esta reunião. Olhem para a Tenten... – Ela aponta a morena que dormia um sono leve encolhida no sofá.

- Dela ela sente pena – Temari sussurra ligeiramente indignada, mas logo se vira para Gaara. – Leva a Tem para casa – “sugeriu” – eu vou para o Shikamaru. Assim fica mais fácil.

- Eu vim andando – lembra-se Shikamaru. – As nuvens estavam incríveis – respondeu devido ao olhar incrédulos de alguns.

- Eu deixo vocês lá, é caminho de casa – o louro oferece sorrindo.

- Não exatamente – Temari argumenta com pesar. – Nós podemos chamar um uber.

- Deixa disso – Naruto perguntou enquanto cutucava a cabeça da Mitashi acordando-a. – Gaara vai te deixar em casa.

            A morena passou a mão no rosto.

- Não acredito que eu peguei no sono – ela murmurou se espreguiçando. – O que eu perdi? – perguntou endireitando a roupa amassada. – Deus – ela olhou para sua barriga – minha bexiga não é uma bola de futebol. Ela se levantou e virou-se para Gaara – cinco minutos e nós vamos.

- Nós já vamos – Temari anunciou antes da morena sair de fato. Eles se despediram rapidamente, a maioria estava morta de cansaço.

- Feliz aniversário – Shikamaru desejou uma última vez ao abraçar Sakura.

- Obrigada – ela sorriu em resposta.

            Depois de levar todos até a porta, Sakura encontrou o marido dando uma geral na cozinha.

- Eu pensei em pedir para eles ajudarem com a limpeza, mas não queria que a Temari nos assassinasse.

- Isso sim seria abusar da bondade dela – Sakura responde empilhando as bandejas para guardar no armário. Nunca as tinha visto na vida.

- Isso não fica aí – profere Sasuke. – Fica no armário de prataria.

- Nós temos prataria...? – Sakura indaga retoricamente.

            Uma hora depois tudo estava limpo e arrumado.

- Eu tenho algo para você – Sasuke diz quando já estavam alinhados na cama. Ele vira e finge pegar algo na última gaveta da cômoda, mas na verdade enfia a mão embaixo da cama e pega um estojo que estava preso entre a madeira da cama e o colchão.

- Você sabe que não precisava – Sakura diz quando ele lhe entrega o presente.

- Você sabe que esta mentindo – Sasuke retruca imitando o tom dela. - Eu ia te dar o jogo em si, mas perdi o leilão da máquina de fliperama.

Sakura ficou sem palavras por um momento. Aquele era o presente mais cheio de significados que já havia ganhado. Era um colar de prata com os pingentes de pac man. O primeiro jogo que os dois jogaram juntos.

- Vai chorar? – Sasuke indagou incrédulo.

            Sakura começou a negar com a cabeça respirando fundo.

- Esse é o melhor presente que já me deram – disse pegando o colar para coloca-lo.

- Bom saber. É difícil competir com o Nemo...

            Sakura sorri antes de selar os lábios do marido.

- Você me faz a mulher mais feliz do mundo – Sakura declara entre caricias – espero que saiba disso.

 

Hospital Memorial no Sabaku

2 horas depois

            Mesmo sendo contra as regras Temari correu na direção da emergência do hospital. Suas mãos tremiam e seu cabelo prendendo no pescoço por causa do suor. Shikamaru a agarrou pela mão, a fazendo parar.

- Tenta manter a calma – Shikamaru diz devagar – não sabemos se são eles.

- “Acidente de moto no Commoner, motorista socorrido por passageira grávida que é médica residente” – Temari repetiu as exatas palavras da mensagem que o Nara recebera em seu chamado. – Não me fala para ficar calma. Só... Vai!

             

 

 

 

 

 

 
































 


Notas Finais


Eu sei que foi bem injusto eu ter acabado assim dps de tanta demora, mas eu tava sem um final e a ideia me veio como um vaga-lume.
Vou tentar resolver esse problema com o PC o mais breve possível.

Agradecendo aos 600 favoritos!! Pelo menos uma notícia boa no meio de toda essa maré de azar. Sério gente, tudo em relação a minha vida pessoal está dando errado. Eu estou me sentido sufocada pelo meu azar. Desculpem prendê-los com as minhas baboseiras e por não está alegre como o costume, mas é que há quinze minutos atrás eu tava chorando que nem um recém-nascido.
Vejo vocês nos comentários <3.

OBS. Commoner é o nome do bairro do Neji e agr da Tenten, né...?
OBS 2. Não deu tempo de revisar esse finalzinho, então desculpem!!


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