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História Heart In Flames - Dear Day


Escrita por: onecat

Notas do Autor


Quem já leu minha fanfic antiga, talvez vá achar alguma semelhança... Mas é mera coincidência.
Espero que gostem jatynhos <3

Capítulo 8 - Dear Day


Fanfic / Fanfiction Heart In Flames - Dear Day

*8 de fevereiro de 2017   14:00pm*

 

   -Não quero vocês dois correndo pela casa. – Angela disse parando Theo e Stella que corriam pelos corredores. – Há um lindo dia de sol, vão brincar no pátio.

   -Eles crescem rápido. – Katy comentou passando pelo corredor ficando do lado da irmã.

   -Sim. Sabe oque eu acho muito injusto? – Angela perguntou olhando nos olhos de Katy.

   -Oque?

   -Que você tenha sido uma criança chata, que só incomodava e hoje tem dois filhos maravilhosos que nunca te deram trabalho nenhum. – Katy fez cara de ofendida, mas depois riu.

   -Você não é e nunca foi nenhuma Santa, Angie. Não pode me julgar.

   -É eu sei, mas foi você quem deu muita dor de cabeça. – As duas riram.

   -Ok, chega. Você venceu, satisfeita? –Katy disse levantando as mãos como se estivesse se rendendo e foi em direção à cozinha para pegar alguma fruta.

   -Oque você está procurando? – Keith pergunta.

   -OI pai. – Katy da um beijo nele e ele sorri. – Não sei exatamente oque, mas senti uma vontade de comer abacaxi.

   -Abacaxi?

   -Sim. – Disse e riu. – Mas eu vi que não tem, na verdade não tem nenhuma fruta.

   -Sua mãe disse que ia ao mercado hoje, mas vai por mim, ela vai demorar. Foi na casa de Luci e sempre que vai lá ela demora para voltar.

   -Ah. Eu vou ir ao mercado então. Vou comprar algumas frutas e não só o abacaxi. – Disse saindo da cozinha e indo até o pátio, onde Angela cuidava as crianças. – Angie, pode reparar ele para mim? – Perguntou apontando para Theo.

   -Tudo bem, mas vou sair daqui a pouco, você vai demorar?

   -Não, só vou ao mercado comprar um abacaxi.

   -Abacaxi? Está com desejos? – Angela perguntou em tom de brincadeiras.

   -Muito engraçada você. – Katy foi irônica. – Quer alguma coisa?

   -Não, vai lá.

                                              ***

POV’S Katy*

 

   Fui de carro até o mercado, oque deu em dois ou três minutos até lá. Preguiça de ir caminhando? Talvez. Peguei o abacaxi que eu tanto queria e que não comia a um bom tempo e algumas frutas como maça, banana, uvas e etc. Fui pagar as coisas e me deu um pequeno desespero ao ver a fila que deveria ter umas doze pessoas. Não era tão grande coisa isso, mas prometi a Angela que não demoraria. Entrei na fila e fiquei pensando até que uma voz me tirou de meus devaneios.

   -Conheço você de algum lugar, mas não me lembro de onde. – Disse o homem alto em minha frente. Quando olhei para o rosto dele notei que eu também o conhecia.

   -Ah meu Deus, sim. Você foi o médico que atendeu meu filho. – Disse sorrindo, foi uma enorme coincidência encontra-lo ali e estranho por ser na fila de um mercado.

   -Ah, sim. Você é a Katheryn, certo?

   -Katy. Acho que nos vimos a uma semana e você sabe o meu nome! – Disse espantada e rindo.

   -É difícil esquecer o seu nome quando você é tão bonita. – Ele disse e eu senti minhas bochechas corarem.

   -Obrigado, John. – Disse por fim, não sabia muito oque falar.

   -De nada e viu só? Você também lembra o meu nome.

   -É porque você também é muito bonito. – Disse rindo e ele sorriu olhando para baixo.

   -Como está seu filho? – Perguntou desta vez olhando em meus olhos.

   -Bem, os remédios fizeram efeito na hora.

   -Que bom, eu disse que ele era um menino forte. – Eu sorri para ele, foi tão legal com Theo naquele dia e até sem a presença dele aqui agora ele continuava assim.

   -E você também ajudou, leva jeito com crianças. Ele não tinha nem conversado comigo naquele dia, mas depois que você falou com ele, ele conversou normalmente com você. – Disse e fomos mais para frente, pois a fila estava andando rápido. Rápido demais para mais de dez pessoas.

   -Que bom que disse isso, porque eu preciso me dar bem com crianças, trabalho com elas. – Sorri e ele sorriu de volta.

   -Tem filhos? – Perguntei.

   -Sim, uma menina. Mas ela não é mais uma criança, mesmo que vá sempre ser para mim. – Ele soou orgulhoso ao falar da filha.

   -Eu entendo. Elas crescem rápido. Quantos anos ela tem?

   -Ariana tem dezessete. E sei que você também tem uma filha, eu me lembro de que seu filho disse... Camile. – Disse confuso.

   -Camila. – O corrigi. – Ela completou quinze anos há quatro meses atrás.

   -Realmente crescem rápido. – Disse e se deu de conta que chegou sua vez de ser atendido no caixa. – Passe na minha frente, estou vendo que você tem menos coisas.

   -Ah, não precisa. Obrigada. – Disse meio sem jeito.

   -Eu insisto. – Ele abriu passagem para eu passar.

   -Tudo bem. Você é um cavalheiro, sabia? – Disse e ri passando na frente dele.

   Paguei as frutas e o esperei. Saímos do mercado e fomos juntos até o estacionamento.

   -Estou vendo que você é muito saudável. – Ele disse olhando para minha sacola de compras.

   -Ah, isso? – Ri. – É eu gosto bastante de frutas e legumes, mas não é só para mim.

   -Continue assim, isso é bom. – Disse e chegou até seu carro.

   -Bem, então foi um prazer revê-lo. – Disse meio sem jeito, não soube como reagir então apenas sorri.

   -O prazer foi todo meu, Katy. – Senti um carinho imenso transmitido por ele, mesmo não o conhecendo direito. Acenei com a cabeça e fui em direção ao meu carro. Me surpreendi quando o ouvi me chamando e vindo atrás de mim. Virei-me e ele ficou na minha frente.

   -An... Eu sei que não nos conhecemos bem, mas... Eu queria vê-la de novo. – Viu que eu não disse nada e então continuou. – Parece loucura, talvez até seja, mas desde que te vi senti algo por você. Algo que eu não sei descrever. Você aceitaria sair para jantar comigo? – As borboletas acordaram em meu estomago e eu senti aquele pequeno frio na barriga. Na hora congelei e ele pareceu se assustar. – Meu Deus, eu não sei oque deu em mim. Desculpe você deve ser casada. – Disse levanto a mão até sua nuca. – Peço desculpas de verdade.

   -John eu... Não sou casada. Não mais. – Disse e ele pareceu aliviado. Ri do desespero dele.

  -Ah, menos mal. Eu poderia ter passado muita vergonha. – Rimos nos dois juntos. – E então, oque me diz?

   -Você parece ser um cara legal e eu sairia sim com você. Eu gostei de você, mas... Eu não acho que seja uma boa hora para isso porque eu saí de um relacionamento há pouco tempo e tenho dois filhos, acho que tenho que dar um tempo a mim e a eles. Desculpe. – Disse sem jeito.

   -Tudo bem. Eu entendo. – Ele pareceu decepcionado.

   -Quer saber? – Eu ainda estava pensando e ele pareceu ter esperanças. – Eu acho que tudo bem sairmos. Desde que seja como amigos.

   -Claro, como amigos. Ótimo. – Que horas eu te busco?

   -Acho melhor nos encontrarmos no lugar, não quero ter que dar explicações a minha família. Eles não iriam entender agora.

   -Tudo bem. – Disse e sorriu.

   -Anota o meu numero no seu celular? – Ele assentiu e eu passei meu numero para ele. – Me passe às informações depois.

   -Ok, até mais tarde. – Ele disse sorrindo e apertou minha mão em um tom carinhoso.

   Entrei no carro e só então que me lembrei de que havia me esquecido de Angela. Dirigi o mais rápido até a casa dos meus pais e quando cheguei, Theo estava com Stella assistindo desenho animado na televisão e Camila estava sentada no outro sofá mexendo no celular.

   -Oi. – Disse chamando a atenção de todos.

   -Oi. – Disseram em unissom.

   -Mamãe, você demorou. – Disse Theo.

   -Desculpe, querido. Trouxe frutas, vocês querem? – Theo e Stella afirmaram com a cabeça e Camila negou.

   -Venham aqui que eu vou lavar e dar a vocês.

                                          ***

 

   John havia me mandado mensagem dizendo que nos encontraríamos no restaurante buzze’s ás oito horas. Confirmei e fui tomar um banho ás seis e meia.

   Enchi a banheira e coloquei os sais de banho. Fiquei dentro dela por alguns minutos e sai indo secar meu cabelo. Deixei os meus cabelos soltos, já que estavam compridos decidi fazer alguns cachos nas pontas. Fui até meu closet e escolhi um vestido azul marinho com babados que caía bem no meu corpo e ia até os joelhos. Não queria chamar muita atenção no que era para ser apenas em amizade. Coloquei meu salto preto e peguei minha bolsa prata. Me maquiei colocando nos olhos uma sombra bege e blush rosado para destacar minhas maças do rosto e na boca coloquei apenas um brilho labial. Olhei para o relógio que marcava sete e meia da noite e decidi sair. Não iria pegar muito bem se eu me atrasasse. Mas antes, peguei o meu casaco de couro preto. Pedi a Camila para que tomasse conta de seu irmão e disse que não voltaria muito tarde. Ela cuidou meus movimentos e o jeito que eu estava arrumada e começou uma pequena interrogação de onde eu iria e com quem eu iria. Não teria porque mentir, então disse que sairia com um amigo e que não era nada demais. Ela ficou desconfiada, mas aceitou a minha resposta. Entrei no carro e fui em direção ao restaurante que sabia bem onde era. Havia passado por ele varias vezes desde que cheguei.

   Chegando ao local marcado, entrei e logo vi John no fundo do restaurante. Caminhei até lá e ele me olhou dos pés a cabeça e levantou para puxar a cadeira para eu me sentar.

   -Você é mesmo um grande cavalheiro. – Disse me sentando e ele se sentando em minha frente.

   -Eu só faço o meu trabalho. Você está muito bonita.

   -Obrigado, você também esta muito bonito. – Disse e um garçom veio nos entregar o cardápio.

   -Obrigado. – O agradecemos.

   John pediu um risoto e um drink especial para nós dois. Eu fiquei super feliz de o restaurante servir comida japonesa e não perdi a oportunidade de pedir sushi. Ficamos conversando até nossos pratos chegarem.

   -Gostei daqui, é novo? – Perguntei.

   -Sim, inaugurou no mês passado. Eu trouxe a minha filha para vermos como é e acabamos gostando. – O restaurante era um dos mais caros da cidade e também dos mais luxuosos. Por dentro ele era um ambiente totalmente agradável e colonial, ao mesmo tempo parecia ser um rústico antigo.

   -Mora aqui há quanto tempo? – Perguntei e ele sorriu ao começar a falar.

   -Já faz um ano. Decidi vim para cá e começar uma vida nova e aqui é ótimo para isso pela tranquilidade. Eu morava em Montana.

   -Legal. Ás vezes recomeçar tudo de novo faz bem. – Disse levando minha comida até a boca.

   -Sim, e minha filha também precisava de um lugar novo. Foram momentos difíceis depois que minha esposa faleceu.

   -Sinto muito por isso. – Disse segurando a mão dele e ele sorriu para mim.

   -Tudo bem, já superamos. – Disse se referindo a ele e a filha. – Faz cinco anos. – Assenti e levei o copo até a boca, soltando a mão dele. – Agora me fale mais de você.

   -Bem, eu nasci e cresci aqui.

   -Isso é bom, significa que deve conhecer a cidade melhor que eu. – Ele riu e eu assenti.

   -Talvez. Me mudei para Nova Iorque aos dezoito anos de idade. Me casei lá e tive dois filhos, como você já sabe. Abri uma loja de vestidos de noivas, que eu mesma desenho e quando me divorciei, vim para cá e agora moro com meus pais e meus irmãos, mas estou procurando um imóvel para morar e um para transferência da minha loja. – Ele prestava atenção em mim como uma criança que escuta uma história antes de dormir. – Esta tão difícil me contentar com os imóveis que andei vendo. Não sei se você teve o mesmo problema. Talvez eu seja indecisa demais. – Ri e ele me acompanhou.

   -Eu não demorei muito e acabei escolhendo um apartamento. Você não deve ser indecisa demais, acho que mesmo que seja, isso faz parte porque você tem que gostar da casa que vai comprar.

   -Bem, já estou escolhendo uma casa a mais de um mês. – Disse sorrindo e ele riu.

   -Talvez você seja indecisa mesmo.

 

   Ficamos conversando por duas horas e meia até que decidimos ir embora. Fizemos uma pequena discussão sobre quem pagaria a conta, pois ele não queria me deixar pagar, mas acabou me convencendo quando disse que ele pagava porque foi ele quem havia convidado, mas eu deixei claro que na próxima vez eu pagava. Fomos conversando e rindo até o estacionamento e nos despedimos com um abraço. Foi um jantar incrível e eu realmente havia gostado dele.

POV’S Off*

                                               ***

 

   Katy chegou em casa dando de cara com tudo escuro. “Todos estão dormindo” pensou, mas quando chegou à sala de estar viu Angela e Svend sentados com Stella e Theo no colo olhando Frozen, apenas com a televisão iluminando o ambiente. Sentiu uma vontade imensa de tirar uma foto daquele momento, mas não o fez. Chegou devagar atrás do estofado.

   -Você está acordado ainda? – Perguntou para Theo, mas todos deram um pulo de susto.

   -Você quase me matou do coração, sua vaca. – Angela disse recebendo um olhar bravo de Theo.

   -Não fala assim com a minha mãe. – Ele disse se enrolando nas palavras e todos riram, mas o pequeno continuou bravo.

   -Você o ouviu. – Katy disse. – Você está vendo de novo esse desenho Stella? – A menina assentiu sem tirar os olhos da tv. Katy negou com a cabeça. – Você precisa de desenhos novos. Vamos dormir? – Desta vez perguntou ao Theo.

   -Ah, mamãe. Não cabou ainda. – Disse e Katy riu.

   -Deixa ele aqui, eu o coloco na cama depois.

   -Tudo bem. – Disse e deixou um beijo apertado nas bochechas dele, que reclamou na mesma hora por ela estar o apertando.

 

   Katy subiu as escadas e foi em direção ao quarto de hóspedes, mas ao passar no quarto que Camila estava ouviu alguns soluços. Deu duas batidas na porta e entrou vendo a filha sentada na cama com os braços em volta das pernas e o queixo apoiado nos joelhos. Caminhou até ela e sentou-se ao seu lado.

   -Oque aconteceu princesa? – Perguntou acariciando os cabelos dela.

   -Como eu consigo sentir a falta dele mesmo depois de tudo oque ele fez com você? – Ela perguntou em meio aos soluços e Katy a abraçou.

   -Oh querida.

   -Me desculpa. – Ela chorou mais ainda nos braços de Katy.

    -Esta tudo bem. Ele é o seu pai e você sempre foi a menininha dele, faz parte sentir saudade. Eu sei que está difícil, mas acredite tudo vai melhorar. – Disse a acariciando enquanto estavam abraçadas. – Eu espero que quando ele sair de lá, que ele saía mudado e que vocês possam se ver. Não importa oque ele fez, você e seu irmão não tem culpa disso.

   -Mas eu não sei se eu quero vê-lo. Olha tudo que ele fez com você, com nós todos... Isso machuca tanto. – Ela levantou a cabeça para olha-la nos olhos e Katy viu seus olhos vermelhos e inchados, que mostravam que já havia se passado muito tempo que ela estava chorando.

   -Olha, vamos superar isso. Já estamos superando. Ele errou feio e isso deu consequências horríveis, mas você não precisa pensar nisso agora. Dê um tempo ao seu coração e quando chegar a hora, você decide ser vai querer vê-lo. Eu não vou ficar magoada com a sua decisão, eu quero que você seja muito feliz. – Disse e deixou um beijo na testa dela. – Agora, vai tomar um banho e deitar para descansar. Você tem aula amanhã. Vai conhecer pessoas novas e se ocupar mais. Vai dar tudo certo, está bem? – Camila assentiu e a abraçou.

   -Obrigado.

   -Não me agradeça. Agora vai. – Disse e Camila levantou indo em direção ao banheiro.

   -Mãe. – Ela chamou a atenção de Katy quando ela já estava na porta. – Eu te amo.

   -Também te amo. Durma bem.

 

 


Notas Finais


Espero que tenham gostado, ainda tem mais um cap para postar hoje.
Obrigado pelos comentários anteriores. Um beijão <3


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