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História Heart Like Yours - Unconditionally


Escrita por: fifthondrugs e Carolursic

Notas do Autor


Editado!

Capítulo 12 - Unconditionally


Camila

Eu não sabia como era ser atingida por um raio, mas eu imagino que seja exatamente como eu estava me sentindo agora. As palavras de Lauren me atingiram de uma forma que eu não sou capaz de explicar em palavras, ela estava dizendo que achava que me amava? Eu fiquei imóvel, abri a boca algumas vezes na intenção de conseguir dizer algo, mas nada saía.

Eu precisava dizer alguma coisa, mas todo o meu corpo parecia estar travado.

— É isso Camila! – ela abriu um sorriso e os olhos brilharam em lágrimas. — Eu te amo. – deu de ombros e abriu seus braços. — E não tem nada que eu possa fazer para sumir com esse sentimento. Você nunca foi apenas mais uma, Camila, mas sei que é isso que você pensa. Você foi a única que eu desejei ter do meu lado por toda a minha vida e eu deixei que você fosse embora, mas eu estou cansada de correr do que eu sinto. – ela suspirou. — Eu sei que eu demorei para chegar aqui agora, e eu precisei de todo esse tempo para entender que eu não posso deixar você ir embora.

Lauren Jauregui estava se declarando para mim, no meu quarto, aquilo era surreal demais para eu conseguir processar e conseguir fazer ou falar alguma coisa. Merda Camila, reage.

— Eu... Eu... – eu comecei a chorar e a abracei.

Ela me segurou em seus braços e pressionou seu corpo contra o meu e eu a senti vibrar, e quando me afastei um pouco dela, suas lágrimas escorriam pelo seu rosto de maneira incessável. Finalmente meu corpo resolveu funcionar, e então eu segurei seu rosto com as minhas duas mãos e sequei suas lágrimas com os polegares.

— Eu te amo. – sussurrei antes de selar nossos lábios.

Eu não queria me importar mais com nada, contanto que eu a tivesse do meu lado. Nós demoramos tempo demais pra finalmente deixar os medos de lado e assumir e aceitar o que sentíamos, e eu não iria deixar que isso acabasse novamente. Eu estava ali para lutar com ela.

— Escuta Camz. – Lauren sussurrou ao separar nossos lábios. — Eu não quero ter que te ver distante nunca mais. – ela abaixou a cabeça.

— Eu te prometo que vou estar aqui para sempre. – levantei sua cabeça e a fiz me encarar. — Nós não somos mais crianças, Lauren.

— Sim, nós vimos que é uma merda ficar distante uma da outra e eu quero que me prometa que não importa o que aconteça, você nunca mais vai embora. – eu apenas assenti rapidamente com a cabeça. — Bem, agora eu vou para o meu quarto trocar de roupa e já passo aqui para a gente descer e passar um tempo com as meninas, beleza?

— Ok, vou esperar. – abri um sorriso e ela me roubou um beijo antes de deixar o quarto.

Eu estava sentindo uma euforia dentro de mim que eu nunca tinha sentido nada parecido com aquilo. Eu já subi em palco e cantei para dezenas, centenas e até mesmo milhares de pessoas e mesmo assim eu nunca tinha me sentido tão completa.          

Lauren não era o tipo que conseguia falar sobre seus sentimentos com facilidade, e saber que ela tinha deixado até mesmo seu orgulho de lado para falar que me amava, me deixava mais feliz do que qualquer um nesse mundo. Eu estava disposta a viver uma nova era, a era em que eu a teria do meu lado da forma que eu sempre quis.

 

Lauren

Eu estava feliz e o sentimento me fazia querer gritar para todo mundo que eu amava Camila, eu nunca tinha a dito aquilo daquela forma. Nós sempre nos amamos e isso era evidente, mas não para nós que sempre tivemos receio de que não estivéssemos sendo correspondidas. Entrei em meu quarto e conectei o celular ao carregador, procurei por uma roupa qualquer e logo a vesti para voltar ao quarto de Camila e a levar comigo para a sala.

— Vamos? – perguntei a ela assim que abri a porta.

— Sim. – seu sorriso permanente em seu rosto denunciava sua alegria.

Descemos e encontramos Normani e Dinah sentadas no sofá conectadas aos seus celulares enquanto passava alguma coisa na televisão, ou seja, a televisão que estava assistindo elas.

— O que vocês acham da gente ver um filme? – disse parando atrás de Dinah.

— Se achar algum filme bom, fique à vontade. – deu de ombros e voltou a atenção ao celular.

— Eu posso escolher? – Normani perguntou e eu assenti.

Dei a volta com a Camila para que pudéssemos sentar ao lado das meninas e senti a falta da Ally, já que não a via desde que eu havia chegado na casa.

— Onde está Ally? – perguntei e as três se entreolharam e seguraram a risada.

— Você não a verá nem tão cedo, minha filha. – Dinah disse rindo.

— Ahn? Ela não está em casa? – perguntei confusa.

Ally não era do tipo que saía de casa sem motivo algum.

— Troy está aqui, Lauren. – Camila disse falando baixinho.

— Aí você já sabe né, Ally a santa, só sai do quarto quando o gigante for embora. Acho que ela fica fazendo pole dance nele. – Normani deu de ombros deixando seu computador de lado.

— Vocês não valem nada, quando eu namorar de verdade eu quero ver as piadinhas que vocês vão ficar fazendo. – olhei para Camila que corou no mesmo instante.

— Não vamos fazer piadinha. – ela deu de ombros.

— Não tem como fazer a piada se você for a piada, né Camila. – Dinah disse nos fazendo arregalar os olhos.

Normani nos encarou e começou a rir junto de Dinah, elas se divertiam com a nossa vergonha sempre e pareciam fazer q-u-e-s-t-ã-o  de trabalhar em conjunto.

— Então quer dizer que Camren is real? – Normani perguntou me olhando fingindo estar fazendo uma entrevista.

Bitch, e quando deixou de ser? – Dinah revirou os olhos.

— Olá meninas. – ouvi uma voz masculina atrás da gente.

— Oi Lauren, que bom que chegou em casa. – Ally chegou por trás do sofá e me deu um beijo na testa. — O que estão fazendo?

— Só deixando Lauren e Camila envergonhadas, costume né. – Dinah disse dando de ombros.

— Por que? - Ally perguntou e eu neguei com a cabeça olhando pra Dinah antes que ela pudesse falar algo.

Por mais que todas as meninas soubessem do que já rolou entre Camila e eu, Troy não sabia e não era aconselhável que ele soubesse de nada, ainda mais depois de tudo que enfrentamos. Não é que eu desconfiasse de Troy, eu apenas não queria que ele soubesse nada da minha vida ou de Camila, por mais que fosse extremamente legal com a gente, ele não era um de nós. E já estava correndo riscos demais para esse ser o estopim de mais uma guerra.

— Dinah gosta de envergonhar todo mundo, né? – Camila disse quebrando o clima.

— Verdade. – Normani concordou e Dinah lhe jogou uma almofada.

— De que lado você está, Normani? Você tem que se decidir. – perguntou com a mão na cintura.

— Vamos assistir um filme agora, vocês querem se juntar a nós? – perguntei sendo educada e apaziguando o que seria o início de uma guerra entre Dinah e Normani.

— Na verdade é exatamente isso que a gente veio fazer. – Troy respondeu sorridente. — Viemos chamar vocês para irmos ao cinema. – o olhei incrédula.

— Nós vamos. – Dinah disse se levantando do sofá.

— O que? Vocês só podem estar de brincadeira. – neguei com a cabeça.

— Eu topo. – Normani disse soltando o controle.

— Você não quer ir? – Camila me perguntou baixinho e eu neguei com a cabeça.

— Eu não quero ter que lidar com paparazzis por hoje, estou de saco cheio desses cuzões. – revirei os olhos.

— Então vai ficar em casa? – Ally perguntou e eu assenti.

— E você Mila? - Dinah perguntou e Camila me olhou como se precisasse de permissão.

— Claro que ela vai. – dei de ombros e abri um sorriso.

— Na verdade, eu acho que também prefiro ficar em casa. Não tô no humor para sair hoje. Ainda estou cansada pela boate de ontem. – ela se afundou mais no sofá demonstrando sua preguiça.

— Tudo bem, vemos vocês mais tarde então. – Normani disse antes de subir as escadas.

Todos subiram para se trocar nos deixando sozinhas na sala. E é claro que eu não ia deixar de tentar convencer Camila a ir, mas queria mesmo que ela ficasse.

— Você não precisa ficar em casa só porque eu não quero sair, Camz. – suspirei.

— Você acha que eu vou querer ir pra cinema, ou melhor, qualquer lugar, sem você? Depois de eu ter ouvido você finalmente dizendo que me ama? – ela negou com a cabeça com um sorriso lindo em seus lábios. — Eu prefiro estar onde você esteja.

Meu sorriso já estava maior do que o do coringa, eu levei uma de minhas mãos até seu rosto e acariciei suas bochechas com o polegar, aproximei meu rosto do dela e selei nossos lábios calmamente logo abrindo espaço em seus lábios com minha língua. Seus lábios eram macios e todas as vezes que tocavam os meus eu sentia uma energia percorrer por todo o meu corpo e parar em meu centro. Camila se movimentou no sofá vindo um pouco mais para mais perto de mim e mordiscou a ponta da minha língua me fazendo arfar.

— Eh... Meninas. – ouvimos uma voz próxima demais de nós.

Aparentemente quando eu beijava Camila todos os meus sentidos se desligavam para qualquer coisa ao nosso redor. Nos afastamos num pulo e olhamos para os lados a procura da voz, e logo vimos Normani de pé próxima do sofá com um sorriso enorme no rosto.

— Só queria avisar pra vocês pelo menos esperarem a gente sair de casa, Troy está aqui e ele não pode ver isso. – ela apontou para nós duas.

Assentimos como duas crianças que foram pegas no flagra fazendo besteira e ela logo nos deixou na sala sozinhas novamente. Camila se afastou ficando um pouco mais distante de mim e ficamos apenas nos olhando por longos minutos em silêncio. No fundo a gente sabia que se começássemos a falar qualquer coisa, acabaríamos nos braços uma da outra mais uma vez.

Ally e Troy foram os primeiros a aparecer na sala arrumados, e poucos minutos depois Dinah e Normani deram as caras. Mas pareceu demorar um século até que eles estivessem todos prontos.

— Não esquece de usar a camisinha em, Jauregui. – Dinah sussurrou no meu ouvido antes de correr para a entrada da casa.

— Dinah é uma pessoa horrível. – eu disse rindo negando com a cabeça.

— O que foi que ela te disse? – perguntou curiosa.

— Nada Camz... – dei de ombros. - Vem aqui. – abri os braços para ela.

Ela se aproximou novamente de mim e aconchegou o seu corpo no meu, pegou na minha mão e entrelaçou nossos dedos e tudo que eu fiz foi olhar cada ação da mais nova com a maior atenção possível. Camila era meu filme preferido se assistir. Eu daria um Oscar  para ela, por simplesmente estar respirando.

— Eu nunca imaginei que um dia ficaríamos assim. – abri um sorriso e depositei um beijo no topo de sua cabeça.

Parecia realmente muito surreal, talvez eu estivesse sonhando.

— Para ser sincera eu já, eu não lia as fanfics atoa, Lauren. – ela riu e iniciou um carinho na minha mão.

— Me conte mais sobre essas fanfics então. – ela negou com a cabeça e se sentou direito no sofá para me olhar.

— Eu me recuso Lauren, você tem que ver o que pensam da gente. Você sempre é a maníaca por sexo nas fics, e sempre é a ativa também. – deu de ombros. — Coisa que eu duvido muito que seja realidade. – falou mais baixo.

— Como é? – arqueei as sobrancelhas.

— Você é passivinha Lauren, isso está escrito na sua cara. – ela falou com desdém. — Bottom.

— Camila, olhe para você. Acha que numa relação entre nós duas, eu seria a passiva? – perguntei desacreditada.

— Não acho. – respondeu séria. — Eu tenho certeza, Lauren. – ela riu.

Comecei a enxergar aquilo como uma provocação, ela estava me testando? Não teria problema nenhum em ser passiva, até porque acredito que em uma relação LGBTQ+, ninguém consiga ser apenas uma coisa o tempo inteiro, versatilidade é tudo nessa vida. Mas resolvi que eu iria fingir que aquilo estava me atingindo de alguma forma.

— Você está sonhando alto demais, Cabello. Eu nunca seria passiva para você. – dei de ombros e entrei em seu jogo.

— É, e como pode ter tanta certeza? – cruzou os braços.

— Porque eu sei ter controle, e você não. Logo, você se entregaria mais fácil e eu te dominaria num estalar de dedos. – mordi o lábio inferior.

— Então você acha que eu não tenho controle? – ela pareceu indignada agora.

O jogo virou, Cabello!

— Acho não, tenho certeza. – apontei pra ela. — É só lembrar de todas as vezes que nós quase transamos e EU – dei ênfase — Parei o que estávamos fazendo, isso se chama controle Camila.

— Eu chamo de medo. – ela arqueou uma sobrancelha e sorriu sarcástica.

Touché.

— Chame do que quiser Camila, mas você sabe que perde o controle facilmente.

— Ok, veremos quem é passiva e quem perde o controle com facilidade. – eu apenas assenti. — Vamos ver um filme antes que eu dê na sua cara. – pegou o controle do lado do seu corpo e começou a procurar por um filme no Netflix.

Me encostei no braço do sofá e Camila tombou seu corpo por cima do meu ficando no meio de minhas pernas, me ajeitei debaixo dela para não ficar desconfortável e esperei até que finalmente escolheu um filme e relaxou no meu colo enquanto eu iniciei um cafuné nela.

O filme começou e tudo o que eu conseguia me concentrar de verdade era na beleza da morena no meu colo, eu era incapaz de conseguir descrever ou desenhar os traços tão belos de Camila e isso me impressionava. Eu sabia que no fundo no fundo, meu controle com ela seria praticamente nulo tendo em consideração o quão gostosa ela era, mas eu queria mesmo era provocá-la. E agora, que os jogos comecem.



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