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História Heart Like Yours - What do you mean?


Escrita por: fifthondrugs e Carolursic

Notas do Autor


Editado!

Capítulo 15 - What do you mean?


Fanfic / Fanfiction Heart Like Yours - What do you mean?

Eu não era de dormir em aviões pois não gostava muito deles, mas dessa vez estava completamente adormecida quando senti as mãos de Camila sacudirem meu corpo com cautela e sua voz chamar por meu nome bem suavemente.

— Hey! – acariciou meu rosto — Lolo, o avião já pousou. – ela disse assim que me viu abrir os olhos.

Ao olhar ao nosso redor vi que o avião já estava praticamente vazio e abri meu cinto rapidamente me pondo de pé para sair dali.

— Vamos, Camz. – abri um sorriso pra ela e ofereci minha mão.

— Lolo... - ela de um sorrisinho de canto meio triste.

Eu suspirei e voltei com a mão para perto do meu corpo retornando a realidade cruel onde não podíamos estar perto, tomei certa distância dela e saí na sua frente mas a todo momento queria olhar para trás para ver se ela estava me acompanhando mesmo sabendo que ela estava a alguns passos de mim apenas.

Antes que eu pudesse chegar até a saída, vi Camila tomar ainda mais distância de mim e tomar direção aos táxis que ficavam nas portas do desembarque do aeroporto. Eu queria ir para casa e ver meus pais e irmãos, mas também queria curtir pelo menos por uma semana com ela sem responsabilidades. Tive então uma ideia, puxei meu celular rapidamente do meu bolso para enviar uma mensagem a ela antes que perdesse ela completamente de vista.

L: "Hey Camz, o que acha de viajarmos ao invés de ficarmos em Miami?"

Esperei a sinalização de mensagem enviada e fiquei olhando para Camila esperando que ela pegasse a merda do celular, mas ela pareceu ignorar a vibração e continuou o seu caminho. Cliquei em seu nome na tela e logo começou a chamar seu número.

— Eu nem saí do aeroporto ainda e já está com saudades? – ela deu um sorrisinho e se virou pra mim.

— Será que a senhorita poderia checar suas mensagens? – ela concordou e então encerramos a ligação.

Fiquei olhando ansiosa para ela enquanto desbloqueava a tela e logo se pós a digitar.

C: "Pra onde pretende ir?"

Ela foi rápida na resposta, fiquei feliz por ter topado.

L: "Vamos pra qualquer lugar Camz, eu só não quero ficar aqui"

C: "Eu topo!!!!!!

L: "O que acha do Canadá?"

Perguntei olhando para a grande tela que anunciava os próximos voos que sairiam em algumas horas.

C: "VAMOOOOS!!"

Eu sorri e coloquei o celular no bolso novamente para seguir até o Guichê mais próximo da companhia aérea que era a responsável pelo voo. Ao olhar para trás vi que Camila me seguia e abri um sorrisinho para ela que fingiu não ter visto, parei na fila do guichê e ela ficou logo atrás de mim.

— Sabe que seremos mortas por causa dessa viagem, não é? – apenas assenti com a cabeça lentamente sem olhar pra trás.

— Por que as meninas podem viajar juntas e nós temos que ir pra casa? – perguntei baixo.

— Elas odeiam a gente. – Camila deu uma risadinha baixinho.

Ficamos então caladas e esperamos que chegasse a nossa vez, comprei as duas passagens com o meu cartão e então seguimos com nossas mochilas para fazer o Check in, já que o voo estava próximo. Depois nos sentamos próximas do portão onde seria nosso voo.

— O que podemos fazer no Canadá? – ela perguntou.

— Sei lá, vamos descobrir explorando. – dei de ombros.

— Quanto tempo pretende ficar lá? – respirei fundo.

— Quando você quiser voltar a gente volta, Camz. – ela assentiu.

— Acha que sua mama vai brigar com você? – eu comecei a rir.

Ela parecia uma criança que estava louca para fazer uma besteira mas ao mesmo tempo tinha receio de que a mãe brigasse com ela por isso.

— Por que você não relaxa um pouco e tenta apenas curtir a nossa folga? – perguntei olhando pra ela.

— Tá bom, me desculpa. – ela abriu um sorriso amarelo.

— Está tudo bem, Camz. – segurei o impulso de tocá-la.

Não demorou para que Camila resolvesse dar uma volta no aeroporto em busca de algo para comer e quando voltou parecia que tinha ido às compras com algumas sacolas em seu braço.

— O que é isso tudo, Camila? – perguntei rindo.

— Comida, umas blusas que eu achei bonitinhas de uma loja que tem aqui pertinho, tem um perfume também porque o meu tá acabando e... – ela começou a olhar nas sacolas. — Droga, esqueci de comprar uma escova de dentes. – ela bateu na própria testa.

— Hey, acalme-se porque isso tudo nós podemos comprar lá, tá bom? – ela assentiu rapidamente.

Belisquei um pouco das coisas que ela havia comprado para comer e ouvi chamarem para o nosso voo, nós esperamos para entrar no avião e assim que nos acomodamos Camila puxou seu celular do bolso e começou a escrever alguma coisa em suas notas.

— O que é isso? – perguntei tentando não ler.

— Uma música. – ela deu de ombros.

Camila era extremamente criativa e se deixasse ela era capaz de produzir uma música por dia, isso se não fosse obrigada a isso. As notas do seu celular eram repletas de letras esperando por melodias para se tornarem músicas perfeitas e amadas pelos nossos fãs.

Eu me mantive quieta para não atrapalhar o raciocínio dela mas fiquei na expectativa da letra e fiquei de olho em tudo que ela escrevia, até que ela pareceu travar em uma parte.

— O amor é doloroso, o amor é doloroso... – ela ficou repetindo pra si mesma.

— Mas eu aceito a dor, se for por você. – eu completei e ela arregalou os olhos me olhando.

— Isso Laur, obrigada. – abriu um sorriso enorme. – O que acha de me ajudar aqui? – eu apenas assenti.

Nós ficamos tão concentradas em escrever uma música juntas e tudo parecia sair tão natural que nem nos demos conta quando o piloto nos informou que já estava se preparando para pousar o avião, passamos 2 horas e meia escrevendo. Nós saímos do avião quando tivemos espaço e paramos no meio do aeroporto antes de dar o próximo passo.

— Ok, e o que vamos fazer agora? – ela me perguntou.

— Nos hospedar em um hotel, isso se não quisermos dormir na rua. – dei de ombros.

Nós nos sentamos próximas do desembarque e pesquisei então um hotel para passarmos pelo menos uma semana, Camila me ajudou a selecionar um que tinha uma ótima localização no centro da cidade de Toronto e uma ótima avaliação dos hóspedes. Pegamos um táxi e informamos o nome do hotel que queríamos, o homem ouviu e tomou direção ao hotel. O táxi nos deixou na porta do hotel e nós saímos do carro pagando ao homem gentil que no caminho nos indicou alguns passeios e locais da cidade que geralmente eram frequentados pelos turistas. Fomos até a recepção e notei alguns olhares sobre nós.

— Olá meninas, boa tarde. Em que posso ajudar? – a recepcionista se dirigiu a nós assim que chegamos perto do balcão.

— Boa tarde, eu e minha amiga queremos um quarto. – eu disse para a senhora sorridente.

— Deixa eu ver se encontro um quarto para as damas. – eu assenti e ela pesquisou em seu computador por alguns segundos. – Bem, nós só temos uma suíte para casais. – ela nos explicou.

— Bem, não tem problema. Nós já dividimos quarto algumas vezes. – Camila disse dando de ombros.

— Bem, então ótimo a suíte é de vocês. – agradeci.

Eu sabia que não era uma boa ideia ficarmos em um hotel qualquer, sem nossos seguranças ou equipe por perto e ainda por cima dividir uma suíte de casal, mas foda-se. Agora já estávamos ali, então, que seja.

— Qual o nome para eu poder colocar na reserva? – a mulher perguntou depois de digitar algumas coisas no computador.

— Lauren. – dei uma pausa. — Lauren Jauregui.

Apresentei meu documento de identidade e Camila também teve que dar o dela para que fizéssemos o check in no hotel.

— Tudo bem senhorita Lauren, Johnson acompanhará vocês até a suíte onde ficarão hospedadas. – ela apontou para um rapaz uniformizado e eu agradeci andando até ele.

O homem nos guiou até o elevador e insistiu para carregar nossas mochilas, nós cedemos depois do homem praticamente nos implorar e então ele nos deixou dentro do quarto. Explicou algumas funcionalidades de algumas coisas que eram parte do quarto e então voltou para o elevador despedindo-se de nós.

— Então senhorita Lauren Jauregui, o que faremos hoje à noite? – Camila me perguntou se sentando na cama.

— Senhorita Cabello, nós vamos para a primeira boate que encontrarmos aqui! – dei de ombros. — E depois... – me aproximei mais dela — Nós vamos ficar bem juntinhas aqui nessa cama. – eu sorri e levantei seu rosto para lhe dar um selinho.

— Acho que gostei desses seus planos. – ela sorriu e selou mais uma vez nossos lábios.

— Ótimo, mas temos bastante tempo livre até a hora de sairmos. O que deseja fazer por enquanto? – perguntei a ela.

— Primeiramente, eu preciso avisar a minha mama onde eu estou antes que ela descubra por notícias distorcidas. – ela deu de ombros.

— Okay, eu avisarei para dona Clara também. – ela assentiu e pegou seu celular.

Eu peguei meu celular e andei até estar mais perto da janela do quarto, me sentei em uma poltrona que dava a vista perfeita para uma parte da cidade e então disquei os números de casa.

Hallo mama. – disse assim que o toque parou e alguém atendeu.

— Olá meu amor, como você está? – ela disse gentilmente.

— Eu estou bem mãe, e como a senhora está? E meu pai? Chris e Taylor? O que estão fazendo? – metralhei de perguntas.

— Estamos todos bem minha filha. – ela deu uma risadinha. — Estamos com saudades, quando virá nos ver? – eu suspirei.

— Semana que vem eu devo ficar por alguns dias em casa com vocês, no momento eu estou no Canadá. – olhei pra Camila na cama.

— O que? Mas eu não me lembro de nenhum show de vocês no Canadá. Achei que estariam de folga. – ela parecia confusa.

— Não estou aqui para nenhum show mama! É mais como se fosse um tempinho de folga para nós e cada uma optou por um lugar. Eu e Camila estamos aqui. – Camila ouviu seu nome e sorriu pra mim.

— Então está com a Cabello? Cuide bem dela, ela é mais nova que você então é sua responsabilidade. – deu uma pausa. — E cuidado com o que vocês vão fazer por aí, você sabe como a mídia gosta de botar vocês duas como sapatão. – revirei os olhos.

— Lésbicas, mãe. – ela bufou.

— Não importa Lauren, tomem cuidado.

— Okay, preciso ir agora. Boa tarde, mãe.

— Boa tarde, chica. Se precisar de qualquer coisa ligue para nós. – eu sorri e desliguei a chamada.

— Sinu está comprando as passagens para vir ficar com a gente. – Camila chamou minha atenção.

Ela parecia estar completamente desanimada agora.

— O que? – eu falei desacreditada.

— É, ela não confia em mim sozinha sem ninguém em outro país. – deu de ombros.

— Você não está sozinha Camila, está comigo. Deixe-me falar com Sinuhe, vou convencê-la que não precisa vir. – estiquei a mão para que ela me desse o celular.

Na mesma hora ela caiu na gargalhada e não falou nada, eu fiquei a encarando esperando uma explicação para tantas risadas do nada.

— O que foi Camila? – botei as mãos na cintura.

— Você acha mesmo que eu deixaria minha mãe atrapalhar a nossa tão esperada folga? – perguntou arqueando as sobrancelhas.

— Nunca se sabe, sei bem o quanto Sinu é protetora com você. – dei de ombros soltando as mãos.

— Eu não permitiria isso, Lauren. Agora sou uma adulta. – ela sorriu e me puxou para sentar do lado dela.

— Não sei se tenho o que vestir para sair logo mais, podemos comprar alguma coisa antes que tudo feche? – perguntou e eu assenti.

— Também não tenho nada para vestir, vamos procurar por algumas roupas por aqui por perto do hotel mesmo. E quero alugar um carro para podermos andar pela cidade. – ela concordou e se levantou.

Nós saímos do quarto trancando a porta e seguimos até o elevador, assim que as portas se abriram, apenas uma mulher e uma menininha loira estavam dentro e a menininha arregalou os olhos assim que nos viu entrando.

— May, May. – ela chamou baixinho a mulher ao seu lado.

— O que foi Jenny? – a mulher se abaixou um pouco.

Fifi rarmo, elas. – ela apontou para nós duas tentando ser discreta.

A mulher pareceu nos avaliar e logo negou com a cabeça para criança desacreditando dela.

— É sim maninha, é sim. – ela nos olhava como se não acreditasse.

— O que foi pequena? – Camila se abaixou e perguntou para a menina.

— Camila? – ela perguntou meio incerta.

— Esse é meu nome. – Camila sorriu e a menina soltou a mão da mulher e se jogou nos braços dela.

Camila não podia ver uma criança que precisava falar e ficar por horas brincando com ela. A menina se soltou dela e me olhou um pouco acanhada e com medo de me pedir um abraço, então eu não esperei que ela pedisse e apenas a peguei no colo e a abracei com força. As vezes eu acho que os fãs tem uma visão de mim que os intimida.

— Então você conhece a gente, Jenny? – ela assentiu rapidamente com a cabeça.

— E qual é sua música preferida? – Camila perguntou.

sledireme. – eu não podia evitar o sorriso no meu rosto.

— Você é nossa fã? - perguntei e a menor balançou a cabeça que não.

— Eu sou hamonizer. – me corrigiu.

Se é harmonizer então sabe os passos de sua música favorita, não sabe? – ela assentiu com a cabeça meio tímida olhando pra Camila.

— Hmm.... não sei se acredito nisso Jenny. Creio que terei que ver para realmente acreditar. – semicerrou os olhos para a criança. — Hey, o que acha de tomarmos um sorvete amanhã? Ai você pode me mostrar os seus passos. – Camila pegou em sua mão.

— O que acha? – me direcionei para a mulher parada encarando a cena com um sorriso.

— Ótimo, me digam a hora que estarei pronta com ela. - a mulher concordou.

— Sério maninha? A gente vai tomar sorvete com fifi rarmo??? – ela se moveu rápido demais em meu colo e eu a coloquei no chão.

Era engraçado a agitação da criança e sua pronúncia errada das palavras.

— Vamos sim Jenny, mesmo se a mamãe não deixar a gente dá um jeito e eu trago você. – a irmã mais velha disse e a pequena se agarrou na perna dela.

A porta do elevador já estava aberta a algum tempo e estávamos paradas no saguão, nós nos despedimos da criança e da irmã e seguimos até a saída do elevador. Andamos pelas calçadas da rua a procura de alguma loja que fosse de nosso interesse e durante todo o caminho tudo que Camila conseguia falar era sobre a garotinha que havíamos encontrado no elevador, ela estava completamente apaixonada.

— Acho que perdi o meu lugar nesse seu coração para a pequena Jenny. –  disse emburrada.

— Seu lugar no meu coração nunca será perdido, Lolo. – ela disse com um sorriso no rosto.

Eu queria poder beijá-la agora, mas estávamos no meio de uma rua movimentada e eu tinha certeza de que meus impulsos poderiam nos prejudicar mais tarde. Nós finalmente encontramos uma das lojas que estávamos habituadas a fazer compras e não foi difícil encontrar uma roupa que nos agradasse para poder sair mais tarde.

Na volta para o hotel nós fomos paradas algumas vezes por alguns fãs e tiramos fotos com todos e ficamos um tempo conversando com alguns deles. Foi começando a ficar mais tarde e voltamos ao hotel para nos arrumarmos. Camila foi a primeira a ir tomar banho, já que é a que mais demorava para ficar pronta, eu fiquei esperando e assim que ela deixou o banheiro eu entrei para me arrumar. Quando saí do quarto encontrei Camila apenas com as roupas íntimas enquanto se maquiava.

— Porra Camila... – disse negando com a cabeça.

— O que foi? – ela disse sem entender.

— Nada! – dei de ombros com um sorriso safado.

Ao passar por ela dei um tapa em sua bunda e ela me olhou repreendendo minha ação, mas eu apenas ignorei e segui até a roupa que eu comprei para sair. Comecei a me vestir e quanto terminei de colocar a última peça de roupa Camila acabou de se maquiar.

— Pode me maquiar? – ela me olhou meio assustada.

— Tem certeza? Não sei se saberia maquiar alguém, minha única experiência é com a Sofi e... – eu apenas assenti.

— Faça o seu melhor. – dei de ombros e ela andou até estar perto de mim.

Ela trouxe suas maquiagens junto com ela e as espalhou em cima da cama, tombei um pouco a cabeça para trás e ela começou a passar algum produto em meu rosto. Eu não quis me ver e deixei tudo nas mãos dela e eu só me toquei que estava sendo zoada quando ela começou a rir me olhando.

— Do que está rindo Camila? – franzi o cenho.

— Olhe você mesma. – ela pegou na minha mão e me fez ficar de pé.

Me arrastou até o espelho que antes ela usava para se maquiar e me fez ficar de frente e só então eu vi a maquiagem totalmente borrada e desproporcional em meu rosto.

— Sério, Camila? – cruzei os braços.

—Merda Lauren, olhe pra você. Continua linda mesmo depois de eu ter zoado toda a sua maquiagem. – ela negou com a cabeça rapidamente.

— Você não vale nada, Cabello. – respirei fundo e me permiti sorrir.

Não tinha como ficar brava com ela.

— Deixa eu te maquiar de verdade agora, vai Lauren, vem aqui. – ela me chamou com o dedo.

— Me chamando assim, não é a maquiagem que vai conseguir fazer... – apontei pra ela avisando.

— Nossa, quantas ameaças Lauren Jauregui é capaz de fazer? – ela colocou a mão no queixo e fingiu estar pensando.

— Você me tira do sério, Camila. – revirei os olhos.

— Deixa de ser chata e vem logo aqui pra eu te arrumar. – foi o que eu fiz.

Me sentei novamente na cama e deixei que Camila desfizesse o que tinha feito em meu rosto, suas mãos me tocavam com delicadeza e talvez ela estivesse com medo de me machucar. Ela tinha me zoado e achei então que estava na hora de eu pregar uma peça nela, esperei ela encostar novamente o algodão em meu rosto e eu gritei fingindo sentir dor.

— LAUREN. – ela gritou se tremendo.

O líquido de um frasco com demaquilante caiu todo em meus olhos e eu senti a ardência na mesma hora.

— MERDA. – eu gritei levando as mãos aos olhos.

— AI MEU DEUS, LAUREN VOCÊ VAI FICAR CEGA? MEU DEUS DO CÉU. – ela perguntou desesperada.

— PELO AMOR DE DEUS CAMILA, ERA PRA SUPOSTAMENTE VOCÊ ME ACALMAR E NÃO ME COLOCAR MAIS MEDO. – tentei abrir os olhos mas foi uma tentativa falha. — Eu não consigo abrir meus olhos, estão ardendo pra caralho.

— Eu vou ligar pra sua mãe, ela deve saber o que fazer, ela é mãe... – ela começou a andar pelo quarto.

— Camila. – a chamei.

— Eu duvido que ela nunca tenha derrubado algo em seus olhos, Lauren... – ela parecia estar quebrando o quarto todo.

— Camz... – ela parecia não me ouvir.

— Ela não pode me culpar se você ficar cega. – abri um pouco os olhos e vi ela procurando algo dentro da mochila.

Babe. – ela se virou pra mim na mesma hora.

— Do que me chamou? – seu sorriso se fez enorme em seu rosto.

— Babe! – abri um sorriso. — Eu estou bem, isso vai passar e eu só preciso que me leve até o banheiro para eu lavar o rosto. – ela assentiu rapidamente.

— Se segura em mim. – eu concordei e me levantei da cama.

Camila me guiou meio sem jeito até o banheiro e lavou o meu rosto me molhando praticamente inteira. Se um dia eu ficasse cega, Camila ia ter muito o que aprender para não enfiar minha cara em todas as paredes que encontrássemos.

— Acho que a boate fica para amanhã... – ela disse meio sem jeito.

— Tá tudo bem, temos alguns dias ainda para irmos a boates, Camz. Eu só quero que você se divirta e aproveite essa folga. – ela sorriu e envolveu meu pescoço com seus braços.

— Eu quase te cego e você me diz isso, eu te amo Lauren Jauregui. – eu sorri e selei meus lábios aos dela.

— Eu amo você Camila Cabello, e sempre vou amar! – dei uma pausa e fiz um carinho em sua cintura. — Não importa se um dia eu ficar cega, perder minha audição ou capacidade de fala. Mesmo que qualquer coisa aconteça comigo, o meu coração sempre pertencerá a você. – seus olhos se encheram de lágrimas e ela me abraçou.

Nós ficamos presas em um abraço sem a mínima intenção de interromper o nosso contato, e ter Camila comigo daquele jeito me deixava mais feliz que mil copos de bebidas, que a música alta de uma boate ou qualquer coisa que pudesse ter acontecido naquela noite se tivéssemos saído, ter ela era tudo o que me importava.



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