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História Heart Like Yours - In Case


Escrita por: fifthondrugs e Carolursic

Notas do Autor


Editado!

Capítulo 6 - In Case


Clara serviu o lanche no exterior da casa, a tarde estava linda e um lanche ao ar livre revigora todas as suas forças.

Passamos o resto da tarde rindo e contando algumas novidades sobre o nosso grupo, algumas que nossos pais não aprovavam tanto, outras eles nos incentivavam mais que nossos próprios fãs se é que isso é possível.

— O que acham de jantarmos no restaurante preferido da Lauren hoje? – Chris se manifestou.

— Eu acho que devíamos ir mesmo, tem tanto tempo que não passamos um dia todos juntos. – Camila concordou.

— Por mim, ótimo. Então vamos. – dei de ombros.

— Vamos para casa então, temos que nos vestir de uma forma melhor para irmos para um restaurante. – Sinu disse se levantando da mesa.

— Nos encontramos lá então? – perguntei antes que Camila acompanhasse sua mãe.

— Sim, até mais Lolo! – ela sorriu e deu um tchau acompanhando a família.

Meus pais acompanharam os Cabellos até a saída enquanto o resto de nossa família seguiu para seus respectivos quartos para começarmos a nos arrumar. Assim que pisei no meu quarto, meu celular em meu bolso disparou a tocar e vibrar, ao olhar no visor vi o nome de Lucy brilhar.

— Pensei que não fosse me atender. – resmungou antes mesmo de eu conseguir dizer um “alô” — Então quer dizer que está em Miami e não me avisou, Michelle? – eu estava dividida se ela estava realmente brava comigo ou só estava reclamando por reclamar.

— Eu ia te ligar hoje, Lucy, eu juro. Vamos sair amanhã! – informei a ela.

— Ah, vamos?! – ela riu — Eu não estou em Miami chica.

— E por que está me dando sermão com todo esse drama então? – suspirei indo até o armário.

— Apenas te testando, Jauregui. – ela disse ainda risonha.

— Venha me visitar enquanto estou de férias! Estou com saudades de você. – parei por alguns segundos pensando se deveria falar mais alguma coisa. — Lucy, bem... Agora eu preciso me arrumar! A família Cabello vai jantar junto com a gente hoje.

— Oi? Família Cabello? Aquela da Camila, a menina que faz parte do mesmo grupo que você e que surtou e te deu um pé na bunda no dia do seu aniversário? – falou um pouco mais alto.

— Quando voltar e vir me visitar, te conto o que precisa saber Vives! Agora se me dá licença. – ela suspirou.

— Ok Lauren, tome cuidado com essa menina. – separei a roupa que queria e joguei na cama.

— Relaxa Lucy, não se preocupe. Volte logo, estou morrendo de saudade. – ela se despediu e então finalizou a ligação.

O problema de contar as coisas para os seus amigos é que você pode até perdoar e “esquecer”, mas eles? Eles sempre estarão ali para te lembrar do quanto algo te machucou e sempre serão contra você voltar para aquilo. Camila para algumas de minhas amigas era a pessoa que eu jamais deveria cogitar voltar a falar, mas, estou ciente e quero continuar.

Fui para o banheiro e enchi a banheira com a água bem quente, do jeito que eu gostava. Entrei na água enquanto tocava algumas de minhas músicas preferidas na caixinha de som conectada ao meu celular, para aquilo estar mais perfeito só me faltava uma taça de vinho. Uma das músicas foi pausada e deu lugar ao toque do meu celular e ao atender a chamada ouvi a voz de Camila.

— Não sei o que vestir. – falou rápido.

— Vá com qualquer roupa Cabello, fica bonita de qualquer forma e não é como se estivéssemos indo para uma premiação é apenas um restaurante.

— Já sabe o que vai vestir? – perguntou me ignorando.

— Sim. Uma calça, uma blusa e um coturno. – respondi antes que perguntasse.

— Ótimo, agora não sei mesmo o que usar. – bufou.

— Use um vestido Camila, ou coloque uma calça... se quiser me mande fotos com opções e eu te ajudo a escolher. – ela ficou um tempo em silêncio.

— Posso te ligar no FaceTime?

— Agora?! – perguntei como se não fosse óbvio.

— Sim, pode?

— É que... ligue. – não demorou para a ligação chegar.

Hello Lauren. – ela disse animada acenando na tela do celular.

Hallo Camila. – abri um sorriso.

A expressão da mais nova mudou ao perceber o local onde eu estava.

— É... eu posso... eu posso... eu posso. – ela não concluía.

— O que você pode, Camila? – eu já estava achando a situação engraçada.

— Te ligar. – minha expressão se tornou confusa. – Digo... Te ligar depois... você tá no...

— Banho, Camila. Agora me mostre logo suas roupas. – ela assentiu rapidamente com a cabeça e foi até seu armário.

Após muitas opções de roupas, decidimos por fim o que ela usaria e já era possível ouvir os gritos de Sinu com ela para que se arrumasse rápido.

— Te vejo em alguns minutos Camz. – fiz sinal de dois com uma das mãos.

— Vejo você, Lern. – ela deu tchau e encerrou a ligação.

Deixei meu celular de lado em algum lugar que não molhasse e terminei meu banho rapidamente, me enrolei na toalha e segui até meu quarto onde havia deixado as peças de roupas sob a cama. Me vesti rapidamente e me maquiei utilizando apenas o delineador e meu inseparável batom vermelho.

Calcei o coturno que escolhi e ao sair do quarto notei o silêncio na casa, será que eles já foram e me esqueceram? Claro que não, eles não fariam isso, fariam? Andei pelo corredor dos quartos e todos tinham suas portas abertas e seu interior sem ninguém, desci então as escadas e toda a família já se encontrava lá, sentados e arrumados apenas me esperando. Ao ouvirem o barulho nas escadas, todos me lançaram um olhar de raiva pela demora.

— Desculpem, Camila precisou da minha ajuda. – apontei pro meu celular em minha mão.

— Sei, a culpa de seu atraso é Camila... – Chris revirou os olhos.

— Vamos crianças? – meu pai se levantou.

— Vamos. – minha mãe pegou na mão dele e se levantou o seguindo.

Taylor, Chris e eu fomos logo atrás deles até o carro do papai. Notamos que estávamos grandes demais e não tão confortáveis no banco traseiro do carro, eu poderia ter ido com meu carro. Meu pai dirigindo com a gente dentro do carro, era a mesma coisa que ir a pé se levasse em consideração a velocidade... Ele não passava dos 60km/h e isso me estressava.

— METE O PÉ NESSE ACELERADOR MICHAEL. – Taylor gritou e eu segurei o riso.

— Taylor, ninguém aqui está com pressa. – Minha mãe a repreendeu.

— Pra falar a verdade, eu est... – Antes que Chris completasse a frase minha mãe bateu em sua perna. – QUE ISSO, CLARA?

Eu não consegui mais me segurar e comecei a rir, rir não, gargalhar, e foi a minha vez de levar um tapa na perna.

— Mãe?! – não conseguia parar de rir. – Vamos acalmar os nervos Jaureguis...

Meu pai permaneceu em sua velocidade de segurança, dona Clara não podia ouvir uma risadinha que mandava seu olhar mortal pelo retrovisor e eu apenas tentava não rir da situação para não ser morta antes do jantar.

Chegamos ao restaurante depois de alguns dias com o Mike dirigindo... Brincadeira! Chegamos algum tempo depois e mesmo com toda a rapidez de piloto de fórmula 1 do meu pai no trânsito, nós ainda conseguimos chegar antes dos Cabello.

Fomos até a recepção do restaurante e pedimos uma mesa para 9 pessoas, pensei então que talvez tivesse sido uma boa ideia termos feito uma reserva pelo número de pessoas. Mas, graças a Deus checaram e logo nos encaminharam até à mesa que tinha disponível. Para a nossa sorte, a mesa ficava próxima da grande parede de vidro que dava visão ao mar de uma das praias. Esse era o motivo daquele restaurante ser um dos meus favoritos, além da comida deliciosa, a vista era uma obra de arte.

Peguei o Menu do local e procurei por um novo prato, já que sempre comia a mesma coisa no restaurante e estava disposta a experimentar algo novo. Estava concentrada demais olhando os pratos e seus ingredientes quando vi minha mãe saltar que nem uma foca em sua cadeira, Taylor espirrou a água que estava bebendo pelo nariz, Chris jogou a cabeça contra a mesa afim de não olhar e não rir e meu pai a segurou rapidamente a fazendo parar.

— Eles já nos viram Clara. – meu pai disse e só então entendi que ela estava acenando para Alejandro.

— Aí meu Deus. – botei a mão no rosto.

Cumprimentei a todos que se juntaram a nós na mesa e Chris se levantou oferecendo seu lugar ao meu lado para Camila, que recusou mas depois de certa insistência dele ela acabou por aceitar.

— Espero que vocês não estejam aqui a muito tempo. – ela me observou enquanto ainda olhava para o Menu.

— Não, meu pai fez questão que chegássemos quase juntos com sua incrível velocidade de 10 quilômetros por hora. – ela começou a rir atraindo olhares. — Camila, por favor... Já não basta Clara?

— Me desculpe, mas é que seu pai realmente dirige bem rápido quando está com os filhos dele no carro... – assenti e dei uma risadinha.

— Vamos aos pedidos família? – Alejandro praticamente berrou.

— Latinos. – Camila disse baixinho. — Por que a gente juntou eles? – ela riu.

— Tá no nosso sangue. – dei de ombros.

Fizemos os pedidos e ficamos conversando enquanto nada chegava. As entradas chegaram, e as nossas famílias realmente eram muito exageradas levando em consideração a quantidade de entradas que haviam sido pedidas.  Christopher e Sofia se encarregaram de comer quase tudo nos restando apenas algumas azeitonas num pote, comecei a me questionar se eles iriam conseguir comer o prato principal, mas não duvidava da capacidade dos dois de ainda pedirem por sobremesas.

— Eu estou me sentindo bonita agora, eu preciso tirar uma foto. – Camila me chamou atenção.

— Você está bonita. – sorri para ela que corou.

— Obrigada... Pode tirar uma foto minha? Preciso atualizar meu Instagram. – assenti.

Nos levantamos da mesa e fomos até uma varanda extensa que dava para a praia. Descemos para a areia e andamos até próximo do mar, e então Camila pousou para que eu tirasse a foto, mas tudo que eu fiz foi analisar a beleza da latina misturada à luz da lua. Ela era linda, e a paisagem a deixou como uma deusa.

— Ficou boa? – ela disse se aproximando de mim.

— Não saiu, desculpe. – sai do transe. — Volte e eu vou tentar tirar.

Ela pisou desengonçada na areia e voltou a pose de antes, tirei a foto e então a mostrei como havia ficado.

— Eu amei, olha essa paisagem Lauren, você não daria tudo para morar aqui? – me perguntou e eu assenti.

— Acho que nossa janta vai demorar, o que acha de sentar aqui um pouco? – ela nada disse, apenas se sentou na areia e me juntei a ela.

— Olha essa brisa, isso é uma delícia. Eu definitivamente nasci para morar na praia. Queria fazer isso uma vez por dia, apenas me sentar em algum lugar assim e ficar. – disse olhando para o mar.

— Nós podemos morar na praia! – ela disse sorridente.

— O que? – voltei meu olhar para ela.

— Nós podemos morar na praia, em qualquer lugar Lauren... Contanto que estejamos juntas. – Senti meu coração acelerar como se tivesse sido acertado por um desfibrilador.

— Nós podemos?! – as palavras saíram com dificuldade.

— Claro, eu você e as meninas podemos ir para qualquer lugar... – ela desviou o olhar rapidamente para a água.

— Sim Camz, nós podemos fazer qualquer coisa juntas. – sorri e voltei a olhar para o mar.

Coloquei minhas mãos para trás na areia e apoiei meu corpo assim fitando o céu, Camila deitou sua cabeça em meu ombro e fez o mesmo. Ficamos apenas caladas apreciando o momento e observando o quanto a natureza é linda.
            Se eu pudesse eu me congelaria naquele momento, naquele lugar, com aquela pessoa. Meu dia estava perfeito.

— Sabe Lauren, às vezes eu me pego pensando sobre o que teria acontecido se eu não tivesse simplesmente fugido. – ela cortou o silêncio.

— As coisas acontecem como tem que ser Camz. – repeti o que ela falou uma vez e levei a mão até seu cabelo, onde comecei a fazer um carinho.

— Eu queria que as coisas fossem como tem que ser, mas do seu lado. – ela disse rápido, talvez sem pensar.

— Eu também. – fui sincera mas logo me condenei.

Ela se levantou de meu ombro rapidamente e fitou meus olhos por alguns segundos.

— Você me daria outra chance? – perguntou meio envergonhada.

— Eu... É... Camila, é cla... – antes que eu terminasse a frase ouvi passos próximos.

— Meninas, a comida de vocês chegou. – A voz de meu irmão fez a gente se afastar mais rápido.

— Obrigada por avisar. – Camila disse se levantando.

Os dois foram andando em direção ao restaurante e então me levantei e apressei o passo até alcançar a Camila.

— Eu não vou deixar pra lá o que você perguntou, e vou te dar a resposta. Eu acho que eu sou capaz de te dar mais milhões de chances, Camz. – ela abriu um sorriso enorme e me abraçou com força.

Jantamos todos juntos e ainda ficamos um tempo depois para a sobremesa. Depois de todos comermos até não aguentar mais uma gota d'água em nossas barrigas, meu pai pediu a conta e então começou a discussão, como nos velhos tempos.

— A ideia foi da minha família Alejandro, não se preocupe que hoje eu pago. – meu pai disse enquanto o garçom esperava.

— Claro que não Mike, a quanto tempo não nos reunimos assim? Sem contar que mais cedo comemos em sua casa. – Alejandro se justificou.

Enquanto os dois brigavam, chamei o garçom com a mão e o mesmo andou até mim. Puxei meu cartão e então paguei pelo nosso jantar.

— Vamos? – chamei atenção dos dois. — Já está pago. – mostrei o papelzinho e Camila riu da cara dos dois.

Nos despedimos no estacionamento e fomos cada um para o seu carro, e eu me sentei e esperei o longo caminho de volta com meu pai dirigindo. Mas dessa vez, o caminho pareceu ter sido mais rápido pois minha cabeça estava ocupada demais pensando em tudo que estava acontecendo para perceber a demora.


Notas Finais


beijo no coração ❤️


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