Pov Laura
- Nosso irmão... é o Ross!
E mais uma vez eu estava surpresa. Como? Como assim Ross é irmão do Riker e da Rydel? Isso era uma coisa inacreditável! Se não fosse aquele dia em que o encontramos machucado e o trouxemos aqui pra casa, eles nunca o teriam achado!
Nesse momento todos estavam surpresos, muito surpresos. Ninguém conseguia falar nada, Vanessa e o Riker eram os únicos que pareciam mais tranquilos. Parece que minha irmã já sabia!
Tudo parecia estar em câmera lenta, o silêncio se instalou na sala. Em questão de segundos o silêncio foi embora, preenchido por choros e soluços. Estava tão perdida em pensamentos que nem percebi quando Ross se levantou. O olhei, seu rosto e seus olhos estavam muito mais vermelhos do que dá última vez que o olhei. Ele estava assustado, isso era nítido.
- Está falando sério Riker? – Rydel se manifestou.
- Nunca falei tão sério em toda a minha vida! Aqui está o exame, se quiserem comprovar! – Ele disse jogando em cima da mesinha um envelope meio amarelado.
- A quanto tempo sabe? – O loiro perguntou com a voz baixa.
- A pouco tempo! – Ele respondeu. Percebi a respiração acelerado do garoto. Ele não estava bem!
- Isso é mentira! – Ele disse. Riker rapidamente negou.
- Ross é verdade! – O loiro mais velho disse. Ross negou com a cabeça, ele me olhou rapidamente. Me levantei e me aproximei dele.
- Isso é mentira! – Ele repetiu e saiu correndo, por impulso sai correndo atrás dele, mas o loiro foi um pouco mais rápido e se trancou no quarto.
- Ross! Ross! Abre a porta! – Pedi suplicante. Ouvi seu choro. Aquilo estava partindo meu coração.
- Ross por favor! – Pedi sentindo as lágrimas caindo.
- Ele se trancou? – Olhei pra trás vendo minha irmã. Assenti. Ele veio até a mim e me abraçou.
- Calma, vai ficar tudo bem! – Ela disse. Assenti. Desci as escadas e encontrei meus amigos conversando, ainda pareciam abalados com o que havia acontecido.
- Cadê o Ross? – Rydel perguntou se levantando e vindo até a mim.
- Ele... ele se trancou no quarto! – Eu respondi. Ela suspirou.
- Eu vou lá falar com ele! – Riker disse. Vanessa negou.
- Melhor não! Deixa ele sozinho um pouco! – Vanessa disse. Me sentei no sofá e esperei o tempo passar.
(...)
- Agora é sério! Eu estou ficando muito preocupada! – Vanessa disse. Já fazia mais de 6 horas que o Ross estava trancado no quarto. Todo mundo já havia ido falar com ele, tentando o fazer abri a porta, mas ninguém conseguiu. Na verdade eu ainda não havia ido. Resolvi dar um tempo a ele, deve ser difícil descobrir de uma hora pra outra que você tem irmãos.
Suspirei. Levantei do sofá e subi as escadas indo em direção ao quarto do loiro. Assim que cheguei dei leves batidas na porta.
- Ross... por favor... abre a porta! – Pedi. Ouvi uma movimentação vindo de dentro da quarto, até ele abrir a porta. Finalmente consegui o ver! Seu rosto e seus olhos estavam completamente vermelhos.
- Lau eu... – Ele mão terminou a frase colocando a mão na cabeça. Me aproximei dele.
- O que... – Não tive tempo de falar, pois o garoto foi em direção ao chão. Por sorte consegui, mais ou menos, o segurar. Acabei caindo de joelhos.
- Acorda! – Dei leves batidas em seu rosto.
- Ai meu Deus! – Ouvi Vanessa dizendo. Ela gritou pelo Riker e veio até a mim.
- O que aconteceu? – Perguntou.
- Ele abriu a porta e desmaiou! – Respondi rapidamente. Ela assentiu. Riker apareceu e o levou para o andar de baixo.
- O que aconteceu? – Cassi perguntou assim que nos viu descendo as escadas.
- Ele desmaiou... – Minha irmã disse somente. Riker o deitou no sofá.
- O que vão fazer? – Grace perguntou. Ninguém respondeu, o que me fez suspirar. Resolvi subir para o meu quarto, não ia adiantar muito eu ficar ali, só ia me deixar mais nervosa. Me deitei na cama e acabei dormindo.
(...)
- Laura... – Acordei com alguém me chamando. Abri os olhos e me sentei, dando de cara com o loiro. Arregalei os olhos e pulei em cima dele o abraçando. Ouvi ele dar uma pequena risada. O soltei e o olhei.
- Como você está? – Perguntei. Ele tinha os olhos levemente avermelhados, seu rosto já estava na coloração normal, na verdade ele estava mais branco.
- Bom, mais ou menos... – Respondeu. Dei um sorriso de lado.
- Já conversou com eles? – Ele negou.
- Acordei quase agora... eles ficaram me perguntando algumas coisas, que foram ignoradas com sucesso! – Disse me fazendo rir.
- Tem que falar com eles! – Disse. Ele suspirou e assentiu.
- Eu sei... mas não precisa ser agora... – Disse abaixando a cabeça.
- Como está em relação a você ser um Lynch? – Perguntei. Ele fechou os olhos com força.
- Não sei nem o que pensar... é uma coisa boa saber que tenho uma família... mas também é ruim saber que eu não lembro de nada, saber que fiquei separado dos meus irmãos esse tempo todo e de não saber onde estão meus pais... – Disse com os olhos marejados. O abracei.
- Não fica assim! – Falei. Ele me apertou, fiz o mesmo. Depois de alguns minutos nos separamos. Nossos olhares estavam fixos um no outro. Ele se aproximou e me beijou. Acabei sorrindo. Assim que o ar nos faltou nos separamos.
- Vai ficar tudo bem! – Disse me deitando e o puxando. Ele sorriu.
- Espero que sim! – Respondeu me abraçando.
- Vai sim...
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